Fanfic: Dangerous - Portiñón | Tema: Rebelde, Portiñón
Dulce Espinosa Point of View.
Ponto de encontro da gangue Uckermann-Espinosa.
— O quê?! Você bateu a porra da sua cabeça e perdeu o pouco de juízo que ainda te restava? — a voz de Rubi saía furiosa, como se o seu maior desejo se resumisse a me matar. Olhei-a com o maxilar travado, não me deixando abater pela sua histeria desnecessária. — Ao invés de nos aliarmos ao Sr. Herrera, nós deveríamos acabar com ele.
— Não seria uma atitude muito inteligente, Rubi. — falei com tranquilidade, encarando o cigarro que se encontrava entre os meus dedos. — Eu sei que estamos crescendo consideravelmente no mundo do crime a cada dia, mas isso não significa que nós já podemos enfrentar o homem mais poderoso dos Estados Unidos.
— E talvez do mundo. — completou Zoraida.
— Exatamente. Além disso, se derrubássemos o império de Alfonso agora, nós arrastaríamos para a miséria algumas pessoas que não têm nada a ver com a irresponsabilidade daquele maldito. Isso não seria justo.
— Está se referindo a mulher dele, Dulce? Sinceramente, eu não teria problema nenhum em destruí-la. Ela é tão arrogante e prepotente quanto o Sr. Herrera. Acreditariam se eu dissesse que ela teve a audácia de apontar uma arma pra mim? — agora foi à vez de Sol resmungar, obrigando à Ucker e a mim a revirarmos os nossos olhos.
— Alguma coisa você deve ter feito, Sol. — Ucker respondeu sem nenhuma paciência, variando seu olhar entre as outras e eu. — Estamos fazendo o que é certo. Sei que erramos em não comunicar os nossos planos, mas as conhecendo da forma que conhecemos, nós tínhamos certeza que vocês relutariam para se aliar a eles.
— Claro que o faríamos. Essa ideia não é certa, é estúpida. — Rubi retrucou possessa. — Vocês não percebem que as nossas vidas vão virar um inferno? Quando os traficantes insatisfeitos souberem que nós fizemos uma espécie de parceria com esses poderosos de merda, eles vão querer acabar com a gente também.
— Você pode dizer adeus a nós e ir procurar algum desses traficantes, Rubi. Se te causam tanto medo assim, junte-se a eles e nos esqueça de uma vez por todas. — Ucker a olhava com tanta raiva que isso chegava a ser aterrorizante. Ele podia ser uma pessoa incrível na maior parte do tempo, mas quando alguém ameaçava a sua autoridade, ele se transformava em um homem irreconhecível num verdadeiro piscar de olhos. Tornava-se frio, rude e grosso. Bem diferente do ser gentil que de vez em quando eu me relacionava. — Isso serve para todos que estão aqui. — aumentou o tom, atraindo a atenção das pessoas que trabalhavam para nós. Estávamos diante de uma boa quantidade de gente. Todos que nos colocavam em um pedestal estavam aqui, nos olhando atentamente. — Quem não quiser se aliar ao Sr. e Sra. Herrera, sinta-se convidado a se aliar a qualquer outra pessoa. Eu sei que muitos estão odiando o reinado do Alfonso e a Dulce e eu também estamos, inclusive. Mas se querem saber, essa parceria foi proposta com o intuito de reverter essa situação. Usem a porra da cabeça de vocês para raciocinar pelo menos uma vez. Por que tentar derrubar o Alfonso usando a força, onde pessoas inocentes podem acabar morrendo, se podemos nos aliar a ele, conhecer seus pontos fracos e assim, se ainda quisermos, tomar o seu poder? Pode ser mais trabalhoso, mas também é mais interessante.
— Então tudo isso é um plano? A ideia de acabar com o Sr. Herrera continua prevalecendo? — Zoraida indagou com o cenho franzido.
— Não exatamente. Só citei uma possibilidade. — Ucker explicou. — Mas nós queremos formar essa aliança acima de tudo. Além do mais, Dulce e eu prometemos a Sra. Herrera que ela jamais perderia o seu trono de rainha do tráfico.
— E o que isso nos impede de acabar com o Alfonso? — Sol não tardou a perguntar.
— Pelo amor de Zeus, Sol! Você acha que dá pra fazer algo contra ele sem atingi-la? Eles são casados. Se um se fode, o outro também se fode. — resolvi me intrometer. — E apesar dos pesares, eu sou uma mulher de palavra. Se falei que não pretendo prejudicá-la, eu não irei.
— É por isso que nós temos que entrar no mundo de Alfonso caso continuemos com a intenção de tirá-lo do topo. Temos que procurar uma maneira de fazê-lo cair sem prejudicar as boas pessoas que ele tem por perto. — completou Ucker. — Se bem que eu não acho que isso seja possível no caso da Sra. Herrera. — ele me lançou um olhar cúmplice e eu respirei profundamente.
