Fanfics Brasil - 💌 Capítulo 24 💌 A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Vondy, Época


Capítulo: 💌 Capítulo 24 💌

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Pela manhã, Christopher acordou sozinho. Sonolento, ele sentiu um instante de pânico irracional – até encontrar um bilhete no travesseiro ao seu lado.


Meu querido Capitão Von Dorminhoco,


Perdoe-me. Não quis atrapalhar seu merecido descanso. Quando você acordar , o café da manhã estará esperando lá embaixo. 


Sua esposa amorosa. 


Vestindo uma camisa, o kilt folgado e um sorriso descarado, ele entrou no salão. Seus homens estavam reunidos em torno da mesa comprida. Christopher pigarreou. 


— Bom dia. 


Todas as cabeças se viraram para ele. Eles o observaram em silêncio por um momento. E então, todos juntos se levantaram e começaram a aplaudir espontaneamente. 


— Hurra! 


— Até que enfim! 


— Orgulhe-se! 


Christopher fez pouco caso da provocação, mas não teve vontade de interromper a comemoração. Ele sabia que aquilo era um tipo de marco também para eles. Lannair tinha se tornado, de fato, um lar. Para todos eles. Aquilo era algo para se comemorar. Ele observou o salão principal com novos olhos, notando todas as rachaduras que precisavam ser consertadas, as paredes que tinham desbotado com o tempo. Os homens estavam adiantados na construção de suas casas. A partir desse dia, Christopher poderia voltar sua atenção para transformar aquele castelo em um lar. Ele teria que fazer algo a respeito daquela escadaria íngreme antes que as crianças começassem a vir... Pensar em paternidade já era algo vertiginoso, das melhores e piores formas. 


— Você demorou bastante, mas imagino que tenha valido a pena. — Alfonso se adiantou e o socou no ombro. — Bom trabalho, Capitão. E foi em boa hora. Noite passada Christian ficou de olho em uma das jovens da vila. Agora ele pode começar a cortejar a moça. 


Christian ficou com o rosto vermelho. 


— Eu não vou cortejar nenhuma moça. 


— Eu vi como você olhou para ela, com mel nos olhos. Eu lhe dou uma semana. 


Christopher aguentou as brincadeiras com bom humor, mas não conseguiu ignorar por muito tempo a preocupação que lhe corroía as entranhas. 


— Vocês viram minha mulher? — ele perguntou.


— A Sra. Von Uckermann está na cozinha. — Eddy piscou para ele antes de voltar sua atenção para os diagramas das casas. 


Na cozinha? 


Intrigado, Christopher desceu até a antiquíssima cozinha do castelo, com seu teto alto e fogão imenso. Antes mesmo de entrar, um cheiro familiar o assaltou — pungente, metálico. Ele passou pela porta e encontrou uma cena que o deixou gelado de medo. Dul estava no centro da cozinha, com uma expressão aflita e um avental manchado de sangue. 


— Bom Deus, Dul. Você está... 


— Estou ótima! — ela se apressou em tranquilizá-lo. — Esse sangue não é meu. Estou bem. 


— O que diabos aconteceu? Alguém foi assassinado aqui? 


— Não. — Ela enxugou a testa com o punho e soprou um cacho que insistia em ficar caído sobre seu olho. — Estou fazendo haggis. Grant está ajudando. 


Ela inclinou a cabeça na direção do canto, onde o homenzarrão estava cortando cebolas e resmungando consigo mesmo. Depois de ficar perplexo por alguns instantes, Christopher começou a rir. 


Ela decidiu preparar haggis, dentre tudo que poderia fazer? 


Aquela parecia a confissão mais encantadora do mundo. 


— Eu sei, essa é a coisa mais absurda que eu já fiz. E quando se trata de mim, não é pouco absurdo. Mas eu dei o dia de folga para a cozinheira e Becky, depois do tanto que trabalharam ontem. Eu encontrei um livro de receitas e pensei que poderia assumir a cozinha, já que minha tia foi embora esta manhã. 


— Tia Thea foi embora? 


Dul disse que sim. 


— A carruagem estava pronta e carregada, então eu pedi que ela fosse em frente. Ela vai dar a notícia do nosso casamento para meu pai e convidar todo mundo para passar alguns dias aqui no fim do verão. Faz tempo demais que a família não se reúne, e agora não há nada para nos manter afastados. Mal posso esperar que Emma e Henry conheçam você. 


