Fanfic: Destinos Cruzados AyD | Tema: Portiñón, Anahí e Dulce María

CAPÍTULO 21.

No domingo, como haviam combinado, Anahí e Luna levariam Dulce até a casa dos Portillas para contar sobre o namoro delas. Havia se passado um mês desde que começaram a namorar. Ambas sabiam que seus sentimentos não eram passageiros e que ficariam juntas, então não havia por que esperar mais tempo.

Luna estava tão nervosa e ansiosa quanto Dulce. Elas a buscaram no apartamento e seguiram até a casa dos Portillas ouvindo um CD que Dulce deu de presente a Anahí.

Já na escadaria da casa dos Portillas, Luna saiu correndo na frente delas e tocou a campainha. Quem lhe atendeu foi Marichelo.

– Olá, netinha da vovó. – Mari a pegou no colo – Como você está?

– Bem, vovó. – Luna a abraçou.

Ambas esperaram que Anahí e Dulce se aproximassem. Marichelo confirmou o que seu coração já havia dito muito antes: Elas estavam juntas.

– Olá, Mari. – Dulce a cumprimentou com um abraço, um beijo e um sorriso imenso.

– Oi, querida. É bom tê-la aqui conosco.

– Oi, mãe. – Anahí não se continha de tanta felicidade.

– Oi, filha. – Mari a abraçou e acariciou seu rosto.

Depois disso, Luna se soltou dos braços de Mari e foi entrando na casa. As três a seguiram caladas; Anahí não disse nada a Mari, mas sabia que ela já havia entendido o motivo de toda aquela alegria.

Luna encontrou os outros na sala conversando. E embora Anahí e Dulce tivessem pedido que ela as esperasse para dar a notícia, ela não se conteve. Entrou gritando e saltitando.

– A Mommy e a Candy tão namolando! Agola ela é minha mamãe de vedade vedadeila!

Todos olharam na direção dela e sorriram. Ainda mais quando enxergaram, alguns passos atrás dela, as duas de mãos dadas. Anahí sorridente como há muito tempo eles não a viam e Dulce também sorridente, porém com as bochechas coradas.

Maite foi a primeira a levantar-se e cumprimentá-las.

– Até que enfim contaram!

– O que? – Anahí e Dulce perguntaram juntas.

– Eu sabia que tinha alguma coisa entre vocês duas, não pensei que fossem esconder isso da gente. – deu de ombros.

– Achamos melhor esperar um pouco. – Anahí disse e a abraçou – Mas agora você já sabe, baixinha. Pode pular de alegria. Não era isso o que você queria?

– Com certeza. – Maite a abraçou e fez o mesmo com Dulce – Vê-las juntas é o que todos nós queríamos.

Enrique se levantou para cumprimentá-las também.

– Filha, fico feliz por você. – a abraçou – Dulce é uma mulher incrível e eu não confiaria em mais ninguém para te fazer feliz.

– Obrigada, pai.

– Obrigada, Enrique. – Dulce agradeceu embora estivesse corada.

Poncho foi o próximo a cumprimentá-las.

– Eu não preciso dizer nada. – ele disse sorrindo – O sorriso bobo de vocês e o nosso são provas de que esta é uma ótima notícia.

– Tem razão. – Anahí puxou para um abraço – Você sempre sente as coisas sem que palavras sejam ditas.

– Só sou observador, nada mais. – deu de ombros e foi para o lado de May.

Angelique se aproximou com Allícia em seus braços. Sorriu para Dulce e falou com ela primeiro.

– Você chegou quietinha e agarrou a última Portilla solteira. – Angel riu e a abraçou – É assim que se faz, mulher. Seja bem-vinda à família.

– Obrigada, Angel.

– E você, hein? – se virou para Anahí – A mulher que sempre esteve fechada para relacionamentos, agora aparece com uma namorada. – Annie sorriu para ela e a puxou para um abraço, sussurrando suas palavras seguintes no seu ouvido – Sei que está feliz e não vejo escolha melhor do que a que fez. Você merece ser feliz e amar alguém, não vejo mulher melhor para te amar de volta do que Dulce. Parabéns.

– Obrigada, Angel. – ela disse à cunhada. Adorava Angel de uma forma que estava além de palavras, era sua única cunhada e tinha um carinho enorme por ela.

Então, o último que faltava se aproximou. Christian estava com um sorriso oculto pela cara de deboche, mas tão feliz quanto os demais.

– Olha, olha! E não é que a Portilla fisgou uma bela morena?! – abraçou Anahí gargalhando.

– Chris, você não presta. – Annie disse.

– Eu não presto? Eu tava doido esperando por esse momento! – Ele se afastou delas e gargalhou mais uma vez.