Ucker era a única pessoa desse meio que sabia que eu conhecia a Anahí desde criança. Apenas ele entendia as razões que me faziam não querer o mal dela.
Pouco me importava o que poderia acontecer com Alfonso, eu só não queria que acontecesse o mesmo com ela.
— Acho uma ótima ideia. É necessário conhecer o território inimigo antes de atacar. — Eddy se impôs. — Vocês têm o meu apoio, chefes.
— Baba ovo do caralho. — Rubi disse implicante, arrancando algumas gargalhadas de Ucker e eu.
— Quero conversar com Dulce, Eddy, Rubi, Sol e Zoraida a sós. O restante deve ir passear. Tenho certeza que vocês têm trabalho a fazer. — Ucker alertou, sendo obedecido quase que imediatamente. As pessoas nem esperaram ouvir mais nada, só nos deram as costas e caminharam para o mais longe possível.
Só sobrou quem o Ucker falou o nome. Ele mirava o seu olhar em cada um de nós o tempo todo apenas para assustar. E conseguia. Eu era a única tranquila, pois já sabia qual seria o assunto. Os outros pareciam estar a ponto de ter um filho.
— E então? O que tem para nos dizer? — Eddy perguntou enquanto passeava as mãos suadas por sua calça jeans.
Pode não parecer, mas Eddy sabia ser persuasivo e perigoso quando necessário. Ele só se curvava diante de Ucker e eu. O moreno sabia que nós estávamos acima dele e nos respeitava corretamente, por isso falei que não imaginava nenhum outro ocupando o lugar de Ucker. Alguém que era capaz de honrar os seus chefes como Eddy era raro. Ele merecia a responsabilidade prazerosa que logo teria em mãos.
— Acalmem-se. Ainda falta uma pessoa. — avisei-os, sorrindo de canto.
Esperamos a Anahí chegar por cerca de 20 minutos. Quando ela chegou, vi que os nossos aliados ficaram pálidos. Ucker e eu nos entreolhamos e ele piscou.
— Sra. H-Herrera? — os olhos do Vilard por pouco não saltaram. — Porra! Que mulher gostosa é essa?! — murmurou baixinho, mas o suficiente para que eu o ouvisse e lhe desse um olhar recriminante. Ele percebeu e se acanhou, fazendo-me agora querer gargalhar.
Não falei? Ele me respeitava.
— Que bom vê-la novamente, Sra. Herrera. — Ucker a cumprimentou educadamente.
— Vamos logo com isso, Uckermann. Tenho muito o que fazer. — Anahí retrucou ríspida, colocando seus óculos escuros no topo de sua cabeça. Ela estava com a calça, a blusa e a jaqueta na cor preta. Era um visual bem gótico, eu diria. Esse estilo era para que as pessoas a temessem? Porque lamento dizer que não estava funcionando. As pessoas pareciam sentir desejo ao invés de outra coisa. — São essas as pessoas?
— Sim, são. — Ucker falou com mais seriedade depois da patada que levou. — Ainda não explicamos nada para eles.
Anahí ainda não tinha analisado quem estava diante dela, porém, quando os seus olhos azuis rolaram pelo ambiente e se encontraram com o rosto de Sol, o semblante endemoniado que se apossou dela me assustou.
— Você?!
— O-olá, se-senhora. — Sol falou baixinho, parecia nervosa. Então eu me lembrei que ela falou que Anahí a tinha ameaçado com uma arma.
Bom, eu entendo o seu nervosismo. Ter a Sra. Herrera como inimiga era um azar do caralho.
— Olha só, que mansinha. Nem parece a mulher cheia de marra que me recebeu ontem. — falou cinicamente, dando uma gargalhada mais cínica ainda. A maldita sabia como brincar com o psicológico de alguém. — Está muito melhor assim.
— Ela está muito arrependida pela forma que a tratou, não é, Sol? — tentei amenizar aquele clima tenso antes que Anahí a proibisse de ir conosco para Nova York.
Na mesma hora, Sol me olhou como quem dizia "não estou arrependida porra nenhuma", mas depois que eu ergui as sobrancelhas, querendo saber se ela estava mesmo disposta a me contrariar, ela suspirou e voltou à atenção a Anahí, rendendo-se.
— Sim, Sra. Herrera. Me perdoe por ontem. Eu só... — ela travou por alguns segundos. Sol tinha dificuldade em lidar com mentiras. — Não sabia que estava falando com a senhora.
— Deixarei passar. — Anahí se limitou a dizer isso.
— Será que agora alguém pode explicar por que a gente tá aqui? — Rubi não se conteve. A olhei imediatamente e sorri.
— Eu explico. — puxei o ar com dificuldade. — Como Ucker e eu deixamos bem claro antes da Sra. Herrera chegar, nós fizemos uma parceria com ela e o seu marido. Para que isso dê certo, nós teremos que ir à Nova York...
