Fanfics Brasil - 💌 Capítulo 16 💌 A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Vondy, Época


Capítulo: 💌 Capítulo 16 💌

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Dul se preparava para dormir naquela noite, atrás do biombo, quando saiu para se deparar com a visão mais assustadora. 


— Oh, sério, Christopher? Isso não é justo. 


Ele ergueu os olhos de onde estava, reclinado na espreguiçadeira do quarto, o rosto parcialmente escondido atrás de um livro encadernado em couro verde. 


— O que foi? — ele perguntou. 


— Você está lendo Orgulho e Preconceito? 


— Eu encontrei na sua estante. — Ele deu de ombros. 


Vê-lo lendo qualquer livro já era ruim o bastante. 


Mas seu livro favorito? 


Aquilo era tortura. 


— Só me prometa uma coisa, por favor — ela disse. 


— O quê? 


— Prometa que eu nunca vou sair de trás deste biombo para encontrar você segurando um bebê. — Aquela parecia a única possibilidade mais devastadora para o autocontrole dela. 


Christopher riu. 


— Não acho isso provável. 


— Ótimo. 


— Já que estamos falando de livros... — Christopher se levantou de seu lugar e jogou o livro de lado. — Tenho uma pergunta para você. Se esse é o tipo de história que você prefere, por que inventou um oficial escocês como seu pretendente imaginário? Você poderia ter criado alguém parecido com o Sr. Darcy. 


— Porque a Escócia fica longe e eu precisava de alguém que nunca aparecesse. 


Ele abriu um sorriso irônico.


— E isso deu certo? 


— Não muito. Uma pena. — Junto à penteadeira, ela terminou de trançar o cabelo e amarrou a ponta com um pedaço do tecido xadrez. 


— Mais alguma pergunta? 


— Sim. Tenho uma. 


Dul se virou e o encontrou olhando para ela com desejo descarado. 


— Por que nunca me mandou um desenho de você mesma? 


Ela hesitou, surpresa. 


— Não sei... Acho que essa ideia nunca me ocorreu. Mas está dizendo que você pensou nisso? 


— É claro que pensei. Sou homem, não? 


Sim. 


Com toda certeza, um homem. 


E a masculinidade dele ficou bem evidente enquanto ele soltava os punhos da camisa, expondo os braços musculosos e bronzeados.


— Toda vez que me entregavam uma das suas cartas — ele disse —, eu sentia uma expectativa crescer. Quem sabe... quem sabe desta vez haja um desenho de mulher dentro do envelope. — Ele tirou a camisa pela cabeça e a pendurou nas costas da cadeira. — Não tive sorte. Tudo o que consegui foram traças e lesmas. 


Dul mal ouviu a última parte do que ele falou. Além do estupor costumeiro que a visão de Christopher sem camisa provocava nela, sua cabeça tinha se fixado em uma das primeiras palavras que ele disse. Aquela que parecia com... expectativa. 


— Você... — as palavras morreram na língua dela. Dul pigarreou e tentou de novo. — Você ficava esperando minhas cartas? 


Ele lhe respondeu do lavatório. 


— A guerra é uma ocupação brutal, mo chridhe. Além de ser um tédio e muito desconfortável. Meias são motivo de comemoração. Uma escova de dentes? — Ele levantou a que tinha em mãos. — Vale o peso em ouro. Cartas são o maná dos céus. 


Depois de enxaguar o rosto, ele caminhou até a beira da cama e deslizou um dedo pela clavícula dela. 


— A menor visão desta maciez teria parecido um milagre. 


Ele soltou o botão do alto da camisola dela, afastando o tecido para o lado e assim revelando um pedaço de pele. 


— Só uma camisola esta noite? 


Ela concordou. 


— Agora eu confio em você. 


Com um suspiro profundo, ele se encostou no pilar da cama, sem tirar os olhos do corpo dela. 


— Então faça um desenho de você para mim. Sem lápis. Sem papel. Só você, aí mesmo, neste instante. 


O coração de Dul falseou. A sugestão dele deveria ser impensável, mas o corpo dela possuía vontade própria. 


— Diga-me como — ela pediu. 


— Comece soltando o cabelo. 


