Fanfic: Prazer Misterioso *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Eu abriria mão de muito mais por ele, se eu tivesse. — disse ela com firmeza.

— Você daria a sua alma por ele? — Beliel perguntou baixinho.

A pergunta enviou medo através de cada fibra do seu ser, e ela sussurrou:

— O que é você?

— Hum... — Beliel fechou os olhos e virou a cabeça como se ele sentisse um cheiro de um perfume agradável.

Quando o fez, Anahí viu um vislumbre de sua verdadeira face, e ela sabia com terror diferente de tudo o que ela já havia conhecido, quem ele era.

— Alfonso e eu somos o mesmo... Mas se você quer salvá-lo, tudo que você tem que fazer é assinar a linha pontilhada. Dê-me sua alma, Anahí, e o coloque livre.

— Não, não... — Anahí balançou a cabeça com veemência, tentando acordar do pesadelo que era tudo muito real. — Ele é bom e gentil, e eu posso ver isso nele. Eu não posso ver isso em você! Você não é nada como ele!

— Você não pode salvá-lo, menina... — Beliel sorriu e tentou usar um sorriso encantador em cima dela. — Mas se você assinar, meu doce, você pode pedir qualquer coisa no mundo, e vou acrescentar a sua alma como um bônus. O que você deseja, fama, fortuna...?

— Eu não quero nada de você, exceto que você saia do meu escritório! — Anahí se levantou e apontou para sua porta. — Saia agora!

— Um hospital é uma zona livre... Eu posso entrar e sair quando eu quiser. — zombou Beliel. — Você não pode banir-me.

— Mas meu escritório é o meu santuário, e em nome do Deus Todo Poderoso, eu vos envio longe! — Anahí disse com convicção em sua voz.

Beliel sibilou, e Anahí o viu ser puxado em direção à porta como se por um cordão invisível.

— Você não pode salvá-lo, cadela! Ele pertence a nós, e quando ele chegar em casa, vou fazê- lo sofrer, e nosso mestre escuro vai fazê-lo sofrer! Um tormento de 10.000 anos vai fazer o seu amor parecer uma gota no balde para ele!

Quando seus passos o levaram ao limite de sua porta, a porta se abriu sozinha.

No limiar, ele desapareceu de sua vista com um último olhar frio, e a porta foi fechada uma vez mais por uma espécie de mão invisível.

Anahí afundou-se na sua cadeira.

Suas pernas não conseguiam parar de tremer. Seu corpo não conseguia parar de tremer.

Oh meu Deus, oh meu Deus!

O que ele era? O que era Alfonso?

Ela não podia acreditar, podia? Demônios?!

Anahí sabia que não poderia trabalhar depois disso. Ela não poderia mesmo funcionar após o que aconteceu.

Havia apenas uma coisa que podia fazer...

Ela tinha que ir para casa e ver Alfonso, para ouvir a verdade do que ele era de seus lábios.

Anahí pegou o telefone e ligou para um dos outros andares do hospital. Alegando que estava doente, ela pediu outro feblotomista para cobrir a emergência.

Na saída, Anahí sufocou sua irritação em todos impedindo-a em perguntar por que ela estava saindo cedo.

Dor de estômago, ela disse, e tentou ficar parada para ouvi-los dar-lhe todos os tipos de remédios.

Finalmente, ela estava em seu carro e indo para casa.

Ela queria colocar o pé no pedal e passar com velocidade através de todas as luzes vermelhas, mas então apreensão encheu o seu núcleo e queria adiar o inevitável o maior tempo possível.

Sua garagem parecia vir de forma demasiado cedo.

As luzes de seu pequeno pátio acenaram em boas-vindas em sua casa quando parou e desligou seu carro.

Ela ficou lá por alguns minutos, tentando se recompor, mas depois o medo fez com que se movesse rapidamente.

E se Beliel ainda estava lá fora, perseguindo-a a partir do escuro?

Esse pensamento a mandou correndo para a porta da frente e desbloqueando com dedos trêmulos.

Alfonso ficou na janela olhando para seu quintal lateral. Ele parecia focado em assistir a queda das folhas da árvore revestir o chão em um cobertor de cor.

Ele se virou quando a ouviu fechar a porta.

O sorriso de saudação que estava em seus lábios desapareceu quando viu seu rosto.

— O que é você, Alfonso? — Anahí perguntou baixinho.

Ela colocou sua bolsa sobre a mesa ao lado da porta e caminhou até o centro da sala.

— O que você é?!

— Anahí, eu... Eu... — Alfonso suspirou e ficou na frente dela.

Ele deixou sua testa cair, tocando a sua, e seu olhar encontrou seus olhos cheios de lágrimas.

— Eu não posso simplesmente dizer-lhe, meu amor... Eu tenho que mostrar a você, ok?

Anahí acenou com a cabeça e fechou os olhos.

Instantaneamente, sentiu o sol no rosto. Lentamente, ela levantou as pálpebras e, em vez de sua sala, ela estava de pé no topo de uma montanha.

Em torno dela, podia ouvir o chamado de pássaros, e quando olhou para baixo, os topos das árvores eram como um tapete no céu.

Ela estava em uma montanha no meio de uma floresta tropical. A brisa trazia o cheiro de vegetação e flores exóticas.

Os olhos de Anahí se arregalaram com incredulidade quando olhou para a beleza ao seu redor.

— Os nativos chamam isto de Janela de Deus. — Alfonso disse calmamente.

Anahí passou do requinte ao seu redor para olhar ele, em silêncio.

Ele continuou falando como se andasse mais perto da borda.

— Eu me sinto mais perto de casa aqui, como se pudesse chegar e tocar o céu. É como se não fosse tão alto que eu posso senti-lo e conversar com eles. Mesmo que não me ouçam mais...

— O que quer dizer, Alfonso? — Anahí perguntou, ela hesitou aproximando-se dele.

— Há muito tempo atrás, eu era um deles. — disse Alfonso, sua voz era suave.

— Um dos que, Alfonso?! — Anahí disse exasperada.

— Eu era um anjo nos tribunais alto dos céus, antes de ser expulso mais de mil anos atrás. — Alfonso explicou. — Eu pequei, e por isso, fui mandado para o inferno. Tornei-me um caído.

— Um demônio! — Anahí engasgou e se afastou dele.

Sua mente tentava entender, mas não foi capaz de acreditar no que estava ouvindo.

— Beliel disse que você era o mesmo que ele!

— Quando você o viu?! — Alfonso perguntou com urgência. — O que ele disse?!