Christopher percebeu que também estava ansioso para que isso acontecesse. Ela tocou a página do livro de receitas com o dedo manchado de vermelho. 


— Você tem alguma ideia do que vai dentro disto? 


— Coração, pulmões e fígado de carneiro, tudo isso recheando o estômago do animal... e também aveia e um pouco de molho. 


Ela olhou espantada para ele. 


— E ainda assim você come isso? 


— Sempre que posso. — Ele espiou dentro da panela e viu os haggis malformados. — Até que não parece ruim. 


— Sério? 


— Agora vamos ver se essas coisinhas redondas e deliciosas estão no ponto. 


Ela ficou corada e cruzou os braços à frente do peito. 


— O quê? Agora? Aqui? 


— Não suas tetas. As batatas, mo chridhe


— Oh! — Ela mordeu o lábio. — Bem que eu achei que estava um pouco cedo para isso. 


Ele pôs a mão nas costas dela e lhe deu um olhar malicioso. 


— Pode acreditar, nunca é cedo demais para isso. 


Quando pegou a batata, Dul se atrapalhou com os dedos escorregadios. A batata esguichou de suas mãos e quase acertou Christopher na cabeça. Mas os reflexos rápidos dele o salvaram. 


— Oh! Desculpe. 


— Vamos tirar você da cozinha antes que alguém se machuque. — Ele desamarrou o laço do avental às costas dela e o puxou pela cabeça. Então Christopher pegou uma toalha, molhou-a na água e limpou as mãos da esposa, um dedo delicado de cada vez. — Não consigo imaginar o que a levou a fazer isso logo de manhã. 


— Não consegue? — Ela olhou para ele com um sorriso maroto. — Eu estava empolgada em ser a Sra. Von Uckermann. Ansiosa para viver esse papel. Mas não sei se algum dia vou ser uma autêntica esposa das Terras Altas. 


Christopher cobriu a bochecha dela com a palma da mão. Ele estava a ponto de lhe dizer que ela era a única esposa que ele iria querer, das Terras Altas ou não. Mas as palavras ficaram presas em sua garganta por tempo suficiente para serem ultrapassadas em urgência por uma explosão. 


Bum! 


Dul soltou um gritinho assustado e se encolheu perto dele. 


— Acalma-se, mo chridhe. Isso foi só um dos haggis que explodiu. 


— Eu fiz um haggis explosivo? Oh, Senhor. 


Ele olhou para a panela e meneou a cabeça ao ver o alimento arruinado. 


— Antes que você coloque o haggis para cozinhar, precisa furá-lo com um... 


Um rugido selvagem ecoou pela cozinha. Christopher soltou a tampa da panela e se virou. 


Jesus.


Grant tinha levantado do lugar onde estava cortando cebolas. A explosão devia tê-lo assustado. Ele parecia aterrorizado, com os olhos vidrados, de um modo que Christopher não o via há meses. Mas havia uma coisa diferente. Dessa vez Grant estava segurando Dul. Ele a prendia com um braço, enquanto a outra mão mantinha uma faca de cozinha junto ao pescoço dela. 


— Onde nós estamos? — ele perguntou. — O que aconteceu? Que lugar é este? Onde estão meus filhos? 


Christopher olhou para Dul. 


— Eu estou bem — ela disse, calma. — Não estou com medo. Ele não quer me machucar. Ele só está confuso. 


Christopher queria poder acreditar nisso. Entre a explosão e o cheiro de sangue que pairava na cozinha, ele só podia imaginar os lugares infernais para onde a cabeça de Grant o teria levado, ou que tipo de inimigo ele acreditava que Dul seria. 


— Calma, Grant — Christopher disse. — Você está em casa, na Escócia. A guerra acabou. 


— Não. — Ele girou a cabeça para os lados. — Não, não, não. Não me venha com essa história, capitão. De novo, não. Dia após dia é a mesma coisa. Nós vamos para Ross-shire amanhã, você me diz. É sempre amanhã, nunca hoje. 


Christopher engoliu um palavrão. Grant escolheu aquele momento para juntar pedaços de sua memória fragmentada. 


— Calma, mo charaid. Vamos nos acalmar e sentar para tomar um belo copo de... 


