Fanfic: Destinos Cruzados AyD | Tema: Portiñón, Anahí e Dulce María

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Luna Sophia era a cópia perfeita da mãe, o que mantinha bem viva a lembrança de Sarah na mente dela, mesmo que isso a machucasse às vezes. Era loira, com os cabelos levemente cacheados, quase na cintura, e tinha os olhos da mãe de um verde, quase azuis, absurdamente lindos e contagiantes.

- O que está fazendo, mocinha? – Anahí perguntou enquanto enxugava os cabelos na outra toalha.

- Tô bincando. – ela pulava em cima da cama.

- Você não vai tomar banho?

- Não.

- Por que não?

- Puque eu tô com cheirinho gotoso.

- E posso saber de onde é esse cheirinho? – ela se aproximou da cama e a deitou ali, iniciando uma série de cócegas na barriga dela.

- É do pefume da Mommy. – ela disse em meio aos risos provocados pelas cócegas.

- Meu perfume? Você pegou o meu perfume pra tomar banho? – ela riu disso, mas não desistiu das cócegas.

 - Sim.

- Anda logo, vai tomar o seu banho enquanto a Mommy se troca. Eu vou chamar a Anna pra te ajudar.

- Tá bom. – ela se levantou na cama, recuperando o fôlego por causa das risadas e o abraçou – Te amo, Mommy.

- Também amo você, pequena.

Ela saiu da cama correndo e foi para o próprio quarto. Anahí avisou Anna pelo interfone pra que desse banho em Luna.

Luna Sophia era a razão da vida dela. Era por ela que ainda tinha forças pra seguir adiante.

...

As duas tomaram café juntos. Ela já havia tomado banho e estava devidamente pronta pra ir para a casa de sua mãe. 

Depois de deixá-la lá, Anahí seguiu para a Portilla´s Advocacia. Seu pai, irmão e cunhado já estavam lá, bem como Maite que estava organizando a mesa dela.

- Bom dia, May. O que faz aqui na minha sala?

- Bom dia, maninha. O que você acha que eu estou fazendo? – ela revirou os olhos – Estou arrumando essa bagunça na sua mesa. Não sei como pretende achar o que precisa nessa bagunça!

- Obrigada. Ontem não tive tempo de arrumar isso aqui.

- Eu percebi. – Maite suspirou – Annie, você precisa achar logo uma secretária pra você.

- Eu sei disso.

- Sabe, mas não está agindo. Faz mais de dois meses que a Alice saiu daqui, você precisa encontrar alguém pra substituir ela.

- Maite, eu sei disso. – a encarou enquanto se sentava na sua cadeira.

Mai pegou algumas pastas que precisava levar à sala de arquivos e foi em direção a porta.

- Se você não achar uma secretária, eu mesma vou contratar uma. E não venha reclamar depois dizendo que ela ‘não é qualificada’ ou que ‘é preguiçosa’.

- Ok, May.

Tinha uma secretária muito eficiente. Ela se chamava Alice. Mas se demitiu quando casou com Samuel Niel porque iria mudar de cidade por causa do emprego do marido.

Desde então, Anahí não conseguia dar conta de tudo sozinha e estava sem secretária porque não tinha nem tempo pra ir atrás de uma e mesmo que tivesse tempo para procurar uma secretária ela duvidava que alguma fosse ser tão eficiente quanto Alice era.

Intimamente ela desejou que Maite encontrasse alguma secretária para ela, isso pouparia o seu tempo .

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Na casa de Marichelo, Luna brincava com suas bonecas quando Angelique chegou. Angel estava casada com Christian há dez anos. Ambos tinham vinte anos quando casaram e há pouco tempo descobriram que ela está grávida. Sua barriga de seis meses já estava bem visível.

- Oi, docinho. – Angel disse a ela.

- Oi, tia.

- O que está fazendo?

- Bincando.

- De quê?

- Di boneca.

- Humm. Cadê a vovó?

- Na cozinha fazendo um bolo pa mim.

- Vou dar um oi pra ela e depois volto aqui pra brincar com você.

- Tá.

Angelique seguiu até a cozinha para cumprimentar a sogra.

- Bom dia, vovó em dobro. – Angel disse a ela.

- Oi, querida. – Mari a abraçou e acariciou sua netinha na barriga de Angel - Como estão vocês duas?

- Estamos bem. Ela tem chutado bastante, mas vou sobreviver.

- Que bom que estão bem. Estou assando um bolo, fica pronto daqui meia hora. Vai ficar conosco, não vai?

- Sim, vou fazer companhia para Luna enquanto isso.

- Ótimo.

- Como ela está?

- Igual. – Mari deu de ombros – É obediente, carinhosa, mas ainda assim é uma criança triste.

- É um verdadeiro crime perder a mãe quando ainda se é um bebê. – Angel disse e encheu os olhos de lágrimas, os hormônios da gravidez a faziam chorar a todo momento – Eu amo tanto ela, gostaria de poder fazer alguma coisa por ela.

