Fanfics Brasil - 💌 Capítulo 22 💌 A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Vondy, Época


Capítulo: 💌 Capítulo 22 💌

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Dul encontrou uma alegria inesperada em ser anfitriã. Ela achou que era mais fácil do que ser uma convidada. Ela se manteve ocupada fazendo a cerveja fluir e monitorando a entrada e saída de pratos da cozinha, de modo que pôde ficar nas bordas do salão e assim dar uma escapada sempre que a multidão se tornava opressiva demais para ela. 


O mais conveniente de tudo era que ela mal teve tempo para pensar em Christopher. Ela o viu uma ou duas vezes de passagem. Ele a cumprimentou com um aceno brusco de cabeça, mas não parou para conversar. Parecia muito provável que ela não falaria de novo com ele antes de ir embora pela manhã. Tudo bem. Não parecia ter restado nada para ser dito. 


Conforme a tarde foi chegando ao fim, todos se afastaram das mesas espalhadas pelo salão principal e subiram, de barriga cheia, até o pico mais alto para admirar o lago. E, enquanto o dia se desvanecia no crepúsculo, um pequeno grupo de aldeões se reuniu para fazer uma fogueira. Em vez de levarem carvão do fogão de alguém, eles improvisaram uma máquina rudimentar com varetas — algo que quase parecia uma broca. Depois de quase uma hora em que os maiores e mais fortes se revezaram operando a coisa, uma coluna de fumaça se ergueu da madeira que era friccionada. Uma mulher correu até lá com uma braçada de musgo seco e lascas de madeira. Depois de um tempo soprando com muita paciência — e talvez um pouco de xingamentos e rezas —, a pequena brasa se tornou uma chama. E com muitas mãos levando mais combustível, a chama se tornou uma fogueira. 


Uísque foi sendo passado, junto com fatias de bolo de aveia com frutas. Dul recusou com educação o uísque, mas aceitou com alegria o bolo. 


— Veja bem se esse não é o pedaço marcado — Alfonso disse. 


— Como assim? 


— É a tradição. Uma das fatias de bolo está marcada com carvão. Quem a pegar é jogado pelos outros na fogueira — ele piscou. 


— Que tradição encantadora. — Ela inspecionou sua fatia. — Não tem nenhuma marca. 


— Então você vai viver até o próximo Beltane. 


Uma rabeca animada começou a ser tocada e, quando Dul olhou, ficou chocada com a fonte do som. 


— Eu não sabia que Grant tocava rabeca — ela disse. 


— Ah, sim — Alfonso disse. — Ele carregou um durante a campanha toda. Levou-o através dos Pireneus e o trouxe de volta, mas o instrumento estragou durante a travessia de um rio. O capitão trouxe esse de Inverness alguns dias atrás. 


Dul mordiscou sua fatia de bolo e brincou de esconder com uma garotinha loira que se camuflava atrás das saias da mãe. Depois de algumas vezes escondendo o rosto quando a menina olhava, ela ofereceu para a pequena o restante do seu bolo. Como retribuição, ela recebeu um sorriso tímido e banguela. Dul achou que tinha feito uma troca excelente. 


De vez em quando ela via Christopher com o canto do olho. Em geral, ele estava conversando com algum agricultor ou um de seus homens, ou então passando outra rodada de uísque. Os dois não chegaram a fazer contato visual. Uma vez ela pensou ter sentido o calor do olhar dele. Mas quando se virou, não conseguiu encontrá-lo. Ela pensou que estava imaginando coisas. Não seria a primeira vez.


Dul foi ficar perto da fogueira e apertou bem o xale em volta dos ombros enquanto observava os casais dançando ao som da música que Grant tocava. A julgar pelos movimentos de homens e mulheres, a coreografia não era muito diferente de uma dança rural inglesa. 


Quando os dançarinos se alinharam para outra dança, Christian apareceu ao lado dela. 


— Você não quer entrar na próxima? 


— Ah, não — ela disse sem pensar. 


— Ah. Entendo. Muito bem, então. 