— O QUÊ?! NOVA... O QUÊ?!
Rubi e mais um de seus ataques.
— No caso de Eddy, ele ficará responsável de governar os negócios aqui em Miami. Será o meu substituto por tempo indeterminado. — Ucker anunciou.
O impacto foi tanto que se o Vilard não tivesse se segurado em Zoraida, ele teria caído.
— Você... céus! Você não pode tá falando sério! — Eddy quase gritou de tanta euforia e surpresa.
— Pareço estar brincando? — Ucker perguntou severo, fazendo com que Eddy esquecesse até de como se respira. Mas quando o chefe foi traído pelo seu sorriso travesso, o moreno pôde soltar o ar. — Sinta-se privilegiado, Vilard. Muitos dariam a vida para estar no seu lugar.
— Eu me sinto! Muito! Obrigado por essa oportunidade.
— Agradeça a Dulce, não a mim.
— Dulce?! Oh, obrigado, senhora. Vocês não irão se arrepender.
— É o que esperamos, Eddy. — falei sorridente, feliz pela conquista do rapaz. Eddy era ambicioso na medida certa. Não passava por cima de tudo e todos para se dar bem como no caso da loira que me olhava seriamente, ele esperava as oportunidades o alcançarem. E essa o alcançou.
Retribuí o olhar de Anahí, tentando desvendar o que rondava sua cabeça nesse momento. Para a minha infelicidade, a mulher era indecifrável.
— Agora vocês poderiam nos dar uma luz? O que vai acontecer com a gente? — Zoraida procurou se informar.
— Não está claro que vocês irão viajar para Nova York? — Anahí perguntou de braços cruzados. — E irão morar com duas amigas minhas que tratarão de vigiá-las.
— Ahn? A gente vai morar com duas desconhecidas?
Anahí apenas assentiu.
— Dulce! — Sol exclamou em um impulso. Ao notar que acabou atraindo a atenção de todos, ela corou. — Eu... bom... eu não acho que seja uma boa ideia...
— Está contestando algo que eu estou ordenando?
— Não, Sra. Herrera. Eu...
— Ótimo então. Viajaremos amanhã. — Anahí obrigou seus óculos a cobrirem seus olhos outra vez. — Estou indo, tenho compromissos. — e assim ela sumiu do nosso campo de visão.
— Ok, eu já achava que a gente ia morrer só por nos aliarmos a ela, mas agora que eu sei que nós vamos nos aliar em Nova York, eu tenho certeza: a gente vai morrer. — Rubi falou desesperada. Ri por puro reflexo.
— Não se garante, Rubi? — ironizei, vendo-a me olhar e morder o lábio inferior.
— É difícil se garantir quando somos nós contra o mundo, sabe?
— Deixe de drama, Rubi! Você sabe que o Alfonso ainda tem muitos admiradores. Não são todos que estão contra ele. — Zoraida defendeu a causa.
— É isso aí, Zoraida. E eu tenho certeza que depois que nós fizermos parte do império do Sr. Herrera, nós iremos recuperar todos os admiradores que o otário fez a burrada de perder. — Ucker sorriu esperançoso.
— Quero ver vocês animados assim quando estiverem correndo de tiros. — Rubi nos mostrou seu pessimismo mais uma vez.
— Eu concordo com a Rubi. Mesmo fazendo a merda que fazemos, nós temos uma vida tranquila aqui. Por que colocar tudo a perder? — Sol questionou à Ucker e a mim.
— Porra, parem de agir como uma cambada de menininhas chatas do caralho! Se não quisessem correr o risco de morrer, que não tivessem nem cogitado a ideia de entrar no mundo da máfia. Pessoas como nós não temem, fazemos os outros temerem. — Ucker vociferou, irritado.
— Ele tem razão. Eu as chamei para irem com a gente à Nova York porque vocês sempre se mostraram ser as mais destemidas. O que tá acontecendo com vocês? Se forem dar pra trás, digam logo que eu procuro outras. — falei compartilhando da irritação de Ucker.
— Eu estou com vocês. — Zoraida anunciou decidida.
Respirei aliviada. Pelo menos uma.
— E vocês? — indaguei olhando ora para Rubi, ora para Sol.
— Eu... — Sol suspirou. — Também estou com vocês.
— Rubi?
— Ah, vamos lá, né?! Se for pra morrer, que seja ao lado de vocês.
O resto daquele dia se arrastou. Recebi à notícia de que o "compromisso" de Anahí era passar o dia jorrando seu dinheiro em shoppings. Mulheres...
Estava ansiosa e preocupada com essa viagem. A despedida com a minha mãe foi dolorosa.
Ela disse que iria morar com Bianca, a filha que não tomou nenhum partido durante a separação dos próprios pais, enquanto eu não voltasse. Não deixei claro que não sabia quando e se iria voltar para não deixá-la preocupada, mas na verdade, eu não sabia nem por quanto tempo permaneceria viva trabalhando com Alfonso.
