Fanfic: Destinos Cruzados AyD | Tema: Portiñón, Anahí e Dulce María

Na manha seguinte, Dulce levou Luna à casa de Mari e fora para o trabalho. Voltou a vê-la somente à noite. Marichelo quisera dar um banho em Luna, mas a mesma insistira que queria tomar seu banho na casa de Dulce.

- Boa tarde, Dul. – Mari a saudou quando chegou.

- Boa tarde, Mari. Como você está?

- Estou bem, querida. Entre.

- Não quero incomodar. Só vim buscar a Soph.

- Entre um pouquinho, ela está no quarto com Angel trocando a roupa de Allicia .

- Ah, Angel está aqui! – Dulce acompanhou Mari até a sala e sentaram-se para esperar.

- Sim, veio passar o dia conosco. – Mari sorriu – Alli está enorme, você precisa ver.

- Eu vi ela, mas faz umas duas semanas já. Ela está tão fofinha.

- Eu devo confessar que amo minhas netas. –  Mari riu baixinho – Acho que amo mais elas do que meus próprios filhos. Não conte isso a eles.

- Pode deixar, - Dulce riu – não vou contar nada.

- Obrigada. Você acaba de garantir que eu viva mais alguns anos.

- Seus filhos te amam, Mari . – Angel falou porque acabara de entrar na sala e pegou o final da conversa delas - Jamais ficariam bravos por você gostar mais das netas do que deles. Toda avó é assim, não se preocupe com isso.

- Se você diz, vou tentar concordar. – Ela sorriu – Mas é melhor não arriscar minha sorte.

Elas riram juntas da conversa. É claro que Marichelo sabia que os filhos não criariam problema por ela amar mais os netos do que a eles. Afinal, toda avó é assim. Ela só não queria criar confusão e ciúme na família.

Luna chegou à sala segundos depois e sorriu imensamente ao ver Dulce.

- Candy! Você já chegou! – atirou-se nos braços dela.

- Cheguei agora há pouco. Estava conversando com sua avó.

- Ah. – a pequena beijou o rosto dela – Eu tava com saudade.

- Eu também, florzinha. – Dulce a abraçou bem forte e beijou seu rostinho inúmeras vezes – Você se comportou hoje ou deu trabalho pra sua avó?

- Me compotei. Eu sempe me compóto.

- Ótimo. Então, acho melhor irmos antes que fique muito tarde. Temos que tomar banho e jantar.

- Tá bom.

Luna se colocou de pé e despediu-se rapidamente da avó, da tia e da prima. Ela gostava da família, mas estava tão empolgada com a idéia de ficar com Dulce que estava com pressa.

Dulce despediu-se das duas mulheres e da pequena garotinha nos braços de Angel e foi para o apartamento com a pequena.

Ao chegar, Dulce largou as bolsas no sofá e ligou o rádio.

- Soph, o que você gostaria de comer hoje?

- Eu quelia comê pizza. – seu rostinho estava esperançoso – Você deixa?

- Claro que eu deixo. Ontem você comeu comida mesmo, então hoje pode comer pizza, que é considerada porcaria para alguns. – Dulce piscou um olho e sorriu - Você toma banho sozinha ou quer ajuda?

- Você me ajuda?

- Claro. – Ela pegou-a no colo – Eu vou encher a banheira e nós vamos tomar um banho juntas, assim não perdemos tanto tempo.

- Você deixa eu usá o seu shampoo de molango?

- Deixo.

- Eba!

Dulce largou a menina na cama, que foi tirando a roupa sozinha, e foi colocar a banheira para encher. Preparou tudo o que precisavam e depois levou Luna para tomar banho. As duas conversaram bastante sobre elas, sobre a família Portilla e sobre qualquer outro assunto que surgisse.

- Candy... – a pequena disse enquanto lavava o cabelo dela com o shampoo de morango.

- O que foi?

- Você nunca quis um bebê?

- Acho que não. As pessoas precisam ter um marido para ter um bebê. Eu estou sozinha, não posso ter um bebê assim.

Claro que Dulce sabia que poderia ter um bebê sozinha. Ela poderia optar por uma inseminação, mas esse não era o tipo de coisa que ela quisesse fazer. Ela poderia ter um bebê com um namorado, mas precisava do namorado primeiro. Ou podia simplesmente transar com um cara qualquer, engravidar e criar o seu bebê sozinha. Mas se fosse para ter um bebê, ela teria só depois que tivesse um marido, alguém com quem dividir as alegrias e dificuldades da situação. Mas Luna não entenderia tal explicação complexa e cheia de subentradas.

- Minha Mommy cuida de mim sozinha. – Luna brincou com uma bolha de sabão que se formou no braço de Dulce. – Ela sente falta da mamãe.

- Eu imagino que ela sinta. Mas sua mãe está feliz, ela tem você. – Dulce sorriu e Luna retribuiu.

- É. – Luna sorriu e rapidamente já mudou de assunto - Candy, você compa pa mim um shampoo igual o seu? Eu quelia um de molango pa usar lá na minha casa quando a Mommy ou a Ana me dá banho.

- Eu compro um pra você amanhã, nós passamos no mercado antes de vir pra casa e compro um shampoo pra você.

- Obigada.

- De nada, bonequinha. – Dulce a apertou em seus braços e beijou seu rosto, atitude que arrancou uma risada de Luna - Agora passa o sabonete no seu corpo enquanto eu lavo o meu cabelo.

Luna fez o que Dulce pediu e, depois de prontas, saíram da banheira para poder jantar. Pediram uma pizza de frango e catupiry e um refrigerante. Dulce desligou o rádio que havia ligado e ambas comeram a pizza sentadas sobre o tapete da sala, assistindo televisão.

