Fanfics Brasil - Capítulo 10 Skip Beat Caminhos Do Coração

Fanfic: Skip Beat Caminhos Do Coração | Tema: Skip Beat


Capítulo: Capítulo 10

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Takumi auxiliou a equipe com os últimos preparatórios. Ren e kyoko de folga revisaram o roteiro em suas casas e leram o capítulo final . Kyoko ao terminar de ler ficou perdida, o beijo ao qual o diretor se referia era muito mais intenso do que esperava, ela tentou se imaginar beijando Tsuruga-san apaixonadamente, seu nariz começou a sangrar e seus espíritos a tapeavam para que ela voltasse a realidade. Ela censurou a imagem. Imaginar aquilo só a deixaria mais travada e insegura.


A jovem decidiu que na hora iria fazer como estava escrito no roteiro, afinal ela era ou não uma atriz? Se o diretor quisesse um beijo apaixonado então ela iria fazê-lo, mesmo sem saber como. Essa era a estratégia dela, seu futuro como atriz e seu orgulho estavam em jogo. Ela sabia que teria que fazer direito e que não seria nada fácil. Se ela errasse eles teriam que repetir a cena e isso com certeza iria incomodá-lo. O próprio Ren havia lhe dito que só ela poderia considerar o que é ou não um beijo de verdade e que ela precisaria se preparar pois ainda haveria o dia de ser ordenada a beijar diante das telas, ou o que fosse. Mas não sabia que esse dia estava tão próximo. Ainda mais se tratando de Ren Tsuruga.


Quanto a Ren, ele não acreditou quando leu, ele não fora informado de que haveria um beijo entre os dois. Ele se arrepiou ao visualizar a cena em sua cabeça. Seria muito ariscado, ele poderia se descontrolar e envergonhá-la na frente de todo o set. Ela ficaria tão confusa e temerosa pondo em risco o resto das filmagens. Já podia prever em sua expressão abalada, pensando que ele havia usado o filme para tirar vantagem dela. Ainda lhe incomodava o fato pensar que o primeiro beijo deles seria exposto para todo o país, não que ela sentisse algo por ele, simplesmente porque fora obrigada a isso. Não havia como se enganar, ele estava com tanto medo quanto ela.


Ele parou de pensar e deu tapinhas em sua cara, precisava se focar mais. Quem ele era? Ren Tsuruga, o número um do Japão, ele não iria estragar nada, ele era um profissional dedicado. E ela? Kyoko Mogami, a garota por quem estava apaixonado a três longos anos.


Iria fazê-la entender que aquilo não era atuação, que ele realmente a amava, que ela significava tudo para ele. Faria de tudo para ser notado e se ela ainda não o compreendesse, iria se confessar depois do filme. Assim iria assegurar o futuro do filme e por em prova seus sentimentos. Foi o que decidiu, não iria voltar atrás agora.


 


Nos dias seguintes eles se encontraram no estúdio, todos se cumprimentaram. Tsunayoshi e Yukina estavam de folga e Shota já estava vestido de Sakai, com cabelos negros. Eles almoçaram juntos. Kyoko e Ren foram para seus vestuários. Ela vestiu uma linda yukata cor-de-rosa com flores vermelhas estampada e uma faixa branca em sua cintura. Kyoko estava de cabelo preto, a cabeleireira lhe fez uma franja do lado esquerdo e jogou parte de seu cabelo para frente dos ombros enquanto pegou um pedaço do resto de trás e fez duas tranças formando um lanço com elas e prendendo uma rosa vermelha um pouco acima de sua orelha direita. A maquiadora também caprichou, usou pó branco, lápis, rímel, sombra e um brilho vermelho claro. Ela ganhou maturidade e fineza, estava maravilhosa naquela roupa, parecia ter sido feita só para ela, quem visse poderia achar que ela era uma princesa de verdade.


Do outro lado estava Ren, com cabelo castanho claro e com um rabo de cavalo comprido. Ele vestia uma armadura de samurai negra e vermelha com detalhes dourados e segurava uma katana de prata com escritas douradas, assim como a bainha. Sua armadura e espada eram muito mais requintadas que as de Shota e dos outros figurantes, afinal ele seria o capitão.