Ela levou a mão à tira de tecido que amarrava a extremidade de sua trança. Ela libertou o nó e começou a soltar os fios, sacudindo a cabeça para distribuí-los por igual. Naquele momento, ela faria praticamente qualquer coisa que ele lhe pedisse. Mas não faria nada por ele. Ah, não. 


Ela faria por si mesma. 


Dul adorava o modo como Christopher a olhava naquele instante. Ela queria que aquilo não acabasse nunca. 


— Agora isto. 


Ele puxou a manga da camisola dela para baixo. 


Dul ficou tensa. 


— Eu só quero olhar, mo chridhe — a voz dele estava rouca. — Permita-me isso. 


Ele continuou puxando o tecido até expor o seio. Apenas com a ponta do dedo, ele rodeou a aréola rosada. O mamilo endureceu, formando um bico dolorido. Dul olhou para Christopher. A expressão no rosto dele era de desejo puro e indisfarçável. Ela nunca poderia acreditar que era capaz de inspirar essa expressão em ninguém, muito menos em um homem que conhecia seus piores pecados. Ele engoliu em seco e o movimento de seu pomo de Adão foi a coisa mais sensual e excitante que ela já tinha visto. 


A vida toda de Dul foi um exercício para evitar atenção. Observar, em vez de ser observada. Ela dominava a arte de se esconder à vista de todos. Pela primeira vez, ela queria que aquela atenção nunca acabasse. Ele tirou o braço dela por completo de dentro da manga. Então soltou mais alguns botões da camisola, libertou o outro braço e deixou o tecido branco se amontoar na cintura dela. Ela estava com o coração na boca. 


— Deite-se na cama. 


Ela obedeceu, reclinando-se sobre o colchão. Com um impulso libertino, ela empurrou a camisola pelos quadris e pernas, ficando completamente nua, da cabeça aos pés. Escolher a posição foi mais difícil do que ela teria imaginado. 


Deveria ficar deitada de costas ou de lado? 


Com as pernas esticadas ou dobradas? 


E pelo amor de Deus, o que ela devia fazer com os braços? 


Esticá-los acima da cabeça? 


Nas laterais do corpo? 


Um de cada jeito? 


A atitude mais natural seria movê-los, indecisa. Mas aquilo não apresentaria a imagem erótica que ela pretendia. Por fim, ela ficou de lado, atravessada na cama. As pernas juntas, dobradas com delicadeza nos joelhos. Um braço ela usou para apoiar a cabeça. A outra mão ficou jogada — casualmente, ela esperava — sobre a coxa. 


Ele a fitou com intensidade. Ele a fitou durante tanto tempo, sem falar, que ela começou a ficar preocupada. 


— Talvez esta ideia não... 


Ele a silenciou. 


— Desenhos não falam. 


Dul levou o dorso dos dedos ao pescoço longo, e os arrastou lentamente para baixo. Ela imaginou que ele reclamaria que desenhos também não se moviam... Ele não reclamou. A menos que um grunhido abafado contasse como reclamação, e ela achava que não. Ela deixou que os dedos deslizassem mais para baixo, passeando pelo vale entre os seios. Christopher murmurou alguma coisa em gaélico, que ela deduziu ser o melhor tipo de obscenidade. 


Sem nunca tirar os olhos do corpo dela, ele soltou algum tipo de fecho do lado de dentro do kilt. O tecido pesado caiu no chão, deixando-o tão nu quanto ela. Talvez tão nu quanto, embora muito mais bronzeado, musculoso e coberto de pelos. Mais duro, também. Uma parte dele, em especial, estava muito, muito dura. 


Dul se perguntou se seria falta de educação ficar encarando, mas ela não conseguiu despregar os olhos. Ela estava fascinada. Não só como artista, mas também como mulher. O órgão masculino saltava daquele ninho de pelos escuros, um pedaço de carne grosso, escuro e curvado, que parecia, à primeira vista, ser de um tamanho assustador. Enquanto o encarava, o cérebro dela começou a fazer cálculos e desenhar diagramas. 


Como era possível...? 


Por que será que...? 


A mente dela não conseguia completar uma pergunta. Dul precisava observar mais. O que significava que ela também precisava dar a ele algo para observar. Com a ponta dos dedos, ela delineou o formato de um seio. Apenas circulando, bem devagar, com os dedos.


