Fanfics Brasil - Capitulo 1 SleepWalker (Vondy)

Fanfic: SleepWalker (Vondy) | Tema: Rbd Vondy Dulce Christopher


Capítulo: Capitulo 1

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Pela manhã, o sol despertou-me com seus raios ardentes feito fogo e a claridade inconveniente. Abri meus olhos lentamente e forcei um pouco mais vista para enxergar o cômodo da casa:


 


Paredes em tom rose, tapete de pelo em cor rosa, televisão de 49 polegadas à frente da cama, ursos de pelúcia em todos os cantos, janelas em um das paredes e uma porta enorme.


 


Esse não é meu quarto.


 


Ainda pensativo, fui desperto por um movimento ao seu lado, por baixo dos lençóis.


 


— Como eu odeio o sol. – Comenta uma voz feminina um pouco rouca e baixa.


 


Sentou-se na cama surpreso e puxou o lençol. Por baixo de tudo estava Dulce, minha ex-namorada e noiva. Mas o que fazíamos por lá? Não era meu quarto, muito menos o dela, como eu vim parar aqui?


 


— Dulce? – A chamei incrédulo.


 


Já era a terceira vez em quatro semanas, e sempre em quartos diferentes. Uma havia sido em seu quarto, outra na casa da sua mãe e agora aqui, nem sei onde estamos.


 


— Me deixa dormir. – Resmungou colocando o travesseiro na cara.


 


— Onde estamos? – Voltei a olhá-la.


 


Ela não dava nem um pouco de atenção ou importância ao que dizia, mesmo sendo importante e motivo de preocupação.


 


Sempre acordava na cama dela ou em algum lugar com ela, sempre fazíamos amor de noite, mas eu não me lembro como foi até ela, nem sei onde ela poderia estar, mas sempre a acho mesmo sem querer.


 


— Dulce, – A balancei. – Presta atenção por favor.


 


— O que foi? – Resmunga de novo e se senta na cama.


 


Passou as mãos pelo rosto, jogou o cabelo para trás e cobriu a nudez com o lençol que nos envolvia. Me encarou um pouco irritada por ter a despertado e um pouco curiosa.


 


— Como eu vim para aqui? Onde estamos? – Questionei rapidamente.


 


— Eu quem devo te perguntar isso. – Jogou-se na cama novamente. – Como sabia que eu estava na casa da minha prima? Nunca o trouxe aqui, muito menos falei onde ela morava.


 


— Eu nem sei onde estamos, muito menos como vim parar aqui.


 


— Eu também não sei como veio até aqui. – Pegou minha camiseta no chão e vestiu. – Só sei que fui atender a porta de madrugada e você me agarrou. e viemos parar aqui.


 


Nada fazia sentido, eu sempre estava com ela, nunca sabia como, mas sempre com ela e sempre a mesma história. Chegava em sua casa, transamos como se fossemos amantes apaixonados pelo pecado, dormimos juntos como um casal e de manhã eu acordava sem saber o que tinha acontecido e como fui parar no local, como se estivesse bêbado, mas eu não bebi.


 


— Transamos? – Fiz a pergunta mais escrota para o momento.


 


Seria muito padrão transarmos, é sempre isso.


 


— Isso deve explicar eu estar apenas de calcinha e você seminu – Me lançou um olhar certeiro. – Você bebeu? Lembro que toda a sexta feira ia ao bar com seus amigos, lembro-me que íamos juntos para alguma balada de sexta e às vezes você gostava de ir sozinho com os seus amigos – Sentou-se novamente.


 


— Não bebi! – Respondi grosseiramente. – Lembro de ter saído do colégio de noite e ido para a casa, em seguida adormeci, estava exausto!


 


— Pergunte ao Carlos, ele mora com você vai saber te responder isso, eu não sei de nada. – Se levantou. – Tudo o que sei é que atendi a porta, você me agarrou, beijou-me em seguida e fizemos sexo aqui. – Coloca a mão no colchão. – Nessa cama.


 


— Temos que para com isso. – Me levantei depois dela. – Terminamos, não podemos continuar como amantes, Dulce.


 


— Você quem terminou e quem vem atrás de mim sempre, eu não tenho culpa de nada. – Nega dando de ombros.


 


— E você se entrega a mim, não deveria permitir isso.


 


— Você que tem que aprender a se controlar, você vem desse jeito e eu não tenho como fugir, já tentei.


 


— Tranque a porta!


