Fanfic: Como conquistar o chefe | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni

Anahí

Respiro fundo assim que Alfonso sai da cozinha para me acalmar, prometi que não iria mais chorar por ele e estou conseguindo cumprir.

— Sua safada, como assim amante do chefinho Alfonso? — Dulce indaga entrando na cozinha.

— Você ouviu tudo? — respondo com outra pergunta.

— Creio que ouvi o suficiente. Vamos, hora de me contar tudo. — ela diz.

Conto toda a história de como Alfonso e eu acabamos por nos beijar num dia de horas extras depois de eu ter ajudado a resolver um problema grave nas finanças da Projetual. E a cada nova façanha minha no meu cargo ele me elogiava, dizia o quanto eu era incrível e o clima entre nós só parecia aumentar. Até que nossos beijos foram ficando cada vez mais cálidos, nossos corpos pareciam querer muito mais que isso.

— O fim disso foi nossa transa na casa dele depois de terminarmos o balancete mensal. — termino a história e ela me olha boquiaberta. Falei tudo no tom mais frio que tinha, resistindo às lembranças que tanto me machucam.

— E eu esse tempo todo vendo essa sua pose certinha, você pega demais no meu pé e olha o que fez! — ela se queixa.

— Não arriscaria meu emprego por nada, já você não consegue parar mais que dois dias em um emprego amiga. — relembro e ela revira os olhos.

— Tá bom, e eu estou me comportando. Prometi e estou cumprindo. — ela argumenta.

— Mais ou menos. — zombo.

— Ah, fala sério eu... —ela já ia começar a se queixar novamente.

— Está se comportando melhor do que já vi você se comportar desde que a conheço, devo reconhecer. — a interrompo.

— Que bom que reconhece, agora tenho trabalho a fazer. — ela sorri e começa a cortar alguns legumes. Não estranho porque mesmo sendo raro alguém almoçar algo preparado aqui na empresa, sei que raramente acontece. Talvez ela esteja preparando algo para uma reunião e decido sair dali para não atrapalhar.

...

Maite

Acabo de revisar os horários de Christopher com ele e informá-lo o que tem programado para esta tarde. Volto para minha mesa para preparar alguns papéis que precisam de sua assinatura e ao chegar nela encontro um buquê de flores enorme. Abro o bilhete que veio o acompanhando e vejo a caligrafia horrível de Christian, ele está me agradecendo por mais uma vez eu ter cuidado dele. Sorrio pensando se algum dia isso vai mudar, já levamos alguns anos assim, eu sempre estou ali para ele. Mesmo sem entender por que ele age dessa maneira, parece até que existem duas personalidades. O meu melhor amigo e o cara que me acompanha nas farras. Deixo as flores em um canto e volto a trabalhar.

...

Christopher

Pego uma garfada do prato que Dulce me trouxe e gemo prazerosamente ao sentir o sabor daquela comida. Nem parece uma comida sem graça de restaurante, pois tem um tempero caseiro delicioso. Fazia algum tempo desde via algo no meu prato e ao comer sentia o sabor de cada coisa e ao mesmo tempo elas se complementavam. Quem quer que seja que cozinhou isso será responsável pelas minhas refeições nos próximos dias. Chamo Dulce para pedir o contato do restaurante, ela demora algum tempo para aparecer e quando aparece está tomando um suco em uma garrafa.

— Pode dizer, chefe. — ela fala.

— Quero que me passe o contato do restaurante que pediu a minha refeição hoje. — peço e ela engasga com o suco e começa a tossir.

— Senhorita Saviñón? O que houve? — questiono dando tapas sutis nas costas dela sem entender o que a fez reagir dessa maneira.

— Nada demais... A verdade é que eu pedi a uma amiga que fizesse... — ela começa a me explicar reticente.

— Uma amiga. — repito.

— Sim, bom, ela tinha um restaurante antes e agora segue a profissão no ramo da confeitaria. Mas eu só queria fazer o melhor no meu trabalho e ela quis me ajudar. — ela termina a explicação como se estivesse temerosa com a minha reação.

— Bom trabalho, senhorita Saviñón. — elogio para que ela possa relaxar e volto ao meu trabalho, ela sai da sala em seguida.