Ao se aproximar, kyoko chamou a atenção de todos ao redor, Ren ficou boquiaberto a encarando, fascinado com sua beleza estrondosa. A garota se sentiu envergonhada ao ver tantos olhares direcionados em sua direção. Shota aproveitou a deixa e a elogiou. O diretor os chamou e os mandou se posicionarem até dizer "Ação!"


No dojo os espadashins treinavam sob a vigilância de seu capitão. Eles bradavam suas espadas. De repente konan sente uma mão em suas costas.


–Treine comigo Konan-san.


–Você deve adorar perder para mim Sakai. – ele sorriu


–Hoje você provará da derrota capitão.


–Me mostre o que tem. – ele estende o braço e faz sinal com a mão para Sakai se aproximar


Eles sacaram a espada velozmente e foram ao ataque, o vice estava na defensiva quase perdendo quando eles escutaram batidas na porta. Os dois se detiveram e konan foi abrir a porta, vendo kykyo sorrir ao atendê-la.


–Hijikata-san! – ela já ia entrando quando ele tampou a passagem com seus braços.


–Vai embora menina, estamos ocupados. – e fechou a porta na cara dela.


–C-ca-ca-capitão!- Sakai estava boquiaberto


Ela ficou parada na porta de braços cruzados olhando incrédula para a porta até que Sakai a abriu e se ajoelhou encostando a cabeça no chão.


–Por favor perdoe a insolência do capitão.


–Hunf! Quanta indelicadeza, precisa melhorar sua educação Hjikata-san. – ela disse em reprovação


– Tanto faz. O que você quer? Está atrapalhando, cai fora. – ele disse sem encará-la


–Capitão! – Sakai grita desesperado – Você está louco? Olha como quem está falando.


–E com quem seria? – ele pergunta indiferente


–Ela é a Hime-sama, kykyo Hyokawa! – ele respondeu exasperado


Ele permaneceu estático tentando entender o significado daquelas palavras, ele havia mostrado uma tremenda falta de respeito com a princesa, se ela quisesse ele já estaria morto. Konan se curvou e encostou a cabeça no chão.


–Gomenasai Hime-sama. Eu não sabia, por favor me perdoe. É livre para me punir como desejar.


–Que foi capitão? Foi só você ouvir meu nome que você se curva. Onde está aquela hostilidade de antes? Eu odeio isso, só de você saber quem sou você já muda totalmente sua atitude comigo.


–Claro, você é a grande princesa, como iria saber? Antes disse tantas barbaridades na sua frente e você nem falou nada.


– E agora você vai me tratar diferente capitão?


–Hai, Hime-sama.


–Então venha comigo, hora da sua punição.


Eles saíram do dojo, Sakai desesperado, já pensando na morte de seu líder.


O diretor gritou corta e agradeceu a todos. Ele partiu para a outra cena. Os figurantes saíram. Konan e Sakai conversavam


–E aí konan-san, como foi em sua missão?


–Mais um trabalho bem feito.


–Estávamos preocupados, você demorou muito.


–Eu tive algumas – procurou a palavra por um segundo - distrações no meio do caminho.


–Algo envolvendo uma garota? Quem sabe uma princesa, mais precisamente. – ele disso com uma voz acusadora


–Não. – ele mente – Apenas fui comprar alguns mantimentos. – o que no caso era verdade


–Capitão eu não quero lhe repreender mas isso não vai prestar, se kyokawa-sama descobre ele lhe mata.


–Não há o que descobrir Sakai.


–Não tente me enganar Konan-san, eu vi vocês dois se abraçando. Você deveria parar de vê-la


–Ela quem vem atrás de mim.


–E você concede! Isso está errado, muito errado! Eu temo por você konan-san.


Konan apenas escutava seu vice se preocupar. Ele ficou pensativo, ponderando sore o que deveria fazer. Eles escutaram batidas na entrada. O vice-capitão se levantou, pegou a katana e foi até a porta. Era kykyo


–Boa noite Sakai-san.


