Fanfic: Esquizofrenia - Spideypool | Tema: Homem aranha, Deadpool, Spideypool, Yaoi, Stony, Fluffly
Capítulo I - Esquizofrenia.
Peter olhou para a porta e em seguida novamente para o nome de seu paciente, o acastanhado estava muito ansioso, desde que começou a estudar queria trabalhar em um hospital psiquiátrico, não queria seguir o rumo de sua família, não queria ser soldado ou político, queria ajudar as pessoas, da sua maneira.
Peter deu uma última suspirada e criou coragem abrindo a porta do quarto, o quarto era bem simples, tinha uma janela uma cama de solteiro e um sofá, e sentado na cama estava Wade, de princípio Peter ficou surpreso com a sua aparência, estava diferente do que aparecia em sua ficha. Na sua ficha era a foto de um homem de cabelos loiros, olhos azuis, mas ali em sua frente era o mesmo homem, mas ele estava careca e seu rosto era cheio de cicatrizes e Peter, pode perceber que essas cicatrizes se estendiam por todo o seu corpo, e Peter sentiu vontade de tocá-las, e logo seus pensamentos foram cortados por Wade.
— Até quando pretende ficar me encarando? — Peter deu um pulo de susto ao ouvir a voz grossa de Wade.
— Desculpa, sou Peter, seu novo médico — Disse envergonhado, Peter se aproximou do sofá e sentou-se nele, fixando seu olhar em Wade.
— Não sabia que crianças podiam brincar de médico — Peter ficou extremamente vermelho pelo comentário do outro, tudo bem que Peter não tinha um corpo robusto para alguém de sua idade, mas ser comparado com uma criança, o deixava extremamente nervoso.
— Não sou uma criança Senhor Wade — Respondeu Peter de maneira grossa, fazendo Wade sorrir de canto — Estou em meus plenos 27 anos, tenho certeza de que eu não sou uma criança. — Se tinha algo que Peter realmente odiava, era ser chamado de criança.
— Nós pedimos desculpas — Sorriu de forma debochada, e por alguns instantes Peter ficará levemente confuso, mas logo se lembrou da esquizofrenia. Então Peter se ajeitou no sofá.
— Senhor Wilson, ainda não obtive oportunidade de ler sua ficha, irei ler assim que eu chegar em casa, mas antes de ler ela, eu queria ouvir a sua história de sua própria boca. — Wade não respondeu imediatamente à pergunta, o mesmo ficou olhando para o Peter, de forma bastante séria, e isso estava deixando Peter meio nervoso.
— Sabe, ontem enquanto estavam fazendo meu tratamento, disseram-me que eu teria um novo médico, mas não imaginei que seria um tão bonito — Peter não evitou de ficar vermelho — Verdade a bunda dele deve ser muito comível, vão tomar no cu não precisam ficar repetindo que minha cara parece que um abacate podre transou com outro abacate, eu sei que eu sou um monstro, vão se ferrar, ele não é assim. — Enquanto que Wade conversava, Peter anotava as coisas, vendo que Wade não fixava seu olhar em certos pontos, Peter concluiu de que Wade conversava com vozes mas que não tinham corpos.
— Wade — Chamou Peter, atraindo a atenção do mesmo, Peter fixou seu olhar na imensidão dos olhos azuis de Wade — Wade, com quantas vozes você conversa?
— Duas, a amarela e a branca — Peter anotou mais uma vez.
— E o que elas dizem?
— Que apesar de você ter uma bunda maravilhosa, você é que nem o outro médico filho da puta. — Peter piscou várias vezes seus olhos, antes de dizer algo.
— Wade além das vozes, você vê, ou conversa com mais alguém?
— Bom, eu vejo os unicórnios pulando e cantando alegremente, mas isso é normal — Wade respondeu de forma contrariada, mas logo sua expressão ficou séria, fazendo Peter prestar muita atenção, Wade se inclinou para frente e falou num tom baixo, como se quisesse guardar um segredo — Eu vi as vacas e as galinhas conversando, elas estão planejando dominar o mundo, e olha — Wade novamente mudou sua expressão e olhou para algo atrás de Peter — Tem um filhote de panda na sua cabeça — E logo o mesmo começou a dar risada, Peter queria fazer o mesmo, mas não podia, estava ali para ajudar Wade, então Peter se aproximou de Wade e segurou suas mãos.
— Wade — E agora olhos azuis e olhos castanhos se encaravam. — Isso não é real, as vacas e as galinhas não irão dominar o mundo e você não é um monstro Wade. — Wade sabia que seu estado mental não estava normal, e para ele Peter era cego.
