Fanfic: SleepWalker (Vondy) | Tema: Rbd Vondy Dulce Christopher
Segunda-feira. Primeiro dia de trabalho da semana, estava na sala de aula cheia de alunos, mas sem estudos necessários para dar a aula, não tinha um pingo de vontade ou cabeça para preparar uma apresentação da matéria.
Havia acabado de sair da casa da Dulce, mas uma vez fui parar no seu apartamento sem saber como e porquê, só sei que tudo se repetiu e até ela já tinha colocado na cabeça que não poderíamos manter essa relação.
*-*-*
Assim que senti ela me balançando brutalmente, despertei e a olhei com lamentação, já imaginando no que havia acontecido entre nós.
Como de costume tinha roupas jogadas pela casa, pacote de camisinha na cama, lençóis bagunçados e alguns itens da sua cômoda no chão, seus cabelos embaraçados, marcas no pescoço e nos seios, uma unha quebrada, marcas dos meus dedos em sua cintura e um cheiro de suor que se misturou com o meu, olhei meu corpo e infelicitei-me com a visibilidade, meu abdômen tinha alguns arranhões, minhas costas ardiam, marca de mordida no pescoço, minha cabeça doía e minha boca estava inchada e rosada.
— Não acredito que está acontecendo de novo.
— Acho que vou ter que trancar a porta mesmo, dessa vez eu não fui te encontrar na porta. – Fica em pé e vestiu-se com o robe. – Você veio parar no meu quarto e não me deixou fugir, juro que tentei escapar de ti, mas você não deixou. Me agarrou e fez tudo de novo.
— Te forcei? – Questiono preocupado.
Não me perdoaria se tivesse forçado ela a isso ou a machucado, tinha que parar.
— Forçou, mas não me machucou.
Coloquei as mãos no meu rosto um pouco tenso. A que ponto tínhamos chegado? Como isso pode estar acontecendo dessa maneira?
— Christopher, por favor. – Se sentou do meu lado e acariciou as minhas costas. – Você tem que tentar fazer um tipo de tratamento, isso já está me assustando um pouco.
— Por que não trancou a porta?
— Como iria adivinhar que você viria?
— Vamos ter que nos afastar, mas de vez. – Me levantei e coloquei as minhas roupas. – Não poderemos manter contato algum, muito menos nos ver.
— Tem certeza disso?
— Não, mas vamos ter que tentar. Assim que a noite cair, vê se se trancar no apartamento ou sai com alguém.
Ela concorda e eu pego minhas últimas coisas e saio de seu quarto seguido de seu APÊ.
*-*-*
Despertei rapidamente quando um dos meus alunos veio até mim com sua apostila e me mostrou as atividades da semana passada. Uma coisa que odeio é quando eles me entregam algo atrasado, ou nem entregam, mas o pior é quando eu já passei os ponto s para o diário e eles aparecem com mais atividades, e o pior, a desculpinha esfarrapada de sempre.
— Felipe, eu já pontuei essa atividade. – Fui breve enquanto fechava a sua apostila.
— É que eu tive um problema com a minha mãe, tá ligado? – Falou firme. – Ela estava mudando o seu consultório para perto de casa e eu não tive tempo de fazer, tio.
— Todos nós sabemos que você não mora com a sua mãe.
— Meus pais voltaram.
Forcei o cenho e tentei entender. Na última vez que tinha conversado com sua mãe, ela havia me dito que nunca mais voltaria com Thiago por conta dos planos dele. Wanessa sempre teve metas e buscava crescer na vida, mas ele não, nem queria que ela crescesse tanto. O casal se divorciou quando Wanessa finalmente havia conseguido se formar e Thiago nem sequer queria saber de procurar algo melhor, seu emprego de mecânico estava ótimo, então decidiram se separar e ela descobriu duas semanas depois que estava grávida do Felipe.
— Como voltaram?
Eu tinha uma boa relação com o pai dele, era meu colega, mas não muito próximo, ele arrumava meu carro quando necessário.
