Fanfic: Destinos Cruzados AyD | Tema: Portiñón, Anahí e Dulce María
CAPÍTULO 24.
- Bom dia! Bom dia! Bom dia!
Uma delicada voz pronunciava essas palavras alegres e extremamente eufóricas. Anahí custou a abrir os olhos, mas quando o fez deu de cara com sua pequena garotinha sentada ao seu lado na cama, a delicada e pequena perna ainda engessada.
- Ei, bom dia. – ela disse sorrindo – Como a senhorita já está acordada?
- Eu acabei de acodá, Mommy. – ela se esticou para beijá-la no rosto – Você não vai levantá hoje?
- Vou, só pensei que podia dormir mais um pouquinho.
- Mas a mamãe já levantô. – ela rolou os olhos.
- Aonde ela foi?
- Lá na cozinha.
- Fazer o que? – Annie franziu a testa.
- Ajudar a Anna a arrumar nosso café,. – ela revirou os olhos de novo – Ela disse pa mim esperá você acodá pa nós descê junta, mas você não açodava nunca, daí te chamei.
- Tudo bem. – beijou a bochechinha rosada e se levantou – Vamos lavar o rosto, escovar os dentes e depois descemos.
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Na cozinha, Dulce e Anna estavam conversando normalmente como se fossem velhas conhecidas. Anahí entrou e Soph sorriu assim que viu ela.
- Bom dia, mamãe.
- Bom dia, docinho. – Dul foi até ela e a pegou no colo – Você dormiu bem?
- Aham. Eu tive que acodá a Mommy hoje.
- Ela estava cansada. – Dulce respondeu e depois olhou para Annie com um sorriso apaixonado no rosto – Bom dia, amor.
- Bom dia.
Ela aproximou-se de Dulce, também sorrindo, e beijou-lhe os lábios brevemente. Anna tentava fazer o mínimo possível de barulho para não atrapalhar ou constranger elas, e foi bem sucedida, praticamente esqueceram que ela estava ali.
Dulce informou que o café já estava pronto e elas seguiram até a mesa para comerem. Luna comeu e bebeu tudo o que Dulce lhe indicou, pão, fruta, suco, café e leite... Simplesmente obedeceu sem pestanejar.
Depois era hora de voltar à empresa. Então, Dulce tomou um banho e colocou as mesmas roupas do dia anterior, não tinha outra opção. E Anahí se arrumou e arrumou Luna. A deixaram na casa de Marichelo e foram trabalhar. O dia foi extremamente corrido e não foi possível tirar dois minutos para ficarem juntas. Só voltaram a se ver na hora de ir pra casa.
Entraram no elevador e Anahí pegou a mão de Dulce na sua.
- Obrigado por ontem. – Annie disse e beijou novamente os lábios dela.
- Embora eu nem saiba por que está agradecendo, de nada. – ela riu levemente.
- Obrigado por ter ajudado com Luna, por ter dormido com a gente, por estar na minha vida... São tantos motivos para agradecer.
- Eu só fiz o que tinha que ser feito porque amo vocês. – Dulce acariciou o rosto dela – Sabe que amo vocês e amo muito.
- Eu sei, ainda não me acostumei com isso. Mas tô adorando ter você na minha vida. – ela a abraçou.
- É bom saber disso. – Dul passou os braços ao redor do pescoço dela e a beijou.
A porta do elevador se abriu e elas seguiram em direção aos carros estacionados.
- Diz pra minha filhinha que eu a amo e que já estou com saudade dela. – Dulce falou carinhosamente.
- Vou ficar com ciúme, mas eu digo, sim.
- Não fique com ciúme. – Dulce a beijou intensamente, borboletas voaram pelo estômago dela de forma tão rápida que pareciam estar numa competição; quando o ar fez falta em seus pulmões, ela desgrudou seus lábios da loira – Amo a Luna , mas amo demais a ‘Mommy’’ dela.
Ela apenas piscou o olho para Annie, beijou-a mais uma vez, se despediu e entrou no próprio carro.