— As vozes disseram que você é cego e eu concordo — Peter dessa vez não conseguiu impedir uma risada.
— Eu não sou cego, Wade você já leu o livro O Corcunda de Notre-Dame?
— E eu tenho cara de quem lê algo? Mas é daquele cara horrível que cuida dos sinos né? — Peter se afastou de Wade, com um pequeno sorriso.
— Não, você não tem cara e sim Wade é esse mesmo, Wade apesar de aparência dele, ele não era alguém gentil? — Wade deu de ombros — Wade, a aparência das pessoas não define seu caráter, então Wade, você não é um monstro. — Wade permaneceu quieto, ouvindo as vozes falando em como Peter estava mentindo para si, em como ele seria igual aos outros, e Peter percebeu o olhar de dor naqueles olhos azuis, e dando um pequeno suspiro, Peter se levantou — Eu preciso ir Wade, amanhã iremos conversar mais, até amanhã — E saiu do quarto deixando Wade.
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Peter permanecia sentado em sua mesa, com o almoço servido e no fundo daquele recinto uma música jazz ressoava baixo, mas seus olhos castanhos e sua mente se mantinha nas suas anotações que escreveu sobre Wade.
Foi quando Karen entrou na sala e bufou ao ver que Peter não comia, em passos curtos retirou o caderno de Peter, ouvindo seus protestos. — Peter, é o horário do almoço, em outras palavras você deve comer, e não ler e pensar sobre qualquer outra coisa que não seja comer.
— Você só me chama de Peter quando eu faço algo de errado — Resmungou, Karen olhou possessa para o mesmo, pegou o caderno e bateu na cabeça do mesmo — Aí.
— Eu estou falando sério.
— Eu sei, desculpe-me — Disse Peter suspirando, o mesmo pegou as talheres e começou a comer.
— Então Dr. Parker, seu paciente tem problemas de autoconfiança — Comentou Karen, enquanto olhava as anotações de Peter — Quem é amarela e branca? — Perguntou confusa.
— São as vozes que Wade sempre ouve, elas não têm um corpo físico, elas são digamos as vozes de seu subconsciente, onde pelo que pude perceber, tende a deixa-lo sempre para baixo e cobertos de dúvidas sobre si mesmo.
— Nossa — Disse de forma impressionada.
— As vezes ele vê ou ouve outras coisas, mas essas duas vozes, sempre são as mesmas.
— Entendo — Karen continuou a olhar as anotações e logo franziu o cenho — Ele tem medo de vacas?
— Talvez, é só um palpite — Karen suspirou, e pôs o caderno de lado e focou seu olhar em Peter que estava terminando de comer.
— Assim que terminar de almoçar se arrume para ir na casa do Sr. Watson, e assim que retornar deve se preparar para aquele encontro casual.
Peter suspirou de desgosto — Não acredito que terei que fazer duas coisas que não gosto — Dizia, enquanto se levantava. — Nem sei porque sou obrigado a ir, todos eles acham que sou a decadência dos Parker.
— Peter — Chamou Karen de forma carinhosa, a mesma se aproximou do acastanhado e ajeitou sua gravata — Só porque você resolveu ser um psiquiatra e não um político, ou qualquer outra coisa que eles queiram que você fosse, você deve se orgulhar pelo o que escolheu — A morena deu batidinhas no ombro de Peter, e sorriu — Agora vai escovar os dentes e comece a se preparar mentalmente para ir na casa do Sr. Watson.
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— Obrigado por comparecer em minha casa Peter — Disse Philip Watson, assim que Peter chegou em sua casa e sentou-se no sofá — Por favor Margaret, prepare nossos chás. — A velha senhora saiu da sala, deixando ambos a sós.
— Porque me chamou aqui Sr. Watson? — Apesar de Watson não escrever na carta o motivo do comparecimento de Peter, o acastanhado sabia o motivo. Watson deu uma risada.
— Peter, nos conhecemos desde que você era criança, e eu vi a criança envergonhada, se tornar um homem maduro, e agora que as coisas andam bem complicadas, o tempo pode ser curto — O mesmo referia a guerra que estava acontecendo — Não quero que minha filha fique sem ninguém em sua vida, não quero que ela arrume um qualquer, você me entende Peter, eu queria que nossas famílias fossem mais próximas ainda. — Peter suspirou, e agradeceu mentalmente quando Margaret voltou com os chás, assim dando a oportunidade a Peter, pensar em algo. — Obrigado Margaret — Anunciou Watson.
