Fanfic: Além do Tempo | Tema: Boku no Hero Academia (My Hero Academia)
Capitulo 2
Na vasta e profunda floresta que se encontra nos arredores dos muros de todos os reinos, ao longo desta floresta haviam pequenas vilas, pobres e decaídas, aonde vivia os sem individualidades. Dentre desses vilarejos, um se encontrava perto das extremidades do rio, naquele pequeno vilarejo morava um pequeno garotinho de cabelos esverdeados e olhos verdes com leves sardas em seu delicado rosto, seu nome Midoriya Izuku, que fora deixado naquela vila ao nascer pois o mesmo não possuía individualidade.
Naquela tarde Midoriya se encontrava no rio pegando ou melhor tentando pegar uns peixes, Midoriya se encontrava descalço, e sua calça estava dobrada ao longo de sua coxa, o mesmo apoiava seu rosto contra sua mão cansado de tanto esperar algum mísero peixinho.
— Que droga! — Disse o esverdeado, após tentar pela décima vez pegar algum peixe, Midoriya não estava tendo sorte em pegar algum peixe, todos os seus esforços eram inúteis e o mesmo já estava ficando irritado com a situação, então acabou por desistir, jogou sua vara de pescar no chão com raiva, e se sentou-se em cima de uma rocha ao lado do rio e deixou seus pés dentro da água cristalina.
O tempo passou agradavelmente, o vento que estava calmo balançava seus cabelos, a água gelada que refrescava seus pés, em pleno verão, o sol que antes brilhava intensamente, agora estava se pondo deixando o céu que antes era azul, tornava-se um rosa clarinho, deixando a vista do céu algo encantador de se ver ao final do dia.
Como qualquer outra floresta, sempre terá perigo, e sempre devemos ser cuidadosos, como no caso de Midoriya que sempre fora um garoto um tanto que precavido quando se tratava de ir na floresta, porém naquele momento ele não foi, estava tão distraído olhando para o céu que não percebeu um pequeno ser que rastejava entre a árvore e que se aproximava cuidadosamente de Midoriya. A cobra mamba negra aos poucos se aproximava cada vez do esverdeado, e quando estava prestes a atacar fora segurada e teve sua cabeça arrancada, graças ao barulho Midoriya virou-se para trás rapidamente, mas acabou se desequilibrando e caindo no rio.
— Aí — Ao colocar sua cabeça para fora da água, mesmo pôs a mão em sua cabeça, e olhou para cima encontrando Kirishima Eijirō segurando a cobra. Kirishima era um ruivo com dentes afiados, extremamente alegre.
— Izuku — Disse o mesmo segurando a cobra que estava partida ao meio, mas sua boca se encontrava firme no braço do mesmo, mas graças a sua individualidade de endurecimento, sua pele não foi mordida — Que sorte que eu resolvi vim atrás de você, já pensou o que aconteceria se essa cobra tivesse lhe mordido, mamãe iria me matar por não te proteger e lhe mataria de novo — Midoriya olhou inexpressivo para o mesmo ao ouvir a última parte
— Desculpa, acabei me distraindo, você está bem? — Perguntou o esverdeado enquanto saia do rio raso, e ficando a frente do ruivo.
— Estou, graças a minha individualidade — Disse dando seu enorme sorriso — Estava ficando tarde e resolvi vim atrás de você, então vamos? — Midoriya ainda continuava a olhar para Kirishima de forma preocupada — Eu já disse que estou bem, vamos está tarde. — O esverdeado então concordou e assim ambos foram para a vila em que moravam.
Assim que surgiu a lei, e os sem individualidades foram exilados, algumas famílias que continham boas condições tentavam ajudar as pessoas que começaram a morar fora dos muros dos reinos, os mesmos tentavam ajudar de várias formas de acordo com suas individualidades, principalmente no requisito de moradia, mas com o tempo essas famílias não puderam mais ajudar pois seriam condenadas à morte, e com o tempo as pessoas de fora dos muros começaram a morrer pois não conseguiam se defender dos predadores da floresta, então algumas famílias de dentro do reino se opuseram e foram morar junto com os sem individualidades, em cada vila tem uma família para que possam proteger os outros. Mesmo agora se alguma família quiser sair, não poderá se não morreram.
