Fanfic: Skip Beat Caminhos Do Coração | Tema: Skip Beat
Aquela situação toda era muito desconfortável. Ele agia de forma costumeira e nem parecia incomodado como no dia anterior, o que significava que a situação era grave pois quanto mais ele reprimia, mais alarmante era o caso. Ele era só de aparências enquanto seu orgulho e coração estavam feridos, isso ao mesmo tempo em que mergulhava em um mar de tormentos e era puxado por um furacão de desilusões. Kyoko estava inquieta e arrependida, não conseguia encará-lo, sempre desviando o olhar com receio e o evitando. A jovem Takarada resolveu interceder, tinha sido sua culpa no fim das contas. Ela os chamou para andarem a cavalo. Cada um subiu em um animal e a menina instruiu a amiga como andar. Lory, Maria e Ren dispararam na frente e quando ela deu uma batida no cavalo ele saiu com tudo. O cavalo estava desenfreado e logo ela ultrapassou os três, havia se esquecido de como frear o bicho. Ela começou a gritar desesperada e os outros lhe mandaram puxar a rédea. A garota fez Omo pediram e puxou a corda com força, fazendo o animal arrear e quase empinar. Os três a alcançaram e ela ainda estava estática em choque. Ren não conseguiu disfarçar sua preocupação e desmontou para ir até ela.
–Que susto você me deu! Quer que eu lhe desça? – Ren perguntou cuidadoso
–S-sim – ela disse desnorteada
–Mogami-kun, dê outra chance ao Rudolf-kun, ele é bem dócil, você só precisa saber guiá-lo direito.
–Presidente eu senti minha vida se esvair agora a pouco, não sei fazer isso e não subo nunca mais nesse aí!
–Tsc tsc, nee-san você não escutou minhas instruções, é tão fácil, comecei a andar aos 5 anos de idade.
–Você pega o jeito com o tempo.
–Está decidido então, Ren suba no estribo e guie Rudolf-kun para Mogami-kun.
–Presidente, eu não acho que isso seja uma boa idéia – "agora ele vai ficar ainda mais bravo comigo!"
–Claro presidente – ele sorriu – "pior que isso não pode ficar, eu não posso me desanimar, não quero que nada tenha sido em vão, eu preciso mudar essa situação" – Chegue um pouco para trás kyoko.
–Ren você não precisa se forçar a isso.
–Eu sei – ele sobe no cavalo – mas se não fizer isso você vai continuar me evitando.
–Eu não estou lhe evitando – percebeu a falta de verocidade em suas palavras
–Não, é?
–Não mais – ela deu um sorriso torto tentando amenizar a situação
–Assim espero – ele ergueu a rédea e deu um chute de leve no bicho – Segure-se firme
Eles começaram a trotar e seguiram em frente. Os quatro percorreram todo o campo a galope sem muito velocidade. Foi aí que Lory resolveu apostou uma corrida com Maria e eles sumiram de vista.
–Se não nos apressarmos nunca vamos alcançá-los. –"esses dois querem me deixar sozinho com ela de novo?" – Kyoko se segure, vamos correr- ele deu um chute forte
–Correr? – sentiu um solavanco interrompê-la – Ahh!
–Você vai cair se não se segurar direito!
Depois de ouvir isso ela se agarrou em suas costas e o apertou firmemente. O vento soprava em seus cabelos e só podia ouvir o trote do cavalo sobre o gramado, cortando o ar por onde passava. Kyoko enterrou a cabeça nas costas dele com medo de olhar para os lados e se desequilibrar. Ele pediu para que ela erguesse a cabeça e aproveitasse a vista e a brisa passando por eles. Ela o segurou mais forte e se permitiu olhar em volta. Não sentiu mais o perigo como na vez anterior, ali agarrada a Ren sentia-se segura e poderosa, poderia fazer qualquer coisa. Kyoko o apertou mais forte e sorriu para ele. Os dois continuaram o galope até decidirem voltar, o presidente e Maria já os aguardavam. Pelo visto o pai de Maria havia voltado de viagem antes do previsto e iria buscar Maria após o jantar, aparentemente os dois iriam viajar até o final da semana . Lory espalhafatoso com sempre contratou de última hora uns dançarinos e mandou os cozinheiros prepararem um banquete caprichado. O presidente ainda chamou Jelly para auxiliar no visual deles. Maria perguntou se já haviam feito as pazes e kyoko respondeu que não sabia ao certo.
