Fanfics Brasil - Capítulo 31 Skip Beat Caminhos Do Coração

Fanfic: Skip Beat Caminhos Do Coração | Tema: Skip Beat


Capítulo: Capítulo 31

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Chegando ao apartamento eles se sentaram no sofá. Ren tirou do bolso seu iphone e pegou o dela. O ator foi mostrando todos os aplicativos, as configurações, a agenda telefônica, as internet sem fio, a lista de úsicas, a câmera fotográfica e as outras funções. Eles ficaram um bom tempo se distraindo com o aparelho e decidiram comer algo. Chegando a cozinha Ren se lembrou do conteúdo no interior de sua geladeira e nas despensas, ele rapidamente se postou em sua frente e lhe sugeriu pedirem comida. Ela o analisou por alguns segundos e bateu os pés no chão impaciente, pedindo passagem.


–Ren, o que está escondendo? – perguntou desconfiada


–Eu, escondendo? Não, eu só acho melhor pedirmos a comida, você deve estar cansada e...


–Ren - ela cortou - eu quero ver sua geladeira e sua despensa – ela prontificou e o contornou seguindo pela cozinha


–Não é o que você está pensando! – ele disse enquanto a acompanhava até a porta da geladeira – "ferrou" – Foi só dessa vez! – ele falou desesperado


–Vamos ver – ela abre a geladeira e começa a listar – Leite azedo, sake fechado, refrigerante aberto, onigiri e bento da loja de conveniências, mochi vencido, ramen instantâneo pela metade, yaksoba estragado, resto de arroz omu, – ela fez uma careta – algo identificável e sorvete - ela deu uma pausa longa antes de prosseguir - Agora a dispensa – ela se virou


–Não! Tudo menos a dispensa! – ele disse horrorizado


–Ren. A dispensa – ela se resumiu


–Você não vai querer ver isso.


–Não, é por isso que vou ver. Você me ajuda? – ela apontou pedindo para que ele abrisse a dispensa que era alta demais para ela


–Só não se zangue muito – ele tampou os olhos enquanto abria fazendo cair alguns pacotes de bolacha, miojo e outras pacotes de comidas nada saudáveis


–Ren... – ela fechou os olhos e respirou fundo


–Sim? – ele abriu um dos olhos – "Lá vem!"


–Aho! Como pode comer todas essas porcarias? Você sabe que fazem mal ao seu corpo – ela bufou – E esses bolores? Poderia acabar no hospital!


–Mas, demo, da kedo, shikashi... – ele ergueu os dedos para argumentar e logo os abaixou


–E não me venha com conjunções adversativas! Essas porcarias são altamente calóricas e você precisa cuidar do seu físico também.


–Ah, então você gosta de ficar de olho no meu físico! – ele cobriu a boca tentando desviar o tema


–Essa questão é irrelevante! – ela corou e sacudiu a cabeça – E não tente mudar o assunto espertinho! Ou você larga delas ou eu vou embora! – disse segurando as tranqueiras da dispensa


–Não! – "isso parece até frase de novela" – ele imagina realizado por alguns segundos – "ok, voltando a realidade" – a gente pode dar um jeito nisso.


–Sim – ela pega no armário um saco grande de lixo – Vamos jogar fora, um por um. Até porque mais da metade disso está vencido.


–Você é cruel, sabe que não como muito então compro tudo pronto para facilitar.


–A vida é cruel e seu corpo é essencial em sua carreira, lide com isso.


–Mas você admite que se preocupa com o meu físico?


–Apenas jogue fora logo – ela desvia o olhar tentando esconder o rubor e parecer inabalável – " Por que ele sempre me faz perguntas assim?"


–Vou aceitar isso como um sim – ele riu – mas então, o que vamos comer? – ele foi jogando relutantemente a comida no lixo – não dá para jantarmos fora, já está tarde e é trabalhoso demais ir ao supermercado então não temos escolha se não...- ele deixa a frase no ar


–O que você sugere? – ela perguntou espreitando os olhos


–Vamos pedir comida pelo telefone. Só dessa vez, é sério! É prático, rápido, barato, de qualidade e assim você me deixa despedir desse tipo de comida. Onegai – ele juntou as mãos


–Tudo bem, é justo – ela concordou – O que vamos pedir?


–Você escolhe, já levei muita bronca por hoje.


–Tem uma pizzaria aqui por perto que parece ser muito boa.


