Fanfics Brasil - Prologo Esquizofrenia - Spideypool

Fanfic: Esquizofrenia - Spideypool | Tema: Homem aranha, Deadpool, Spideypool, Yaoi, Stony, Fluffly


Capítulo: Prologo

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15 de novembro de 1940 - 06:15 da manhã - Washington, D.C


Pov’s Peter


Todas as noites desde que iniciou a guerra, eu sonho com os gritos das crianças morrendo, eu ouço os tiros, é como se eu sentisse o que eles sentiam, mas ao acordar, eu via que não passava de terríveis pesadelos. A batalha poderia estar quilômetros e quilômetros de distância de mim, mas isso não importava, aquele sentimento ainda estará em mim.


Logo após eu concluir meus ensinos em Oxford, meus colegas diziam para eu abrir meu próprio negócio, não me envolver naquilo, aquilo não servia para alguém de minha classe social, mas eu não dei importância, porque desde o início eu queria estar ali, eu queria me envolver naquilo.


Meus passos se seguiam de formas calmas naquela enorme residência, ela seria praticamente vazia se não fosse por alguns empregados, segui em direção a sala de jantar e sentei-me na cadeira que ficava na ponta, dando um longo suspiro.


— Bom dia senhor — Olhei em direção para Karen que tinha um micro sorriso em seu rosto, a mesma começou a servir meu café e entregou-me o jornal do dia — Acordastes mais cedo hoje, teve pesadelo novamente, meu senhor.


— Karen, quantas vezes tenho que lhe dizer para não me chamar de senhor — Fiz uma careta, peguei a xícara de café, começando a apreciar seu sabor amargo.


— A cada instante senhor — Olhei novamente para Karen que mantinha um sorriso travesso, conheço Karen desde criança, temos a mesma idade e mesmo assim, ela insiste em me chamar de senhor. — Mudando de assunto, o senhor recebeu uma carta de Philip Watson dizendo para comparecer em sua casa. — Suspirei enquanto revirava meus olhos.


— Ele não desiste mesmo.


— Bom agora que você terminou seus estudos, e está com seus 27 anos, está numa idade perfeita para casar, homens na sua idade devem começar a construir uma família. — Fixei meus olhos no centro da mesa, onde encontrava um vaso de tulipas roxas, eram as preferidas de minha mãe.


— De que adianta construir uma família, quando não existe o amor.


— O nome disso se chama negócios e status sociais.


— Shakespeare disse que em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos. Então porque eu não posso decidir o meu destino e me casar com quem eu realmente amo — Indaguei para Karen, vendo ela suspirar como se estivesse lidando com uma criança de 5 anos, a mesma colocou seus fios de cabelos negros atrás de sua orelha.


— Porque a sociedade funciona dessa forma, agora, meu senhor, tome seu café, e pense a respeito sobre o pedido do senhor Watson. — Karen me deixou sozinho naquela sala com os meus pensamentos.


Por um lado, ela tinha razão, mas pelo outro não, eu queria ter tido a sorte como os meus pais, eles se amavam e conseguiram se casar, mas parece que não obtive essa oportunidade. Peguei o jornal vendo as últimas notícias, nada de novo, sempre as mesmas notícias. Dei um último suspiro antes de jogar o jornal na mesa e me retirar daquele local.


Assim que cheguei ao meu destino dei uma última olhada no local, o prédio era grande, feito todo por tijolo, bonito por fora, ao adentrar no prédio, tudo era branco, porque hospitais sempre tinham que ser brancos.


— Olá Senhor Parker — Virei na direção de um homem gordo e careca ele sorria de forma presunçosa, odeio gente assim. — Devo admitir que fiquei bastante surpreso ao saber que um Parker iria trabalhar aqui — Ele fala de um jeito como se por eu ser Parker, ele tivesse ganhado na loteria.


— E por eu ser um Parker lhe incomoda — Falei de forma grosseira, o homem ficou uns segundos sem o seu sorriso idiota no rosto, mas logo o pôs na cara de novo


— Não imagina, vou pedir para um dos médicos lhe acompanhar — Bufei assim que ele saiu.


— Com licença, senhor Parker — Desviei minha atenção de um vaso de plantas para o médico a minha frente. — Prazer sou o Doutor Otto Octavius, mais conhecido como Dr. Octopus — O homem baixo de óculos apertou minha mão. — Venha, irei lhe mostrar seu paciente. — Acenei para o mesmo não querendo muito bater papo, já ouvi falar dele, Dr. Octavius para ele os métodos de cura eram simplesmente tratamento de choque e lobotomia, ele desprezava métodos que são simplesmente com conversas e remédios, a princípio ele deveria me odiar. — Bom você disse que queria cuidar de somente um paciente, tanto que nos deu a instrução que queria um que fosse louco...


— Esquizofrênico — Corrigi o mesmo, vi que ele me olhou de canto.


— Sim, claro, esquizofrênico, bom continuando, pelas suas instruções nos lhe deixamos um dos nossos pacientes mais loucos — Revirei os olhos pelo jeito que ele insinuou sobre o paciente e pelo seu sorriso fez aquilo de propósito — Ele tem 30 anos, aqui está a ficha dele e esse é o seu quarto — O Dr. Octavius me entregou uma pequena ficha e a chave, em seguida saiu do meu campo de visão.


Olhei a ficha e li o nome do meu paciente — Wade Winston Wilson.




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Autor(a): ceeline

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