— Eu quero saber agora! — Grant gritou, mantendo a lâmina perto da garganta pálida de Dul. — Diga-me a verdade, Von Uckermann. 


— Primeiro, solte a jovem. Ela não sabe de nada. — Christopher andou na direção dele, com as mãos espalmadas para cima. — Eu vou lhe contar a verdade, mas você tem que soltá-la. 


Grant sacudiu a cabeça, ainda segurando Dul com força. 


— Onde eles estão? Eu quero meus filhos. Minha família. Eu quero a verdade. 


— Conte logo para ele — Dul sussurrou. — Por favor. 


Christopher se preparou e encarou o amigo. 


— Eles estão mortos. Todos mortos. 


— Isso é mentira. 


— Não. Nós voltamos lá juntos, meses atrás. Os pequeninos morreram de tifo há cerca de um ano. O que restou da vila foi evacuada. As casas foram queimadas e os sobreviventes enviados para o Canadá. O navio afundou em uma tempestade. Não restou nada. 


— Não! — Grant apertou a faca na garganta de Dul. — Não, você está mentindo para mim. Eu me lembraria disso. 


— Você viu os túmulos deles, mo charaid. Ao lado da velha igreja, debaixo da sorveira. Eu estava do seu lado enquanto você chorava e rezava por eles. 


O rosto de Grant se contorceu de angústia. O homenzarrão chorou e afrouxou o braço ao redor de Dul. Christopher olhou para ela. 


— Saia daí. Agora. 


Ela se abaixou, passou por sob o braço de Grant e correu para o outro lado da cozinha. Antes que Grant fosse atrás dela, Christopher se colocou à frente dele. 


— É comigo que você está bravo. Vire essa faca para mim. 


O homenzarrão soltou um rugido bárbaro e fez isso mesmo, atacando e desferindo um golpe em arco com a faca de cozinha. Christopher se abaixou rápido o suficiente para evitar o perigo, mas ouviu o aço passar assobiando perto demais da sua orelha. 


— Christopher! — Dul gritou. 


Então Grant mudou de direção e atacou de novo. Christopher pulou por cima da mesa, colocando-a entre os dois. Eles a circulavam enquanto Grant corria atrás de Christopher e este recuava. Christopher manteve a voz serena. 


— Dulce, saia da cozinha. 


— Não. 


— Eu disse saia, Dul. 


— Não vou deixá-lo sozinho com ele. Não deste jeito! — Com o canto do olho, Christopher viu que ela pegou uma imensa colher de pau e a levantou como se fosse um bastão de críquete. 


Então ele voltou a atenção para Grant. Do outro lado da mesa, o soldado ferido levantou a faca com a mão trêmula. 


— O que aconteceu com a minha cabeça, capitão? Não me lembro de nada que aconteceu. Meus dias escorrem por entre os dedos. A última coisa que me lembro bem é que estávamos em combate. 


— Foi um morteiro em Quatre Bras. 


— Minha cabeça estava zunindo. E continua zunindo. O tempo todo, esse zunido. O sangue... — Ele bateu na própria testa com a mão espalmada. — Eu lhe disse para me deixar. Você deveria ter me deixado lá. 


— Eu... 


— Você deveria ter me deixado morrer lá. Eu estaria com eles agora, não preso neste inferno. Sentindo a morte deles todos os dias. Isto é culpa sua. 


— Eu não podia abandonar você, mo charaid. Nós somos irmãos. Família. Muinntir. Nós não deixamos os nossos para trás. 


A voz de Grant se tornou um rugido: 


— Eu lhe disse... para me deixar. Por que não me deixou? 


Com o braço livre, Grant levantou a extremidade da mesa e a virou, pulando para frente. Christopher foi pego no movimento e trombou contra a parede de pedra. Ele sentiu o ardor rápido da lâmina cortando sua carne, mas não podia deixar que isso o detivesse. Reunindo toda sua força, ele pegou Grant pelos ombros e o empurrou para trás. O homenzarrão tropeçou na mesa virada e os dois caíram juntos. Christopher ficou por cima. Ele montou no tronco de Grant e prendeu os braços dele dos lados do corpo, mantendo-o imobilizado. 


— Respire, mo charaid. Só respire. 