–Boa noite Hime-sama,a que devo sua presença em nosso dojo?- ele já podia imaginar


–Por acaso konan-san está aí?


–Não, hoje é meu dia de vigia. – ele disse de má vontade


–Vamos trocar de turno Sakai, você pode ir para casa. – ele aparece vindo dos fundos


–Capitão, você... – ele fica cabisbaixo por ser pego na mentira


–Eu posso assumir daqui, tire o dia de folga. –ele chega a porta


–Mas capitão eu...


–É uma ordem, - ele o corta - está liberado.


–Você quem sabe, só não diga que não lhe avisei. – ele foi irritado e lançou um olhar irritado sobre os dois


–Acho que ele não gosta de mim.


–Ele não gosta mesmo.


–Uau você disse mesmo. Eu já sabia, mas por que não?


– Ele acha perigoso para mim me aproximar de você.


– Perigoso? Ele deve estar com ciúmes.


–Ciúmes?


–Sim, ciúmes porque eu lhe monopolizo. – ela pisca para ele


–Haha, você pensa que me monopoliza? – ele riu


–Então o que estou fazendo agora? – ela se aproxima com um olhar sedutor


–Tentando seduzir um homem mais velho em um dojo vazio. – ele tentou se controlar e não parecer muito afetado


–E estou conseguindo? – ela afunda mão entre o cabelo dele


–Céus, e como! – ele responde sem saber se era konan ou ele mesmo naquele momento


–Que tal te mostrar o que é perigoso de verdade?


Kykyo escorregou as mãos e envolveu o pescoço do guerreiro enquanto atirava seu corpo ao dele. No fundo kyoko mal sabia o que estava fazendo e estava explodindo de vergonha por dentro. Konan estava surpreso, a urgência o levou a abraçá-la forte contra si. Ren inconscientemente se curvou e lhe beijou no pescoço, o que não estava no script. Kyoko ficou mais confusa ainda, seu coração batia forte. Eles haviam perdido totalmente o rumo da cena porque agora Ren estava descendo as mãos em sua cintura. O ator sente um leve tremor vindo dela e volta a si ao perceber a situação. De repente ele a solta e começa a rir ao afastá-la. Ela se perguntava se seria outro dèjá vu. Se antes estava confusa agora estava perdida e desnorteada. Konan deveria enxotá-la depois do ocorrido, deixando-a irritada, entretanto lá estava ele, parado no lugar e rindo alto.


–Haha, você é demais kykyo. – totalmente improvisando


–Do que você está rindo? – ela não o compreendia


–Você se dá muito crédito, princesa. Você não é lá tudo isso, sabia?


–Qual o seu problema konan? O que está querendo dizer? – ela fica ofendida – "Aonde ele quer chegar?"


–Não é apropriado,uma princesa flertando assim. Que decepção, você é tão fácil... – ele a insulta


Konan cruzou os braços e a encarou friamente. Kyoko ficou boquiaberta, como deveria reagir a essa ofensa? Do nada Ren lhe deu um olhar de desgosto. Algo estava errado, ele dava a impressão de que queria ser estapeado? É isso! Mas ela jamais ergueria a mão contra o precioso rosto de Tsuruga-san! E se ela ferisse aquela face perfeita? Ele só podia estar louco com uma idéia dessas. Não podia ser.


–O que foi kykyo? Você quer tanto assim passar a noite comigo? Você acreditou mesmo que eu sentisse algo por você? – ele a indaga, se fixando diante dela


Meu Deus, Ren Tsuruga queria mesmo levar um tapa. Pensando bem essa seria a deixa de kyoko, a princesa tão indignada e triste sairia chorando as pressas do dojo, desiludida com o coração partido e humilhada com essas palavras tão insensíveis e cruéis. Pelo menos essa foi a única possibilidade final para a cena. Kykyo abaixou a cabeça e deixou algumas lágrimas correrem soltas. Konan se sentiu arrasado, ele tocou seus ombros e quando viu ela havia erguido a cabeça para em seguida lhe dar um forte tapa no rosto. Konan ficou ainda mais angustiado ao vê-la chorar com uma expressão de decepção e tristeza. Ele tentou segurá-la porém kykyo apenas se afastou evitando seu toque e lhe dirigiu a palavra.


