Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Inesperado Minha estrela de amor - Vondy

Fanfic: Minha estrela de amor - Vondy | Tema: Vondy; RBD;


Capítulo: Capítulo 1 - Inesperado

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    ↣ Dulce Maria ↢


 Cinco míseros anos se passaram desde o dia em que pisei no altar. Ainda posso sentir o rebuliço que estava no meu coração,  meus pés queriam sair correndo, mas o meu cérebro conseguiu mantê-los no lugar. Algo dentro de mim sabia que isto não estava sendo uma boa escolha para minha vida. Mesmo assim, obedeci. Aceitei,  e hoje sou uma Herrera. 


Acordei bem mais cedo do que o normal, fiquei sem ânimo algum para sair da cama. O meu lado esquerdo estava vazio, o que era bom. Nem sempre era uma maravilha abrir os olhos e dar de cara com o meu marido. Poncho não era mais o mesmo, talvez,  ele nunca tenha sido do jeito que mostrou-se antes do casamento. Ele era um homem bem educado,  doce e gentil. Sabia tratar uma bela dama e jogava seu charme sem muito esforço. Mas agora, ele tornou-se tudo aquilo que eu sempre temia, frio. 


Ouvi passos pesados pelo corredor se aproximando, suspirei pesadamente,  pois eu já sabia de quem era. Saltei da cama antes que ela pudesse usar a chave reserva e abrir a porta sem pedir permissão. Droga.  Eu odiava quando minha sogra fazia isto. 


— Dulce, acorda! Isto não é hora para uma mulher casada continuar na cama!  — Ruth disse sem bater ou abrir a porta. O que foi estranho. Ela adorava me pegar no flagra, seja o que for que eu estivesse fazendo. — Não me faça entrar ai. 


Revirei os olhos. Saltei da cama antes que ela decidisse me dar banho ou escolher minhas roupas. 


— Estou acordada. 


— Ótimo. Anda logo, vista uma roupa adequada, vamos ao cabelereiro hoje. — Avisou ela. Seus passos afastaram-se. Suspirei, um pouco aliviada. 


Cabelereiro? Desde quando íamos juntas? Essa era nova para mim.  Arrastei meus passos até o banheiro. Tomei um banho rápido e procurei um vestido simples e confortável. Já que Estamos no verão,  o calor é insuportável. E minha sogra, ela não deixa usar o ar-condicionado todos os dias,  alegando que faz mal para a saúde. Mentirosa. Desde que a conheço por gente, nunca a vida usar essa desculpa. 


Desci as escadas desejando não ver a sua cara, infelizmente, era inevitável. 


— Oh,  nossa.  Você não vai sair com isto ai. — Levei um susto, quando ouvi sua voz vindo atrás de mim. Me virei. Ruth estava do mesmo jeito de sempre,  roupa social,  saia até o joelhos, salto alto,  brincos com pedras enormes e um batom vermelho. 


— Não vejo problema, tá muito calor. 


— Ah,  tem problema, sim. Não vou sair com você usando essa roupinha de camelô. Pode ir troca.  Estamos quase atrasadas. 


Ruth me deu um empurrãozinho até a escadaria. Voltei para o quarto e escolhi uma roupa que fosse mais aceita por ela. E ela não gostou muito, porém, acho melhor do que o meu vestido. Tomei apenas um copo de suco antes de irmos para o salão. Nunca tinha ido com ela, nem sequer sabia onde ela cuidava dos cabelos,  não era do meu interesse saber. 


Minha sogra foi atendida por uma mulher loura, pele bronzeada e olhos azuis claríssimo. Fiquei sentada na sala de espera, observando e inflando aquele cheiro de spray, shampoos e tintas para cabelos. Ela poderia muito bem ter vindo sozinha, não precisava de mim. Peguei uma revista qualquer na mesinha de centro e tentei distrair minha mente,  até que fui chamada. 


— Ah,  não. Eu não vou fazer nada. — Avisei, sem graça. 


— Sua sogra já pagou. 


Olhei para Ruth, ela afirmou com um sorisso. 


— Tudo bem. Vamos lá.  — Fingi animação.  Já que foi pago,  eu poderia fazer uma mudança básica. 


Me sentei na cadeira, o profissional que me atendeu não parava de falar. Era comigo, com outros clientes, e colegas de trabalho. A voz dele era irritante. Expliquei o que eu queria fazer, apenas tirar as pontas e fazer hidratação. Ele assentiu.  Me levou para lavar o cabelo e passou creme, fiquei um tempo esperando até a hora de lavar. Depois que lavou, uma toalha fora enrolada na minha cabeça.  


