Fanfic: Prazer Misterioso *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso levantou a cabeça e olhou para ela. Então, rolou para o lado e puxou-a ao lado dele, sem interromper o contato.

— Eu nunca senti nada parecido em toda a minha existência.

Anahí riu.

— Você faz a si mesmo soar tão velho, Alfonso...

— Eu sou mais velho do que você pensa. — Alfonso disse suavemente. — É como se eu tivesse esperado uma eternidade para seguir este caminho.

— Alfonso, eu esperei toda a minha vida por esse momento perfeito.

— Eu acho que eu estou loucamente apaixonado por você... — ele murmurou e beijou o topo de sua cabeça.

— Eu não sei como e nem por que... Foram apenas alguns dias! — Anahí riu como se estivesse espantada. — Mas eu caí completamente e loucamente apaixonada por você também.

— Há algumas coisas que eu tenho que lhe dizer, Anahí, sobre mim e minha vida... Coisas que você precisa saber. — Alfonso explicou.

Ele sentiu uma trepidação terrível em seu coração de que ela pudesse afastar-se dele quando soubesse.

Mas tinha que ser feito para ele ser humano.

— Não agora, Alfonso, por favor... Vamos apenas ter um pouco mais tempo.

Anahí apertou-o em suas costelas e deu uma risadinha. Ela apertou beijos suaves no peito.

Alfonso se deixou ser influenciado. Só um pouco mais.

Ele passou os braços em volta dela e fez cócegas em troca. Ela gritou de prazer o que fez ele sorrir com que ela, e pela primeira vez em muito tempo, ele podia sentir o seu próprio riso retumbar em seu peito.

“Vou falar com ela mais tarde. Eu vou dizer-lhe tudo!”, prometeu quando encheu seus sentidos com o aroma de madressilva de seu cabelo.

Anahí caminhava pelos corredores do hospital Merry com uma mola em seu passo.

Ela havia passado o dia inteiro com Alfonso e deixou um bilhete em seu travesseiro, ao lado dele.

Com um beijo suave, ela o deixou dormir enquanto saiu para trabalhar.

O caos da emergência não fez nada para diminuir seu humor.

Ela tomou amostras de sangue com a sua usual “finesse”, enquanto Camila e as outras enfermeiras de plantão brincavam com ela sem piedade sobre Alfonso.

Ela pegou suas piadas com bom humor, porque quando o seu turno terminasse, ele estaria em sua casa esperando por ela.

Ela lembrou como ele tinha ficado à sua porta, tremendo na chuva, com um olhar de pura agonia no rosto.

O que ele poderia estar passando?

Quando ele caiu no sono, Alfonso tinha dito que precisava que ela o salvasse das trevas.

Ela não sabia exatamente o que quis dizer, mas se sentiu tão sinistro, que, ouvir o que ele tinha a dizer, a assustou.

Mas ela não podia deixar de ouvi-lo, porque se pudesse, levaria sua carga e tornaria a sua própria.

Eu o amo. Eu tenho que ajudá-lo!

Em seu caminho de volta para seu escritório, Camila passou por ela com uma braçada de arquivos. Ela parou Anahí no corredor com um grande sorriso no rosto.

— O que você está fazendo, coletando os homens da revista GQ ou algo assim?

Anahí olhou para ela confusa.

— Hã? O que você está falando, mulher louca?!

— Quero dizer o outro cara quente que está sentado em seu escritório esperando por você... — Camila disse. — Se você deseja compartilhar este comigo, dê-lhe o meu número!

Apreensão fez borboletas fazerem uma dança em sua barriga.

Ela não sabia quem poderia estar esperando por ela, mas seu instinto lhe disse que tinha algo a ver com Alfonso.

Anahí colou um sorriso brilhante no rosto. Ela não podia deixar Camila saber que algo estava muito errado.

Como ela poderia pedir ajuda de qualquer maneira, quando nem sabia o que estava acontecendo?

— Eu vou certificar-me de enviar todos os quentes disponíveis para seu caminho... — disse Anahí, provocando-a com humor, que não sentia. — Eu tenho que ir, querida. Eu te ligo mais tarde. — Anahí correu pelo corredor.

Ela levantou a mão para acenar, quando Camila disse seu adeus.

Fora de sua porta, ela hesitou com as mãos em punho.

Ela tomou uma respiração profunda e entrou na sala.

O homem que se virou para ela não era nada, se não magnífico.

Ele virou-se para Anahí quando entrou na sala.

O cabelo loiro, parecia ter acabado de capturar cada pedaço de luz no quarto e deixou-o escuro.

Olhar em seus olhos era como cair em uma piscina de azul, e quando ele sorriu, ela quase podia ouvir um tilintar enquanto mostrava fileiras de dentes brancos.

“Nenhum homem deve ser tão belo”, Anahí pensou.

Mas mesmo quando ela olhou para o pedaço em seu escritório, podia sentir algo sobre ele que a fez estremecer.

— Posso ajudar? — Anahí perguntou hesitante.

— Anahí, não é?

— Sim. Eu conheço você?

— Não, mas temos um amigo em comum, Alfonso. Sou Beliel.

— Isso é um nome incomum... Como você conhece Alfonso? — Anahí caminhou até sua mesa, tentando dar um olhar largo em Beliel.

Ele a fez desconfortável, e apenas estar por trás de sua mesa, onde havia algo entre os dois a fez sentir-se mais segura.

— Vamos apenas dizer que nós trabalhamos no mesmo lugar. — Beliel respondeu suavemente.

Ele se sentou na cadeira à sua frente e recostou-se casualmente, como se fosse feito para estar lá.

— Então, se vocês trabalham juntos, por que você está aqui?

— Eu queria ver a mulher que estava tirando seu foco do trabalho.

Os olhos de Beliel encontraram-na diretamente e a fez contorcer na cadeira.

— Ele está em um monte de problemas, você sabe.

— Ele... Ele está? — Anahí gaguejou, em seguida respirou fundo. — Ouça, o que quer que vocês façam, eu não quero saber, mas eu o quero fora. Eu tenho algum dinheiro guardado. Você pode tê-lo. Deixe-o ir...

— Você está disposta a desistir de todo o seu dinheiro apenas para salvá-lo?

Anahí podia ouvir a curiosidade na voz de Beliel, junto com outra coisa.

Seu sorriso lembrou o de um tubarão quando sentiam cheiro de sangue na água.