Fanfics Brasil - Capítulo 12 - O Desejo O Império dos Deuses - A Origem [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Em Andamento

Fanfic: O Império dos Deuses - A Origem [+18] [Hot] (Saint Seiya) - Em Andamento | Tema: Saint Seiya


Capítulo: Capítulo 12 - O Desejo

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* * * Império dos Deuses – Grécia * * *


 


Castelo dos Deuses, Quarto de Hades


 


Hades abriu a porta do seu quarto com o poder da mente, a escancarando num baque.


(Hades) – ELE PENSA QUE SOU IDIOTA!


E a fechou da mesma forma, com toda força, fazendo o som ecoar pelos corredores do castelo.


Se aproximou das cortinas e as afastou, revelando a janela. Estava na hora do pôr do sol. Ele abriu a janela e apoiou as mãos no batente, respirou fundo e mirou a paisagem ao longe, com os tons de amarelo e laranja que pintavam o céu. Sabia que precisava se acalmar, e a noite era capaz de lhe proporcionar isso.


Olhando a paisagem da janela do seu quarto, agora já em tons de azul escuro, ele via o surgimento das primeiras estrelas no firmamento.


Perdido em seus pensamentos, ouviu a porta abrir, trazendo-o de volta à realidade. Respirou fundo e abaixou a cabeça, mas permaneceu na mesma posição.


(Hades) – Como pode perceber, está tudo no seu devido lugar! Pode informar isso ao meu pai, sei que é por isso que está aqui.


Perséfone ficou parada na porta do quarto, pensou um pouco e entrou com seu carrinho, fechando a porta atrás de si.


(Perséfone) – Desculpe, senhor, infelizmente não vim em nome do deus Cronos, apenas trouxe algumas coisas para o seu quarto.


Hades se virou, ficando de costas para a janela e finalmente encarando a criada.


Perséfone, geralmente de uniforme cinza e cabelos presos em um rabo de cavalo baixo, agora estava de cabelos soltos, fazendo uma longa cascata ondulada e vermelha, que descia pelo rosto de pele alva até a cintura fina, destacada pelo vestido colado ao corpo e de cor verde esmeralda, assim como os seus olhos.


 Ele ficou apoiado na janela observando toda a beleza da figura feminina de pé dentro do seu quarto. Respirou fundo e passou a mão nos cabelos negros e, olhando nos olhos verdes dela, disse sério:


(Hades) – O que pretende, afinal?


Perséfone colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e respondeu sem jeito:


(Perséfone) – Perdoe-me, senhor, mas não estou com meu uniforme porque estou de saída. Como eu disse, eu só queria deixar essas coisas no seu quarto e, em seguida, vou me retirar para não incomodá-lo.


Ela, visivelmente desconsertada, começou a pegar as coisas do seu carrinho.


Hades se afastou da janela devagar e caminhou em direção a Perséfone.


(Hades) – Por que eu não acredito em nada do que me diz?


A serva, que colocava algumas frutas na cômoda do quarto, percebeu que ele estava vindo em sua direção. Podia sentir seu cheiro maravilhoso ficando mais evidente a cada passo. Respirou fundo e, com a voz calma, respondeu:


(Perséfone) – Mas estou falando a verdade, senhor!


Hades olhava cada movimento que ela fazia.


(Hades) – Tem que haver uma boa explicação para a sua atitude, para essa sua persistência em me servir...


Perséfone retrucou com serenidade:


(Perséfone) – Sou paga para isso, senhor. Estou apenas fazendo o meu trabalho.


Ela voltou para o carrinho, pegou a garrafa de vinho e a taça e foi em direção à cômoda. Colocou a garrafa em cima, mas ao apoiar a taça, acabou colocando-a de mal jeito e a taça tombou. Na tentativa de evitar a queda, o que ela não conseguiu, cortou o dedo indicador em um dos cacos de vidro que se soltou, fazendo-a gemer de dor.