–Nunca mais fale comigo, konan Hijikata.


–Kykyo... – ele murmurara aflito, estava arrependido


Ele desvia o olhar e aperta com força os punhos, sem coragem de impedi-la . Era tarde demais e Sakai estava certo, era muito arriscado. Kykyo correu com tudo em direção a saída e foi embora ainda chorando. Ele se aproxima da porta para observá-la se afastar do dojo e quando ela finalmente estava fora de vista ele se escorou ao vão da porta e se deixou cair. Uma lágrima escorreu em seu rosto. Konan olhou para onde ela havia sumido e passou a mão sobre o local onde fora estapeado.


–Eu sou o pior... – ele se encolhe triste e permanece naquela posição


–Corta! Kyoko-chan já pode voltar.


A garota vai até eles sem olhar para Ren. "Eu bati em Tsuruga-san, eu bati em Tsuruga-san." Ela se repetia mentalmente, já podia sentir seu corpo sendo retalhado em mil pedaços. O diretor se levantou da cadeira e avaliou seus dois protagonistas.


–Tipo assim... vocês fugiram totalmente do roteiro, francamente nem sei se poderei usar essa cena, o final saiu tão tenso. E de novo essas escorregadas Ren? Quantas foram dessa vez? – ele o indagou exasperado


–Me desculpe diretor, eu me perdi na cena. Se o senhor quiser podemos regravá-la de acordo com a original.


–Na verdade eu gostei desse espetáculo que vocês fizeram. Houve tantas emoções e expressões faciais, talvez seja um desperdício não aproveitá-las. De fato essa improvisação irá comover mais as pessoas. O problema agora é que vocês terão de dramatizar mais a cena do próximo encontro deles, vocês são capazes disso?


–Hai! – os dois falaram em coro


–Muito bem. Kyoko-chan você está liberada. Ren filmaremos sua última cena de hoje. Descanse e retorne em meia hora.


Eles se separaram e Ren foi para seu camarim. Ele lavou o rosto e se jogou em sua poltrona só para se levantar ao escutar uma batida. Era kyoko segurando um saco de gelo .


–Gomenasai Tsuruga-san! – ela tremia fazendo a dogeza


– Não se preocupe Mogami-san, fui eu quem a induzi a isso. Além do mais eu merecia um tapa mesmo.


–Nani? Como assim?


–Eu estou estragando o filme, eu nem era Konan antes de improvisar aquelas falas.


–Ainda não entendi direito... De qualquer forma, você não está estragando o filme, deve ser minha culpa por não conseguir lhe acompanhar. Deixe para lá. Vamos cuidar de seu rosto. Eu não suportaria ver seu rosto inchado ou deformado por minha causa.


–Mogami-san não foi nada.


–Shhh, eu insisto Tsuruga-san.


Ela entrou no camarim e fechou a porta. Ren se sentou na poltrona enquanto ela pressionava de leve o gelo na área onde estava a marca vermelha de sua mão. Kyoko passou uma pomada na região e espalhou com os dedos. Ela corou ao ver Ren encará-la tão de perto. Ele sorriu para ela fazendo-a corar e desviar o olhar enquanto passava o gelo nele. Eles ficam em silêncio enquanto o tempo passa. A garota sente sua mão queimar repentinamente e desencosta o saco do rosto dele. Qual não foi seu pavor quando viu as bochechas dele quase queimada com o gelo.


–AhhH! – ela grita horrorizada – Eu queimei você Tsuruga-san!


–Ahn? Ah eu nem percebi. – ele confessa distraído – Meus pensamentos tomaram conta de mim.


–Nani? Ai meu deus e agora? Como você vai aparecer lá com o rosto assim? Eu estou perdida! Vem comigo Tsuruga-san vamos aquecer um pano e passar aí.


– Não precisa Mogami-san. – ele fala achando graça da situação


–Tsuruga-san, não reclame, vamos dar um jeito!


–E aqui vamos nós, de novo. – "Não que eu me importe na verdade..."



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Autor(a): aelita

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