Fanfic: Destinos Cruzados AyD | Tema: Portiñón, Anahí e Dulce María
CAPÍTULO 07.
Ao chegarem ao apartamento de Dulce, Anahí desceu para terminar de saber os detalhes da consulta da filha. Como começava a escurecer, Dulce as convidou para entrar, assim ela explicaria tudo com calma. Luna mais uma vez pulou para o colo de Dulce e Anahí as seguiu até o apartamento.
Dulce abriu a porta, acendeu as luzes e tirou os sapatos de salto para aliviar a dor nos pés. Sapatos de salto alto eram seus favoritos, mas não podia negar que passar o dia inteiro com eles nos pés era cansativo; ao fim do dia, o que mais desejava era ter seus pés livres dos saltos apenas tocando o carpete macio no chão de seu apartamento.
- Fique a vontade. - ela disse a Anahí .
- Obrigada.
- Sophi, você gosta de bonecas?
- Sim. – a pequena respondeu.
- Então eu vou te mostrar as minhas pra você brincar enquanto falo com o sua mãe. – ela olhou para Anahí – Nós já voltamos.
- Certo.
Dulce seguiu na direção do corredor que levava aos quartos e Anahí seguiu até a sala. Enquanto as duas conversavam no quarto sobre as bonecas que Dulce tinha, Anahí se deteve nas fotos que havia pela sala.
Em todas elas, Dulce estava com um sorriso radiante. Em outras circunstâncias, ela duvidaria que Dulcee a moça das fotos fossem a mesma pessoa, afinal ela nunca a vira sorrir. Mas depois de ver a forma como ela cuidou de Luna, os sorrisos que direcionava a filha dela e o sorriso ao cantar junto com Luna a música no carro, ela tinha certeza de que a moça das fotos era Dulce.
As duas voltaram minutos depois... Com três bonecas em mãos. Luna carregava uma e Dulce trazia as outras duas.
- Olha, Mommy. – ela correu até Anahí e mostrou as bonecas.
- Vou fazer um suco, já volto. – Dulce disse, Anahí apenas assentiu.
- Que lindas. – ela disse a filha assim que ficaram sozinhas na sala – Você gostou?
- Aham.
- Que bom. E me diga uma coisa: desde quando você conhece aquela música que tocou no carro e sabe cantar?
- Tia May me insinô. Eu gotei e apendi a cantá. – ela deu de ombros.
- Você canta bem. – Anahí disse a ela e a beijou, Luna apenas sorriu.
Depois a atenção de ambas se voltou para as bonecas. Até que Dulce entrou na sala com uma jarra de suco e três copos.
Ela as serviu e ficou observando Luna com as bonecas. A pequena menina era tão doce, tão carinhosa e tão comportada. Ela sentia por ainda não conhecer a mãe dela.
Nesse momento, Dulce tinha várias perguntas rondando sua mente... Por que desde que começara a trabalhar na Portilla Advocacia ela conheceu todos os familiares de Luna, exceto a mãe da menina.
Ao mesmo tempo em que isso a deixava mais curiosa, ela também sentiu um receio da resposta. Tinha medo de ouvir o que não gostaria de saber.
Anahí esperou alguns minutos, observando sua filha em silêncio enquanto ela tomava o suco e brincava com as bonecas. Dulce avisou que iria a cozinha pegar alguns salgadinhos para Luna e ela foi junto.
- Gostaria de saber o que o médico disse. – ela explicou-se ao chegar à cozinha.
- Ah, tudo bem. – ela pegou a tigela e começou a colocar os salgadinhos dentro – Ele disse que os exames estão normais, que não houve nenhuma alteração no quadro dela.
- Só isso? – Dulce percebeu que ela estava apreensiva e ao mesmo tempo aliviada.
- Sim. Bem, ele também avisou que daqui seis meses ela precisa repetir os exames apenas para fazer um controle do caso. E qualquer coisa estranha que você perceber nesse meio tempo, é para procurá-lo.
- Ok. – ela sentou-se na cadeira, apoiando os cotovelos sobre a mesa e colocando as mãos no rosto.
- Doutora...? – ela a olhou preocupada – Está tudo bem?
- Creio que sim.
- Sei que isso não me diz respeito e compreendo que não queira falar sobre isso, mas por que a Sophi precisa fazer esses exames semestrais?
- Sophi?! – ela sussurrou com dor e admiração ao mesmo tempo, depois encarou Dulce– Ninguém a chama assim desde que ela tinha um aninho.