Ren foi dormir um pouco, estava cansado de cavalgar a tarde inteira, pelo menos as coisas entre ele e a garota clarearam um pouco. Depois de acordar e ser arrumado por Jelly, ele foi ao salão onde se encontrou com os homens Takarada. Pouco depois chegaram as duas jovens todas produzidas. Ren ficou abobalhado com a beleza de uma em particular, kyoko estava com o cabelo preso e um vestido rosado curto e justo realçando suas curvas. O salto e o leve decote lhe davam um ar adulto e sensual. Ele estava boquiaberto e quando se recompôs percebeu que o presidente segurava um prato sobre seu queixo.
–Não babe Ren – ele riu não perdendo a chance de importuná-lo
–Muito engraçado, presidente.
–Maria cresceu tanto.
–Filhos crescem rápido, quando você se dá conta já são adultos independentes e somem do mundo – ele disse lacrimejando
–Você não me engana com seu teatrinho fajuto oyaji.
–Otou-san! – Maria chega correndo
Eles se abraçam com carinho e se sentam um ao lado do outro. Kyoko senta ao lado de Ren e Maria para variar. Logo entram alguns garçons servindo aperitivos exóticos. Em seguida vieram os dançarinos. Eles interromperam o espetáculo para jantarem e depois as apresentações prosseguiram. Para a surpresa deles uma dançarina puxa Ren, dois dançarinos puxam kyoko e Maria enquanto Jelly puxa Lory, o pai de Maria preferiu apenas ficar sentado olhando. A atriz se sentiu envergonhada e desconfortável com aquilo. Seu desconforto aumentou ainda mais ao ver a dançarina sorrir nos braços de Ren enquanto dançavam. Aquilo a incomodava tanto que ela nem sabia explicar. Por que aquilo a perturbava? Deu um pulo de susto ao receber uma leve soprada em seu ouvido.
–Oi, eu sou o seu acompanhante sabia?
–Me desculpe, eu não estava prestando atenção.
–Relaxe e siga meus passos senhorita, isso é, se você conseguir. – ele pisca desafiando
–Se consigo! – ela sorriu empolgada com o desafio
Eles continuaram dançando entretidos. O homem dançava de forma descontraída e sedutora. Ren estava tentando se controlar e não parecer enciumado, lançava olhares fulminantes ao dançarino acompanhados por suas ondas de ódio.
–Haha que divertido, você não acha? – ele sussurrou
–Ano, eu me sinto um pouco desconfortável aqui.
–Eu sei, faz parte, mas está funcionando.
–Funcionando o que?
–Ele está com ciúmes. Ei não olhe agora, ele está nos encarando.
Ela não resistiu e seu olhar foi de encontro com o de Ren, ele parecia inquieto e irritado, indicando que logo o Rei Demônio se libertaria. Quando a música parou ele tirou os braços da dançarina de seu redor e lhe falou algo para em seguida se dirigir até kyoko e o dançarino.
–Com licença, você me cede a próxima dança kyoko? –ele oferece a mão
A garota assente surpresa. Ele posiciona as mãos sobre sua cintura e a puxa para perto. Ela fica meio incerta mas repousou os braços em seu ombro. Os dois começaram a se mexer seguindo o ritmo da música. Por alguns segundos ela apenas fechou os olhos deixando-se levar pelo embalo da dança. O jovem contemplava a imagem com gosto, ela abriu os olhos e se deparou com seu sorriso radiante e verdadeiro. Ren aproximou o rosto e sussurrou em seu ouvido:
–Ainda não pude lhe dizer, você sempre foi linda porém hoje está excepcionalmente bela.
Ela agradeceu envergonhada e desviou o olhar. Ele deu um sorriso fraco, satisfeito com a reação já prevista. Os dois estavam se divertindo mas o clima entre eles ainda não estava entre os melhores. Ren não sabia ao certo como puxar o assunto e kyoko não se sentia confiante de se abrir com ele ali no meio do salão.