Alguma coisa no jeito decepcionado dele fez com que ela percebesse algo. Dul estava tão ocupada se preocupando consigo mesma, que não entendeu direito. Christian não estava apenas perguntando se ela gostaria de dançar, mas convidando-a para dançar. Com ele. E ela o rejeitou com uma palavra e uma balançada de cabeça. Por que, Dul? 


— Christian, espere! — Ela estendeu a mão para pegá-lo antes que ele sumisse. — Me desculpe. Eu não percebi que você estava me convidando para dançar. 


— Tudo bem, não precisa se explicar. 


— Não, eu quero me explicar. A verdade é que me sinto honrada de ser convidada para dançar. Significa muito para mim. Mais do que você pode imaginar! — Ela apertou o braço dele. — Obrigada. 


Os olhos dele se aqueceram com um sorriso e o nó no estômago dela começou a se desfazer. Ainda que fosse difícil ir para longe de Christian, deixar o Castelo de Lannair partiria o que restava de seu coração. Ela iria sentir muita falta dos novos amigos que tinha feito ali. 


— O problema é que eu não sei dançar — ela disse. 


— Não tem problema. Os passos não são difíceis. 


— Talvez não para a maioria das pessoas, mas eu nunca dancei. Acho que vou ser horrível nisso. 


Ele levantou a manga mais curta, presa com um alfinete. 


— Eu também tenho meus problemas. Se você for terrível mesmo, nós vamos combinar. Que tal nós tentarmos assim mesmo? Nem que seja pelas risadas. 


Talvez fosse o calor da fogueira, ou talvez ela apenas não conseguisse decepcionar a expressão entusiasmada nos olhos de Christian. Era possível que uma pequena parte dela quisesse que Christopher os visse e ficasse com ciúme. O mais provável, contudo... era que estava na hora de parar de ficar como uma estátua no frio. Alfonso disse que ela viveria até o próximo Beltane. Mas ela não estaria ali, na Escócia. Ela só teria aquela chance de dançar uma reel escocesa e seria uma pena desperdiçar a noite com seus nervosismo e pânico. Talvez aquele fosse um momento a ser aproveitado. Um momento para apenas ser


Por algum motivo, Dul se viu dizendo sim à dança. Pela primeira vez na vida. E isso a fez se perguntar, naquele mesmo instante, por que nunca tinha feito isso anos atrás. Mas isso não quer dizer que a dança deu muito certo. O ato de dançar em si foi um desastre, mas um desastre divertido. A reel em que eles entraram exigia muitos rodopios, e quando Dul começava a rodopiar tinha muita dificuldade para parar. Junte isso ao fato de que Christian não apresentava as melhores condições para estender o braço e pegá-la, os dois ficaram parecendo duas bolas de bilhar, trombando e afastando-se um do outro, girando, várias vezes. 


Não demorou para que Dul começasse a rir tanto que mal conseguia respirar. Ao fim da dança eles deveriam se dar as mãos, mas passaram longe um do outro. Ela perdeu o equilíbrio e saiu pela tangente, ainda rodopiando e rindo. Até que trombou com alguém. Por sorte alguém grande e forte, e impossível de derrubar. 


— Oh, minha nossa. Eu sinto muito, de verdade. Eu... — Ela olhou para cima e sentiu o estômago pesar. — Oh, é você. 


Christopher. 


— Está se divertindo? — ele perguntou. 


— Estou, bastante. Obrigada por perguntar. 


De repente, ela estava tão nervosa perto dele como teria ficado aos 16 anos. Mas quem poderia culpá-la? Nessa noite ele parecia ter um novo ar de... não era atitude. Atitude não era nada mais que uma carcaça para disfarçar insegurança. Nessa noite ele parecia confiante. Protetor. Pronto para liderar. Ele estava senhoril, no sentido mais verdadeiro da palavra. Vestindo seu traje típico completo, com uma camisa cor-de-marfim bem passada, também parecia pronto para posar para uma ilustração do próximo romance de Sir Walter Scott. A dança acabou e Christian foi procurá-la. Ele sorriu para Dul. 


— Desculpe por roubar Dul de você, capitão. 


— Não precisa se desculpar — Christopher respondeu. — Dulce é dona do próprio nariz. 


— Nós só estávamos dançando — ela disse. 


— Eu vi. 


— E não muito bem. 