- Não entendo por quê. – Dulce franziu a testa – É natural dar apelidos às pessoas, principalmente quando são crianças.
- Eu sei. – ela esboçou um sorriso sofrido – Eu adorava chamá-la assim. Mas as coisas mudaram. – Anahí suspirou – Sarah dera esse apelido a ela. Me dói muito chamá-la assim.
- Quem é Sarah? – Dulce sentia estar se metendo num assunto que não lhe dizia respeito, mas ela gostava de Luna e gostaria de ser útil, mas pra isso precisava saber mais sobre ela.
- Sarah era a mãe de Luna. – ela a olhou e Dulce percebeu seus olhos lacrimejando.
- Era? Por que ‘era’?
- Sarah morreu quando Luna tinha um ano de idade.
- Oh, meu Deus! – Dulce cobriu a boca com a mão e arregalou os olhos.
Sentiu seu coração se partir. Como isso podia ter acontecido? Luna tinha um ano quando a mãe morreu! Agora Dulce entendia porque vira tanta dor nos olhos de sua chefe e da filha dela! As duas estavam sozinhas no mundo.
- Eu... eu... eu sinto muito, doutora. – ela lhe disse depois que se recuperou do choque.
- Tudo bem. Sarah era uma mulher maravilhosa. Loira, cabelos longos e meio cacheados, olhos de um tom de verde azulado que nunca vi igual a não ser em Luna. Elas são exatamente iguais. – ela sorriu com a lembrança – Éramos colegas de escola, namoramos e a pedi em casamento quando terminamos a escola. Casamos quando tínhamos dezoito anos.
Dulce não disse nada. Apenas absorvia a notícia em silêncio e com extrema compaixão. Notou a dor nos olhos e na voz de sua chefe ao lembrar-se daquela época da vida dela.
- Nós nos amávamos muito, ela era tudo o que eu desejava e eu fazia tudo o que podia para agradá-la. Passei os seis melhores anos da minha vida ao lado dela. Aos vinte e três anos, descobrimos que teríamos uma filha e isso só completou mais a nossa felicidade. – ela se calou novamente e suspirou antes de prosseguir contando sua história – Ela passou o primeiro ano de Luna conosco. Mas sua saúde foi decaindo e quando percebemos ela já estava fraca demais.
- O que houve? – Dulce queria saber de tudo embora não tivesse esse direito.
- Ela estava com um tumor no cérebro. Até então não sabíamos de nada e, no entanto, quando descobrimos não houve mais volta. Ela faleceu quando Luna tinha um ano. Por isso, ela faz exames semestrais. Com um histórico de câncer na família, todo cuidado é pouco. – ela olhou Dulce nos olhos – Eu já perdi a única mulher que amei, não suportaria perder minha filha também.
- Entendo, eu faria o mesmo se estivesse no seu lugar.
- Eu fico louca só de pensar que vou perdê-la. – seus olhos perderam o foco por causa das lágrimas – Eu só suportei toda a dor e a perda de Sarah por causa de Luna, ela é o motivo para eu permanecer viva e ainda lutar. Não me imagino vivendo sem ela ao meu lado porque sei que se um dia a perder eu morro.
- Não diga uma coisa dessas. A Sophi está bem, o médico disse que não há nada com ela. E você não pode pensar em tirar sua vida, precisa pensar na sua família também. E até mesmo em Sarah. Se ela estivesse viva, jamais concordaria com você sobre tirar a própria vida.
- Diz isso com tanta convicção, parece até que a conheceu.
- Não tive o privilégio de conhecê-la. Mas pela forma como você fala dela e por terem uma filha tão meiga como Luna, eu imagino o tipo de mulher que Sarah era.
Anahí apenas a encarava em silêncio. Há tempos não desabafava com alguém sobre o que sentia, os pensamentos que tinha sobre sua própria vida e situação. Dulce fizera muito mais em apenas alguns minutos do que um psicólogo faria em várias seções de análise.
- Obrigada. – ela disse por fim.
- Pelo que?
- Por me ouvir. – deu de ombros – Obrigada por ter ajudado com Luna hoje, isso significa muito pra mim.
- De nada. É um prazer poder ajudar, senhora Portilla. – ela pegou a tigela em mãos e falou sorrindo para descontrair o ambiente – Vou levar os salgadinhos antes que a Sophi venha atrás de nós.
- Ok.
Dulce foi na frente e Anahí ficou alguns segundos na cozinha ainda pensando em Sarah.