Anahí estava tão apaixonada e enfeitiçada por ela que se esqueceu do que tinha que fazer. Demorou dois minutos até voltar a raciocinar e lembrar que era hora de pegar a Luna e ir para casa.
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Já em casa, a pequena ficou sentada no sofá da sala assistindo televisão enquanto Anahí esquentava o jantar que Anna deixara pronto antes de sair.
A pequena garotinha estava chateada por não poder correr livremente por aí por causa do gesso, mas ao mesmo tempo achava legal a ideia de estar com o gesso. Christian havia passado na casa de Mari hoje e tinha assinado seu nome no gesso dela, Luna achou isso engraçado, mas ficou feliz em ver que o gesso teria alguma utilidade.
Elas jantaram, assistiram televisão e foram dormir. Dessa vez, Luna iria dormir em sua própria cama. E Anaí sonhou esta noite, um sonho que já fazia tempos que não sonhava. Sonhou com Sarah.
***
Há uma semana, Sarah dera entrada no hospital com um quadro clínico complicado. Exames foram feitos e o tumor havia progredido drasticamente. O médico disse que não tinha mais volta, era só esperar pelo pior.
Anahí custava acreditar que isso fosse verdade. Não podia ser! Como viveria se ela realmente morresse? A quem iria amar? Anahí só amava ela!
Andou tristemente pelos corredores até o quarto onde ela estava. E seu coração partiu ao meio assim que a viu.
Sarah sempre foi uma mulher linda, a vida transbordava de seu ser e de seus lindos olhos cor de mel.
Agora, ela não era nada mais do que um corpo debilitado, pálido e arroxeado em alguns pontos; um corpo conectado a tubos, aparelhos e seringas.
Sua mulher estava morrendo! E dar sua vida por ela não era uma alternativa, não havia o que fazer, Anahí estava de mãos atadas!
Ela sentou-se no canto da cama, pegou a mão dela e a beijou delicadamente. Uma lágrima solitária escorreu de seu rosto, mas Anahí não fez questão de enxugá-la. Chorar era a única forma de aliviar a dor.
Dizem que saber que alguém que você ama está doente, alivia a dor na hora que essa pessoa morrer porque você já está preparado para o pior. Anahí não estava sentindo nada disso nesse momento.
Ela sentia uma dor esmagadora, um sentimento de perda intenso... Mas acima de tudo, ela sentia sua incapacidade de manter viva aquela pessoa que ela mais amava! Ela se sentia inútil, impotente.
Sarah abriu os olhos vagarosamente e sorriu, mesmo que parecesse mais uma careta do que um sorriso. Anahí sorriu da mesma forma e mais lágrimas desabaram de seus olhos.
- Boa noite, amor. – Sarah sussurrou.
- Boa noite. – Anahí a beijou nos lábios carinhosamente.
- Cadê nossa garotinha?
- Está com a Angel.
Sarah não disse nada por mais alguns minutos. Em sua mente, momentos dela com Anahí e Luna passavam como um filme. E ela sabia que se Anahí não estivesse ali, confiaria a vida de sua filha à Angelique. Adorava a cunhada que tinha e sabia que ela cuidaria bem da pequena Luna. Mas Sarah sabia que Anahí faria isso.
- Amor, - ela disse baixinho – eu sinto muito.
- Não diga besteira, amor. Você não tem culpa de nada.
- Eu não posso afirmar isso com tanta certeza. – uma lágrima escorreu por seu rosto – Eu me cuidei como pude, fui saudável da forma que achei correto, mas falhei em algumas partes. Eu nunca fiz um exame pra saber se estava realmente bem.
- Sarah, amor, não diga nada sobre isso.
