Fanfic: Prazer Misterioso *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Peço desculpas, senhor. Se você diz que a chamada veio, então eu devo ter me enganado. Tomarei minhas obrigações mais diligentemente.

Alfonso tentou fazer seu tom apologético como possível, apesar de que pedir desculpas foi à coisa mais distante de sua mente.

— Veja o que você faz. — Caim fez uma pausa. — Vocês são meus preferidos, você e Beliel. Ambos. Desejo meus meninos se dando bem.

Alfonso mordeu a língua contra a observação de que subiu para os lábios.

Seus meninos...

Alfonso não tinha deixado a parte demoníaca de um anjo caído tomar posse.

Ele não pretendia deixar o mal corromper a sua alma mais do que tinha.

— Senhor, eu farei o meu melhor para fazer as pazes com Beliel. Agora irei para os meus deveres.

Ao aceno de Caim, ele sabia que tinha permissão para sair.

Ele deixou o escritório e passou seu nêmeses, cujo olhar escuro não fez nada para vacilar os seus passos.

Ele iria cobrar as dívidas do diabo, e então iria encontrar sua felicidade, sua bem-aventurança.

Anahí.

Nunca faça um pacto com o diabo.

Alfonso tinha visto tantas vezes geração após geração...

A ganância dos homens, o desejo das mulheres pela beleza sem fim, amor ao dinheiro e poder.

Por tão pouco como a obtenção de uma menina, os seres humanos colocam-se em dívida para com Lúcifer.

Quando chegava hora para a dívida ser recolhida, era quando a magnitude do que eles tinham feito penetrava dentro.

Este era um dos momentos que Alfonso quase podia ver o sorriso doce de Beliel no seu rosto, quando chegavam a assinar.

Dois lados da mesma moeda.

Beliel era o titular de contratos, ele era um coletor de alma.

Um anjo caído que coletava pagamento do diabo, e já era hora de trabalhar.

Em sua mão aberta, dois contratos apareceram. O inferior de cada foi assinado em sangue.

Alfonso levantou o pergaminho ao nariz e inalou a essência da vida de cada nova alma.

Fechou os olhos e eliminou o reino demônio do inferno e surgiu no escritório de sua primeira coleta, Daniela Delight dos Cosméticos Delights.

Ela tinha sido uma loira adolescente com um bebê novo vivendo em um estacionamento de trailers. Agora era a presidente de um conglomerado multimilionário conhecido em todo o mundo.

Ela tinha assinado o contrato em um trailer sufocantemente quente, com um bebê chorando em seu quadril e lágrimas nos olhos.

Tudo mudou para ela.

Ela havia desistido da criança e tinha se esquecido de onde veio. Ela tornou-se dura e cruel, apenas à procura de mais fama e fortuna.

Mas quando Alfonso passeou em seu escritório de luxo, Daniela tinha sabido que era hora de ir, e ela foi fazer os preparativos.

Nenhum vislumbre de surpresa cruzou seu rosto quando Alfonso apareceu, nem havia tristeza nela.

Ela olhou para uma pilha de arquivos em sua mesa, começou a falar, enquanto Alfonso ficou ali em silêncio a respeito dela.

— Você sabe que eu daria tudo isso para ver minha filha novamente. — ela estava assinando papel após papel enquanto falava. — Eu a dei para minha mãe, e só mandava dinheiro todo mês para cuidar dela. A última vez que eu a vi, ela estava com seis meses de idade. Que foi há 18 anos.

Alfonso ainda estava em silêncio.

Isto foi, por vezes, parte do trabalho... Ouvir os perdidos antes que eles descessem ao inferno.

— Você é o que ele mandou por mim? — ela perguntou, simplesmente.

Ela continuou a rabiscar furiosamente sobre as publicações. Um após o outro, ela assinou com pressa.

— Eu sou Alfonso, e sou o coletor de suas dívidas.

— Estou assinando tudo o que eu ganhei para minha filha Lorelei. Espero que ela faça uma vida melhor para com isso, do que eu já fiz. Eu deveria ter ficado nesse parque de trailers e conquistado meu caminho!