O cabelereiro tirou a toalha para secar o meu cabelo, quase tive uma parada cardíaca ao ver o estado em que eles se encontravam. 


— O quê?  Que porra você fez no meu cabelo!?  — Gritei, sem acreditar no meu reflexo.  — Eu disse para hidratar, e não pintar! 


— Dulce!  Tenha modos, por favor. — Disse minha sogra, aparecendo do meu lado. — Aquele ruivo estava fora de moda,  pedi para o Jack dar um visual mais maduro pra você. Pelo amor de Zeus, aquela cor não serve para uma mulher casada,  tem que passar boa impressão. 


Fiquei boquiaberta. Meu cabelo deixou de ser ruivo cereja para castanho escuro. O que eu poderia fazer agora? Senti tanta raiva dela e uma vontade grande de chorar. Suspirei. Peguei minha bolsa e sai do salão sem dizer mais nada. Entrei em um táxi e fui direto para casa. A casa dos Herrera. Por mais que eu morasse lá, não sentia que fosse minha. 


Dei de cara com Alfonso, assim que entrei. Ele estava na sala de estar com seu amigo idiota,  Christopher, outro insuportável. 


— Já chegou? — Fiz uma pergunta retórica, limpando meu rosto das lágrimas que derramei no caminho até aqui. 


— Não,  ainda tô no escritório. — Respondeu ele, bebendo um copo de whisky. Revirei os olhos. Poncho sempre tinha uma resposta na ponta da língua, sempre. Não importava se era uma pergunta ou comentário, ele adorava falar e ficar por cima de qualquer jeito. 


— Estava chorando,  Dul? — Christopher me olhou com curiosidade, como se tentasse ler minha mente.  


Poncho me encarou. 


Funguei. Me ajeitei na hora.  Não era minha intenção parecer frágil e sensível na frente do meu marido. Eu sabia que ele não tolerava esse tipo de coisa. 


— Não.  — respondi,  sustentando seu olhar.  — Caiu shampoo no meu olho, só isso. — Sorri fraco. 


Christopher assentiu, sorriu para mim e bebeu um gole de cerveja direto da garrafa. 


— Poncho, posso falar com você? 


— Diga. 


— A sós. — Fiquei séria. 


Meu marido não se mexeu no sofá, continuou na mesma posição, só estava na dúvida se ia ou não atender o meu pedido. Claro,  nem tudo o que acontecia comigo lhe interessava. 


— Agora não posso,  estou com visita. 


Assenti. Se ele soubesse o quanto quero esganar um Herrera, ele não me trataria desse jeito. Me controlei, ainda mais com o olhar do Christopher sobre mim. Logo lembrei que os meus cabelos estavam molhados e embaraçados,  e escuros. Que vergonha!  Ele nunca me viu assim. Nem mesmo na piscina. 


Sai da sala sem dizer nada. Me tranquei no quarto e fiquei emburrada. Meu cabelo estava horrível. Aquela cor não combinava comigo. O que aquela bruxa fez comigo? Pensei seriamente em voltar ao vermelho, por mais que fosse difícil.  


Me joguei na cama, chorando um pouco mais, querendo fugir pra qualquer lugar que fosse longe desta mansão. Meu celular vibrou na hora, peguei o mesmo e dei uma olhadinha na tela. Era uma mensagem,  número desconhecido. Fiquei surpresa quando li:  "Adorei o seu cabelo novo, Dul".


Meu marido jamais iria mandar algo assim, aliás, ele nem percebeu a mudança. Foi o Christopher, sim,  foi ele. Por mais que eu o gostasse dele por ser o melhor amigo chiclete do meu esposo,  dessa vez,  fiquei feliz por conhecê-lo.



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Autor(a): YoSoy_Vondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • Vondyenmicorazon Postado em 11/12/2018 - 21:30:10

    Já amei ctn:);)

    • YoSoy_Vondy Postado em 13/12/2018 - 00:34:27

      Obrigada! Vou continuar sz

  • Tinker Bell🖤 Postado em 11/12/2018 - 17:40:34

    Já amei a história, posta mais

    • YoSoy_Vondy Postado em 13/12/2018 - 00:34:03

      Obrigada *-* Vou postar mais 💕


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