Fanfic: ( Concluída) Um conto de Natal | Vondy | Tema: Vondy, rbd, natal

" Eu escalaria todas as montanhas
E nadaria todos os oceanos
Só pra estar contigo
E consertar o que eu quebrei
porque eu preciso que você veja
Que você é o motivo" - Calum Scott.

Quando eu vi aquela mulher ruiva toda suja de lama, em uma aparência terrível me implorando por água, eu nunca pensei que essa mesma ruiva fosse se tornar minha vida.

Dulce Maria entrou de uma forma inesperada em minha vida, e então de repente eu não me sentia mais odiado e sozinho, eu tinha uma pessoa que todas as manhã alegrava minha manhã com uma panquecas deliciosas no café, de repente eu me senti amado, apesar de tudo que aconteceu, Dulce em alguns meses havia virado meu mundo de cabeça para baixo, e agora a fixa havia caído em cima de mim com força, eu amava aquela mulher.

Eu amava aquela ruiva que estava fazendo dos meus dias mais agradáveis, quando eu achei que não fosse mais possível ser mais feliz, apareceu uma linda bebê em nossa porta, no começo eu estava com medo de a machucar, ela era a coisa mais preciosa que já tinha visto, em poucos meses minha rotina ficou agitada, e eu revesava com Dulce a responsabilidade de cuidar da pequena, então aprendemos a cuidar dela, sabíamos que não podíamos nos apegar, por que ela não era nossa, porém um mês se passou e ninguém veio procurar a pequena bebê.

Então apegado pela pequena princesa eu a adotei, ela era oficialmente minha filha, a pequena Angel, era nosso anjo, aos poucos eu e Dulce estávamos cada vez mais próximos um do outro, a bebê havia sido nosso milagre de natal, Angel era nosso maior presente.

Eu estava ansioso para chegar em casa e ver minhas duas princesas, as rainhas da minha vida, porém enquanto eu ia passando pela rua, eu parei na frente de uma loja de televisão, onde Dulce aparecia em uma reportagem, a descoberta me quebrou por dentro, eu senti que tudo que havia sentido e vivido esses meses era mentira, ela havia mentido para mim, a mulher por quem eu estava apaixonado só queria levar créditos em minha fama, me difamar mais e assim ganhar dinheiro.

" Ela é um deles " Comento em minha mente amargamente.

Quando cheguei em casa, eu estava diferente, algo havia se quebrado dentro de mim, o Christopher gentil e carinhoso, estava morto, eu virei uma máquina fria e sem sentimentos, enquanto eu encarava a mulher com minha filha em seus braços, uma fúria cresceu dentro de mim, eu andei até ela sem qualquer cerimonia a peguei em meu colo.

Dulce me encarou, eu a encarei de volta, olhando aqueles olhos que mentiram descaradamente para mim.

—  Está havendo algo? — Ela perguntou vindo até mim.

Eu a encarei, talvez aquilo fosse apenas uma coincidência, talvez a Dulce nem seja isso, ela não mentiria sobre isso para mim, não é?

—  Então você é repórter?  — Eu perguntei, seriamente a encarando e encarando seus olhos âmbar, aqueles olhos que eu tanto amava, pareciam tão falsos para mim agora.

Minha pergunta a pegou de surpresa, eu assisti a mulher na minha frente começar a ficar pálida, então era verdade! Todos esses meses ela mentiu para mim, só estava me usando para escrever uma maldita matéria, ela nem precisava dizer, eu via a mentira estampada em sua face.

—  Chris eu.. —  Ela tentou se explicar para mim, mais eu não queria ouvir mais suas mentiras, eu a cortei friamente.

—  Você é uma deles, uma dissimulada, mentirosa  —  Cuspi as palavras com frieza e fúria.

—  Não, eu vim aqui para fazer uma entrevista com você mais desistir, por que você não era nada daquilo que diziam —  Ela dizia, suas palavras pareciam tudo mentira para mim agora, ela estava até forçando uma voz de choro,que mulher dissimulada.