 Ela se virou, ficando de costas para a cômoda, e apertou o indicador que tinha um corte pequeno, mas profundo o suficiente para sangrar.


Perséfone olhou para ele com expressão de dor e começou a se desculpar.


(Perséfone) – Perdoe-me, senhor, não tive a intenção de quebrar a taça...


Hades parou onde estava e a olhou.


Ela percebeu que ele a olhava diferente. Seus olhos, antes azul-claros, agora exibiam ambas as pupilas dilatadas, o que lhes conferia uma cor quase negra.


Sem tirar os olhos do rosto dela, voltou a andar devagar em sua direção.


A mulher ruiva por alguns instantes havia até esquecido do corte no seu dedo, tão fixada que estava na cena do deus que vagarosamente se aproximava. O coração acelerado pela expectativa da proximidade.


Ela olhava cada centímetro daquela figura alta em trajes pretos, que só destacavam a pele clara como a porcelana. Notou nos olhos dele o puro desejo.  E sussurrou baixinho:


(Perséfone) – Pelos deuses...


O Imperador do Submundo parou em frente a ela que, inconscientemente, umedeceu os próprios lábios olhando a boca daquela figura linda e imponente diante de si. Ela pensou: “Ele é perfeito!”


Hades observou o desenrolar da cena, mirando fixamente os lábios da mulher e depois subiu o olhar para os olhos verdes dela, que a essa altura também já estavam negros.


A respiração acelerada dela era perceptível pelo subir e descer dos seios.


Ele respirou fundo e olhou para o dedo cortado que ela segurava junto ao corpo. Devagar, ele levou o seu indicador em direção ao corte e o tocou, fazendo-a gemer com o contato no machucado dolorido. Ele registrava cada expressão de dor que ela fazia.


Perséfone, que o olhava nos olhos, percebeu que seu gemido de dor fazia a íris dele brilhar em um círculo luminoso. Seu corpo era uma mistura de excitação e dor ao mesmo tempo, mas, apesar de tudo, ela não queria que ele se afastasse. Estava surpresa com o simples fato dele a estar tocando.


O Deus dos Mortos abaixou o olhar para o dedo da mulher e tirou o seu próprio de cima do corte. Segurou a mão dela e, devagar, trouxe o dedo indicador com o ferimento para os seus lábios.


 


- Perséfone -


 


Hades desviou o seu olhar negro dos meus olhos e voltou a sua atenção para o machucado no meu dedo. Desta vez ele pegou a minha mão e pude sentir que sua mão era macia e quente quando me tocou. Eu respirava ofegante, tinha sérias dúvidas se realmente eu não estava apenas imaginando tudo isso.


Então, para a minha surpresa, voltando a me olhar nos olhos, levou minha mão em direção aos seus lábios, abriu a sua boca e colocou o meu indicador dentro, deslizando sua língua morna e aveludada pela extensão corte. A temperatura do meu corpo subiu rapidamente. Gemi tanto de dor como de prazer.


Ele respirava entrecortado, estava ofegante, assim como eu. Seus olhos voltaram a criar dois círculos luminosos.


Tirando o meu dedo da sua boca quente e, olhando para os meus lábios, aproximou os seus lábios dos meus, o suficiente para que eu sentisse o aroma de vinho, seus lábios roçaram nos meus quando ele falou com uma voz mais grave que o normal:


(Hades) – Saia do meu quarto...


Ele se afastou de mim e me deu as costas, levando as duas mãos à cabeça e as deslizando até a nuca, olhando para o teto.


Pisquei, tentando processar o que eu tinha acabado de ouvir.


(Perséfone) – Perdoe-me, senhor eu...


Ainda de costas, ele, com o seu poder, abriu a porta do quarto.


(Hades) – AGORA!


Peguei o meu carrinho e saí o mais rápido que eu pude.


 


*   *  *



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Autor(a): Kelly Tavares

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