Maria estava dançando animada com seu pai e Lory estava com Jelly. Os dançarinos começaram a agradecer o presidente e ir embora. A Mogami aproveitou e puxou Ren para fora dos olhares aguçados do presidente, afinal ela ainda precisava se desculpar propriamente. Ren havia ficado surpreso com aquilo e a seguiu calado. Os atores chegaram a uma das sacadas principais do castelo e antes que Ren pudesse perguntar algo ela o interrompeu.
–Eu ainda não pude me desculpar por ontem.
–Ah, é disso que se trata – ele coça a cabeça já imaginando o que viria
–Gomenasai Ren – ela faz dogeza
–Eu já esqueci isso kyoko, por favor se levante. Eu não estou mais irritado, porém gostaria de saber por que... – ele se arrepende de ter iniciado a frase – "De que adianta? Eu já sei a resposta mesmo e não quero um choque maior que o de ontem"
–Saber o que?
–Não, nada, está desculpada.
–Hontoni? Mas o que você queria me perguntar?
–Por que você disse que não queria beijar justamente comigo, é algo pessoal?
–Ah eu... – "gulp, não devia ter insistido " – estava nervosa, não é que eu não queira b-beijar você especificamente – abaixou a cabeça e tampou o rosto com as mãos
–Sinto muito que a idéia lhe seja um estorvo mas você sabe que iremos nos beijar, no filme, quero dizer - " e futuramente quando possível"
–É que eu não tenho experiência nisso e o meu primeiro beijo não foi uma das minhas melhores recordações – fecha os punhos em raiva, seus demônios já começam a amaldiçoar Shou –"ele ainda me paga" – Portanto creio que não devo beijar bem e devo errar na hora o que irá causar problemas para você.
–Ahn? Por isso aquela reação... –" e eu já pensando o pior, tomara que seja apenas isso mesmo" – Não se preocupe, é natural que você saiba como fazer quando chegar o momento.
–Mas e se eu não souber? Moko-san disse que no pior das hipóteses eu poderia bater o dente ou acertar o nariz.
–Acertar o nariz? Haha – começou a rir – Impossível.
–Ué, vai saber? Eu sei que é o nosso trabalho, mas de qualquer forma não gostaria deixá-lo desconfortável.
–Então esse tempo você só pensou em mim? – ele a observou acenar com a cabeça e progrediu – Ano, kyoko sabe o que é o mais impossível?
–O que? - " mais que acertar o nariz?"
–É impossível eu não gostar do seu beijo.
–V-verdade? – "Quer dizer que ele acha que eu devo beijar bem? Por que me sinto tão feliz? " – Se bem que para não fazer feio pensei em pedir para Shota-san me ensinar.
–Não! – ele gritou exaltado – Nunca peça algo assim para ninguém! Entendeu? – ele perguntou aflito
–H-Hai!- seus fantasminhas se juntaram alarmados – "Ah, o Lorde Demônio! Esse olhar, o que fiz dessa vez? Ahh! " - ela se encolheu envolvendo o rosto com os braços – Não m-me m-mate Ren.
–Kyoko, você acha que eu ia gostar de vê-la beijando outro?
–O-outro? – "ele está se referindo a algo parecido quando Shotaro roubou meu primeiro beijo?"
–Você realmente não entende como são os homens.
–I-isso é algo ruim?
–Não é ruim, é só, inconveniente. – "principalmente para mim" – O que quero dizer é que você pode me pedir qualquer coisa e eu sempre lhe dei essa liberdade mas ao invés disso você prefere recorrer ao Shota. Por que? – ele pergunta irritado
–P-porque eu queria lhe impressionar? Para não fazer feio na sua frente.
Ele viu a face receosa e arrependida de kyoko, ela não tinha culpa, só a melhor das intenções. Ele tampou o rosto e se escorou na parede. Por que ela era assim? Seu jeito de agir e pensar eram sempre incomuns e isso só a deixava mais interessante e desejável a seu ver. Essa pureza eram um de seus charmes, talvez o maior, acompanhado por sua ingenuidade. Ele respirou fundo, de nada adiantava, ele já estava completamente vencido por ela. Ren voltou-se para ela e acariciou sua cabeça enquanto sorria serenamente.
–Desculpe minha indelicadeza, fui intolerante com você.