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— Izuku, meu Deus você está todo ensopado!— Assim que os meninos chegaram em casa, a mãe de Eijirō, foi correndo em direção aos dois, a mesma tira a camiseta de midoriya seguida a de kirishima. Ela falava toda eufórica, querendo saber o que aconteceu, mas não deixava o mesmo se explicar e quando menos percebeu mudará de assunto drasticamente, dizendo que ia queimar a comida.
— Como sempre a mamãe está animada — Eijirō dissera enquanto olhava na direção de sua mãe, e logo após virou-se para o esverdeado — Vai tomar um banho, antes que fique doente.
— Sim senhor — Disse brincando, e foi em direção ao banheiro que se encontrava atrás da casa.
Após um rápido banho, Midoriya foi para seu pequeno quarto que tinha somente uma cama caindo aos pedaços e uma caixa onde continha suas roupas, enquanto secava seus cabelos, o mesmo se sentará em sua cama que rangeu ao movimento, o mesmo deu leve suspirada, colocou a toalha sobre seu pescoço e se abaixou para pegar uma velha cesta que continha ali, a pegou com muito carinho e pôs em cima na cama, ele olhava a cesta de forma carinhosa e pegou a carta que se encontrava dentro da mesma.
“Por favor cuide bem do meu
pequeno filho, seu nome é
Midoriya Izuku”
O esverdeado sentirá uma dor no peito como sempre, toda vez que lia aquele pequeno bilhete, em pensar que nunca teve a oportunidade de ver o rosto de sua mãe, de saber sua fisionomia, dizer mãe, fizer o quanto a ama por lhe trazer ao mundo, tudo isso foi tirado dele ao nascer, por causa de uma lei. Quantas pessoas devem sofrer por causa disso. Midoriya abraçava seus joelhos e chorava de forma silenciosa, cada vez mais lágrimas e corriam dos olhos do pequeno esverdeado, acabando por cair algumas encima de sua pequena carta cor de pergaminho.
Midoriya tentava fazer o mínino silêncio para não preocupar a família de kirishima, mas o mesmo não sabia que Eijirō espiou o mesmo pela porta, pois estranhou a demora do esverdeado, o ruivo não aguentando ver o irmão de criação sofrendo, entrou dentro do quarto, o que acabou por assustar o esverdeado, que rapidamente limpou as lágrimas em seus olhos, Kirishima chegou perto do mesmo e o puxou para um abraço, fazendo Midoriya desabar, enquanto recebia cafuné.
— Eu posso não entender a sua dor — Eijirō começou a falar assim que o esverdeado se acalmou — Mas sabe você pode contar comigo, somos irmãos, amigos, confidentes, sempre que se sentir solitário, com medo e tudo mais, pode contar comigo, eu vou e quero estar sempre ao seu lado, pelos altos e baixos da vida, e eu prometo Izuku, eu prometo que você verá a sua mãe — Ao ouvir aquelas últimas palavras o pequeno Midoriya levantou a sua cabeça e deu uma fungada, Eijirō limpou os requisitos de lágrimas que ainda estavam presentes no rosto vermelho de Midoriya.
— Você está falando sério? — O esverdeado perguntou aquilo com tanta esperança em seus olhos, mas também cheio de receio
— Estou, promessa de dedinho — Kirishima deu seu largo sorriso e levantou seu dedo mindinho, Midoriya deu um sorriso bobo e entrelaçou seu dedo mindinho com o de Kirishima. E ali fora selado uma promessa de pequenas crianças com seus 7 anos, que infelizmente não sabiam a perigosa jornada que teriam que enfrentar por causa dessa promessa.
Como pequenas crianças passariam pelos muros dos reinos, se os mesmos não sabiam em qual o jovem Midoriya veio, e muito menos sabiam o nome de sua mãe, a única pista que tinham era o nome Midoriya, mas a chance de serem mortos para tentarem obter mais informações, seria perigoso, mas naquele momento aquela promessa preencheu o coração do pequeno Midoriya.
— Bom agora vamos, é seu aniversário e você não pode ficar desanimado, vem — Kirishima era o pilar de Izuku, sem ele, o pequeno esverdeado já teria desistido
— Sim — Um enorme sorriso se estendia no seu rosto
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Longe daquela vila, dentro do reino do oeste, na pequena casa aconchegante, sentada em uma pequena poltrona com uma xícara de chá estava Midoriya Inko, que olhava para a pequena vela que continha em sua frente, seus pensamentos estavam tão longe que não notará Toshinori em sua frente, mas ao notar levou um baita de um susto e acabou por derrubar a xícara e a mesma se espatifou no chão.