Ela fechou o último arquivo e colocou a caneta em cima delicadamente. Levantou-se e atravessou a sala de trás de sua mesa.

— Estou pronta.

Alfonso assentiu.

Ele se mudou de sua posição e ficou à sua frente. Ela tentou endireitar as costas para fazê-la de 1,58 parecer mais alta contra seus 1,83.

Alfonso gostava de sua força, sua coragem.

Ele sempre sentiu remorso por aqueles que conheciam que suas relações com Beliel foram um erro, mas enfrentou-o com honra.

Queria fazer o mais simples possível para ela, porque sabia o que ela iria enfrentar quando sua alma fosse para o inferno.

Alfonso colocou uma mão suave em suas costas. Ele a ouviu suspirar quando suas asas, negras como as penas de um corvo, desfraldaram a partir de suas costas.

Ele colocou a sua outra mão sobre o peito e tentou puxar sua alma lentamente de seu corpo. Seu grito foi o único som baixo que fez quando o seu corpo caiu ao chão.

Sua alma estava ao lado dele agora.

Ambos olharam para a concha do seu corpo.

— Como é que eles acharão que eu morri? — Daniela perguntou.

— Ataque cardíaco. É hora de ir.

— Eu vou estar com dores por toda a eternidade, não? — ela perguntou em voz baixa.

Alfonso não podia mentir para ela. A verdade seria forte o suficiente como é. Era melhor que ela esperasse de antemão.

Enquanto eles se retiravam de seu escritório, de volta para o inferno, suas palavras ecoaram.

— Sim, você estará.

A segunda alma que ele foi atrás era de um homem velho, e ele não iria facilmente, havia contratado guardas para protegê-lo em todos os momentos.

Conrad Pendleton de PenCon Foods sentiu que poderia ser mais esperto do que o coletor do diabo.

Quando ele assinou o contrato, vivia em um quarto em Laundromat em Chicago.

Agora, sua mansão era maior do que a maioria dos complexos de apartamentos, e ele ainda ansiava por mais.

Alfonso podia sentir o cheiro da ganância rolando, quando ele ficou no meio da mansão e os guardas armados ficaram espalhados ao redor de seus pés.

— Você realmente acha que poderia sair do seu negócio? — Alfonso perguntou suavemente.

— Eu... Eu posso lhe dar dinheiro, poder, o que quiser! — Conrad gaguejou histericamente.

— Não há nada que você possa me oferecer o que eu queira, meu velho, exceto o seu destino.

— Eu era uma criança! Nem sabia que eu estava fazendo! — Conrad gritou, ele rapidamente abriu uma gaveta e tirou uma arma, despediu-se rapidamente, e cada bala atingiu Alfonso no peito.

Alfonso ficou sob a chuva de balas, e quando o silêncio reinou mais uma vez, sua paciência estava no fim.

Cada pedaço de chumbo caiu fora de seu corpo quando as suas asas subiram de suas costas.

Ele caminhou em direção à mesa.

Conrad Pendleton olhou para a presença imponente, que vinha para ele.

Alfonso arrancou a alma de seu corpo em meio aos seus gritos.

Ele não sentiu pena deste homem. Os bolsos alinhados e o que realizou no banco eram mais importantes para ele do que qualquer outra coisa.

O homem implorou e suplicou por um perdão, mas não havia ninguém para dar. Mesmo que pudesse oferecer-lhe consolo, Alfonso sabia que ele não merecia isso.

Quando a alma lhe foi tirada às portas do inferno se abriram pelo ceifeiro.

Os cães do inferno cheiraram o pé de Conrad Pendleton, eles poderiam sentir o cheiro do medo, e seus gritos de medo e dor só animaram mais os animais.

Alfonso se afastou da cena grotesca jogando-o na frente dele. O ceifeiro arrastou o homem sangrando à distância.

Foi uma cena que tinha sido parte por muito tempo.

Ele queria a paz, mas seria um longo caminho antes que pudesse chamar a sua própria.

Ele teria que ter muito cuidado também.

Se alguém pegasse seu plano, ele seria mais condenado do que o Sr. Pendleton, gritando nas fossas escuras.