Ren procurou o número e discou. Ele fez o pedido e confirmou o endereço. O funcionário disse que estaria pronta e chegaria dentro de alguns minutos. Ren resolveu tomar banho naquele intervalo e ligou a televisão para kyoko. Ele entrou no banheiro, tirou suas roupas e foi para o chuveiro. Ele abriu com tudo a torneira e a água gelada caiu sobre seu corpo, precisava esfriar a cabeça e clarear as idéias, o que estava prestes a fazer iria mudar toda a relação que tinha com a garota. Talvez fosse a atitude mais arriscada a tomar, poderia perder tudo se cometesse algum engano, entretanto estava confiante em seu resultado e queria apostar tudo por ela.


O entregador estava na portaria, kyoko pegou sua carteira foi atendê-lo . Ela foi até o entregador. O rapaz deu a pizza e lhe devolveu o troco. Ela voltou, a colocou sobre a mesa e foi até o quarto pedir para ele se apressar. Ela parou no meio do aposento para observar melhor, era ali que Ren dormia todos os dias. Kyoko já estivera muitas vezes em sua casa mas nunca parara para pensar isso. A garota se sentou na cama sem desarrumá-la e ficou analisando o lugar. Era uma cama tão grande e confortável, será que alguma vez ela se deitaria junto com Ren? Ela ficou chocada com o que acabara de se perguntar e deu um tapa no próprio rosto pelo pensamento indecente. Nisso ela reparou um roteiro sobre a cabeceira, nele estava escrito em inglês "The Foreign". Em seu momento de curiosidade, ela pegou o bloco de folhas e deixou acidentalmente cair algo no chão. Kyoko se agachou para ver o que era e descobriu o passaporte de Ren. Em seu segundo momento de curiosidade e para completar o que ja havia começado, ela começou a folhear as páginas e qual não foi sua revelação? Lá estava grafado em letras de forma o nome Kuon Hizuri, ao lado de uma fotografia quando jovem e com cabelos loiros. Por deus, aquele era Corn. Ela sentiu as pernas bambearem e fraquejou no chão deixando o passaporte cair e esparramar vários outros cartões internacionais com seu nome, sua foto e sua assinatura de Ren Tsuruga. Ela começou a tremer, tudo fazia sentido agora. Kyoko pegou os cartões e desajeitadamente os guardou dentro do passaporte, sobre a cabeceira e sob o roteiro. Ele ainda estava no banho, ela ligou para Hinata e implorou para que ela viesse buscá-la naquele instante, desligando antes que a empresária tivesse qualquer chance de lhe perguntar o que havia acontecido. Ela rapidamente riscou um recado e o deixou ao lado da pizza. Kyoko deu uma última leitura na nota e saiu do apartamento sem se despedir.


Ren saiu do banheiro, estava preparado para falar com ela. Como reagiria? Iria aceitá-lo? Iria rejeitá-lo? Ou surtaria antes de receber sua resposta? Ele não parava de pensar nas possibilidades, era sempre calculista se tratando de como progredir com ela, impulsos na maioria das vezes a assustava, os acontecimentos recentes poderiam ser apenas uma exceção. Ele afastou o pensamento negativo, aquilo não era exceção, era a verdade de como ela se sentia. O ator foi até a sala procurá-la e encontrou a televisão ligada. Ele estranhou e foi até a cozinha, viu a pizza sobre a mesa e um bilhete do lado.


–Desculpe não me despedir nem jantar com você. Algo inusitado aconteceu e tive de voltar para casa. Não se preocupe, está tudo bem e peguei carona com Hinata-san. Obrigada pela ajuda e até amanhã. Kyoko. – ele leu em voz baixa


Ren deixou o bilhete escapar entre seus dedos e se apoiou na parede enquanto a socava de leve. Por que ela havia ido embora? Por que não pudera se confessar, justo naquele dia tão propício? Seria uma conspiração dos deuses? Ele aguardava tão ansioso, estava disposto a se revelar a ela depois de três anos e acabou negligenciado. Ele suspirou exausto, se recompôs, trancou a porta e atirou a pizza na geladeira agora vazia. O ator se sentou no sofá e se pôs pensativo enquanto olhava para o teto. Ele fechou os olhos, sentiu seu corpo latejar, podia se lembrar perfeitamente do ensaio, do gosto daquele beijo. O dia seguinte era o último da filmagem, seria o encerramento do drama, a parte final, o beijo entre os protagonistas. Sim, seria outra oportunidade para ele e não iria desperdiçá-la. Ele se prometeu não deixar outro dia passar sem que ela soubesse como se sentia.



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Autor(a): aelita

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