— Obrigado — Disse Peter para a senhora, o mesmo pegou o chá em cima da mesa que estava no meio de ambos, e aproximou seus lábios na xícara apreciando o sabor doce do chá, seus olhos focaram no de Watson que o olhava com enormes expectativas, fazendo mais uma vez o jovem suspirar — Sr. Watson, Mary Jane é uma mulher forte e independente... — Antes que Peter pudesse continuar, ele viu Watson torcer o nariz — O que foi?
— Mary Jane enfiou na cabeça que quer ser jornalista — O Sr. Watson suspirou de desgosto — Peter eu sei que você não quer se casar com Mary Jane, percebo isso, mas me pergunto se é por ela ter enfiado essa ideia estupida na mente, estou a proibindo de qualquer coisa que faça essa ideia aumentar... — Peter não aguentando mais o Sr. Watson falando da própria filha, se levantou do sofá e pôs a xícara novamente na mesa, atraindo a atenção do homem.
— Sr. Watson eu preciso ir, mas quero que saiba que apoio a ideia da Mary Jane, isso a faz mais forte, e como pai deveria lhe apoiar, Sr. Watson, já tentou ouvir Mary Jane? — E saiu da sala, deixando o homem em seus pensamentos, assim que Peter saiu da casa dos Watson’s, Mary Jane abraçou Peter por trás.
— Obrigado por me defender — Peter olhou para Mary Jane e sorriu.
— E eu ficaria agradecido se você falasse para o seu pai que gosta do Harry. — A ruiva arregalou seus verdes.
— Ficou louco Peter, meu pai e o Sr. Osborn se odeiam — Peter revirou seus olhos.
— MJ, o Sr. Osborn lhe adora, ele aguentaria seu pai por você.
— É mas isso não funciona para o lado de Harry, meu pai sempre insistiu que tinha que ser você.
— Seu pai ainda não teve oportunidade de conhecer Harry, tenho certeza eu seu pai irá gostar dele — MJ revirou seus olhos para Peter.
— Vou fingir que você não está se iludindo sobre meu pai.
— Tem razão talvez eu esteja — E ambos começaram a rir — Preciso ir Mary Jane, não ligue para seu pai, tudo vai dar certo.
— Obrigada Peter, cuide do Harry por mim está noite? — Peter deu uma risada.
— Desculpa vou estar ocupado fugindo de seu pai — O mesmo ligou seu carro e foi para casa, deixando Mary Jane rindo.
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Assim que Peter chegou em sua residência, foi direto em direção ao seu quarto, e pelo caminho o mesmo tentava tirar aquela gravata que lhe sufocava, Peter não conseguia entender porque não podiam usar roupas mais simples, sempre tinha que ter gravata. Desistindo de retirar a gravata Peter começou a retirar seus sapatos, foi quando ouviu uma risada atrás de si.
— Pela sua impaciência as coisas não foram tão bem na casa do Sr. Watson não é mesmo — Karen se aproximou de Peter e começou a tirar a gravata para o mesmo, e o acastanhado bufou.
— Nem me fale, ele sabe que não quero me casar com a MJ e mesmo assim insiste, e ainda por cima quer tirar o sonho dela, só porque a iria se tornar mais independente. — Karen deixou Peter retirar sua roupa enquanto que a mesma ia no banheiro do quarto e preparava a banheira para o mesmo.
— Infelizmente Sr. Parker ainda existe machismo, o que a senhorita Watson quer fazer?
— Karen por favor me chame de Peter, odeio que use o Sr. Parker — Disse suspirando — Mary Jane quer ser jornalista.
— Isso é legal, talvez o Sr. Watson não queira que Mary Jane seja jornalista, pois eles não são muito bem visto, principalmente quando eles insistem em investigar.
— Eu sei, mas é o sonho dela, que o pai deveria apoiar. — E Peter suspirou cansado — Preciso mesmo ir hoje?
Karen saiu do banheiro vendo Peter somente de cueca slip — Precisa, agora entra naquele banheiro, tome um banho e vista a roupa que eu irei escolher — Peter fez exatamente o que Karen mandou, sabia que não era bom estressa-la.
Depois de sair do banho, vestir o terno, escovar seus cabelos, Karen agora lhe ajudava a pôr a gravata — Não acha que está na hora de aprender a dar nó em gravata?
— Não — Respondeu com um sorrisinho, assim que a morena acabou, Peter pegou seus sapatos e os calçou — Pronto, agora vou ir.
— Peter — Karen chamou a atenção do mesmo — Não esqueça de dar o recado para o Sr. Stark e o Sr. Rogers.
— Sim — E Peter se retirou do quarto, rumou para fora de casa, entrou em seu carro e se dirigiu ao encontro dos maiores, onde a metade das pessoas eram corruptas.
Autor(a): ceeline
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