— De acordo com o meu pai, ele sempre amou minha mãe. – Puxou uma cadeira para se sentar. – Estava procurando um curso técnico desde o começo do ano, e assim que conseguiu a bolsa para fazer engenharia mecânica, foi atrás dela, disse que conseguiu o curso por ela e que se fosse para ficarem juntos, deixaria de arrumar carros e se tornaria engenheiro de motor.
— Ele mudou a vida por ela? – Questiono incrédulo.
Não acho certo isso dele ter que mudar por ela, ter que deixar de fazer o que gosta para ir atrás do que ela gostaria.
— Ele sempre quis, mas não gostava de estudar, ao contrário dela. Isso me fez pensar… se você gosta mesmo da pessoa, deve se sacrificar por ela, principalmente se não for te prejudicar, no final acho que ajuda muito.
— Mesmo se você tiver que trabalhar em outro país?
— Na sua área? – Concordo. – Claro que sim, imagina trabalhar na Espanha ou Canadá.
— Professor, – Uma das alunas que estavam na minha frente se manifestou. – Por acaso está se referindo a sua Ex?
— Como sabe da minha vida pessoal?
— Lembra quando estava mal, como hoje, e você conversou com a gente sobre isso?
— Verdade. – Outra aluna se levanta por impulso. – Lembro que tinha poucos alunos da sala e o senhor começou a conversar com a gente sobre isso.
— Sim, Luana. – Vai até o outro lado da minha mesa uma outra aluna. – Me lembro de nenhuma de nós termos concordado com isso. – Coloca a mão no meu ombro. – Mas realmente gosta dela e acho que deveria tentar ir com ela para outro país se for possível.
— A questão não é essa, Melissa. – Me levantei e encostei-me na lousa. – Nossos planos não se completam, Não vamos dar certo mesmo.
— Meu pai falou o mesmo. – Diego completa.
— Acho que você deveria tentar ir falar com ela. – Luana se sentou em cima da mesa.
— Professor, pensa assim. – Diego se vira para mim. – Ela não quer ter filhos agora, mas pode ter depois, vocês podem viver juntos no Canadá, morarem juntos. Não é o que você queria?
— Eu não queria deixar de dar aula aqui, e ela não quer ter filhos, me disse que não se imagina sendo mãe. – Contrariei. – Tudo o que eu quero, ela não quer.
— É só dar um tempo para ela, Chris. – Luana prossegue calma, como sempre. – Toda a mulher tem um pouco de medo de ter filhos, mesmo amando o sonho de ser mãe, a gravidez assusta, corremos riscos, mudamos, temos que aprender a viver para uma outra pessoa.
— Sem contar que você nunca mais vai ter a mesma vida, nem vai ser a mesma pessoa – Melissa completa.
No fundo eles estavam certos. Eu amo a Dulce, mas não sei se estou pronto para largar tudo por ela. Será que ela largaria tudo por mim?
O sinal tocou e eles pegaram suas mochilas e saíram da sala, exceto Luana e Melissa que vieram até mim e ficaram me encarando. Iam falar algo, era só esperar o resto da sala sair que elas começarão.
— Professor, me desculpe estar me metendo tanto na sua vida pessoal. – Melissa inicia. – Mas você com certeza deveria ir atrás da Dulce, vale a pena trabalhar fora, esperar o momento dela para engravidar e respeitar a opinião dela caso não queria morar junto. Mulher é assim, insegura, tem medo, gosta de planejar tudo e de ser independente, mas acho que você deve tentar de novo.
— Já imaginou ela com outro homem? – Luana continua. – Depois de uns anos ela com um bebê no colo, uma casa nova, carro uma carreira bem sucedida.
— E sem mim. – Conclui abaixando a cabeça.
Imaginar essa cena já me bateu um desespero enorme. Não imagino ela com outra pessoa, segurando um filho que não é meu e morando em uma casa que não construímos juntos, sempre sonhamos em colocar a mão no cimento para construirmos nosso abrigo, não poderíamos deixar esse sonho passar sem vivê-lo antes.
— Se eu tentar falar com ela? Acha que poderíamos viver em outro país?
— Com certeza! – Disseram juntas.
