Fanfic: Skip Beat Caminhos Do Coração | Tema: Skip Beat
Kyoko e kanae estavam fazendo sua caminhada matinal.
–Mo, você viu kimagure Rock ontem? - kanae perguntou curiosa
–A entrevista com Ren? Vi sim, por que?
–Eu fiquei surpresa, ele nunca havia comentado sobre sua vida pessoal, ainda mais ao vivo! Ela causou o maior alvoroço no país ontem, está em todos os jornais, revistas e noticiários. Ele certamente irá ter ainda mais dificuldade em fugir dos jornalistas de agora em diante - ela comentou pensativa - Mas faz parte. Quem não se surpreendeu com aquela confissão? Até eu fiquei emocionada, isso não lhe deixou curiosa para saber quem é? Por que você ainda não sabe, né? – " Só essa história do presente me confundiu, seria ele Corn? Pelo que ela já me contou foi a única conclusão que pude tomar. Se ele for mesmo Corn seria incrível. Kyoko você não percebe? Vocês tem tudo para ficarem juntos, eu posso ter meus problemas em aceitar o fato mas esse homem está perdidamente apaixonado por você"
–Não, eu já sei Moko-san, finalmente descobri.
–Hmm, você já descobriu – ela para e processa a mensagem – O que? – ela berra surpresa – Me conta! E aí, como você se sente? O que planeja falar a ele? Por que raios está tão calma, você está fingindo na minha frente? Não queria me contar? – ela fica exaltada
–Moko-san não é isso! Ahn, por que eu não deveria estar calma? Quer dizer, de início eu fiquei bem surpresa mas depois ficou claro para mim, Eu estou feliz eu acho, mas não planejo lhe dizer algo - "eu nem tenho essa intimidade pra dela"
–Você não me parece nada feliz, olha para sua cara! E não tente atuar aqui na minha frente! Achei que você fosse surtar ou correr pedindo ajuda e se você já sabe por que não vai falar com ele? Ou vai fingir que é indiferente? Não se engane kyoko Mogami! Por que você ainda está aqui comigo?
–Indiferente? Lhe enganar? Do que está falando Moko-san? Eu fiquei confusa quando soube e algo me bateu por dentro. Eu fiquei mal de tanto chorar ontem mas já me recuperei, não há porque fazer tanto caso disso. Não podia ficar assim, não tenho motivos, por isso depois de pensar muito eu resolvi mudar e ser feliz por eles. Mas eu não posso simplesmente chegar neles dando meu apoio e – ela é interrompida
–Para tudo. Eles? – "Alarme falso. Que inferno!" – ela pergunta histérica – Que eles?
–Sim, de quem mais estamos falando se não de Ren e Hinata-san? – perguntou com voz chorosa
–De onde voe tirou essa blasfêmia? – "Só pode ser brincadeira, como ela me fala isso?" – Não é ela, pelo amor de Deus! Mo, como você pode pensar isso? –" você é débil mental amiga? Eu juro que já tentei seguir sua lógica. Por favor, quisera eu entende-la"
–Moko-san, só pode ser ela, eu vi como os dois se abraçaram. Eles se chamaram por apelidos e ela o beijou na bochecha, eles estavam sorrindo junto e...- ela começou a soluçar –e eu não sabia o que falar ou fazer, fiquei estática observando os dois em agonia. Moko-san, eu entro toda hora em contradição, estou uma bagunça, por que isso está acontecendo comigo? Eu não quero que eles fiquem juntos, mas devia torcer por eles, estou com vergonha de mim mesma. Hinata-san é bonita, elegante, delicada, gentil, é perfeita para ele. É tão óbvio que ele se apaixonaria por ela. Eu sou tão egoísta, nunca imaginei que Ren fosse ficar sério assim, mas já era de se esperar, eu só me iludi pensando que ele estaria sempre ao meu lado- ela começa a chorar inconsoladamente – Como sou idiota, me tornei tão dependente dele e nem percebi, desde quando sinto esse vazio? Essa solidão chega a ser indescritível, esse- é interrompida novamente
–Se recomponha mulher! – ela a sacudiu – Ele não a ama, entendeu? Eu posso lhe garantir que não – ela a abraça com força – Não chore por ele, não tem porque – "Tsuruga, é tudo culpa sua!" – ela acariciou seus cabelos – Você é uma garota forte. Kyoko Mogami, não deixe que isso lhe afete! – ela apoiou as mãos nos ombros da amiga e lhe encarou com segurança – Vamos fazer o seguinte: você vai falar com sua empresária e esclarecer tudo, depois você vai pensar em sua relação com ele e se perguntar o que ele significa para você. Depois, quando você se situar, virá até mim e por fim me dirá o que pensa, como se sente e o que pretende fazer e então lhe ajudarei com o que for preciso. Estamos entendidas?
