Fanfics Brasil - Capítulo 21 Skip Beat Caminhos Do Coração

Fanfic: Skip Beat Caminhos Do Coração | Tema: Skip Beat


Capítulo: Capítulo 21

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Eles arrumaram uma sacola com toalhas e esperaram o sol baixar. Ren pegou um dos jipes do presidente e seguiu o percurso pela margem do rio. Eles chegaram em uma parte onde o jipe não passava, tiveram que continuar o caminho a pé até finalmente verem a nascente. Kyoko ficou encantada com a vista, ela tirou a blusa e ficou com um maiô por debaixo do shorts, estava precavida dessa vez.


–Não se esqueça do protetor – ele a lembrou


–É mesmo, e você?


–Eu sempre passo antes de sair.


–Verdade? - ela olhou desconfiada enquanto tentava passar nas costas


– É sério...Er, você quer ajuda? – vendo-a com dificuldade foi então que se tocou do que tinha oferecido – "acabo de falar algo suspeito"


–Nani? Eu dou conta disso – começou a se contorcer tentando colocar o protetor – "não vou aceitar que ele faça algo embaraçoso assim"


–Er, não tem problema, é melhor do que ver você tentar alcançar suas costas dessa forma, está me assustando...


Ela parou e lhe estendeu o pote enquanto olhava para o chão, se lamentando " por que não passei antes?" Ele pegou o pote e o apertou, fazendo o líquido escorrer em suas mãos. Ela pegou o cabelo e jogou para frente, enquanto se virava de costas, queria morrer de vergonha ali mesmo, enfiar sua cara no chão que nem um avestruz. Sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando o líquido pingou em sua costas, as mãos dele começaram a massageá-la enquanto esparramava o protetor, deslizando por sua pele e fazendo-as entorpecer. Ele correu a mão um pouco abaixo, na altura da cintura, depois se voltou a nuca, aos ombros, queria lhe tocar por todo o corpo mas não podia, já estava abusando da sorte e precisava se contentar e se conter. Ele já havia terminado - o que não era de se esperar, suas mãos ocupavam metade de suas costas – porém não conseguia desgrudar os dedos dela, parecia que a cada toque seu desejo aumentava. Ela notou a demora mas não se importou, estava atordoada demais para tentar seguir qualquer lógica que ainda se manifestava dentro dela. Ficou ainda mais brisada quando percebeu que ele já havia finalizado e estava fechando o pote


–Obrigada, isso foi... – "nem sei o que foi..." – ainda estava meio desorientada


–Foi nada, sempre que precisar – ele se propôs


Ele tirou a camiseta e a dependurou no galho da árvore ao lado da blusa de kyoko. Por que ela ainda não havia se acostumado àquela imagem? E pelo visto nunca iria, aquele abdômen definido, o peitoral trabalhado, os braços definidos, não, era um corpo perfeito da cabeça aos pés. Ela deu um tapa em si mesma para tirar esses pensamentos obscenos da cabeça. Kyoko se sentou nas pedras e estava um pouco tonta, aquela massagem havia lhe deixado desequilibrada, deveria ser outro dos efeitos colaterais de trocar contato com Ren Tsuruga. Ainda podia sentir os dedos de Ren deslizando em suas costas. Esperou o protetor secar e se juntou a ele junto d'água. Ele procuraram uma parte rasa para ficarem de pé e quando ela se ergueu fora d'água ele olhou para seu busto e inconscientemente se lembrou do que vira. Kyoko o reparou virar o rosto e reclamou envergonhada:


–Não olha, você disse que ia esquecer! – ela cruzou os braços se cobrindo


–Eu sei, mas é inevitável lembrar – ele confessou


–Não quero que se lembre, já disse, é embaraçoso.


–Gomenasai, mas você não precisa se envergonhar.


–Por que não? Você viu!


–Você quase me viu nu e eu não reclamei. Eu vi, não vou esquecer – ele cruzou os braços e se pôs sério – "falei mesmo"


–E por que não? – ela questionou incrédula


–Por que do mesmo jeito que você me olhou agora a pouco eu também lhe olhei assim.


– Você... me acha bonita?


– "não me faça dizer " – Muito – "mais do que qualquer uma"


–Mas eu sou tão simples e meu corpo não é nada de mais.


–Pare com isso, seu corpo é perfeito, faria qualquer homem delirar – " me faria delirar, arg preciso parar de pensar e dizer essas coisas"


–Mesmo? – ela perguntou embaraçada e descrente


–Sim , eu poderia até ficar viajando que nem você fica quando me vê sem camisa e não negue.


–V-você p-percebeu? – " o que deve pensar de mim agora?"


–Sim, você me acha atraente – aquilo era uma afirmação – "me lembro quando fui Cain e você nem se alterou, aquilo me decepcionou mas fico feliz com a nova reação, já é um avanço"


–Eu.. –"gulp, não devia ter encarado tanto, mas a culpa é dele!" – não seja convencido! – ela jogou água nele.