- Não, eu preciso falar. Não sei quanto tempo ainda vou agüentar. – ela levantou a mão presa ao soro até o rosto da mais velha e a acariciou – Eu te amei tanto, Annie. Te amei desde que te conheci e ainda te amo, vou carregar esse sentimento comigo. Você me fez uma mulher muito feliz. Me deu seu amor, seu carinho, sua compreensão e atenção. Você me deu uma filha. – a voz dela falhou ao dizer isso e ambos choraram – Se eu tivesse me cuidado mais, quem sabe não estaria aqui agora. Poderia estar em casa com você e a Luna, sentadas no sofá assistindo um programa bobo.
- Sarah, eu não quero...
- Shh! Ouça. – ela secou o rosto e a encarou – Anahí Giovanna, nunca esqueça que eu te amei. Nunca! Ame nossa Sophi por nós duas. Diga a ela sempre que eu a amei muito e que adoraria estar ao lado dela no primeiro dia de escola, que eu estaria ao seu lado quando ela fosse te contar sobre o primeiro beijo e o primeiro namorado. Diga a ela que eu queria poder vê-la se formar no ensino médio e que eu pularia de alegria ao descobrir que ela passou na faculdade. – seus olhos lacrimejaram – Diga que eu adoraria vê-la casada com o homem que ela ama e que eu adoraria mais que tudo ser avó. Diga que eu a amei durante todo o tempo que estive com ela.
- Sarah... – Anahí tentou implorar, mas no fundo sabia que a hora estava chegando, talvez essa fosse a última chance de sua mulher se expressar.
- E acima de tudo, diga a ela que eu amei a mãe dela mais do que a minha própria vida. – Sarah sorriu em meio às lágrimas – Agora, o que vou dizer é diretamente pra você, Annie.
Anahi apenas a encarava, lutando com suas lágrimas para poder enxergá-la perfeitamente bem. Ela via todo o amor Sarah ao falar de Luna.
- Eu nunca amei outra mulher na minha vida a não ser você, Anahí . – ela continuou seu discurso – E eu sinto muito por não poder passar o resto da minha vida te provando isso. Eu sei que você vai sofrer, mas você precisa tocar sua vida em frente. A minha vida se encerra aqui, mas a sua e a da Luna ainda vão seguir por muitos anos. Faça ela feliz, a ame sempre, dê carinho e atenção a ela. – Sarah soluçou e teve que se acalmar antes de continuar – Dê a ela o amor que ela precisa e não deixe que ela sinta falta de uma mãe ao lado dela. Eu estaria ao lado dela se pudesse.
- Sarah, você vai viver. – Annie tentou argumentar.
- Não, Any. Não vou. – ela acariciou o rosto da amada – Eu tô sentindo que não vou mais agüentar, não dá mais. É o fim pra mim, mas não é o fim nem pra você nem pra Luna. Além de te pedir que cuide dela, eu preciso te pedir mais uma coisa.
- O que?
- Não fique sozinha.
- Como é que é? – ela estranhou seu pedido, Sarah só podia estar maluca.
- Se eu estivesse viva ainda, iria querer ficar ao seu lado pra sempre. Mas não posso ser egoísta ao ponto de exigir que você fique sozinha depois que eu morrer. Você é boa demais e muito jovem pra ficar sozinha.
- Sarah, não diga besteira.
- Me promete que não vai trancar seu coração. Me promete que vai tentar ser feliz de novo, que vai tentar dar uma mãe pra Luna. – ela a abraçou com dificuldade – Me promete que vai ser feliz como nós fomos felizes juntas ou talvez até mais.
- Sarah, eu não posso. – Anahí disse agarrada ao pescoço dela.
Sarah se afastou, oaencarou nos olhos e segurou o rosto entre suas mãos. Ela reuniu toda a força que tinha dentro de si e a beijou. Beijou da forma mais apaixonada e intensa que conseguiu, tentando expressar o tamanho do seu amor, do seu carinho, da sua gratidão por tudo de bom que Any á fizera a ela.
Anahí se entregou ao beijo e aceitou tudo o que aquele beijo, aquele pedido mudo significava.
Ao se afastarem, Sarah encostou sua testa na dela e sorriu levemente.
