Fanfic: Dead by Daylight - A presa favorita da caçadora | Tema: dead by daylight, meg thomas, lgbt, orange, terror, violência, caçadora, the huntress
Meg acordou no dia seguinte um pouco confusa. Não se lembrava exatamente do que havia acontecido na noite anterior, mas aos poucos foi se recordando. "Meu Deus...", pensou, constrangida. Como olharia para Feng dali em diante? Será que sequer conseguiria fazê-lo?
Ouvia Claudette vasculhando as mochilas enquanto conversava com Dwight. Sentia cheiro de café sendo coado e de mato ao frescor da manhã. Isso lhe trouxe uma sensação de paz e tranquilidade, o que a motivou a se levantar. "Tenho que encarar isso.", pensou, enquanto se trocava para sair da barraca.
— Aonde está a aquela lente? — perguntou Claudette, para ninguém em especial.
— Olhe na mochila azul. — retrucou Dwight — O café está pronto.
Uma nova fogueira havia sido acendida, e haviam copos organizados ao redor dela, fatias de pão e um pote de pasta de amendoim.
— Ah, bom dia! — disse Dwight para Meg quando a viu saindo da barraca — Como foi sua noite?
— Ahm... foi boa. — respondeu, desconfiada.
— Bom dia, Meg. Tive a impressão de ter ouvido um grito durante a madrugada, o que aconteceu?
Meg teve de pensar um pouco para se lembrar do incidente do coelho, e riu.
— Um coelho me assustou. Não foi nada demais. — respondeu, se sentando sobre um pano esticado ao lado da fogueira. Deixou que Dwight lhe servisse um copo de café e agradeceu. Olhou ao redor e não viu Feng, isso lhe deixou um pouco mais aliviada, ao menos momentaneamente. — Obrigada. Onde está Feng?
— Já começou a fazer o mapeamento da área. Logo vamos nos dividir pra começar a coleta de dados.
— E é bom começarmos cedo, não podemos sair daqui até encontrarmos informações substanciais para essa pesquisa. O quanto antes começarmos, melhor. — disse Claudette, manuseando uma comprida lente fotográfica.
Nesse momento Feng reaparecia do meio da mata fazendo anotações numa prancheta.
— Ao sul temos cicutas de vários tipos... — dizia, enquanto anotava distraída — o que achei perturbador foi que parecem estar ordenadas demais, como se... como se alguém as cultivasse.
Sua expressão de dúvida rapidamente se transformou quando viu Meg acordada, corando expressivamente. Dwight pareceu perceber, e logo voltou seu olhar para Meg, que voltou seu olhar para ele.
— Eu posso saber o que... — começou a dizer, em tom cheio de graça, quando Claudette o interrompeu:
— Você disse cultivadas? Não é possível, ninguém frequenta essa reserva, nem mesmo a guarda florestal costuma patrulhar aqui.
Feng engoliu a seco, tentando disfarçar sua vergonha e respondeu:
— Vamos começar por lá, eu lhes mostrarei. Posso estar errada, mas...
— Vocês ficaram. — desatou a rir Dwight.
— O... o quê?
— Como? — disseram as duas ao mesmo tempo.
— O que é isso, Dwight? — repreendeu Claudette, confusa.
— Ah, parem com isso! — ele ria — Por que ela ficaria tão vermelha ao te ver, Meg? E eu bem que jurei ter ouvido alguns murmurios durante a noite...
Meg lhe desferiu um leve soco no ombro.
— Cale a boca, idiota! — mas também ria da ousadia do amigo. — Sua imaginação é fértil demais.
Claudette continuou perplexa com a situação embaraçosa, e resolveu mudar de assunto.
— Sim, Feng, começaremos a pesquisa por lá.
— Você é um babaca. — sussurou Meg para Dwight, com um risinho.
— Depois quero saber de tudo. — riu ele em resposta.
Depois de terminarem o café da manhã, recolheram todo o equipamento de que precisariam: câmeras, pranchetas, coletores, mapas e recipientes de coleta. A manhã estava bonita, e a luz que penetrava por entre a sombra das árvores refletia um efeito divino. Aves piavam de todos os cantos, e uma leve brisa acariciava seus rostos. Feng foi na frente, orientando os colegas.
Chegaram ao local depois de quinze minutos de caminhada.
— Olhem. — disse Feng, indicando uma área cheia de cicutas brancas.