Eu não poderia dar a ela garantia de absolutamente nada.
A única garantia era que, mesmo sendo o monstro que era, eu a amava.
E a amava muito.
(...)
Dia seguinte, aeroporto de Nova York, às 16h00min.
— Meu Deus, o que eu tô fazendo aqui? — Rubi ainda não se conformara com a escolha que ela mesma havia feito. No começo eu estava levando esse medo na brincadeira e até ria de tudo que ela dizia, mas agora eu já estava de saco cheio.
— Se você não parar de reclamar, eu vou quebrar essa porra que você chama de cara. — resmunguei baixinho, mas sei que ela escutou.
Graças aos deuses a Anahí não ouviu nenhum comentário que a Rubi soltou durante essas três horas de viagem. Acho que ela pensaria "se essa é uma das melhores aliadas deles, imagina a pior?"
Eu realmente não a estava reconhecendo. Rubi sempre foi corajosa, às vezes até mais do que eu. O que foi que mudou agora?
— Sejam bem-vindos à Nova York. — Anahí tentou soar educada, mas o descaramento continuava ali, intacto. — Me acompanhem.
Nós não falamos nada, apenas a seguimos. Todo mundo que passava por nós naquele aeroporto, todo mundo mesmo, sem nenhuma exceção, nos encarava. Fizeram até uma abertura para que nós passássemos.
Nada que eu já não estivesse acostumada em Miami.
Os seguranças da Anahí já nos acompanhavam, impedindo que os fotógrafos nos alcançassem. Não sei como esses fofoqueiros souberam da volta da Anahí, mas souberam e fizeram questão de persegui-la.
"Sra. Herrera, por que a senhora voltou tão rápido?"
"Qual é a sua intenção trazendo o gangster Uckermann para cá?"
"O que vai acontecer daqui pra frente?"
Essas eram algumas das perguntas que Anahí ouvia e ignorava. Era engraçado, nós parecíamos celebridades por aqui, mas ao contrário disso, éramos criminosos... e da pior espécie.
Foi tudo muito rápido. Quando me dei conta, estávamos na limousine de Alfonso e Anahí.
As nossas malas se tornaram responsabilidade dos seguranças, o que foi um alívio.
— Em primeiro lugar, deixarei as três escolhidas no apartamento de Angelique e Maite. Depois mostrarei aos chefes o seu novo lar. — Anahí nos alertou e fixou seu olhar em mim por alguns instantes. Seus olhos pareciam estar conversando comigo indiretamente, mas eu não era capaz de entendê-los. A ênfase na palavra "chefes" me incomodou.
— Onde está o Sr. Herrera? — a pergunta de Ucker veio no momento certo. Quase grunhi de satisfação ao ouvi-lo perguntar o mesmo que eu queria, mas não sabia como.
— Alfonso vive muito ocupado.
— Não sei com o quê, porque com o trabalho não é. — Sol murmurou em meu ouvido. Fui obrigada a morder o meu lábio inferior para não soltar a minha risada mais alta.
Que porra, Sol. Facilita.
— Querem champanhe? — Anahí praticamente ofereceu à garrafa a gente. Num gesto delicado – até demais pro meu gosto -, a própria decidiu nos servir quando ficamos devidamente com as taças em mãos. Chegando à vez de Sol... — Ah, me desculpe, querida. Foi sem querer.
A mulher derramou champanhe nas coxas descobertas da Sol, molhando-a. Anahí possuía uma expressão sarcástica, onde só um burro não perceberia que isso foi extremamente proposital.
Por outro lado, depois de soltar um gritinho devido ao susto e também pelo fato do líquido estar gelado, Sol a fuzilou com os olhos. Nunca a vi tão furiosa em toda a minha vida.
— Tá tudo bem, essas coisas acontecem mesmo, não é, Sol? — Zoraida disse tranquilamente, tentando acalmar a amiga.
— Olha aqui, eu...
— Você só está um pouco molhada, mas isso não é nada demais. — Rubi a atrapalhou, também tentando apaziguar.
Anahí, que agora tinha um sorriso vitorioso nos lábios, afirmando ainda mais que a sua atitude fora intencional, teve uma rápida troca de olhares comigo. Acabei esboçando um sorriso debochado, quase retribuindo o seu. Não dava pra negar que de tão notória, a depravação daquela mulher se tornava atraente.
E muito.
— Chegamos. — Anahí avisou, estava aparentemente animada. — Venham.
Bastou ela sair para que a Sol começasse a reclamar.
— Desgraçada! Eu vou matar essa filha de uma...
— Melhor calar essa boca antes que a Anahí te ameace com uma arma de novo e dessa vez vá até o fim. — sussurrei para ela e forcei um sorrisinho amarelo.