- Me prometa que vai viver, que vai ser feliz. – ela sussurrou – A vida se encerra pra mim, mas a sua ainda vai durar muito tempo. As pessoas não merecem sofrer por um amor perdido, muito menos você que é tão bom. Eu não me importo que ame outra mulher, não me importo que durma com ela, não me importo que Luna a chame de mãe... Só quero que você viva. Quero que você ame uma mulher da mesma forma que me amou durante todos esses anos, ou a ame mais ainda. – ela se afastou para encará-la – Acha que pode fazer isso por mim? Pode cuidar da Luna e viver a sua vida por mim?
Anahí apenas a encarou seriamente e com lágrimas nos olhos. Mas ela sabia que não negaria nada a Sarah.
- Ok. Eu prometo cuidar da Luna e fazê-la feliz. – suspirando ela continuou suas promessas – E prometo viver, sim.
- Prometa que vai amar de novo. – Sarah insistiu.
- Eu prometo tentar. – Anahí disse tristemente – Não posso garantir que vou conseguir, mas vou tentar.
- Ótimo. –ela sorriu – Eu te amo muito, nunca se esqueça disso.
- Nunca vou esquecer.
Elas se beijaram mais uma vez e Sarah estava cansada demais por todo o esforço que fizera para falar com a mulher, então ela dormiu.
Anahí ainda chorou mais algumas horas até pegar no sono. Na manhã seguinte, ela só saiu do quarto para tomar um café. E foi nesses minutos que a vida de Sarah chegou ao fim.
Sarah morreu com a certeza de que Anahí cuidaria de Luna e que seria feliz. Era só disso que ela precisava para poder descansar em paz.
Anahí a encontrou sem vida ao voltar ao quarto. Foi uma loucura naquela manhã, ela ainda não acreditava que tudo aquilo tinha acontecido, mas a vida é assim...
A ela só restava cumprir com suas promessas.
***
Anahí acordou chorando depois desse sonho. Lembrar de Sarah sempre lhe causava dor por saber que a perdeu; mas lembrar do último dia em que esteve com ela, era ainda pior.
E embora essa lembrança lhe causasse dor, ela havia chegado à conclusão de tudo. Sarah lhe pedira que ela cuidasse de Luna e que fosse feliz ao lado de outra mulher.
Ela tinha certeza de que estava cumprindo com as duas promessas que fizera.
Amava e cuidava de Luna...
E estava amando uma mulher novamente, ela estava lutando por sua própria felicidade!
Autor(a): DreamPortinon
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Comentários da Fanfic 175
Para comentar, você deve estar logado no site.
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tryciarg89 Postado em 05/11/2022 - 17:05:12
Oiii não sei se vc ainda entra nesse site,mas se entrar,por favor continue essa fic,ela é linda,gostaria muito de ver o final dela
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NoExistente Postado em 28/01/2021 - 17:14:19
Queria tanto achar essa fanfic que tinha me encantado. Espero que retorne em algum momento, eu amo ela
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leticiaklyn Postado em 22/12/2019 - 20:21:16
Volta pfvr
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suzyrufino Postado em 15/09/2019 - 22:30:34
Voltou... Urhuu... Continua
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Lene Jauregui Postado em 15/09/2019 - 19:01:33
Que máximo, você voltou linda. Já estava cm mó saudade. Estava louca pra ler sua viciante história de novo. Nosso casal são tão perfeitas. Tenho certeza de que essa tormenta do passado da Annie vai passar. E nossa ruiva será a responsável por isso. E a Sophia, tão linda ela.
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suzyrufino Postado em 10/09/2019 - 02:12:44
Maratona. Urhuuu
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Lene Jauregui Postado em 08/09/2019 - 12:01:20
Não abandonamos vc não linda. Pode voltar a postar. Já to ansiosa...
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siempreportinon Postado em 07/09/2019 - 12:35:07
Continua!!!
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raylane06 Postado em 07/09/2019 - 01:22:38
Presente, pode continua
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Lene Jauregui Postado em 11/07/2019 - 10:57:55
Voltaaaaaaaa