Fanfic: Como conquistar o chefe | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni

Dulce

Fiquei trancafiada na cozinha desde que cheguei para trabalhar mais uma manhã, porque estou querendo controlar a parte de mim que quer ficar bem perto da sala de Christopher esperando ele chegar do jeito que chega toda manhã, como uma brisa de gostosura.

E é assim que começo a imaginar a cena, malditas dicas que espero ansiosamente que funcionem. Com raiva por estar perdendo essa visão do paraíso todas as manhãs começo a picar os morangos que pretendia comer com raiva.

— Bom dia, que ódio todo é esse logo pela manhã? — Maite entra na cozinha e me olha como se eu fosse uma maluca, mas não posso negar que faria o mesmo se visse alguém na mesma situação em que estou.

— Bom dia, estou ótima. — respondo me acalmando e olhando para tábua onde eu picava os morangos percebo que só sobrou o suco deles.

— Se você diz, vim trazer más notícias infelizmente. A bruxa chegou e acho melhor você ir ver se ela quer alguma coisa antes que ela comece a berrar que essa é uma empresa de incompetentes. — ela avisa.

— Que bruxa? A coxas, quero dizer a senhora Ana Brenda? — questiono.

— Ela mesma! — Maite afirma e nós duas saímos em passos rápidos da cozinha. Ela em direção a sua mesa e eu indo pra sala do meu chefe. Chegando lá a coxas grossas me pede um smoothie que resolvo fazer com o suco de morangos que “preparei” mais cedo.

...

Maite

Estou imersa em meu trabalho ouvindo uma música e estou quase para cantarolar, mas me lembro que estou na Projetual e que não estou sozinha aqui. É uma dessas músicas chicletes que logo se torna um sucesso e quando você vê não pode mais parar de ouvir. Alguém tira o fone dos meus ouvidos.

— Alguém se esqueceu de falar com o melhor amigo hoje. — Christian diz como se estivesse me repreendendo.

— Muito trabalho, mas podemos nos falar agora melhor amigo. — informo.

— Que tal se a gente sair hoje para relaxar um pouco dessa rotina estressante de trabalho? — ele sugere.

— Eu já tinha te dito que nada de saídas antes do final de semana! — advirto.

— Eu sei, mas juro que dessa vez iremos apenas relaxar mesmo. Um jantar tranquilo, que tal? — ele insiste.

— Tá, eu aceito. Mas que fique claro que estou aceitando apenas um jantar tranquilo. Nada de bancar o valentão! — aviso e ele concorda.

...

Anahí

Mantenho minha expressão fechada, Alfonso e eu estamos trancafiados juntos na sala dele desde a manhã calculando o quanto a Projetual poderá gastar nas propagandas que temos que entregar esse mês. Ignoro a presença dele na sala e falo o estritamente necessário. Minha cabeça já está fervendo do tanto de números e do tanto que tive que raciocinar hoje.

— Que tal tomarmos um café para darmos uma pausa? — Alfonso sugere.

— Aceito, mas quero um chá. — rejeito o café e peço um chá só para implicar, para que ele sinta que não me conhece tanto assim.

Ele liga para a cozinha. Não se passam muitos minutos e logo Dulce entra na sala com uma bandeja e coloca o café, o chá e uns biscoitinhos na mesa de centro que tem nessa sala. É claro que ela faz tudo isso fazendo cara de quem sabe de tudo, obviamente zombando minha situação de ter como chefe alguém que eu queria para outra coisa, mas não deu certo.

— Amooor! Por que não atende as minhas ligações? — A tal noiva de Alfonso entra na sala e vai diretamente até ele para o abraçar. Ele não a corresponde. Dulce se retira da sala.

— Angelique, o que veio fazer aqui? — ele pergunta para ela num tom de completo desagrado pela sua visita repentina. E se ele está fazendo todo esse showzinho só porque estou aqui, está muito enganado se acha que isso me fará amolecer e escutá-lo. Me levanto e saio dali, decido dar a minha pausa em algum lugar onde eu possa ao menos não sentir raiva o tempo todo.