Saímos da limousine. Anahí nos esperava. Entramos no prédio e fomos ao elevador. As amigas da loira moravam na cobertura, o que já era de se esperar. Pessoas como nós nunca se acostumariam com menos do que o melhor.
— Quero que prestem atenção no que eu vou dizer. — Anahí murmurou seriamente, atraindo os olhares de todos. — Angelique e Maite, além de minhas melhores amigas, também são as donas desse prédio inteiro. Não quero ter que ouvir nenhuma reclamação no quesito obediência. Elas mandam, vocês obedecem e fim de papo. Está claro?
— Sim. — Rubi e Zoraida responderam em uníssono, mas Sol permaneceu calada. Essa porra de mulher fumava merda? Ela não percebia que não era nada comparado à Anahí?
Era como um poodle enquanto Anahí não era nada mais nada menos do que o cão mais raivoso já existente.
Percebendo o olhar que a mulher deu para a outra, Rubi deixou um chute tão forte na canela de Sol que quase a desequilibrou.
— Sim. Está claro.
Por que pessoas com o ego ferido têm que ser tão burras? Que caralho! A Sol está prestes a colocar tudo a perder à toa.
— Ótimo, querida. Tenho certeza que você é inteligente ao ponto de saber que não arrumar confusão com pessoas que são muito mais do que você é o melhor a ser feito. — Anahí se aproximou de Sol, ficando frente a frente. — Vai que elas apontam uma arma pra sua cara e realmente atiram? Há muitos loucos nesse mundo, acredito que saiba como é.
Vi como Sol tremeu da cabeça aos pés. Seu medo estava nítido em seus olhos arregalados.
— Desculpe.
— Está desculpada. — passeou as unhas pelo rosto de Sol e arranhou as suas bochechas com tanta força que a coitada teve que morder os lábios para não gemer de dor.
A mulher saiu andando para fora do elevador e nós fomos atrás. Aproveitei que ela se afastou um pouco para conversar com a Sol.
— Se você quer morrer, você me avisa que eu mesma te mato. Te garanto que morrer pelas minhas mãos vai ser menos doloroso do que pelas mãos da An... — pigarreei. — Sra. Herrera.
— Eu detesto essa mulher...
— E parece que é recíproco, Sol. — coloquei um de meus braços por seus ombros. — Eu não vim aqui pedir para que você a ame com loucura, longe disso. Mas será que você pode pelo menos fingir que a respeita? Eu preciso de você viva.
— Precisa?
Fez um biquinho tão adorável que eu quis mordê-lo.
— Preciso. Eu não te teria trago para Nova York se não precisasse. E não digo isso me referindo apenas aos negócios. — dei o meu melhor sorriso para ela. — Gosto da sua companhia, Sol.
— E eu amo a sua. — retribuiu o meu sorriso. — Vou tentar aturá-la e baixar um pouco a guarda, ok? Por você.
— Faça para preservar essa carinha linda que os deuses te deram, não por mim.
Sol revirou os olhos e eu lhe dei um beijo na bochecha.
Chegamos ao apartamento das tais garotas que Anahí falou. Como ficamos por último, a porta já estava aberta quando nós nos aproximamos, então só nos restou entrar ali mesmo, sem cerimônias.
— Ah, aí está a que estava faltando. Angelique e Maite, essa é a Sol, a mais adorável de todas. — a loira falou cinicamente e eu quase dei uma gargalhada. Quase. Essa implicância demoraria a passar? Creio que sim. — E a outra se trata de Dulce Espinosa. Vocês já devem ter ouvido falar dela, hum?! Os jornais não param de falar em como ela e Ucker estão evoluindo no mundo do crime.
— Ah, é claro que sim. É um prazer conhecê-las. Me chamo Maite. Maite Perroni. — a mulher cuja estatura não era tão alta, de rosto tão lindo como um anjo e cabelos pretos se aproximou, abraçando primeiro a Sol e depois a mim. Eu estava impressionada em como alguém tão aparentemente adorável podia fazer parte de algo como a máfia.
Merda, ela era toda fofa de perto, vocês tinham que ver...
— E eu sou a Angelique Boyer.
A outra mulher era tão maravilhosa quanto a tal Maite, mas tinha a sua forma de nos atrair. Angelique não tinha nada de fofa. Era alta, loira e fodidamente sexy. Seu ar superior parecia com o de Anahí, apesar de que a outra ganhava de lavada.
Nos abraçamos e ela se afastou, pondo-se ao lado de Anahí.
Os seguranças apareceram de repente, perguntando onde colocariam as malas. Angelique deu as instruções e por um curto período de tempo o silêncio se instalou.
— Alguém quer tomar alguma coisa? Whisky, café, água? — Maite perguntou educada.
Tô dizendo que é um anjo.
— Ofereça para as novas hóspedes. Dulce e Uckermann irão me acompanhar à nova casa deles. — Anahí a respondeu tão tranquilamente que eu estranhei.