Claudette se aproximou, curiosa. As cicutas realmente estavam organizadas numa área bem delimitada.
— Elas não se espalharam de forma disforme... — sussurrou, mais para si mesma do que para os outros. Tirou algumas fotos com a câmera e depois observou as plantas mais de perto. — Isso é incrível... nunca vi cicutas como essas.
— Elas foram... cruzadas? — perguntou Feng, observando as características diferentes das plantas.
— Não, isso não é possível. — respondeu Claudette — Não sem a interferência humana, e não sem um pleno conhecimento botânico.
— Parece que começamos bem. — disse Dwight, fazendo anotações na prancheta.
— Por que elas seriam cruzadas? — indagou Meg.
— Para criar uma espécie híbrida. Para diminuir seus efeitos tóxicos, ou para aumentá-los... — respondeu Claudette, intrigada, colhendo amostras com uma luva de borracha.
— Isso não seria um bom sinal. — disse Dwight — Por que alguém iria querer torná-las ainda mais venenosas?
Um silêncio pairou entre eles, que ficaram abismados com o achado.
— O professor Hoffins gostará de ver isso. — respondeu Meg.
Passaram o resto da manhã colhendo amostras, anotando informações e tirando fotos. Registraram tudo o que puderam antes de retornarem ao acampamento. Durante a volta, Meg pareceu ouvir um passo a certa distancia atrás deles, mas quando olhou viu apenas a mata, imponente e sábia. "Não fique paranoica", pensou.
Para o almoço, ferveram mais água na fogueira e prepararam macarrão instantâneo, arroz parboilizado e abriram duas latas de ervilha em conserva. Tinham de economizar os alimentos, pois não tinham certeza de quando exatamente terminariam a pesquisa. Precisavam coletar o máximo de informação possível.
Durante a tarde recomeçaram a pesquisa. Se separaram em duas duplas: Dwight com Meg, e Claudette com Feng. Meg ficou aliviada e ao mesmo tempo triste, pois queria passar um tempo sozinha com Feng para que talvez pudessem conversar sobre o que havia acontecido na noite anterior.
— Nos encontraremos de volta no acampamento às 19 horas. Não devemos ficar na mata ao escurecer, seria dificil achar o caminho de volta. Façam marcações e fiquem sempre atentos ao mapa. Vamos tentar achar o riacho para tomarmos banho amanhã. — instruiu Claudette.
E assim cada dupla seguiu para um lado, munidos de seus equipamentos e outros itens de sobrevivência.
Depois de alguns minutos de caminhada, Dwight resolveu quebrar o silêncio:
— Me conta, Meg, aconteceu algo entre vocês duas, não foi?
Meg refletiu por um momento e não achou razões para mentir.
— Ah, seu filho da puta! — riu ela — Sim, aconteceu.
Dwight se desatou a rir.
— Não acredito! Eu não sabia que Feng... sabe, não sabia que ela gostava.
— Eu também não sabia, mas nós bebemos e... acabou acontecendo. — Meg se sentia um pouco envergonhada e sentiu seu rosto corar.
— Então além de tudo você escondeu a bebida de mim?
— Não foi isso... — riu Meg — acontece que agora não sei como agir com ela, é estranho.
— Foi assim quando eu e o Jake ficamos pela primeira vez. — confessou ele — Mas é completamente normal. Vocês até que formam um casal bonito.
Dwight riu e eles continuaram a caminhar.
— Depois conversamos mais sobre isso. Temos uma boa distância pra caminhar antes de chegarmos onde a Claudette designou. Ela disse que é uma área pouco explorada.
— Pouco explorada, então? Talvez a gente ache algumas coisas interessantes por lá.
Caminharam por quase 1 hora, renovando a camada de repelente a cada 20 minutos e então entraram numa parte em que a mata era ainda mais fechada. Era de difícil acesso e a visibilidade era baixa. Se esgueiravam por entre os galhos pontiagudos, sofrendo leves arranhões nos braços e cotovelos.
— Veja. Parece que a mata começa a abrir por ali. — disse Meg.
— Sim, deve ser o local que Claudette nos apontou.
Seguiram para onde a mata se abria e o que viram em seguida os deixou perplexos.
— O que significa isso? — perguntou Meg, assustada.
— Eu pensei que aqui não fosse habitado...
Autor(a): lanabanana666
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