Eles voltaram a fazer guerra de água até se cansarem, passaram a tarde toda lá e resolveram sair quando a pele já estava enrugada e antes da pele ficar vermelha pelo sol porque não podiam comprometer as personagens do filme. Ren se sentou para calçar e arrumar a sacola. Ele deu uma torcida nas toalhas e as guardou, ia vestir a camiseta quando reparou que kyoko sumira.


Ela havia visto algo brilhar longe e não pensou duas vezes antes de se meter mata adentro. Ela começou a correr atrás do brilho que se afastava cada vez mais. Kyoko acabou tropeçando, deslizou num barranco e por sorte não se feriu. Ela então viu o brilho novamente, um pouco mais adiante. A Mogami foi atrás e visualizou uma poça d'água enorme, sobre ela estavam dezenas de luzinhas que pareciam flutuar. Eram vaga-lumes em seu vôo dançante, contrastando com o início da noite. Ela ficou fascinada com a paisagem, pareciam fadinhas, eram minúsculos. Aos poucos vieram mais e mais, logo a poça ficou coberta por eles. A jovem ficou admirando até olharão redor e se tocar, estava perdida e já estava anoitecendo. Ela amaldiçoou a si mesma e começou a tentar buscar a saída para o rio. Não adiantou, ela nem havia prestado atenção por onde ira, estava penetrada em sua caça a vaga-lumes. Ren devia estar preocupado, á fazia minutos desde que se perdera. Caminhou um pouco mais e esperançosa gritou seu nome. Nada. Só se podia ouvir as cigarras, os grilos e o coaxar dos sapos. Foi andando quando sentiu algo andar em seu braço. Era uma gritou e estapeou o inseto para longe. Queria sair dali, já estava difícil de enxergar. Ela se encolheu e começou a chorar desesperada. Por que se afastara de Ren? Por que achou que seria uma fada? Normal, ela nunca havia visto um vaga-lume. Mas tinha quase 20 anos, como poderia continuar acreditando em contos de fadas? Simplesmente acreditava, tinha que acreditar. Ela tirou Corn do bolso do mini-shorts e o apertou. Tentou se lembrar dele, Corn parecia um menino humano e normal. Não lembrava direito do seu rosto, só de seu cabelo loiro reluzente e roupas regulares. Poderia ser que ele não era uma fada? Improvável. Corn não mentiria, ela acreditava nele. Kyoko beijou a pedra e lhe pediu ajuda. Ela se sentou em uma pedra e esperou Ren aparecer porque não tinha a menos noção de que sentido ou direção tomar, andar naquelas circunstâncias só dificultaria sua busca. Já podia imaginar Ren irado com ela e com toda a razão, mas isso é só se a encontrasse hoje, se amanhecesse ele estaria pior. Ela passou a mão sobre a barriga, seu estômago roncou, estava faminta. Kyoko se encolheu e começou a chorar até seus olhos arderem e a vista ficar embaçada. Sua garganta travou, estava seca depois de tantos soluços. Seus olhos começaram a se fechar involuntariamente e se abriram alertamente quando escutou um barulho, seu coração bateu de emoção ao ouvir Ren chamar por ela.


–Ren! – ela gritou com todo o fôlego que seus pulmões lhe permitiram


–Kyoko! Fique aí! – ele gritou de volta


Ela esperou até ver um movimento no arbusto e Ren aparecer em sua frente com o celular aceso em uma das mãos. Ele voou até ela e a abraçou com força. Ela o abraçou de volta e começou a chorar silenciosamente. Ele a apertou mais forte contra si com uma das mãos e com a outra pressionou sua face enquanto a beijou longamente na testa. Isso a fez chorar ainda mais. Ao escutar o choro ele se descontrolou e começou a beijá-la consecutivamente na bochecha até o choro parar. Ela continuou de olhos fechados e deslizou a mão em suas costas e em seu peitoral, podendo sentir cada músculo tensionado. Ele a deixou tocá-lo enquanto ele secava o resto suas lágrimas.


–Como você some e nem me avisa? Quer me matar de preocupação? – ele pergunta aflito


–Eu só fui seguir um vaga-lume e acabei me perdendo – não acreditava na própria infantilidade e descuido – Me desculpe por ter preocupado você.


–Vaga-lumes? Kyoko... Só de pensar que você poderia estar perdida por aí, e se algo trágico acontecesse, como poderia levar a vida adiante? Como poderia encarar o mundo sem me sentir culpado? Como poderia aceitar a mim mesmo? – ele perguntou angustiado


–Ren? – ela perguntou assustada por sua exaltação


–Kyoko! – ele bufou – Eu pensei o pior, estava desesperado, tem noção de como me deixou? Isso aqui é uma floresta!


–Ren.. – "não sabia que se importava tanto comigo "- me desculpe, eu me sinto uma tola – "ele parece acabado, foi só por eu ter me perdido?" - Mas se algo acontecesse, você podia ter me deixado aqui e buscado ajuda.