–Não, você estava certo, fiz bobeira ao pensar naquilo, mas já havia descartado a opção logo no início.
–Sim, se tiver problemas é só falar comigo, irei lhe ajudar com o que for. Agora vamos voltar, precisamos nos despedir de Maria.
–Mas presidente, se Maria já foi qual o sentido de não voltarmos ao trabalho?
–Não creio que seja uma boa idéia tirar os dias de folga de Takumi, ele sempre exagera e fica sem tempo para a família. Tsunayoshi e Yukina também estão entretidos em seus encontros e Shota gosta de folga por si só. Além disso, como vocês já estão aqui aproveitem os dias restantes para ficarem.
–Entendi, porém não seria melhor se voltássemos para a cidade?
–Você não está gostando daqui Mogami-kun? Não fui um bom anfitrião? – ele já fez sua cara chorona e Ren revira os olhos
–Não, eu amei tudo, é só que o motivo da nossa hospedagem acabou e não quero causar mais incomodo ao senhor – prontificou Kyoko
–Incômodo nenhum, gostaria que vocês aproveitassem ao máximo o resto da semana, tem muito a se fazer por aqui.
–Tudo bem, mas eu não entendo a vinda repentina do pai da Maria. Isso foi meio esquisito.
–Ele resolveu vir para uma reunião de última hora e como ficou com tempo livre pegou Maria e resolveu ficar o resto da semana com ela.
–Verdade? Quem bom para Maria! Ela deve ter ficado muito feliz. – ela comenta alegre
–"E mais uma vez ela é enganada pelo presidente" – suspira – É mesmo, nunca seria um plano do presidente para me deixar sozinho com kyoko. – " conte a ele agora"
–Sozinho? Você não vai ficar, presidente?
–Não, sabe como é, eu acho que vou ficar um pouco com eles. Também preciso de um tempo com a família. Volto para buscar vocês depois, se divirtam! – ele sai rapidamente sem dar chance de recusarem
Apesar dos protestos de kyoko, o presidente e seus empregados pegaram as malas e foram embora deixando ambos pasmos. Kyoko se desculpou por estar preso por uns dias com ela no castelo. Ele respondeu que estava bem, seria um chance de se divertirem juntos. Ela o convida para ir até o rio, sem pesca inclusa dessa vez. Os atores foram até a ponte, se sentaram na margem do rio e ficaram conversando. Ren tirou os sapatos, dobrou a barra da calça e pós os pés dentro d'água. Kyoko se divertia só de olhar a imagem refletida na água, eles pegaram pedras e tacaram na superfície fazendo ondulações por onde elas quicavam. A jovem pegou Corn e o esticou no ar, viu brilhar vários tons de roxo, espectros de luz solar refletidos pela pedra. Nesse momento um pássaro fez um vôo rasante para pegar a pedra, ela baixou o braço e se apoiou em Ren para desviar da ave, fazendo-o cair no rio. Ela gritou surpresa com o próprio descuido e grata por ali ser raso. Ren se levantou e depois de fazer uma careta pediu ajuda para sair. Quando ela ofereceu a mão ele aproveitou e a puxou para dentro do rio.
–Ei! Isso não vale, eu não lhe empurrei de propósito Ren! – Ela cruzou os braços
–Mas eu sim – ele começou a rir dela
–É assim é? Toma isso! – e começou a jogar água nele
–Oras sua... Vem cá!
Ele a segurou e deu um caldo nela. Kyoko para se vingar, se jogou contra ele e começou a empurrá-lo. Ele riu de sua falta de sucesso e foi aí que ela aproveitou para empurrar com tudo. Antes de cair, Ren a puxou e ambos acabaram mergulhando. Os dois se ergueram e sorriram um para o outro antes de explodirem em risadas. O ator foi recuperando seu fôlego quando notou a imagem diante de seus olhos: kyoko estava vestindo uma regata branca e colada e como estavam ensopados dava para ver claramente seu sutiã rosa de rendas lhe erguendo os seios. Ela já tinha 19 anos e seu corpo era de uma mulher agora e suas curvas eram definidas, o que tornava a situação extremamente desconcertante para ele. O ator não aguentou e corou de verdade em sua frente. A jovem observou a vermelhidão estampada em seu rosto e o desviar dos olhos, foi aí que se tocou para onde ele tinha olhado.