—  Você é uma mentirosa, tão podre igual a eles!  — Eu cuspi com ódio e mágoa visíveis em minha voz.

—  Eu juro que não sou assim, eu nunca quis te difamar, eu só vim a trabalho, mais depois de te conhecer eu não me importei mais com o trabalho de repórter — Ela falava, tudo parecia ser verdade, mais que garantia eu teria? Ela mentiu, me enganou.

Então eu sai da sala, Angel estava já adormecida em meus braços, eu a coloquei com cuidado dentro do berço, quando voltei para a sala, nossos olhares se encontrou.

—  Eu não acredito em você —  Falei encarando seus olhos —  Eu te deixei morar em minha casa, te contei minha vida, minha história, e no final das contas é tudo para uma matéria exclusiva e podre de mídia?  — Eu continuei a falar, no fundo eu queria a machucar como ela me machucou. 

—  Chris por favor acredita em mim, eu não me importo com esse trabalho mais, se quiser eu ligo para a agência e peço minha demissão —  Ela me implorou quase chorando, aquelas malditas lágrimas de crocodilo.

" Uma ótima atriz"

—  Não precisa, eu tenho algo melhor para você  —  Eu falei abrindo um sorriso frio, sai da sala e entrei no meu quarto, peguei um envelope cheio de dinheiro, voltei para a sala com envelope em mãos —  Foi tudo por dinheiro não é? Então tome esse maldito dinheiro para você  — Eu falei friamente, entregando-lhe o dinheiro em suas mãos.

—  Eu não quero seu dinheiro —  Ela falou, se fazendo de inocente, mais eu não cairia mais em suas mentiras.

—  Saia da minha casa!  — Eu disparei com raiva, cada minuto dela ali, me machucava mais.

—  Não, e a Angel? Como faremos com ela? —  Ela perguntou tentando se aproximar de mim, mais eu me distanciei.

— A Angel vai ficar bem, ela não precisa de você - Eu disse friamente, mesmo sabendo que sim, iríamos precisar dela —  Além disso, ela foi achada na frente da porta do MEU apartamento, ela é minha filha, não sua —  Continuei falando, jogando em sua cara que a única intrusa era ela, eu assisti seus olhos marejarem.

—  Não, Chris! Por favor não a tire de mim —  Ela implorou, e então as lágrimas começaram a descer, eu senti meu peito doer, por um momento eu só queria a puxar para o meu peito e abraçar ela, cuidar dela, mais eu sábia que nunca mais poderia fazer isso, eu não conhecia mais a mulher que estava em minha frente.

—  Saia da minha casa e esqueça a minha família, você já tem sua matéria não precisa mais fingir se preocupar comigo e nem com a minha filha, não precisamos de você.  — Falei, dessa vez com meu tom mais firme e muito mais frio.

Ela me olhou alguns minutos, então saiu da sala, deve ter ido buscar a mala, eu passei as mãos pelos meus cabelos, ela entrou no quarto de Angel, eu me aproximei da porta, e me escondi e comecei a ouvir o que ela dizia.

—  A mamãe vai sentir muito a sua falta —  Ela falou, sua voz parecia fraca e quase inaudível, ela deu um beijinho na cabecinha da minha princesa —  mamãe sabe que o papai vai cuidar bem de você, adeus meu anjinho —  Ela disse sua voz mostrava uma dor, que partiu meu coração.

Então ela estava saindo, voltei para sala fingindo que nada estava acontecendo, quando ela passou por mim, eu senti meu mundo ruir, eu a olhei ir embora e controlei a vontade insana de ir atrás dela.

" Eu vou te esquecer, Dulce"

(...)

Eu acordei com meu celular tocando, atendi ainda com sono.

—  Alô?

—  Christopher Uckermann? —  Uma voz feminina soou do outro lado da ligação.

— Eu mesmo, quem fala? —  Perguntei estranhando, eu não me lembrava de ter ouvido aquela voz.

—  Você tem alguns minutos para ir no aeroporto resgatar sua mulher, ou você vai se arrepender pro resto da vida!

—  Que mulher? Do que está falando?