Ele manteve o amigo ali, imóvel, até uma nebulosidade familiar surgir nos olhos dele. Então, como tinha acontecido centenas de vezes desde a explosão do morteiro, Grant estremeceu e voltou. 


— O que é tudo isto, capitão? Onde nós estamos? 


Christopher quase engasgou com a sensação de alívio. 


— A guerra acabou, Grant. Estamos em casa, na Escócia. A salvo.


— Oh. Bem, isso é ótimo. 


— Sim. É mesmo. — Ofegante, Christopher se moveu para o lado. 


Quando foi se levantar, ele sentiu uma pontada no peito. Era provável que tivesse quebrado algumas costelas quando Grant o jogou contra a parede. Ele se virou à procura de Dul. Lá estava ela, segurando a colher de pau como se fosse uma arma. Pronta para bater em sua pessoa favorita para proteger Christopher. 


Minha querida. 


— Fique calma — ele lhe disse. — Está tudo bem, agora. 


Ela baixou a colher, mas a palidez e a preocupação continuaram em seu rosto. 


— Christopher, você precisa se sentar. 


— Estou bem. Só um pouco abalado. — Ele crispou o rosto. — Acho que quebrei uma ou duas costelas. Nada que não sare. 


— Christopher, por favor. Sente-se agora mesmo. 


A voz dela estava fria e séria. Até Grant o encarava, preocupado. 


— O que foi? — ele perguntou. — Surgiu outra cabeça em mim? 


Mas não era a cabeça dele que parecia aterrorizar os dois, mas alguma coisa vários palmos abaixo. Ele acompanhou o olhar de Dul. Ah! Então era com isso que ela estava tão preocupada. A faca de Grant estava cravada em sua coxa. Até o punho. Estranho, isso. Ele estava tão concentrado na dor nas costelas que não tinha reparado. Ele ficou olhando o ferimento, sentindo como se fosse um observador afastado do próprio corpo. Quando ele enfim falou, sua voz lhe pareceu distante. 


— Acho que é melhor o Eddy dar uma olhada nisso. 


Ele piscou. Duas vezes. 


E então o mundo escureceu. 


💌


Gente,


Não havia como prepara-las para isso... Bem, deixo esse capitulo hoje e só volto amanhã! 


Comentem y Favoritem!


Besos y Besos Lindezas!!!😘😘😘



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Autor(a): Srta.Talia

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— Christopher!  Dul não estava preparada para segurar um escocês de um metro e oitenta, pesando noventa quilos, mas ela fez o possível, pulando à frente para ficar do lado dele antes que Christopher caísse. Ela o ajudou a deslizar até o chão, tomando cuidado com a faca. Ela não queria bater no objeto e assim ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 91



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  • vicunhawebs Postado em 22/03/2019 - 14:43:52

    Aaaah acabei de ler essa história e queria dizer que eu amei

  • jucinairaespozani Postado em 28/01/2019 - 22:48:16

    Linda história

  • capitania_12 Postado em 28/01/2019 - 22:02:24

    Aaaaaaah,já terminou. Naaaaaaaaao

  • dul0609 Postado em 28/01/2019 - 03:01:08

    Chorei com esse final 😭😭 Amei a história, muito boa ❤❤

  • rosasilva Postado em 27/01/2019 - 05:28:47

    O meu deus que história perfeita morrendo de emoção

  • vondyvida Postado em 27/01/2019 - 02:02:53

    Gente eu amei muito essa historia! Foi maravilhosa! Obrigada por compartilhar!

  • anacarolinavondy Postado em 26/01/2019 - 22:45:07

    Amei parabéns que história maravilhosa li ela do começo ao fim é uma linda história tô apaixonada por ela vou ler de novo e de novo e de novo parabéns 😭

  • dul0609 Postado em 26/01/2019 - 01:27:33

    Continua

    • Nat Postado em 26/01/2019 - 21:16:56

      Continuei!:)

  • dul0609 Postado em 25/01/2019 - 00:07:12

    Essa história é muito maravilhosa. Não vejo a hora do Christopher dizer q ama a Dulce logo. Continua 😍

    • Nat Postado em 25/01/2019 - 21:31:55

      Que bom que gosta da história! Ah! Ele disse que a ama e foi no momento(na minha opinião) bem inesperado! :)

  • rosasilva Postado em 24/01/2019 - 22:29:28

    Posta mais


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