–Sim- ela secou as ultimas lágrimas restantes – Arigato gozaimashita, Moko-san – ela lhe deu um sorriso de leve e abraçou a amiga contra sua vontade
Kyoko se despediu e saiu correndo de volta para sua casa. Ela pegou o telefone e ligou para Hinata. Quando a atriz pediu um encontro entre elas imediatamente, a empresária até pensou que fosse algo urgente. Kyoko tomou um banho, se arrumou e logo Hinata chegou. Ela entrou na casa e kyoko pediu que se acomodasse enquanto ela preparava um chá. A jovem serviu a bebida, se juntou a convidada e a ficou encarando por alguns segundos, incerta sobre como entrar no tópico, afinal que direito ela tinha para lhe fazer essas perguntas? Isso era um assunto pessoal e delicado no qual não podia se meter, ainda mais se ela realmente fosse a tal, e se acabasse fazendo besteira? Ren poderia odiá-la, mas aquilo não importava mais, estava a corroendo. Ela precisava saber de uma vez por todas, acabar com seu pânico interior.
–Kyoko você está me matando de preocupação. Fale alguma coisa por favor, não fique só me jogando essas caras de sofrimento, ansiedade – "e sabe lá deus o que foi essa ultima" - Me conte o que está acontecendo, por que você me chamou aqui?
–Hinata-san eu não sei como começar.
–Qualquer coisa está valendo para acabar com esse silêncio.
–Eu estava me perguntando outro dia e eu sei que isso não é da minha conta. Você e Ren são próximos?
–Muito, eu o conheço a anos. – "ah, é sobre o Ren"
–Ele nunca tentou algo com você?
–Ahn? Não entendi sua pergunta.
–Ele nunca pareceu, sei lá, interessado em você?
–Hmm, interessado como? - ela estranhou a pergunta
–Romanticamente? – "pronto, falei" – mordendo os lábios
–Ro... Que merda é essa? Não, nunca, Hiku e eu não temos essa relação – "agora eu sei porque ela estava estranha esses dias" – Por que pensou isso?
–Você não sente nada por ele?
–Não kyoko, ele é meu primo! – "Vish, escapou!" - disse tampando a boca
–Seu... primo? – perguntou confusa
–Sim, você por acaso pensou que ele gostava de mim?
–Eu? Ahn, me desculpe, que vergonha! – ela se curva em pedido
–Não tem problema. Jesus e eu achando que era algo grave. Mas por que está me perguntando isso, kyoko?
–Nem eu mesma sei. Só queria me certificar, talvez.
–Relaxa, sei muito bem de quem ele gosta, está tão na cara. Você é uma bobinha por suspeitar de mim – ela mostrou a língua – Mas e se eu dissesse que ele me ama, o que você faria?
–Nada, eu não faria nada, só teria de aceitar, por que me importaria? Eu não sou nada para ele, não tenho razão para me intrometer, não posso mudar nada e...
–Ai caramba, você está chorando. Shh, daijoubu, kyoko, isso não é verdade. Você sabe que não, não precisa se conformar, não precisa mudar, tem todas as razões para se envolver e se importar, você gosta dele não gosta?
–Não, quer dizer, não sei. Talvez. Gosto? Eu só posso dizer que não consigo parar de pensar nele ultimamente e quando ele fala sobre essa garota sinto como se uma faca tivesse atravessado meu coração, porque sei que ele nunca mais irá prestar atenção em mim. Porque sou só uma kouhai para ele.
–Kyoko, não é como ele fosse lhe largar do nada, você não é só uma kouhai para ele. Veja o que ele falou sobre você naquela entrevista, não fique guardando isso para si mesma. Precisa dizer o que sente, o primeiro passo é admitir. Seja honesta.