— Eu vi isso também — ele respondeu, retorcendo a boca. 


— É. Bem... Desculpe-me por ter trombado em você. É que está escuro. 


Ela olhou ao redor, desesperada para evitar o olhar desconcertante dele. Não havia outras luzes, em nenhum outro lugar. Não no castelo, nem no vilarejo à margem do rio. O mundo tinha se reduzido ao brilho laranja-avermelhado da fogueira e ao imenso céu estrelado acima deles. 


— É a tradição — Christian explicou, prestativo. — Em Beltane nós apagamos todas as chamas, em todas as casas. No fim da noite, cada família vai levar brasas ou uma tocha e reacender sua lareira a partir desta fogueira. É um novo começo.


— Um novo começo... Que ideia encantadora. 


Isso a ajudou a entender por que Christopher estava tão decidido a se tornar dono da terra antes de Beltane. Ele queria que seus homens e arrendatários soubessem que aquele era um novo começo. Isso também a fez imaginar o que ela e Christopher poderiam ser um para o outro se pudessem eles mesmos começar de novo. Ele era um bom homem. Bondoso, protetor, inteligente, leal. E, num nível mais superficial, muito atraente. Dul iria se arrepender para sempre de não ter feito amor com ele. Pelo menos tia Thea tinha sido arruinada pelo Conde de Montclair. Com penas e tudo. Mas de nada adiantava ficar sofrendo por algo que não poderia acontecer. Logan não a amava. Ele não podia amá-la. Alguma outra mulher o tinha conquistado primeiro e estragado para todas as outras. 


Ela esperava que aquela A.D., quem quer que fosse, e onde estivesse, soubesse o que estava perdendo. Dul esperava que aquela mulher lamentasse seu erro todos os dias. Dul também não era tão boazinha a ponto de não desejar que a mulher sofresse com furúnculos frequentemente. 


— O que você disse? — Christopher perguntou. 


Ela falou em voz alta? 


— Ah. Nada. 


Uma mulher vestindo roupa típica completa se aproximou deles. Ela começou a falar com Christopher em um gaélico entusiasmado e, antes que Dul soubesse o que estava acontecendo, a mulher colocou um bebê em seus braços. Que maravilha! Era exatamente isso que seu coração não precisava naquele momento. Ela desejou que o bebê começasse a berrar ou sujasse as fraldas, ou então vomitasse leite azedo. Alguma coisa que fizesse seu útero parar de dar aquelas cambalhotas para chamar atenção, como quem diz: estou aqui, use-me! Mas o bebê se recusava a ser qualquer coisa menos que completamente encantador. Ele era um pacotinho angelical nos braços de Dul, enrolado em um bolo de flanela quentinha. 


Enquanto isso, a mãe do bebê agradeceu a Christopher — mesmo sem entender o idioma, Dul pôde reconhecer o olhar de gratidão, e Christian traduziu o resto. A jovem tinha ficado viúva havia pouco tempo e pensava que seria obrigada a ir embora da Escócia. Parecia que Christopher a tinha contratado para lavar roupa e cozinhar para seus soldados enquanto eles construíam suas casas. Ela e o filho poderiam ficar. 


Dul sentiu o coração se retorcer. Ela olhou para o pacotinho, que arrulhou e abanou as mãozinhas. Alguma coisa brilhou no tecido que envolvia a criança e Dul examinou o objeto. 


— Ele está usando um luckenbooth. — Ela mostrou para Christian. — Mas ele é novo demais para estar noivo. E eu pensei que só jovens usassem isso. 


— Ele não está noivo. — Christian fez um carinho na bochecha do bebê. — É o costume. O homem dá o luckenbooth para a mulher no noivado, e então ela coloca o broche no cobertor do primogênito do casal. As pessoas acreditam que isso afasta o mal. 


— Que interessante. Então quer dizer que essas marcas aqui... — Dul passou o dedo pelas marcas gravadas no broche em forma de coração. — Elas não são as iniciais da criança.


— Não, não. Devem ser da mãe e do pai. 


— Entendo. 


Ela ficou olhando para o bebê em seus braços e para o coração de ouro que cintilava sob a luz da fogueira. C.U. e A.D. O mundo pareceu desacelerar. Ela ouviu as batidas do coração nas orelhas. 