 


— Procura um tipo de tratamento.


 


— Você fala como se eu quisesse fazer tudo isso ou como se fosse um louco por recaídas.


 


— Por mais que você pareça, não é o que estou querendo dizer. Estou falando para você tentar fazer algo para isso não acontecer mais. – Se aproximou de mim. – Gato, – Coloca a mão no meu rosto. – Sei que sou a mulher mais incrível que já teve na sua cama, também sei que é apaixonado por mim, mas se pediu para terminarmos, tem que agir como meu ex em tudo e não como meu amante. Por mais gostoso que você seja e por mais que sexo com você seja bom, eu não quero ser sua amante, não pega bem, bebê – Roubou-me um selinho e ficou beijando o meu pescoço de uma forma sensual.


 


— Melhor eu ir. – A afastei de mim.


 


Por mais louco que eu estivesse, não poderia me deixar levar pelas tentações, não temos mais nada, devemos agir como ex e não amantes, sem contar que é estranho ser amante de sua ex.


 



  • ••


 


De volta ao meu apartamento. Carlos estava tomando café da manhã enquanto olhava o seu notebook com um monte de papéis e pastas ao seu lado. Deveria estar corrigindo uma prova ou preparando uma atividade para os seus alunos.


 


Carlos trabalhava no mesmo colégio que eu no período da manhã e de noite ia a outra instituição. Ele dava aula de física e eu de biologia, mas sempre as mesmas classes de manhã. Ele sabia muito bem o que se passava comigo e a minha ex, ele já me viu chegar várias vezes em casa com a mesma cara e sempre me dava um apelido diferente, como, “recaidinha” , “Dr. Quebra a cara e volta” , “Amante da madrugada”, “Bêbado sem álcool”, “Sr. volta atrás” e “Abelinha”, esse ultimo por causa da música da Simone e Simaria “Quando o mel é bom”, no refrão fala: “Quando o mel é bom a abelha sempre volta”,e ele acha minha cara isso.


 


— Voltou, Zé da Recaída. – Me saudou assim que atravesso a porta.


 


Mais um apelido para a coleção.


 


— Como foi dessa vez, onde sua amada estava? – Deu um gole no seu café.


 


— Na casa da prima, nem sabia onde a prima dela morava. – Sentei-me ao seu lado. – Na verdade eu nem sabia que ela tinha prima.


 


— E como chegou lá?


 


— Sinceramente? – O encarei e ele concorda. – Não sei.


 


Era um estado muito estranho. Terminamos a três meses e isso aconteceu uma vez no primeiro mês, três vezes no segundo e agora três vezes em menos de quatro semanas. Estava ficando cada vez mais recente. É algo muito assustador.


 


*-*-*


Quando ela chegou no seu apartamento, me apressei em dizer tudo. Depois de duas semanas sem conversar e sem se ver, tinha chegado a conclusão e acho que até ela já entendeu. Precisava de um tempo, tinha que pensar na minha vida, ver se era isso mesmo o que queria, se realmente era o momento de se preparar para o casamento, não estou preparado para essa vida.


 


— Que bom que está aqui, meu amor – Colocou a bolsa na mesa de centro. – Precisava muito falar com você.


 


— Eu também tenho que falar urgentemente com você. – Me afastei quando ela iria me dar um selinho.


 


— Você está bem?


 


— Não, na verdade. – Suspirei. – Eu quero terminar, isso não vai dar certo.


 


— O que? Porque?


 


— Ficamos duas semanas sem nos falar, você não me ligou, não me disse onde estava, não atende telefone, está pensando em prestar trabalho para outro país e na boa eu não quero ficar sofrendo. – Bufei inseguro.


 


Será que devo mesmo fazer isso?


 


— Dulce, eu preciso de um tempo, tenho que pensar melhor na minha vida, decidir se quero mesmo me casar agora, se estou pronto para largar a minha vida de solteiro e viver com você, sabe que não vou mudar da noite pro dia.


 


— Eu não te liguei e mandei mensagens, pois o cliente estava nervoso, tive que fazer essa viagem de última hora e deixei o celular em casa. Sem contar que temos um ano para nos preparar, na verdade muito mais tempo, pois não quero me casar agora, já disse.


 


— Mesmo assim, isso não vai dar certo. – Me sentei. – Eu quero ter filho, você quer viajar, mas eu não posso. Só quer morar comigo quando o seu trabalho melhorar.


