Fanfic: Mais que um olhar - Vondy TERMINADA | Tema: Vondy

Christopher 

Eu não conseguia parar de pensar no que Dulce me disse, sempre achei que era uma situação dificíl pra ela mas, jamais pensei que de algum modo isso afetaria nosso relacionamento. Era coisas tão diferentes, Natália podia estar grávida de mim mas, quem tinha meu coração era ela, e sempre seria assim, eu só não esperava que ela duvidaria disso. 

" muito bem, agora é sua vez " Natália diz, dando um leve tapa no meu braço 

Volto a olhar pro tabuleiro em minha frente " você não me dá nenhuma chance " comento 

Ela ri " você pensou que eu ia te dar moleza só por que é pai do meu filho ? " diz irônica " anda, deixa de enrolar e faça sua jogada " 

Mordo os lábios " certo, eu mexo meu peão " falo mexendo minha peça 

Ela ergue a sobrancelha " xeque-mate, você perdeu meu camarada " ela diz dando uma piscadela 

" não é possível, você esta trapaceando, é a décima vez que vence " falo inconformado 

Natália dá de ombros " não trapaceio, você que é péssimo, foca tanto em me derrotar que esquece de proteger seu rei " 

Reviro os olhos " odeio xadrez " resmungo, fazendo ela ri 

" com licença " minha mãe diz entrando com uma bandeja nas mãos " fiz um lanche pra vocês" 

" obrigada Ale, não precisava " Natália diz, se levantando pra pegar a bandeja 

" claro que precisava, você tem  que se alimentar querida " minha mãe diz sorrindo 

" bem, eu vou ao banheiro, Christopher não toque no lanche " ela me lança um olhar mortal antes de segui até o banheiro 

Pego o tabuleiro do chão e coloco sobre a mesa " acredita que ela ganhou 10 vezes de mim ? estou perdendo o jeito " comento 

Minha mãe assente, e então pigarreia " Christopher filho, por que exatamente Dulce não esta aqui ? " pergunta 

Suspiro, me viro passando a mão no cabelo " tivemos uma briga " 

" uma briga ? posso saber o motivo ? " ela pergunta 

" estive na casa dela, achando que poderiamos almoçar juntos e quando cheguei encontrei ela com o ex noivo, e eles pareciam bem íntimos " falo a contragosto 

" não me diga que acha que ela esta te traindo Christopher " minha mãe diz revirando os olhos 

" claro que não mãe, Dulce nunca faria isso mas, não muda o fato de estar com ele, sozinha no apartamento dela depois dos dois cozinharem juntinhos " faço uma careta 

" venha meu amor, sente-se aqui, vamos conversar " ela me guia até a cadeira, e eu sento, vendo ela sentar na outra " me diga o exato motivo, o verdadeiro dessa vez " 

Desvio o olhar " esse é o verdadeiro mãe " 

" Christopher não minta pra mim, vamos, seja sincero com sua mãe " ela diz serenamente 

 " tenho medo " admito em voz baixa 

" medo de que ? " 

Mordo os lábios " medo que Dulce perceba que ele tem mais pra oferecer do que eu, poxa mãe, o cara não tem uma ex noiva grávida, e querendo ou não Natália fará sempre parte da minha vida, um filho é um elo que nunca vai ser quebrado e talvez Dulce não saiba lidar com isso, talvez ela veja que o tal Paco pode lhe dar filhos que não terão um meio irmão " desabafo 

" querido, você sabe que isso não vai acontecer, Dulce te ama " 

" sim me ama mas, não esta sabendo lidar com essa história da gravidez, ela deixou isso bem claro na briga que tivemos " 

Minha mãe suspira " não fique com raiva dela meu bem, não deve ser fácil saber que seu primeiro filho não será dela, tente entender " 

" eu entendo mãe, eu entendo e te juro que não queria que ela estivesse passando por isso mas, o que posso fazer ? foi assim que as coisas aconteceram, é meu filho que esta a caminho e eu não vou abandona-lo " 

" Dulce jamais te pediria isso " 

Tampo o rosto com as mãos " eu sei, eu sei, não quero perder nenhum dos dois mãe, e não sei o que fazer por que sinto que quanto mais me aproximo da Natália pela gravidez, mais me afasto da mulher da minha vida, estou numa sinuca de bico e estou com medo " 

" oh querido " minha mãe me puxa pra um abraço " você tem que conversar com Dulce, vocês precisam sentar e debater sobre tudo isso, só assim vão aprender a lidar com o medo que sentem " sussurra 

" CHRISTOPHER " Natália da um grito 

Me levanto num pulo, assim como minha mãe " Natália ? " corro até a porta do banheiro, minha mãe me segue " Natália, o que houve ? você caiu ? " 

" Natália ? " minha mãe a chama, e então escosta a orelha na porta, ela me olha preocupada " ela esta chorando filho " 

Meu coração se aperta " Nati ? você pode abrir a porta ? você caiu ? por favor fale comigo, fale comigo Nati " peço começando a me desesperar 

Podia ouvir seu choro " Christopher, me ajuda, me ajuda por favor " 

" eu quero te ajudar Nati mas, você precisa abrir a porta pra mim, vamos, abra " peço, toco a maçaneta  e a giro, não adiantava, estava trancada " Nati por tudo que é mais sagrado, abra essa porta " 

" eu estou com medo " ela diz entre choro e soluços 

" sabemos querida mas, iremos te ajuda tudo bem ? é só você abrir a porta " minha mãe diz " 

" ele não pode me deixar, eu não posso perdê-lo Christopher, por favor não deixa ele me morrer " ela dizia desesperada 

" Nati pelo o amor de deus, abre a porta " peço já transtornado, minha respiração estava ofegante " você caiu ? você caiu ? se afasta da porta eu vou arrombar " 

Ouço o barulho da chave, e então a porta é aberta, Natália aparece em minha frente com os olhos repletos de lágrimas " eu acho que estou o perdendo Chris, acho que estou perdendo nosso bebê " ela diz com sua voz quase inaudivel, ela ergue as mãos repletas de sangue " estou sangrando " 

" oh meu deus " minha mãe diz pálida 

" mãe, procura a chave do carro rápido, temos que levar ela pro hospital " minha mãe sai em disparada,  pego Natália que chorava em meus braços " se acalma esta bem ? nada vai acontecer com o bebê eu te prometo, vai ficar tudo bem com ele " 

Ela deita a cabeça em meu ombro " salva ele " dizia entre soluços 

" vamos salvar, vamos salvar " repito, tentando convencer a mim mesmo daquilo. " vamos mamãe, rápido " minha mãe vem correndo atrás de mim com as chaves o carro nas mãos, todos estavamos desesperados, eu só esperava que tudo ficasse bem não só com Natália mas, também com meu filho.