Você a amava? 


Tanto quanto eu sabia amar. Não foi o bastante. 


Então ela o deixou. 


Sim. 


Mulher inteligente. 


Dul estremeceu ao lembrar do diálogo. Oh, bom Senhor. Se a suspeita dela estivesse certa... 


A viúva entrou na dança e Christopher se afastou. Quando Dul ergueu o rosto, seu olhar encontrou o de Christopher por cima da fogueira. Ele apertou o olhar, concentrado, procurando algo. A luz vermelha do fogo dançava em sua testa franzida. Ele parecia saber que algo tinha mudado. 


— Christian — Maddie disse, engolindo em seco —, a palavra nah-tray-me significa alguma coisa para você? 


Ele inclinou a cabeça. 


— Você quer dizer na tréig mi? É uma frase, não uma palavra. 


— E o que significa? 


— "Não me abandone". Por que você quer saber? 


— Nenhum motivo em especial. — Ela tentou esconder a emoção em sua voz. 


Nenhum motivo. A não ser que tudo faz sentido agora e eu percebo que fui uma completa idiota. 


— Eu preciso fazer uma coisa. Você pode ficar com ele? — Ela se virou para colocar o bebê nos braços de Christian. 


— Não, não. Espere um instante. Eu? — Ele recuou, acenando o braço amputado. — Eu não posso pegar o bebê com apenas um braço. 


— É claro que pode. As mães fazem isso o tempo todo. — Ela enfiou o bebê na curva do braço saudável de Christian, verificando se a mão dele estava apoiando o bumbum do bebê. — Pronto. Algum dia você vai segurar seu próprio filho dessa forma. 


Num impulso, ela beijou Christian e o bebê na testa. 


Então ela se virou para Christopher, procurando-o na multidão. 


Mas ele não estava mais lá.


💌


Fofuríneas,


Os próximos capítulos são pura emoção! Todos os capitulos faltantes já estão prontos, porém esse é o último de hoje!


Comentem y Favoritem!


Besos y Besos Lindezas!!!😘😘😘


 



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Autor(a): Srta.Talia

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Christopher se afastou da fogueira com passos longos e decididos. Mas ele não conseguiu se afastar rápido o bastante.  — Christopher, espere!  Ele não diminuiu o passo. Ele não podia falar com ela. Não naquele instante, depois de vê-la embalando aquele bebê em seus braços e dançando com Christian. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 91



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  • vicunhawebs Postado em 22/03/2019 - 14:43:52

    Aaaah acabei de ler essa história e queria dizer que eu amei

  • jucinairaespozani Postado em 28/01/2019 - 22:48:16

    Linda história

  • capitania_12 Postado em 28/01/2019 - 22:02:24

    Aaaaaaah,já terminou. Naaaaaaaaao

  • dul0609 Postado em 28/01/2019 - 03:01:08

    Chorei com esse final 😭😭 Amei a história, muito boa ❤❤

  • rosasilva Postado em 27/01/2019 - 05:28:47

    O meu deus que história perfeita morrendo de emoção

  • vondyvida Postado em 27/01/2019 - 02:02:53

    Gente eu amei muito essa historia! Foi maravilhosa! Obrigada por compartilhar!

  • anacarolinavondy Postado em 26/01/2019 - 22:45:07

    Amei parabéns que história maravilhosa li ela do começo ao fim é uma linda história tô apaixonada por ela vou ler de novo e de novo e de novo parabéns 😭

  • dul0609 Postado em 26/01/2019 - 01:27:33

    Continua

    • Nat Postado em 26/01/2019 - 21:16:56

      Continuei!:)

  • dul0609 Postado em 25/01/2019 - 00:07:12

    Essa história é muito maravilhosa. Não vejo a hora do Christopher dizer q ama a Dulce logo. Continua 😍

    • Nat Postado em 25/01/2019 - 21:31:55

      Que bom que gosta da história! Ah! Ele disse que a ama e foi no momento(na minha opinião) bem inesperado! :)

  • rosasilva Postado em 24/01/2019 - 22:29:28

    Posta mais


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