 


— Combinamos de ter filhos depois do casamento, e eu tenho que viajar para conseguir algo melhor para mim, pretendo me casar depois que melhorar o emprego aí moramos juntos. Se morarmos juntos e termos filhos vai ser a mesma vida de casados, só não vai estar oficializado. Eu não quero nada que me prenda em casa, quero ser livre para ir a festas com minhas primas, chegar quando eu quiser e não quero ser rasgada, estou feliz pagando somente as minhas contas, gastando com o que quero e não com fraldas. Não me vejo sendo mãe.


 


— Pode não ser agora, mas um dia eu vou querer ter filhos, vou querer uma família, vou amar ter que gastar todo o meu salário com um bebê e cena da amamentação entre vocês dois vai ser a coisa mais linda que já presenciei.


 


— Eu não vou morar com você e o seu amigo, e nem te convido para morar aqui, pois é muito pequeno, mal tem espaço para mim, imagina para você e outro bebê.


 


— Esquece o bebê por um momento e vamos pensar no agora, em nós. Eu não quero mais continuar, temos planos muito diferentes e nenhum se encaixa no do outro.


 


Ela negou com a cabeça e deixou as lágrimas caírem de seu rosto, junto as dela vieram as minhas, mas sequei no instante. Precisava ser decidido e orgulho nesse momento, ainda mais, forte.


 


— Eu te amo, Dulce – Me aproximei dela. – Te amo muito, mas temos que resolver nossa vida profissional primeiro, não quero ser enganado. quando isso acabar quem sabe ou quando tivermos planos que complementam os do outro.


 


*-*-*


 


— Ta surdo, casete? – Grita perto de mim.


 


Acabei me assustando com o seu grito e me despertei dos meus pensamentos. Realmente meu termino com ela não foi por um bom motivo, mas quando você está confuso e com a cabeça quente, não consegue pensar em muita coisa.


 


— Por que não volta com ela? – Digita no notebook. – Está estampado na sua cara que você a ama.


 


— Não posso, sei que logo ela vai viajar por meses para conseguir coisa melhor para a vida dela.


 


— E você sendo um professor de Biologia com inglês fluente e espanhol avançado não consegue dar aula em outro lugar?


 


— Não vai dar certo, sem contar que ela está muito bem solteira.


 


— Se estivesse bem, não te aceitaria com as pernas abertas na cama.


 


— Isso não vai mais acontecer.– Bati na mesa descontroladamente. – Nunca mais vou ter uma recaída indesejada como as anteriores


 


Ele gargalha e olha o celular, teclou a tela algumas vezes e um áudio tocou.


 


Eu prometo que nunca mais vou atrás da Dulce, essa noite foi a minha última vez”.


 


Quando ele tinha gravado isso?


 


Quer saber? Não interessa, nem que eu coloque cadeados na minha fechadura, mas eu não vou mais atrás dela.


 


— Este áudio já tem um mês, mas eu nem me importo com a sua quebra de promessas. – Bebe mais café. – Eu vi o modo que você saiu desesperado atrás dela.


 


— Me viu sair?


 


— Desde a terceira vez, algumas vezes eu ainda peço o táxi para te levar até ela. Mas dessa vez você me surpreendeu.


 


— Por que não me impede?


 


— Por que gosto de ver vocês juntos. – Deu de ombros. – É um casal fofo, maduro, com grandes chances de dar certo e o mais chocante, dois idiotas que não se pegam logo de vez e assume que se amam, isso me irrita de verdade.


 


Dei um soco na mesa e sai em direção ao meu quarto, tinha que dar um jeito disso nunca mais acontecer entre mim e ela.


 


— Acha melhor ligar para o táxi e já deixar reservado para a noite? Ou querem ir ao motel da rua de trás? – Gritou da cozinha.



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Autor(a): biiah_cristina

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • kauanavondy015 Postado em 15/01/2019 - 01:13:06

    Continuaa,estou amando a fanfic..

    • biiah_cristina Postado em 15/01/2019 - 09:14:50

      Que bom...

  • Madelaine Postado em 11/01/2019 - 17:12:15

    Continuaaaa

    • biiah_cristina Postado em 11/01/2019 - 23:05:26

      Até segunda eu posto...

  • kauanavondy015 Postado em 11/01/2019 - 01:02:53

    Continuaa

    • biiah_cristina Postado em 11/01/2019 - 15:41:07

      Em breve tem mais


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