– O que está fazendo, amor? – Angel perguntou assim que viu Christian se ajoelhar no chão.

– Espera, amorzito. – ele disse a ela – Preciso agradecer. – uniu as mãos e fechou os olhos dramaticamente – Senhor Deus, obrigado por ouvir minhas preces. Essas duas se amam e deram bobeira por muito tempo, mas enfim estão juntas. Mantenha-as assim. Obrigado, amém.

– Que palhaçada é essa? – Marichelo perguntou em meio a risos.

– Mãe, Deus colocou a mão no meio dessa história. – Chris se justificou – Era hora de agradecer o empurrão.

– Palhaço. – Dulce bateu no ombro dele, estava mais do que envergonhada, mas absurdamente feliz.

– Eu sei que sou palhaço, mas você me ama assim mesmo. – se gabou e abraçou Dulce – Falando sério agora, seja bem-vinda à família. Sabe que sou seu amigo já, então agora acrescente na minha lista de ‘amigo’ e ‘gostosão’, as palavras ‘cunhado preferido’.

– Ei! E eu fico aonde nessa história? – Alfonso fingiu indignação.

– Você fica com ‘cunhado inteligente’ e ‘bom de papo’. – Ele disse debochado.

Todos riram alegremente com a brincadeira. Há tempos Anahí não compartilhava de tamanha alegria com a família. E o motivo disso tudo tinha nome: Dulce María!

Luna correu para os braços de Dulce em seguida.

– Mamãe. – disse rapidamente.

– O que, filha?

– Preciso fazer xixi. – cochichou no ouvido de Dulce.

– Mas você já faz isso sozinha. Por que está me pedindo?

– Puquê eu quelia que você fosse comigo como as mamães fazem com as filhinhas.

– Ok. – Dulce olhou para todos e sorriu – Vou levá-la ao banheiro.

– Fique à vontade, a casa é sua. – Marichelo incentivou.

– Obrigada.

Assim que as duas saíram, Anahí sorriu contente sob o olhar observador de cada um da sua família.

– Então já está sabendo que a Luna chama a Dulce de mãe? – Angel perguntou.

– Sim, ela me contou.

– E isso não te incomoda? – Mari foi quem perguntou dessa vez.

– Não. Sarah morreu há muito tempo, Luna sente falta de ter alguém para chamar de mãe. Além disso, ela está bem consciente de que tem duas mães agora. Então não vejo porque tirar essa felicidade dela. – ela sorriu apaixonadamente.

– Tem alguém babando. – Christian riu alto – Mãe, pega um babeiro pra Annie.

– Deixa de palhaçada, Chris. – Ela socou o ombro dele e riu junto.

Ela não podia brigar com Chris, era assim mesmo que ela estava… Babando… Sim, estava amando e isso lhe tirava o chão.

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Assim que Luna e Dulce voltaram do banheiro, Mari pediu se elas ficariam para o almoço. E foi o melhor almoço do qual Dulce já fizera parte. Desde que seus pais morreram, ela não teve mais momentos como esse onde a família se junta, feliz, e se divertem uns com os outros… Ela sentia falta disso.

Mas inconscientemente, Anahí estava lhe proporcionando tudo isso. Então ela não poderia estar mais feliz. Ganhou uma filha encantadora, uma namorada maravilhosa e uma família inteirinha que a amava como se ali sempre tivesse sido o lugar dela.

Depois do almoço, os homens e Anahí resolveram brincar no jardim com Luna e a pequena Allí. Enquanto isso, as mulheres investigavam sobre o relacionamento de Anahí e Dulce.

– Então, como foi o pedido? – Marichelo perguntou.

– Foi no escritório mesmo, Mari. Anahí estava estranha o dia todo e no final me pediu em namoro. – Dulce quis resumir os fatos, tinha vergonha de lembrar-se de tudo o que aconteceu.

– Ah, Dul, conta direito! – Maite exigiu – Não foi só isso!

– E como você sabe? – Angel franziu a testa confusa.

– Porque eu ouvi elas discutindo. – Maite arqueou as sobrancelhas – Anahí estava se roendo de ciúmes por causa do amigo da Dulce e armou o maior barraco lá na empresa. Eu e Chris a ouvimos gritando dentro da sala dela.

– Vocês estavam ouvindo tudo? – Dulce perguntou corada.

– E por que não me contaram? – Marichelo pediu – Eu estava quase morrendo por não ter a certeza de que Anahí estava saindo com a Dulce.

– E por que Christian não me disse nada? – Angel questionou chateada.