–Não adianta. Nem se eu falasse algo a ele, isso só pioraria a situação. Iria estragar a nossa convivência, até o filme se duvidar. Eu não suportaria se ele tivesse que se afastar, ou se ele passasse a me odiar por isso.
–Mas nunca irá saber se não tentar. O que custa? É melhor do que ficar sofrendo assim. É que nem no ditado, nem todos os que tentam conseguem, mas todos os que conseguiram tiveram que tentar. Se ele é tão importante para você não pode deixá-lo partir.
A empresária ficou confortando a amiga por um bom tempo. Ela poderia dizer tudo e acabar com tanto drama mas não seria justo, eles tinham de se entender sozinhos. Se kyoko estava consciente sobre Ren, tudo iria fluir em seu rumo natural. As duas ficaram conversando mais um tempo e ela se retirou.
Assim que a empresária se foi ela deitou no sofá e se apoiou na almofada. Parou para refletir, ela gostava dele? De início ela o detestava quando ele era frio e insensível, sem contar por causa do Shotaro. Essa fase durou pouco, eles foram se conhecendo aos poucos. kyoko se notou precipitada, ele era uma pessoa incrível, era gentil, educado, refinado, estupidamente lindo, trabalhador, dedicado, exigente, crítico nas horas necessárias, descuidado e bobo as vezes, incentivador e carinhoso, aliás ela poderia passar horas o descrevendo. Ela reparou no quanto eles se aproximaram durante esses anos, ele se tornara uma parte essencial em sua vida, não conseguiria imaginá-la sem ele. Ren sempre havia sido um exemplo, era seu senpai invencível e infalível, o ator número um e o homem mais querido pela nação, não só isso como seu caráter e personalidade eram incomparáveis. Ela se lembrou da entrevista e das conversas com Bo. Todas as vezes em que pensava nisso se sentia ainda pior, ele amava alguém e com certeza seria amado de volta, quem o recusaria? Ele era único, o modelo da perfeição e ela uma atriz que deu sorte no mercado, comum, simples, avoada, simplória, visualmente regular, não tão inteligente, vingativa, impulsiva, terrivelmente frágil e ferida no amor, ninguém jamais iria lhe querer. Se nem sua mãe ou Shotaro a quiseram quem diria Ren, ele era muito bom, inalcançável, seria como implorar por um milagre. Kyoko tentou recordar suas memórias com Ren, eram tantas, cada gesto, cada sorriso, cada risada, cada carinho ou cada beijo, era como se ela pertencesse a um lugar, tivesse um propósito para viver, alguém em quem confiar. Ele sempre havia cuidado dela, a ajudando nos momentos mais difíceis, a incentivando quando tudo parecia perdido. Sua presença lhe transmitia paz, tranqüilidade e sobretudo felicidade. Esse sentimento só aumentava com o passar do tempo, ela reconheceu o quanto dependia dele, o quanto suas palavras e pensamentos significavam, o quanto se importava com ele e o quanto era inútil em sua falta. Só ele sabia trazer o melhor dela a tona, a sensação de satisfação e alegria através de um sorriso, aquele sorriso gostoso e verdadeiro cada vez mais frenquente, o palpitar de seu coração com um mero elogio ou toque. Ela sabia que não funcionaria normalmente sem ele, iria quebrar, com Shotaro havia ficado sentida e descompensada, com Ren seria infinitamente pior, a dor e o vazio seriam eternos, o ferimento irreparável. A idéia de perdê-lo ou do afastamento era como tortura, era insuportável, sua falta era agonizante. Ele era como uma droga, viciante, ela precisava dele, passara a ser uma necessidade. Não, kyoko não gostava dele, ela o amava, o amava incondicional e imensuravelmente, não sabia como não havia percebido antes. Mesmo que Ren amasse outra, nada alteraria seus sentimentos, suas emoções estavam incontroláveis. Ela o amava mais que tudo, estava enlouquecendo. Sim, ela o amava e precisava se acostumar com a idéia, se preparar para correr os riscos.
Autor(a): aelita
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Kanae se apressou e tocou a campainha. Estava temerosa com o estado que a amiga devia estar. Kyoko atendeu e abriu a porta. Assim que a kanae olhou para a amiga, deu um pulo para trás assustada e em seguida se aproximou com preocupação. –Mo, olha só para você! Está parecendo um zumbi, com essas olheiras e esses olhos inchados. ...
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