— Tudo bem, Annie.
— Calma aí, então é isso? Só vamos morar aqui e ponto? — Rubi perguntou inconformada.
— Angelique e Maite vão explicar o trabalho de vocês. Espero que sejam tão úteis quanto a Espinosa me falou que eram.
— Annie! — Maite a repreendeu. — Elas são úteis sim. Veja só? Têm cara de úteis.
Eu ri baixinho pelo jeito bondoso da mulher.
— Tá, tá bom, Maite. Tenho que ir. Angelique, cuide de tudo, ok?
— Pode deixar.
Anahí assentiu e Ucker e eu nos despedimos das nossas garotas com abraços e beijos na bochecha. Sol estava desesperada, quase que não me deixou ir embora, mas eu murmurei que Rubi e Zoraida cuidariam bem dela e não deixariam que ninguém a fizesse mal e ela se tranquilizou um pouco.
Voltamos à limousine. Mais champanhe, que dessa vez não foi derramado em ninguém, foi distribuído. Eu poderia passar a minha vida toda aqui, dentro do espaço da limousine. Era tão aconchegante e luxuoso que algumas casas perdiam feio.
— A limousine vem buscar vocês às 21:00. — Anahí falou ao dar um gole no champanhe contido em sua taça.
Ucker e eu nos entreolhamos, desconfiados.
— Por qual motivo? — questionei curiosa, recebendo imediatamente um sorriso por parte de Anahí.
— Alfonso deseja conversar com vocês em nossa casa para dizer o que vocês farão daqui pra frente. É melhor tomaram cuidado com o que vão falar. Ele seria capaz de explodir a cara de vocês se os ouvisse falando que ele não está lidando bem com o tráfico.
— Mas ele não está. — Ucker rebateu emburrado.
— Eu sei. Andei me informando e... tem mais gente insatisfeita do que eu imaginava. — ela suspirou. — Mas Alfonso detesta que alguém o chame de irresponsável nos negócios, até mesmo quando esse alguém sou eu. — deu mais um gole no espumante.
— Então é assim? Vamos deixar ele pensar que tá tudo certo?
— Não, Uckermann. Eu falei que ele não gosta que eu o chame de irresponsável, mas não falei que não o faço mesmo assim.
— Ótimo. — Ucker disse sério, também começando a beber o líquido dentro de sua taça. — Mas como descobriu da tamanha insatisfação das pessoas?
— Tenho contato com várias que estão interligadas a Alfonso. Não foi difícil descobrir.
— Então creio que saiba de tudo que está havendo. — falei a olhando depois de bebericar o meu champanhe. Passei a língua pelos lábios e me deliciei com aquele gosto, sendo observada pelos azuis da mulher a cada mínimo movimento.
— Ele deixou de investir em cassinos, boates, restaurantes, puteiros e até na porra da venda de drogas, certo? — Ucker e eu respondemos a pergunta com um balançado de cabeça. — Que burrice do caralho! Cada uma dessas coisas é importante para que nós continuemos ricos. Ele acha o quê? Que só na base de roubo e vendas de armas nós teremos futuro?
— Se a senhora não entende os pensamentos do seu marido, quem somos nós para entendermos? — zombei com as duas sobrancelhas levantadas, vendo-a fazer o mesmo com as suas.
— Tem certeza que começar com as suas gracinhas é uma boa ideia, Espinosa?
Afrontar a mulher era extremamente interessante aos meus olhos.
Sol poderia e deveria temer a ela, mas eu sentia que no meu caso não era necessário. Eu tinha prestígio, poder e ainda estava querendo ajudá-la. Me prejudicar seria viável para Anahí?
— Talvez seja.
— Dulce! — Ucker me recriminou.
Apenas soltei uma gargalhada e fiquei em silêncio. Anahí e eu continuávamos com um contato visual onde travávamos um duelo perigoso que só uma sairia vencedora.
E eu temia que não fosse eu.
O meu mundo quase parou quando a infeliz sorriu pra mim. Pela primeira vez desde que voltei a vê-la, eu não consegui decifrar um de seus sorrisos. Esse, sem dúvidas, era diferente de todos que ela já me deu.
— O que sente ao me desafiar, Dulce? Satisfação? Poder? Entusiasmo? Ou é uma espécie de teste pra ver se eu tenho mesmo coragem de acabar com você?
— Junte todas essas coisas e acrescente: prazer.
Ucker quase engasgou ao ouvir a minha resposta.
— Prazer? — a mulher perguntou baixinho, com aquele sorrisinho filho de uma puta ainda presente em seus lábios. — Por que prazer?