– Nós prometemos não contar nada pra ninguém, eu também não disse nada ao Poncho. – Maite se defendeu e defendeu o irmão – Mas a Dulce tem que contar a história direito pra nós, eu não ouvi exatamente tudo.

– Bom, - ela corou – eu estava juntando minhas coisas que caíram no chão da sala dela e ela entrou e trancou a porta. O olhar dela estava altamente perigoso, parecia um leão prestes a atacar. E ela começou a dizer coisas, começou a reclamar das minhas roupas, do meu shampoo, do meu carinho com Luna e com vocês… Uma coisa levou a outra… Então, ela falou do Ucker, aquele meu amigo que ficou hospedado lá em casa, e eu percebi que ela estava morrendo de ciúme dele. E depois de falar e falar um monte de coisas, ela me beijou.

– Ah, que fofo! – Angel disse sorrindo – Anahí ficou com ciúme do Ucker, por isso surtou e se declarou.

– Pode ser. – Dulce suspirou – Só sei que foi muito bom. No fim, ela entendeu que Ucker era meu amigo e conversamos sobre o que sentimos uma pela outra, até que ela me pediu em namoro.

– Por que só nos contaram agora? – Marichelo questionou.

– Sophi e eu nos amamos, ela até já me trata como mãe dela. Eu tive medo que acabasse não dando certo entre Anahí e eu, e isso faria ela sofrer demais. Ela já perdeu uma mãe, não precisava perder mais uma. – Dulce deu de ombros – Combinamos esperar até ter certeza de que o que sentimos era pra valer.

– Eu sempre soube que você amava a Annie. – Mari comentou – Intuição de mãe nunca falha.

– E Anahí foi afetada pela sua presença desde que você chegou à empresa. – Maite disse sorridente – Só precisava de um tempo para aceitar isso. E naquela segunda eu dei um empurrãozinho nela. Aticei o ciúme que ela já tinha, deu resultado.

– Você não presta, May. – Angel disse sorridente.

– Eu sei. Mas todo mundo me ama assim mesmo.

– Baixinha, metida e convencida. – Dulce disse e a abraçou – Mas eu te amo mesmo assim, como amiga e agora como cunhada.

– E eu amo todo mundo! – Luna entrou na sala gritando e as abraçando também.

Dulce a pegou no colo e beijou seu rosto inteirinho.

– Cadê a sua mãe?

– Ela já tá vindo. Disse que a gente já vai.

– Então temos que dar tchau pra sua família.

– Tá.

As duas começaram a se despedir das mulheres e, em seguida, dos homens assim que eles entraram.

Já no carro, Anahí informou o verdadeiro motivo de já irem embora. Ela queria ir pra casa, ficar atirada no sofá com as duas mulheres da vida dela. Dulce se derreteu toda e Luna pulou de alegria.

– Que filme a gente vai vê? – Luna pediu ao entrar em casa.

– Qualquer um. – Anahí disse.

– Pode sê Hanna Montana? – seus olhinhos brilharam em expectativa.

– Pergunte pra sua mãe. – ela disse.

Dulce ficou estática. Até então, ela não havia ouvido Anhaí referir-se a ela como mãe de Luina. E estava feliz por ela ter feito isso agora.

– Mamãe, a gente pode assisti o filme da Hanna Montana? Por favor!

– Claro que sim, amorzinho.

– Eu vô lá pegá – Luna subiu as escadas correndo em direção ao quarto dela, onde guardava sua coleção de filmes.

Dulce ficou olhando para Anahí, na sala, até que ela a encarou.

– O que foi? – Annie perguntou normalmente.

– Você me chamou de mãe.

– Mas você não é minha mãe, você é minha namorada. – ela brincou com Dulce.

– Não. Você disse pra Luna pedir pra mãe dela qual filme iríamos ver. Você se referiu a mim como mãe dela. – seus olhos estavam marejados.

– E você não é isso pra ela? – ela se aproximou e segurou-a pela cintura.

– Sim, mas foi diferente ouvir você dizer isso. Obrigada. – ela sorriu e pegou o rosto dela em suas mãos – Eu te amo. Muito.

– Também te amo, Dulce.

Dizendo isso, ela a beijou intensamente. O momento só não foi prolongado porque Luna estava em casa e já devia descer. Afastaram-se relutantemente, ambas ofegantes e seus olhares profundos uma nos olhos da outra.

Luna desceu, alheia ao momento delas, e pediu para Anahí colocar o filme. Assistiram juntas, riram um pouco e tiveram um momento bem família.

Por fim, Anahí e Luna foram levar Dulce pro apartamento dela. E Luna fez Dulce prometer que dormiria na casa delas em outra ocasião.

O domingo não poderia ter sido melhor!

Restava aguardar pelo futuro delas juntas…