–Lhe deixar? Isso nunca me ocorreu, não iria me demorar pedindo ajuda com você perdida nessa escuridão, sendo o caso, iria preferir me perder com você. – ele apertou seus braços – Você ficou assustada, não foi? Desculpe ter demoradopara lhe achar – ele acariciou sua cabeça enquanto a olhava aliviado


–Foi horrível, quase torci o pé, fiquei com medo de passar a noite aqui sozinha e esses insetos para tudo quanto é lado – ela reclamou atormentada – Eu chorei tantas vezes, não queria passar a noite a-aqui – começou a soluçar de leve


–Daijoubu Kyoko, você ficará bem – ele a abraçou novamente – Eu estou aqui


Ela enterrou o rosto em seu peito e o agradeceu, Ren ergueu seu rosto enquanto e o acariciou enquanto lhe examinava atenciosamente, kyoko fechou os olhos enquanto sentia os dedos percorrerem seus cabelos, sua face, sua clavícula, sua nuca. Ele e assistia concentrado e foi aproximando seus lábios, quando estava a centímetros ela abriu os olhos e ele se afastou fingindo examiná-la. Ela percebeu sua inquietação e ficou desconcertada quando o contato foi interrompido. Ren tossiu seco e sugeriu que voltassem, kyoko concordou e assim começaram a andar. Ren puxou sua mão e a entrelaçou na dele.


–Isso é para não fugir de mim novamente.


–Ren... Você se lembra do caminho?


–Eu marquei com protetor as árvores por onde passei, vamos rápido antes que sequem.


–Protetor?


Ela começou a rir dele. Só Ren para ser tão precavido. Eles caminharam pela mata e logo voltaram a margem do rio. Kyoko nunca havia reparado que as mãos dele eram tão grandes e parecia até natural estarem entrelaçadas com as dela. Foi tão confortante estar abraçada com ele, seus beijos lhe fizeram derreter, em poucos segundos todo seu pânico e aflição se extinguiram.


Eles seguiram silenciosamente até o jipe, ligaram o veículo e chegaram ao castelo. Kyoko agradeceu e se desculpou novamente. Eles se desejaram boa noite ela foi direto para o quarto. Estava toda suja com folhas e barro. A moça se sentou na banheira e começou a se lavar. Ela encostou a cabeça na parede e ficou a refletir. Ela passou a mão sobre a bochecha onde Ren lhe beijara, ficou corada ao se lembrar e quando se deu conta estava sorrindo abobalhada. O que diabos havia acontecido com ela esses dias? Se sentia quente e feliz toda vez que o via. Vê-lo sem camisa tirava seu fôlego, tocá-lo lhe entorpecia só de estar perto dele era o suficiente para retardá-la. E ele a achava atraente onde? Ela se olhou no espelho, era uma garota regular. Lembrou-se do que ele havia dito " de fazer qualquer homem delirar" . Ele achava seu corpo tão perfeito quanto o dele? Que embaraçoso foi tê-la pego no flagra o admirando. Mas ele dissera que não se esqueceria, o que devia significar que vê-la também o afetava, porém até que ponto? Quando ele a beijara era uma sensação tão boa e alucinante. Por que não se sentiu assim na vez em que Ren lhe agradecera pela geléia? Não era nada comum, seu senpai sem camisa lhe abraçando e beijando sue rosto no escuro. Se ele era assim com ela, como seria com a tal? Não o imaginava mais atencioso ou carinhoso. A garota deveria ser uma trouxa por não se tocar e como não se apaixonar por ele? Ren era um homem ideal, ela própria poderia se apaixonar. Ela se espantou e afastou aquele pensamento distorcido. Mergulhou a cara na água e começou a fazer bolhas para se distrair. Não havia como se apaixonar outra vez, aprendeu com Sho que para ela o amor só lhe causaria dor e frustração. Um pânico lhe subiu a cabeça, se apaixonar por Ren a faria sofrer muito mais, porque ela o admirava e tinha um grande carinho por ele, incomparavelmente maior do que sentira antes por Shotaro. Seus sentimentos seriam em vão porque logo ele estaria junto com a garota que gosta e ela estaria abandonada como sempre... Sentiu uma solidão lhe invadiu ao se imaginar sem Ren por perto. Contudo ela não estaria sozinha, tinha kanae, Maria, Taisho, Okami-san... A idéia dele especificamente se afastar lhe entristecia mais que as outras. Desde quando se tornara tão dependente e ligada a ele? Ela ligou o secador e se concentrou no barulho, precisava dormir, já estava ficando paranoica.



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Autor(a): aelita

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Ele se espreguiçou, seria seu último dia sozinho com kyoko no castelo Takarada. Ren suspirou, por ele continuaria a vida inteira preso ali com ela. A noite anterior havia sido uma benção, se por um lado quase arrancou o cabelo de tanta preocupação, por outro ele pode afagar alguns beijos contidos por 3 anos. E faria mais se ela n&ati ...


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