— É interessante ver a forma que você me ameaça logo depois que eu te provoco, Puente. É como se eu fosse igual às outras pessoas, sabe? Mas nós sabemos que, enquanto precisar de mim e dos meus serviços, eu serei diferente pra você. — falei corajosamente, vendo a Anahí me devorar com os olhos e não ser do jeito bom. — Ucker também poderia ser, mas quando o assunto é você, ele se torna bundão demais para falar algo parecido.
— Porra, Dulce! Cala essa maldita boca! — Ucker quase voou em cima de mim, mas eu o ignorei.
— Então quer dizer que você acha que é diferente do restante dos meus subordinados?
— Eu não sou?
Anahí ficou calada, somente me olhando. Seu sorriso havia morrido, mas aqueles olhos sobre mim me faziam pensar em inúmeras coisas. Seus azuis escureceram de uma maneira quase que sobrenatural, causando-me arrepio e... medo?
— Chegamos. — avisou Anahí e saiu da limousine rapidamente, quebrando o nosso contato visual. Antes que eu também pudesse sair, Ucker segurou o meu braço.
— Que caralho você pensa que tá fazendo?
Um sorriso diabólico surgiu em meus lábios.
— Dulce, nós temos que ter a confiança dessa mulher para que a nossa convivência seja a melhor possível. Não faça a mesma merda que a Sol estava fazendo. Não precisamos da Sra. Herrera como inimiga.
— Ela não irá virar a nossa inimiga por causa disso, Ucker.
— Como pode ter tanta certeza?
— Repare na expressão que se forma no rosto dela quando eu a desafio e terá a sua resposta.
E então eu saí da limousine. Assim que meus olhos avistaram uma mansão incrível, o meu coração veio na garganta.
— Não vão entrar? — Anahí perguntou impaciente, olhando-me com desdém. Parecia estar furiosa, mas algo me dizia que verdadeiramente ela não estava.
— Vamos. — Ucker falou hesitante.
Anahí nos mostrou cada canto da casa. Dos espaços mais comuns, como sala, quartos e banheiros, aos escritórios, sauna, campo de golfe e até o caralho de um heliporto com um helicóptero ali, disponível para quando quiséssemos.
— Providenciei a segunda melhor mansão pra vocês. A primeira, como vocês já devem imaginar, é minha e de Alfonso.
— Aqui é incrível. — Uckermann falava encantado.
— Prefiro o seu apartamento. — confessei para Ucker e ouvi um "conta outra, porra" escapar de sua boca.
— É o que temos pra hoje, você querendo ou não. — a loira comentou tão azeda que eu ri baixinho. — Tenho que ir. Estejam prontos no horário que falei. Meu marido e eu não suportamos atrasos.
(...)
— Uau! A quem você quer matar? — Ucker perguntou quando apareci na imensa sala. Ele me comia com os olhos. Eu estava com um vestido vermelho curto, que realçava bastante as minhas curvas, um batom da mesma cor do vestido, que valorizava os meus lábios carnudos, saltos da cor cinza e cabelo solto.
— Talvez a minha única intenção seja a de seduzir um certo alguém...
— É mesmo? E quem seria? — ele sorriu maliciosamente, aproveitando o pouco espaço entre nós para colocar as duas mãos na minha cintura e me puxar contra seu corpo másculo. Respirei pela boca, envolvendo meus braços em seu pescoço.
— Você.
Isso foi o bastante para que ele me beijasse. Não me esquivei, até por que não tinha motivo nenhum para eu renegá-lo. Retribuí o carinho com a mesma vontade que ele demonstrava. O beijo de Ucker era bom, muito bom. Ele explorava a minha boca, chupava e mordiscava a minha língua, dava atenção aos meus lábios também...
Não havia nenhum motivo para eu negar algo tão delicioso quanto isso.
— Vem, o motorista da Sra. Herrera está nos esperando.
Fomos à limousine em silêncio. Bebemos novamente, mas agora fora um vinho sensacional. Vantagens e vantagens de fazer parte de um mundo altamente podre.
— Parece nervoso. — falei ao perceber o quão inquieto Ucker se encontrava.
— E estou. — confessou baixinho, como se fosse difícil para ele aceitar e admitir isso. — Você não? — neguei com a cabeça. — Caralho, Dulce, nós vamos ficar de frente à única pessoa que está acima de nós. Apesar de sermos novos nesse meio, eu não temo a nenhum gangster, traficante, mafioso ou o caralho que for. O Sr. Herrera é e sempre será a minha única preocupação.
— Não fique nervoso. Vai dar tudo certo. — acariciei seu rosto levemente. — Temos que demonstrar confiança para que ele fique convicto que nós somos capazes de fazer parte da sua equipe.
— Mas nós somos mesmo.
— Eu sei. — sorri carinhosamente, tentando acalmá-lo. — Mas ele não.
— Você tá certa. Droga, você sempre tá certa.
— E eu sempre sei disso.
Um minuto depois, chegamos. Ucker segurou a minha mão esquerda e entrelaçou os nossos dedos. Um segurança nos guiou até a mansão Herrera e nos ajudou a passar pelos homens que ficavam 24 horas monitorando a entrada e saída de pessoas pelo local.