—  Estou falando de Dulce Maria —  No mesmo momento que ela citou o nome de Dulce eu suspirei alto e fechei a cara.

—  Dulce Maria é passado para mim —  Respondi frio.

—  Eu sei que ela errou ao mentir, mais ela te ama, eu sei disso por que a conheço a muito tempo, ela tentou ligar para Zoraida Gomez pedindo demissão da empresa mais Zoraida não permitiu que ela se demitisse, para quê mais prova de amor que essa? Ser repórter é o sonho e a paixão de Dulce e ela estava deixando isso por você —  A garota falava, a cada minuto suas palavras me fizeram sentir uma culpa no peito.

Ela havia tentado se demitir, iria deixar sua profissão, seu emprego dos sonhos por mim.

—  Hey! Deixa para pensar no caminho, ou você vai perder a mulher mais perfeita, a única que lhe amou por quem você era e não pelo seu dinheiro!

—  Obrigado por abrir meus olhos, estou indo agora mesmo.

Eu falei e o telefone se desligou, a nova descoberta fez meu coração doer, eu a expulsei sem nem lhe dar a chance de se explicar, vesti uma roupa rápida, peguei as chaves do meu carro, pedi a uma vizinha e ela ficou cuidado de Angel, sai do apartamento o mais rápido possível, eu só esperava que Dulce não tivesse ido ainda, apertei o botão do elevador e ele abriu, eu entrei, a porta se abriu e eu sai correndo, destranquei meu carro e entrei, assim que entrei liguei e sai para o aeroporto.

O trânsito estava terrível, cada minuto eu corria o risco de a perder, eu acelerei, quando enfim saltei no aeroporto, eu me lembrei da última vez que nos vimos, eu a machuquei com palavras cruéis que ela não precisava ouvir, eu cheguei no aeroporto, andei até o portão de embarque quando uma guarda me parou.

—  Senhor você não pode entrar, o avião já vai decolar, peço que se retire.

—  Não, por favor você não entende, minha mulher está nesse voo, eu preciso dizer a ela que a amo por favor —  Eu implorei a olhando.

A mulher sorrio e por algum milagre me deixou passar e me desejou sorte, para a minha sorte Dulce estava indo até o avião.

—  Dulce —  Eu a chamei, ela se virou para mim, minha garota estava com o rosto inchado, estava chorando, e eu era o culpado de a fazer sofrer, como eu pude ser tão cego?

—  Christopher? —  Ela perguntou parando seus passos e me olhando.

Andei até ela parando em sua frente.

—  Meu amor me perdoa, eu sei que você não mentiu por querer e sei também que queria se demitir por minha causa, eu fui um idiota por favor me perdoa? —  Eu comecei a implorar a encarando.

—  Eu.. Eu — Ela tentava falar, mais nada saia, eu sábia que havia a machucado demais com minhas palavras.

—  Dulce eu imploro, meu amor, eu amo você mulher, eu amo você  — Eu finalmente falei a encarando.

Dulce não disse nada, apenas me olhou, seus olhos estavam tristes e curiosos.

Então eu me ajoelhei em sua frente.

—  Seja minha por toda vida, Dulce... Case-se comigo —  Eu falei ajoelhado em sua frente  — Dulce Maria Savinõn você aceita ser minha esposa e a rainha que irá iluminar todos os meus dias?  —  Eu perguntei, sentindo o nervosismo crescer em mim.

Ela me olhou sem qualquer expressão.

—  Deixa eu pensar...Claro que aceito —  Ela respondeu sorrindo.

Eu me senti o homem mais sortudo da fase da terra, então eu me levantei e fui até ela, levei minhas mãos até seu rosto, o acariciei, e então eu a beijei, nosso beijo era lento, minha língua pediu acesso e ela me cedeu, eu explorei cada canto de sua boca, puxei seus lábios entre meus dentes e os mordi, abri um sorriso entre o nosso beijo, cessamos o beijo com selinhos.

Eu amava aquela mulher, eu amava a minha Dulce, meu segundo melhor presente.

Continuaa....

Tia_Olaf