Ele soltou um gemido baixo. Com uma das mãos, ele segurou no pilar da cama. Com a outra ele fechou em torno de seu próprio pilar. O nível de excitação aumentou de imediato. 


Foi elétrico. 


No momento em que a mão dele se fechou ao redor do membro, as partes íntimas dela ficaram moles e trêmulas. Talvez ela devesse ter ficado envergonhada — e, para dizer a verdade, ela ficou, um pouco. Mas Dul não conseguia desviar o olhar. A prova visível da excitação dele, a força com que ele segurava, a tensão nos músculos do pescoço enquanto ele ia com a mão para cima e para baixo... Ela havia provocado aquilo. 


Tudo aquilo. 


A sensação de poder era inebriante. 


O mais empolgante de tudo era o modo como Christopher olhava para ela, ou melhor, olhava para dentro dela. Em algum lugar atrás daqueles olhos, ele estava fazendo amor com ela, através daquela carícia ousada e passional. E algo fez Dul pensar que aquela não era a primeira vez que Christopher se perdia naquela fantasia em particular. A ideia era enlouquecedora. Ela arrastou a ponta de um dedo ao redor de um mamilo, depois do outro. Então ela arrastou aquela mesma ponta até seu abdome. Alcançando seu local mais sensível. Ele concordou. Seus olhos, pesados de desejo, buscaram os dela. 


— Faça isso. 


Dul mal podia acreditar que estava fazendo aquilo, mas sua excitação era tão poderosa que não dava espaço para qualquer sentimento de vergonha. Atendendo ao comando dele, ela se tocou lá. Do modo que ela sabia que lhe daria mais prazer se estivesse sozinha. Mas ela não estava. Christopher a observava, e isso fazia com que cada sensação fosse mais intensa. Havia perigo entre eles, mas também confiança. A sensação mais assustadora de segurança que ela já tinha conhecido. 


Ele acelerou o ritmo de seus movimentos, apoiando a cabeça no braço que o sustentava. Sua respiração ficou forçada. O prazer de Dul subia em uma espiral vertiginosa, aproximando-se do clímax. Ela queria se segurar, para observá-lo melhor e absorver cada detalhe do que via. Mas logo o prazer dela irrompeu. Dul se curvou sobre a cama, fechando os olhos e deixando as ondas do êxtase sacudi-la uma vez após a outra. Ela teve uma vaga consciência do grunhido baixo dele. 


Quando o torpor de seu próprio clímax passou, ela levantou o rosto e o viu se limpando com a camisa que tinha tirado. A respiração fazia o peito de Dul arfar. 


Minha nossa. 


O que eles deviam dizer um para o outro depois disso? 


Nada, pelo jeito. 


Sem dizer nada, Christopher deitou na cama ao lado dela. 


Sem tocar. 


Só ao lado. 


Nada de travesseiros nem tensão entre eles — apenas calor. A respiração dele se acalmou e um langor delicioso se espalhou pelo corpo dela. Nenhum dos dois parecia ter vontade de estragar com palavras aquela trégua agradável. Eles estavam tão silenciosos... E logo estavam dormindo.


💌


O sono de Christopher foi do jeito que costumava ser. 


Escuro. 


Frio. 


Vazio. 


Parecendo interminável. 


Então, do nada surgiu um rosto na escuridão. Um rosto claro e bonito, com olhos escuros. Ela o chamou com uma voz rouca e doce: "Christopher". Bem, Christopher pensou. Se ele ia desenvolver o talento para sonhar , aquele era o tipo de sonho que ele iria gostar. Ele estendeu a mão para o rosto, querendo trazêlo para perto. Então o rosto começou a recuar. De volta para a escuridão. 


Não. Não, volte. 


"Christopher." 


Dessa vez havia medo na voz. 


Ele tinha que alcançá-la. 


Segurá-la. 


Não deixar que fosse embora. Mas ele estendeu os braços em vão. Olhando para baixo ele viu, horrorizado, que seus pés tinham afundado no chão. Seus braços não eram mais os seus. Estavam assustadoramente finos. Do tamanho de braços de criança. Ele não conseguia estendê-los o bastante, não importava o quanto tentasse. 