— Iríamos perder o melhor professor de Biologia que já tivemos na vida, mas vai valer muito a pena, você vai ser feliz e merece isso.
— Eu não queria deixar minhas aulas aqui – Abracei elas. – Mas prometo não esquecer de nenhum de vocês e sempre manterei contato pelas redes sociais. Sei que é o último ano de vocês na escola, mas quero que vocês se deem bem, vou torcer para que entrem nas melhores faculdades e que sejam alguém, sei que são capazes disso e que merecem tudo de melhor, mas sempre que precisarem de mim, vão ter as minhas redes sociais e não vou sair do grupinho da sala. – Sequei uma lágrima que escorreu do rosto da Melissa. – Só prometam que nunca vão esquecer do professor chato de Biologia quando estiverem atuando na profissão de vocês e tiverem uma conquista.
— Você está tatuando no meu caminho e no meu coração, Professor. – Luana completa. – Nunca te esqueceremos.
Beijei a cabeça de cada uma, apertei-as mãos em meu abraço e depois as deixei ir para a casa.
Sempre gostei muito dessa classe, mas nunca imaginei que me apegaria tanto a esses alunos como em poucos meses. Cada um soube ser amigo quando precisava, sem misturar profissional com pessoal.
- ••
Quando a noite caiu, decide não ir ao colégio, precisava falar com a Dulce. Estou disposto a dar aula no exterior, morar em outra casa se for necessário e esperar dez anos até que ela queria engravidar, mas eu vou ficar com ela, mesmo que tudo dê errado, vou fazer dar certo.
Assim que cheguei na portaria do seu prédio, o porteiro me barrou, coisa que nunca aconteceu, sempre tive passagem livre desde quando comecei a namorar.
— Rogério, tudo bem? Boa noite! – Saúdo o porteiro que acena com a cabeça, ainda em silêncio.
Ficamos nos encarando por uns segundo até voltar a falar.
— Poderia liberar a passagem? Tenho que falar com a Dulce.
— Desculpe, Christopher. – Nega com a cabeça. – A senhorita Dulce pediu para não te deixar entrar, falou que não queria ser incomodada essa noite.
— Por que? Ela está bem? Aconteceu algo? – Tinha medo de ter algo por trás disso.
Mesmo depois do nos término, ela ainda me deixou com passagem livre para vê-la ou quando precisasse.
— Ela chegou com um rapaz e pediu para não te deixar subir.
— Rapaz? – Questiono pasmo.
— Sim, não sei que era, mas ela estava segurando o seu braço e parece que não vai querer te ver por um bom tempo.
— Por favor me deixa entrar – Supliquei. – O que tenho a falar com ele é urgente, perdi um período inteiro de aula para vir falar com ela.
— Não posso, tenho que obedecer as ordens da moradora.
— Você me conhece, sabe que não vou fazer-la mal.
— Claro que sei, mas posso prejudicar a nós dois. – Cruzou os braços.
— Sabe pelo menos quem era o homem que estava com ela?
— Tudo o que vi foi ela saindo pela portaria chorando e um pouco tonta, depois de umas horas ela voltou com ele.
— Deve ter arrumado uma outra pessoa. – Abaixei a cabeça.
Me negava a acreditar nisso, mas no fundo eu sabia que isso iria acontecer um dia, só não estava preparado.
— Obrigado, Rogério.
— Devo informá-la que esteve aqui?
— Não, boa noite.
Ele acenou com a cabeça e me deixou sair.
Autor(a): biiah_cristina
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Comentários da Fanfic 6
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kauanavondy015 Postado em 15/01/2019 - 01:13:06
Continuaa,estou amando a fanfic..
biiah_cristina Postado em 15/01/2019 - 09:14:50
Que bom...
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Madelaine Postado em 11/01/2019 - 17:12:15
Continuaaaa
biiah_cristina Postado em 11/01/2019 - 23:05:26
Até segunda eu posto...
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kauanavondy015 Postado em 11/01/2019 - 01:02:53
Continuaa
biiah_cristina Postado em 11/01/2019 - 15:41:07
Em breve tem mais