Antes que chegássemos à porta, Anahí apareceu. Quase babei quando vi o vestido branco curto e colado que ela usava em seu corpo. Além de curto, a droga do vestido tinha um decote provocativo que enfatizava seus seios. E como se já não fosse muito, pra completar, a mulher ainda pôs um batom vermelho que era só mais um pouquinho mais escuro que o meu, estava de saltos dourados e deixou o cabelo solto.
Isso era a própria visão do paraíso misturado com o inferno.
— Que bom que chegaram. Alfonso e eu estávamos ansiosos. — Anahí sorriu, nos deu passagem e abraçou primeiro à Ucker. Não demorou muito tempo e ela o soltou para vir até mim. Da maneira mais cara de pau que conseguiu, a loira desviou o seu olhar por todo meu corpo. Nem se importou com o fato de eu a estar observando fazer isso, pelo contrário, ela parecia querer que eu a visse me secando assim. Resfoleguei no mesmo momento, sentindo as minhas pernas ficarem bambas devido ao brilho que vi em seus olhos. Anahí só encerrou aquela encarada constrangedora para poder me abraçar inesperadamente. Um abraço apertado e prolongado. Eu sentia a sua respiração acelerada batendo contra a minha nuca cada vez que eu apertava os dedos na sua cintura em um ato involuntário. — Você está maravilhosa, Espinosa. Preciso te dizer isso. — falou com a voz suave em minha orelha, quase me fazendo desmaiar.
O nervosismo foi tanto que fechei os olhos. Naquele instante, eu não consegui retribuir ao elogio. Quando abri os olhos novamente, consegui menos ainda. Vi por trás do ombro de Anahí a imagem de um homem que me fez tremer por completa nos braços da mulher.
Puta que pariu. Era ele. Era o mafioso mais temido do caralho dos Estados Unidos.
Era Alfonso.
Autor(a): j_herrera_portilla
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 17
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
tammyuckermann Postado em 30/04/2019 - 18:14:21
Cadê!?? Não vai postar mais? :(
-
tammyuckermann Postado em 19/03/2019 - 16:45:52
Preciso dizer que a tempoooos não leio uma fic tão bem escrita e maravilhosa, ainda mais portinon, to amando...
-
AnnieSilva Postado em 21/01/2019 - 23:17:20
Demora pra postar não posha :(
-
ponnyyvida Postado em 16/01/2019 - 10:32:29
Aaaa não creio que você parou nessa parte :0 Quero só ver como vai ser esse encontro com o Sr. Herrera :) Continuaaa <3
-
AnnieSilva Postado em 16/01/2019 - 00:41:01
Ai, como vc me para agr?? Mdssss como vc me deixou curiosa!! Posta maisssss! Vibrando com essa conexão perigosa d anahi com a Dulce!!
-
AnnieSilva Postado em 12/01/2019 - 12:22:23
Amandooo d+ !! Curiosa demais, pra saber pq a Anahí foi embora !!! Posta mais linda
AnnieSilva Postado em 16/01/2019 - 00:41:49
<3
j_herrera_portilla Postado em 14/01/2019 - 11:50:24
Hahahahaha, estou postando, linda. Obrigada por estar aqui acompanhando. <3
-
suzyrufino Postado em 12/01/2019 - 09:44:43
Caramba.... to amando
j_herrera_portilla Postado em 14/01/2019 - 11:49:29
Que bom. Espero que ame até o fim. <3 Ps: devo admitir que eu sou louca nessa história também. A escrevo com os olhos brilhando. Hahahaha
-
suzyrufino Postado em 12/01/2019 - 03:17:59
Eita... caramba...meu.. Eu te amo anahi. :O
j_herrera_portilla Postado em 14/01/2019 - 11:48:43
UMA DEUSA, NÉ????? CHEGO A ME TREMER ESCREVENDO SOBRE ELA, HAHAHAHA!
-
siempreportinon Postado em 09/01/2019 - 23:34:18
Uau!!! Já pode continuar
j_herrera_portilla Postado em 12/01/2019 - 01:10:31
Vou postando aos poucos, tá? Mas ó, já postei mais um, linda. <3
-
AnnieSilva Postado em 09/01/2019 - 22:12:43
Eitaaaa!!! Já ameeei, Parabéns 😍😍 e já quero o próximo capítulo!!!
AnnieSilva Postado em 12/01/2019 - 12:23:45
Com toda certeza, irei acompanhar até o final!!! Todo dia passo por aquui! Parabéns linda! Ja me deioud curiosa ainda mais
j_herrera_portilla Postado em 12/01/2019 - 01:09:47
Opa, que bom que te agradou, linda. Vou postando aos poucos, tá? Inclusive, já tem outro aí. Espero que continue acompanhando. <3