- Ei, você é uma tia maravilhosa pra ela. – Mari a consolou – Não se culpe por algo que não pudemos controlar. Luna vai ficar bem, você vai ver.

- Tomara.

Ambas se calaram, ela se recompôs e voltou pra sala pra fazer companhia a Luna enquanto Mari cuidava do bolo que estava assando.

- Então, o que vamos fazer agora? – Angel pediu.

- Bincá de boneca. – Luna  disse com os olhinhos brilhando de felicidade.

- E qual é o nome da sua? – perguntou, mas já previa a resposta dela.

- Sarah.

- Ok. – Angel suspirou – E a minha, como se chama?

- Não sei. – Luna ergueu as mãos com a palma virada pra cima.

- Ok. Eu vou chamá-la de Alicia, igual o bebê da titia. Você gosta?

- Aham.

Elas brincaram por uma hora quase. Mari apareceu na sala com o bolo cortado em pedaços e Luna comeu tanto que chegou suspirar quando acabou.

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Na empresa, Henrique tomava a dianteira num caso extremamente complicado e pedia ajuda aos dois filhos e ao genro. Enquanto isso, Maite olhava sua agenda de contatos tentando encontrar alguém que pudesse ser secretária do irmão dela.

Ana... Andréia... Dulce... Bianca... Cíntia... Daniela... Diana... Fran... Josi... Jéssika... Laúra... Lívia... Mary... Samantha... Kelly...

Todos eram nomes conhecidos, mas nenhuma idéia que surgisse e fizesse sentido pra ela.

Ela voltou a revisar os nomes e parou logo no início da lista.

Dulce.

Dulce María Saviñón! Sua amiga da época de escola! Não custaria nada tentar falar com ela.

Maite discou o número dela e ficou meio impaciente até que ela atendeu.

- Alô? – Dulce disse do outro lado da linha.

- Quem fala?

- Com quem gostaria de falar?

- Com  Dulce María.

- É ela mesma. Quem está falando?

- Maite Portilla. – Ela sorriu – Oi, Dul. Lembra de mim?

- Como vou esquecer a líder de torcida mais maluca e agitada que eu já conheci? Como é que você tá, nanica? – Dulce ria ao dizer tais palavras, lembrava-se bem do estilo de Maite Perroni Portilla.

- Estou bem, e você?

- Também. – Dulce aguardou que May falasse.

- Tá tudo bem? Nós não nos falávamos há mais de dois meses.

- Tá tudo bem, sim. Como eu iria falar com você se eu estava viajando? Mas agora já estou em Nova York de novo.

- Como foram as férias?

- Ai, eu estava mesmo precisando. – ela suspirou - Aquele emprego estava me matando. Foi bom jogar tudo pro ar e dar uma viajada pra descansar a cabeça.

- Que bom que descansou.

- Mas enfim, me diz: como está o seu marido? Continua te aturando ainda? – Dulce riu e foi acompanhada por Mai.

- Ele está bem.

- Que bom. E você?

- Também estou bem. Só trabalhando bastante. Estou fazendo o trabalho de duas pessoas.

- É? – Bella franziu a testa – Como assim?

- Sim, estou trabalhando como administradora da empresa do meu pai e como secretária da minha irmã. – Mai fez um beicinho do outro lado da linha.

- Uau! Se eu bem te conheço, você já deve estar surtando então.

- Aham, pode apostar que estou. – Mai sorriu ao dizer isso - Dul, eu sei que você saiu da empresa na qual estava e queria saber se tem intenção de voltar a trabalhar logo ou ainda vai curtir umas férias prolongadas?

- Morena, você me conhece. Acha que vou agüentar ficar parada?! De jeito nenhum! Claro que vou trabalhar, estou procurando alguma coisa, mas ainda não tive resposta em nada.

- O que acha de trabalhar aqui na Portilla´s Advocacia?

- Sério?

- É. Quer dizer, precisamos fazer um teste, ver se minha irmã aprova e tal... Mas você pode ser a secretária que ela tá precisando e não vai atrás procurar, e ainda vai ser a secretária que vai poupar a minha vida.

- Mai, você é uma figura. – Dulce riu da amiga, sempre com aquele jeito maluquinho – Nós podemos fazer um teste então. Quando eu devo ir?

- Quanto antes melhor. Venha amanhã e você faz o teste durante o expediente todo. Se der certo e você gostar, o emprego é seu.

- Ok. Amanhã estarei aí.

Ambas conversaram por mais uns cinco minutos, Maite passou o endereço da empresa e o horário em que Dulce deveria chegar.

Maite saltitava de alegria porque finalmente teria uma folga em cuidar das coisas de Anahí e porque teria uma velha amiga por perto. Numa empresa cheia de homens, onde as únicas mulheres eram ela, as secretárias de cada um deles e a faxineira e Anahí, seria bom ter um rosto familiar e feminino pra conversar.

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