E como ele tentou... Sem parar. 


— Christopher. 


Ele se sentou, de repente, na cama, tremendo e respirando com dificuldade. Os lençóis estavam banhados de suor. Dul estava ao seu lado. A mão dela pousou em seu ombro. 


— Christopher, você está bem? Parece que estava sonhando. 


Ele sacudiu a cabeça. 


— Isso não é possível. Eu nunca... 


— Sim, você sonha, seu homem teimoso. Já vi isso mais de uma vez. Você sonha e fala. Às vezes eu consigo acalmá-lo durante o sono, mas desta vez foi diferente. Sinto muito por ter que acordar você, mas eu não aguento ver você sofrendo daquele jeito. 


O peito de Christopher arfava. Ele não soube como receber aquela notícia. Parecia que ele vinha passando vergonha todas as noites na frente dela... e Dul vinha acalmando Christopher sem que ele percebesse? 


Ele passou as duas mãos pelo cabelo, frustrado. 


— Você está bem agora — ela afirmou, passando os dedos pelas costas dele. — Nós podemos voltar a dormir. 


Ele afastou a mão dela. 


— Está quase de manhã. É melhor levantarmos e nos arrumarmos, se queremos estar em Inverness quando as lojas abrirem. 


— Tudo bem. 


Christopher tentou ignorar o olhar de decepção dela. Ele sabia que a estava magoando ao dispensar os gestos amáveis dela. Mas ele a magoaria ainda mais se permitisse aquilo. Seus planos não tinham lugar para sonhos. Aquele tinha sido um projeto impiedoso desde o início e precisava continuar assim. Se ele pretendia garantir aquela terra para seus homens, precisava conquistar Dulce de uma maneira ou de outra. Ou ela lhe cederia a propriedade, ou a virtude. Emoções só complicariam tudo. Christopher não podia encorajá-la a gostar dele. Mesmo porque, isso só faria com que ele ficasse tentado a gostar dela.


💌


Fofuríneas,


Mais um capitulo! Se quiserem mais hoje me avisem!


Comentem y Favoritem!


Besos y Besos Lindezas!!!😘😘😘


 



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Autor(a): Srta.Talia

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Tia Thea se aproximou dele.  — Eu imagino que você não tenha muita experiência em comprar roupa de baile para mulheres?  Christopher coçou o pescoço.  — Como foi que a senhora percebeu?  Os dois estavam sentados em cadeiras no meio do ateliê de uma costureira em Inverness, esperando que Dul escolhesse ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 91



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  • vicunhawebs Postado em 22/03/2019 - 14:43:52

    Aaaah acabei de ler essa história e queria dizer que eu amei

  • jucinairaespozani Postado em 28/01/2019 - 22:48:16

    Linda história

  • capitania_12 Postado em 28/01/2019 - 22:02:24

    Aaaaaaah,já terminou. Naaaaaaaaao

  • dul0609 Postado em 28/01/2019 - 03:01:08

    Chorei com esse final 😭😭 Amei a história, muito boa ❤❤

  • rosasilva Postado em 27/01/2019 - 05:28:47

    O meu deus que história perfeita morrendo de emoção

  • vondyvida Postado em 27/01/2019 - 02:02:53

    Gente eu amei muito essa historia! Foi maravilhosa! Obrigada por compartilhar!

  • anacarolinavondy Postado em 26/01/2019 - 22:45:07

    Amei parabéns que história maravilhosa li ela do começo ao fim é uma linda história tô apaixonada por ela vou ler de novo e de novo e de novo parabéns 😭

  • dul0609 Postado em 26/01/2019 - 01:27:33

    Continua

    • Nat Postado em 26/01/2019 - 21:16:56

      Continuei!:)

  • dul0609 Postado em 25/01/2019 - 00:07:12

    Essa história é muito maravilhosa. Não vejo a hora do Christopher dizer q ama a Dulce logo. Continua 😍

    • Nat Postado em 25/01/2019 - 21:31:55

      Que bom que gosta da história! Ah! Ele disse que a ama e foi no momento(na minha opinião) bem inesperado! :)

  • rosasilva Postado em 24/01/2019 - 22:29:28

    Posta mais


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