Fanfic: Prazer Misterioso *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Capítulo Três

O sino sobre a porta da lanchonete deu um soado animado, para anunciar que alguém tinha entrado.

Fuzz olhou por cima de sua revista, e seu queixo caiu de espanto.

Lá estava um homem lindo como um de seu programa de TV favorito ou um modelo daqueles homens sexy das revistas.

Seu cabelo loiro parecia pegar a torpe luz fluorescente da lanchonete, e os dentes, quando ele sorriu, fez querer lambê-los.

"Porra, esta é a noite para rapazes quentes. Anahí acha que ela pegou um quente... Ela deveria ver este menino grande!", Fuzz pensou enquanto afofava seu cabelo loiro oxigenado.

— Bem... Como você está nesta noite? — o tom açucarado doce do sotaque sulista de Fuzz colocava mais os dentes das pessoas na borda.

O homem sorriu ainda mais brilhante.

— Estou absolutamente fabuloso agora que encontrei este lugar.

— Você teve uma longa viagem? — Fuzz perguntou quando ele deslizou para o banco do balcão. — Café?

— Você poderia dizer que eu tive uma longa viagem. — ele sorriu e piscou. — Oh, o café seria perfeito.

Se ele soubesse quão molhada sua voz está me deixando...

Ela corou para onde seus pensamentos estavam indo.

— Então, o que traz você a pequena Merry? — Fuzz arrulhou.

— Oh, eu vim aqui com um amigo. Você pode tê-lo visto, de cabelo escuro, olhos verdes, e um longo casaco preto... — o homem deu-lhe um sorriso arrogante. — É uma espécie de sua marca registrada, o casaco.

— Oh sim, eu o vi. Ele esteve aqui há pouco tempo com Anahí.

— Hum, Anahí você disse? Quem é esta? — homem tomou um gole de seu café casualmente.

— Oh, ela é uma pequena coisa que trabalha lá no hospital, pensa que é toda poderosa, porque trabalha lá... — disse Fuzz levianamente, se inclinou sobre o balcão e sussurrou conspirando. — Mas se você me perguntar, ela não é tudo isso.

— Eu vejo... Eles vêm aqui muitas vezes? — ele sorriu e piscou.

— Anahí está aqui o tempo todo, mas esta é a primeira vez que a vi com ele. Eu não acho que ela já teve um homem. — Fuzz anunciou. — A menina não saberia o que fazer com um!

— Mas você sabe? — o homem perguntou suavemente.

Fuzz sentiu uma onda de desejo dentro dela.

— Você deveria ficar por aqui e descobrir...

— Talvez eu vá fazer exatamente isso. — o homem olhou para ela.

Seus surpreendentes olhos azuis pareciam ver profundamente dentro de sua alma.

— Alguém já lhe disse que você deveria ser modelo?

— Realmente?! — Fuzz riu lindamente. — Bem, você sabe, eu costumava estar naqueles concursos de crianças, e eu fui Miss Teen Rainha 83!

— E não é mais? Eu acho que você tem alguma beleza ainda... Como Miss Universo ou algo nesse sentido.

Finalmente alguém que vê o meu potencial!

Fuzz lambeu os lábios e colocou as mãos nos quadris.

Suas perguntas sobre Anahí e seu novo namorado foram esquecidas.

— Por que as perguntas sobre a minha carreira de modelo? Eu nem sei seu nome.

Ele pegou uma maleta prata do chão e descansou no balcão.

“Homem, ele a tinha, quando entrou?!”, Fuzz perguntou, mas ela percebeu que sua beleza só a impediu de perceber o que ele tinha em suas mãos.

— Você pode me chamar apenas “B”. Todo mundo faz. — a maleta abriu com um clique suave, e ele puxou alguns papéis. — Eu gostaria de lhe oferecer um negócio, um contrato do tipo que vai fazer seus sonhos se tornarem realidade.

— Quer dizer que você ainda pode obter a minha carreira de modelo?! — Fuzz perguntou em emoção e sem fôlego.

Não mais trabalhando em uma lanchonete caloteira! Sem gorduras, sem limpeza!

— Eu posso conseguir qualquer coisa que você quiser... Tudo que você tem que fazer é assinar isso. Mas vamos falar um pouco sobre isso, Ok?

B entregou-lhe o contrato, e no topo, em letras formais em relevo, ela leu escrito "Agência Beliel" em dourado.

— A proposito, você sabe em que turno Anahí trabalha no hospital? — B perguntou suavemente. — Por via das dúvidas, se Alfonso precisar saber...

— Depende, mas uma das enfermeiras da recepção vai saber se ele passar e perguntar. — Fuzz respondeu quando ela colocou seu foco sobre o contrato. — Hey, esse contrato diz que eu tenho que assinar com meu sangue!

— É apenas uma formalidade, minha cara... — B forneceu. — Vamos falar sobre o quão famosa eu vou fazer você primeiro.

Enquanto ele falava, Fuzz deu uma risadinha, ela se concentrava em sua nova carreira e não no cheiro de enxofre, que foi saindo dos papéis que segurava em suas mãos.

Alfonso tinha saído do estacionamento e lanchonete diretamente para New York.

Manhattan teve a sua habitual multidão na rua, mas ele atravessou a noite sozinho, sem rumo.

Nada do que passou ou mesmo o brilho da Times Square chamou o seu interesse, como costumava fazer.

A única coisa que estava em sua mente e que abrangeu todos os seus pensamentos era Anahí.

Ele sentiu um tremor percorrê-lo, quando se lembrou do beijo que haviam compartilhado. Seu gosto, seus lábios... Eram mais desejáveis do que ele tinha possivelmente sonhado.

Se ainda fosse um anjo no céu, ele teria desistido de bom grado da eternidade para tocá-la e ter o seu amor.

Agora que ele vivia em um reino que nunca ninguém queria ver, a escolha era muito mais fácil.