— Me desculpe Inko, meu Deus! Deixa que eu limpo — Toshinori começou a se desesperar, fazendo com que Inko desse uma risada.
— Não se preocupe Toshinori, a culpa foi minha, e estava distraída, depois eu limpo — A mesma se levantou e pôs a sua mão no ombro do mesmo — O que devo a honra do cavaleiro All Might? — A mesma perguntou dando um sorriso meigo, que deixou o mesmo envergonhado, mas logo ficou sério.
— Vim aqui para saber se você está bem? — Perguntou preocupado
— Estou bem — Seu sorriso foi de leve, mas não era isso que Toshinori queria saber
— Você sabe o que eu quero dizer
— Eu sei, desculpa, eu fico pensando em como Izuku está, será que está sendo bem alimentado, está passando frio, e quando ele ficou doente...
— Calma, Inko, quando entreguei Izuku, Gran Torino me garantiu que a família Kirishima sempre foi uma família acolhedora, tenho certeza que o mesmo está muito bem — Inko respirou fundo e se acalmou, mas sua expressão continuava triste — Hoje ele completa 7 anos não é.
— Sim
— Me lembro de quando ele nasceu, até hoje me pergunto como consegui fazer aquele parto — As lembranças daquele dia vieram para ambos.
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Inko sempre foi uma grande amiga de Toshinori, o pai de Izuku morreu umas semanas depois de saber que Inko estava grávida, e Toshinori foi o pilar de Inko para que não entrasse em depressão e perdesse o filho. No momento em que estava prestes a dar à luz, Toshinori teve que fazer o parto enquanto a parteira não chegava, enquanto Inko gritava de dor por causa da contração, Toshinori ficava preocupado e chorava, fazendo as vezes Inko dar risada, mas quando o pequeno Izuku nasceu ambos ficaram tão aliviados, Toshinori ficou bobo por conseguir fazer um parto descente, estava um clima alegre, mas isso mudou quando a parteira tinha chegado, quando a mesma analisou a criança viu que a saúde estava ótima, mas depois veio a parte difícil, dizer que a criança não tinha individualidades, aquilo foi um balde de agua fria para Inko, seu pequeno filho recém-nascido tinha risco de ser morto;
Toshinori então se lembrou do que Gran Torino lhe dissera quando mais novo, que uma família que ele conhecia foi morar com os sem individualidades, então dera a ideia para Inko de levar o pequeno Izuku para a família Kirishima, Inko com grande aperto no coração concordou, preferia qualquer coisa menos a morte de seu filho, então a mesma pegou uma velha cesta que tinha e pôs cobertor para que ficasse confortável e escreveu um pequeno bilhete, na hora da despedida foi dolorido até mesmo para Toshinori, ver aquela cena parte o coração de qualquer um.
— Inko, eu sei que o que eu disser agora vai ser horrível, mas é para o bem de vocês dois, você terá que fingir que Izuku morreu, se o rei souber disso que estou fazendo é morte para nos três, a minha vida não importa mais de vocês dois, sim — Inko não tinha palavras naquele momento, mas teve que concordar, a mesma se segurava para não cair nas lágrimas, porém era muito difícil.
Naquele instante Toshinori saiu da casa e foi para fora das muralhas atrás da vila, e Inko se desabou, seu único filho teve que sair de seus braços, tudo por causa de uma ideologia.
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— Eu só queria poder abraçar meu filho — Inko naquele momento desabou no colo de Toshinori que lhe compreendia
— Eu sei, Inko, não se preocupe eu tenho certeza que um dia você poderá ver seu filho — Toshinori dissera aquilo com tanta convicção, que fez Inko dar um leve sorriso
— Está dizendo isso por causa do pequeno Shōto?
— Sim, eu tenho certeza que o príncipe fará a diferença, pois quando olho nos olhos do pequeno bebê, não vejo aquele olhar perverso do pai, porém sim o olhar carinhoso de sua mãe..... Eu tenho certeza que ele mudará isso tudo. Disso sim eu tenho toda certeza.
Autor(a): ceeline
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