Depois do jantar, Dulce foi conferir os recados no telefone e havia uma de sua chefe.

“Alô, Dulce María? Aqui é Anahí . Eu liguei para saber como Luna está. Ela está aí com você? Hã... bom, eu acho que vocês não estão aí. Eu ligo amanhã se der tempo, tem tanta coisa pra resolver aqui antes de voltar. Diga a Luna que eu mandei um beijo pra ela. Obrigada pela ajuda. Hã, acho que era isso então. Tchau, boa noite.”

Luna sorria ao ouvir a voz da mãe e Dulce sorriu, mesmo que involuntariamente.

- A mommy me mandou um beijo. Eu quelia mandar um pa ela também.

- Quer ligar pra ela? – Dulce lhe pediu.

- Aham.

- Ok. - Dulce ligou e esperou que o telefone tocasse a primeira vez para então entregar à Luna – Espere ela atender, eu vou levar os pratos pra cozinha.

- Tá. – Luna aguardou e sorriu quando a mãe atendeu – Mommy, oi!

- Oi, filha. – ela respondeu e suspirou aliviado – Como você está?

- Eu tô bem.

- Você está se comportando? O que está fazendo?

- Eu tomei banho e comi pizza. Acabei agolinha.

- Ah, que legal. – Anahí sorriu – Eu estou com saudade de você. Você está obedecendo a Dulce?

- Sim, Mommy. – Luna olhou para Dulce que estava na cozinha – Mommy sabia que a Candy vai me dá um shampoo de molango igual o dela?! A gente vai compá amanhã no mecado.

- Ok, filha.  Bom, se comporte aí, obedeça ela e não fique abusando. Hã, a Dulce María está aí com você?

- Tá na cozinha lavando os patos e os copos.

- Posso falar com ela?

- Sim. Pelaí. Candy, a Mommy qué fala com você. Tchau, Mommy. Te amo.

- Tchau, filha. Vejo você no fim de semana. Te amo.

- Olá. – Dulce disse ao pegar o telefone; Luna saiu caminhando em direção à cozinha.

- Boa noite, Dulce María. Eu liguei antes, mas acho que não estavam em casa.

- Ah, eu estava com o rádio ligado e estávamos no banho, não ouvi o telefone tocar. Me desculpe por isso.

- Não, tudo bem. Eu só quero saber se ela tem se comportado ou se está revirando sua casa e deixando tudo de pernas para o ar?

- Não se preocupe. – Dulce riu – Ela é um anjo, tem se comportado muito bem. E nem está revirando a casa ou deixando tudo de pernas para o ar.

- Menos mal, então.

- Como estão os negócios do escritório? Tem conseguido atender os clientes e assinar os papéis necessários?

- Sim. Tem bastante coisa ainda pra resolver, mas tem dado tudo certo até agora. Obrigada por perguntar.

- De nada.

- E no escritório, como estão as coisas? Algum assunto que precise ser resolvido antes da minha volta?

- Não. Enrique já resolveu o que era necessário, o resto pode ser quando você voltar.

- Ótimo.

Houve um minuto de silêncio entre eles. Anahí queria dizer mais alguma coisa, mas estava com a boca travada. Dulce queria ser mais simpática e íntima na conversa, mas sabia que não tinha permissão para tal atitude, por isso se manteve calada.

Quando ambas resolveram dizer alguma coisa, Dulce escutou um grito que veio da cozinha. Correu até lá com o telefone em mãos.

- Anahí, espere um minuto. – Dulce correu até a cozinha e encontrou Luna toda lambuzada de refrigerante e gargalhou – O que você fez, gatinha?

- Eu quelia tomá refi. – Ela arregalou os olhos – Acho que apetei o lito. Daí expodiu tudo.

- Tudo bem. – Dulce riu da carinha de assustada e divertida dela – Espere um minuto. Vou dar tchau a sua mãe, depois limpamos você.

- Tá bom.

Dulce voltou sua atenção à ligação na sala.

- Anahí? – ela questionou.

Ela podia nem ter se dado conta, mas a chamou duas vezes pelo nome apenas, sem usar um título como ‘senhora’ ou ‘doutora`. Porém, Anahí percebeu isso... E adorara ouvir seu nome ser dito dos lábios dela com tanta naturalidade, só não estava mais satisfeita porque não pode visulizar tal cena.

- Sim. – ela respondeu antes que ela pensasse sobre sua demora - O que houve aí?

- Sophi foi abrir o refrigerante e respingou nela. – Dulce riu levemente – Vou ter que desligar e limpar ela.

- Tudo bem. Sinto muito pela bagunça.

- Não se preocupe com isso, estamos nos divertindo bastante. Bom, boa semana para você e bom trabalho. Quando quiser, é só ligar pro meu celular ou pro número da minha casa.

- Ok. Boa semana pra vocês também. Boa noite, Dulce María.

- Boa noite.

Ela desligou e foi atender Luna que ainda estava de pé na cozinha, porém com um copo de refri em mãos.

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Enquanto isso, Anahí caminhava de um lado para o outro no quarto do hotel no qual estava hospedada.

Seu nome nunca pareceu tão bonito e adequado a ela. Nunca fora contra seu próprio nome, sempre gostou deste. Mas ouvi-lo ser dito de forma tão íntima e natural por Dulce María lhe causava uma sensação não sentida antes.

Ela adorou a forma como Dulce disse seu nome!

E isso a enlouqueceria em pouco tempo! Essa mulher – Dulce María – estava a enlouquecendo em pouco tempo... E Luna Sophia Clark Portilla parecia ter feito um acordo com ela para isso! Luna se apegara à Dulce de tal forma que Anahí não as imaginava mais separadas...

E a aproximação delas, a amizade e cumplicidade das duas, só a faria enlouquecer dia após dia.