Sentia mesmo a falta dela. Ah, como queria tê-la ao seu lado, compartilhando de sua vida, compartilhando o crescimento de sua filha! Mas isso não era mais possível e ela sabia que agora era dever dela cuidar da filha. E faria isso por amor a Luna e a Sarah!
Ao chegar à sala, deu de cara com Luna sentada no colo de Dulce no sofá. Ambas assistiam televisão e comiam os salgadinhos. Distraidamente, Dulce passava a mão livre nos cabelos da menina em forma de amparo.
Anahí gostou de ver essa cena. Embora Sarah tenha ficado ao lado de Luna por um ano e sua mãe, irmã e cunhada também fizessem isso até hoje, ela percebeu que o carinho de Dulce era algo a mais. Era um carinho maternal, cheio de amor e compreensão. Anahí sentiu seu coração descansar, aliviada por saber que poderia contar com a ajuda de sua nova secretária.
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Anahí passou uma hora praticamente despercebida porque Dulce e Luna começaram a conversar sobre bonecas, maquiagem e cabelo. Em outra circunstância ela teria se irritado com isso, mas não hoje, não quando sua filha parecia feliz como há muito tempo ela não a via.
- E a tia May me deu um batom de molango bem gotoso. – ela disse a pequena mulher.
- De morango? Eu adoro morango. – Dulce disse a ela.
- O seu cabelo cheila molango. – Luna pegou uma mecha do cabelo de Dulce na mão e o cheirou.
- Eu sei. É por causa do shampoo. Mas o seu cabelo também está cheiroso.
- A minha Mommy que lavô. Ela ajudou puquê a Anna já tinha ido pa casa.
- Ficou bem limpinho e muito cheiroso. – Dulce disse e sorriu pra ela.
As duas falaram sobre isso até que os salgadinhos acabaram.
- Luna, - Anahí lhe disse – está na hora de irmos. Dulce María precisa fazer as coisas dela e nós precisamos ir, está na hora de você dormir.
- Ah. – ela fez um pequeno beicinho.
Um beicinho tão fofo que, por Dulce, ela poderia ficar ali. Mas Anahí já conhecia esses truques herdados de Sarah e aprimorados com a ajuda de Maite e geralmente não cedia tão fácil a eles.
- Nada de fazer beicinho. – ela lhe disse e a pegou no colo – Está tarde já. Dê tchau pra Dulce María.
- Tchau, Dulce. – a pequena disse.
- Tchau, lindinha. – Dulce se aproximou e beijou-a no rosto – Durma bem.
- Boa noite, Dulce María. Sei que já disse isso, mas, mais uma vez obrigada pela ajuda hoje. – Anahí disse e apertou a mão dela – Nos vemos amanhã.
- Ok, senhora Portilla. Boa noite pra senhora também.
Ela as acompanhou até a porta e despediu-se mais uma vez da pequena Luna. Depois que elas saíram, ela foi arrumar a sala, tomar um banho, deitou-se em sua cama para assistir um pouco de televisão e depois dormir.
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Autor(a): DreamPortinon
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 175
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tryciarg89 Postado em 05/11/2022 - 17:05:12
Oiii não sei se vc ainda entra nesse site,mas se entrar,por favor continue essa fic,ela é linda,gostaria muito de ver o final dela
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NoExistente Postado em 28/01/2021 - 17:14:19
Queria tanto achar essa fanfic que tinha me encantado. Espero que retorne em algum momento, eu amo ela
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leticiaklyn Postado em 22/12/2019 - 20:21:16
Volta pfvr
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suzyrufino Postado em 15/09/2019 - 22:30:34
Voltou... Urhuu... Continua
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Lene Jauregui Postado em 15/09/2019 - 19:01:33
Que máximo, você voltou linda. Já estava cm mó saudade. Estava louca pra ler sua viciante história de novo. Nosso casal são tão perfeitas. Tenho certeza de que essa tormenta do passado da Annie vai passar. E nossa ruiva será a responsável por isso. E a Sophia, tão linda ela.
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suzyrufino Postado em 10/09/2019 - 02:12:44
Maratona. Urhuuu
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Lene Jauregui Postado em 08/09/2019 - 12:01:20
Não abandonamos vc não linda. Pode voltar a postar. Já to ansiosa...
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siempreportinon Postado em 07/09/2019 - 12:35:07
Continua!!!
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raylane06 Postado em 07/09/2019 - 01:22:38
Presente, pode continua
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Lene Jauregui Postado em 11/07/2019 - 10:57:55
Voltaaaaaaaa