–Ahh! Não olha, não olha! – ela gritou e virou de costas enquanto jogava água na direção dele.
–Calma, eu já me virei!
–"Onde eu enfio a minha cara? Tenho certeza que ele viu tudo!" – ela parou de jogar água ao vê-lo de costas – Você viu, não viu? – estava vermelha até as orelhas
–Não muito – ele mentiu – "eu vi... tudo. Eu realmente vi..." – ele tampou o rosto corando ainda mais
–Mentira, eu sei que você viu muito bem – "onde eu me escondo senhor?" – ela começou a chorar de embaraço
–Kyoko- "Ah não, ela está chorando" – Eu desviei os olhos para não ver direito, por reflexo, não precisa ficar assim, eu posso esquecer o que vi se você preferir – "mesmo se quisesse não creio que esqueceria"
–V-você está falando sério? – ela pergunta esperançosa
–Você duvida de mim? – "não posso prometer isso" – eu sou seu senpai e não um tarado para ficar pensando nisso. Essa é a imagem você tem de mim? – "o jeito é sempre se fazer de vítima"
–N-não! Desculpe Ren, sei que não é, só que ainda estou envergonhada. – ela sacudiu a cabeça tentando esquecer aquilo
–Daijoubu – ele tira sua camisa azul e ainda de costas estende os braços lhe oferecendo – Vista minha camisa para voltarmos, vai ficar grande mas pelo menos não se sentirá exposta.
–Hai! Arigato Ren. – "Esqueci que Ren é o homem mais decente que conheço"
Ela vestiu a camisa e ambos saíram do rio. Durante a caminhada Ren não se atreveu a olhá-la por um instante sequer, certamente se lembraria da cena e não saberia esconder o rubor. Kyoko por outro lado estava pensando se teria sido melhor se Ren estivesse de camisa. Ele nem a estava olhando e vendo-o sem camisa a deixava completamente desnorteada, ainda mais com seu corpo molhado brilhando ao sol. Será que deveria tirar proveito daquela visão? Sem dúvidas, agora estava mais que certa, não havia ninguém mais bonito que ele, nem Corn, a fada era apenas uma criança na época e se estivesse crescido não poderia ser mais magnífico que o homem ao seu lado, era só ver aquele corpo para saber disso. Ele estava perdido em algum lugar, seu olhar batia longe e era enigmático, não parecia nada afetado pelo ocorrido. Kyoko por alguns segundos se sentiu triste, era claro que ele não ira se espantar e preferia apagar da cabeça sua figura sem graça e ordinária. Ele já devia ter visto mulheres muito mais bonitas que ela, e muito mais partes do corpo que aquilo, afinal virgem ele não era. Quão bela seria essa garota misteriosa por quem ele se apaixonara? Ela suspirou, deveria ser uma musa para roubar os olhos e o coração de Ren. A única coisa que a consolou foi vê-lo extremamente corado por alguns segundos, mas só, em seguida ele continuara com sua face imutável e indefinível. Era a primeira vez que ela o viu corar daquela forma, uma graça, ela pensou. Kyoko sacudiu a cabeça novamente e deu tapinhas no rosto. Seus pensamentos estavam muito alterados ultimamente, parecia até que Ren estava diferente, ou seria ela?
Eles voltaram ao castelo sem trocar muitas palavras. Ambos se trancaram em seus quartos pelo que restava do dia, refletiam sobre o episódio no rio, eles estavam se conhecendo cada vez mais e todos os dias descobriam algo novo. Kyoko percebeu que tudo ao lado dele parecia ser mais emocionante, Ren por outro lado se enfiou na cama tentando pensar em algo que não fosse kyoko com a regata molhada, porém a imagem lhe perseguia. Ele teria que ser discreto, encará-la nos próximos dias seria um desafio sem igual.
Autor(a): aelita
Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ela acordou bem cedo e resolveu ajudar os cozinheiros para desanuviar a cabeça. Eles serviram lagosta assada com ervas finas e purê de batata. Ren agradeceu, já estava enjoado de só comer carpa durante sua estadia. Ele estava agindo como de costume e kyoko não sabia dizer se ele estava fingindo naturalidade ou não, contudo Ren sabia m ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo