Fanfics Brasil - 💌 Capítulo 4 💌 A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada

Fanfic: A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Vondy, Época


Capítulo: 💌 Capítulo 4 💌

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Dul sempre foi diferente das outras jovens — e ela sempre soube disso. Por exemplo, tinha certeza de que era a única noiva a escrever a seguinte lista de afazeres no dia de seu casamento: 


Banho 


Penteado 


Vestido 


Lagostas 


Três horas depois, ela estava banhada, penteada e vestida — para a tristeza dela e de Rex, ainda não havia sinal de que Fluffy fosse mudar de carapaça. Ela estava na galeria observando o ambiente em que aconteceria seu casamento típico das Terras Altas. Era um cenário frio. Não havia qualquer decoração especial. Era difícil conseguir flores no começo do ano, não havia fitas à disposição para enfeitar o lugar nem tempo para qualquer outra coisa. Lá fora, caía uma tempestade de primavera. Vento e chuva uivavam, açoitando as paredes do castelo. 


No salão principal, velas ardiam em todos os castiçais disponíveis. As chamas dançavam e tremeluziam, parecendo tão ansiosas quanto Dul. Criados do castelo ocupavam um lado do salão. Os homens do Capitão Von Uckermann ocupavam o outro. Os dois grupos esperavam por ela. E Dul não desejava outra coisa que não continuar ali onde estava, para sempre. Ou ir se esconder com Fluffy debaixo das pedras. 


— Pronta, senhorita? 


Ela estremeceu, assustada. Christopher tinha se juntado a ela na galeria, aproximando-se furtivamente com seus passos felinos. Aproximando-se com sua aparência deslumbrante. 


Misericórdia. 


Ele também tinha tomado banho. E feito a barba. A maior parte de seu cabelo castanho tinha sido domada com uma escova, mas algumas mechas incorrigíveis lhe caíam pela testa de um modo sensual. Alguém tinha escovado seu casaco vermelho e lustrado os botões. O cordão dourado e os metais brilhavam sob a luz das velas. 


Mais cedo ele estava atraente de um modo bruto. Naquele momento, estava magnífico. 


Dul sentiu que não estava à altura dele. Becky tinha feito o que podia com seu cabelo, mas Dul não teve escolha a não ser usar um de seus vestidos cinza-escuro de sempre. Há anos ela não mandava fazer um novo. 


De que adiantaria? 


Ela nunca ia a lugar nenhum, nunca recebia ninguém. Era óbvio que ela não estava preparada para um casamento. 


— Não me sinto pronta para isso — ela disse. 


Ele a observou, examinando-a rapidamente. 


— Para mim, você parece pronta. 


Não era aquilo que uma noiva sonhava em ouvir no dia de seu casamento. Nada de "Você está linda". Nem "Você está fantástica".


Para mim, você parece pronta. 


Ela olhou para a meia-dúzia de soldados que aguardavam no salão. 


— O que os seus homens acham que está acontecendo aqui, esta noite? 


— Eles acham que vou me casar com você. ]


— Então eles sabem das cartas? 


— Eles sabem que eu as recebi, mas nunca as leram. 


Dul gostaria de acreditar que ele lhe dizia a verdade, mas ela duvidava. Para um soldado em situação deplorável, os devaneios de uma jovem inglesa com imaginação demais e experiência de menos devem ter sido uma diversão e tanto. 


Por que ele guardaria tudo isso para si? 


Parecia muito mais provável que suas cartas tivessem passado de mão em mão nos acampamentos para que todos se divertissem nas noites entediantes. 


— É tanta gente — ela disse. — E um lugar tão grande. 


Aquilo começava a parecer uma multidão de verdade. E Dul não se sentia bem no meio de multidões. 


— Você deve saber, pelas minhas cartas, que não aguento reuniões sociais como esta. Minha timidez foi o motivo pelo qual eu inventei você. 


— Me inventou? Senhorita, você não me inventou. 


— Não, você tem razão. Eu inventei alguém compreensivo e gentil. — Ela cruzou os braços e se abraçou. 


Não parecia que alguém mais fosse fazê-lo. 


— Você já ouviu a expressão "tímida de doer"? A atenção de uma sala cheia de gente... para mim, é como um sopro gelado no pior dia de inverno. Primeiro a minha pele toda começa a formigar, então fico entorpecida, e aí eu congelo. 


— Olhe ao seu redor. 


Ele a virou de frente para o salão, depois parou atrás dela, colocando as mãos no parapeito e fechando-a entre seus braços. Ele encostou o peito sólido dele nas costas dela e o queixo na altura da têmpora. Aquela posição era íntima e reconfortante de um modo estranho. Ele apontou seus homens, um por um. 


— Na extremidade, ali, está Christian, que perdeu a mão. A perna do Alfonso está cheia de estilhaços de bomba. Sebastián acorda gritando todas as noites e Eddy mal consegue dormir. Então chegamos ao Grant. Ele não consegue lembrar de nada desde Quatre Bras. Mesmo que notasse algo de errado em você, esqueceria em menos de uma hora. Não existe uma alma nesta sala que não tenha seus próprios fardos para carregar. 


Não existe uma alma? 


Ela virou o pescoço para olhar para ele — para aquele metro e oitenta de homem atrás de si. 


— Qual é o seu fardo? 


— O fardo do dever — ele baixou a voz para um sussurro intenso. — Eu liderei esses homens em batalha. Quando eles estavam exaustos, com frio e nauseados de medo, eu os fiz seguir em frente. Eu prometi que eles viveriam para voltar para casa, para suas namoradas e mulheres, para seus filhos e suas propriedades. Em vez disso, eles voltaram para o nada. 


A raiva dele era palpável, o que fez os pelinhos da nuca de Dul se eriçarem.


— Esta noite — ele disse — vou recuperar o futuro deles. 


— Então é por isso que você quer esta terra? Por eles? 


Christopher concordou com a cabeça. 


— Já deixei claro que posso ir além de mentir, chantagear ou roubar. Mas caso precise de um lembrete, mo chridhe, você vai descer nem que eu tenha que jogá-la no ombro e carregá-la como um saco de aveia. 


— Isso não vai ser necessário. 


Ele tirou as mãos do parapeito, recuou um passo e ofereceu o braço para Dulce, que segurou nele. Ela não podia mais postergar aquilo. De braços dados, eles desceram a escadaria. Ela estava ciente das dezenas de olhos sobre ela, o que lhe causava calafrios como um vento de inverno, mas pelo menos tinha um alto e belo escocês das Terras Altas para lhe dar algum abrigo. 


Tia Thea lhe deu um sorriso caloroso quando ela passou. Isso também ajudou. Eles foram até o centro do salão. No caminho, Logan parou para apresentá-la aos seus homens. Cada soldado lhe fez uma reverência. Entre a seriedade dos modos deles e o cenário iluminado por velas, Dul se sentiu transportada para outra época. Ela parecia uma noiva medieval aceitando a fidelidade dos homens do clã de seu futuro marido. 


Era reconfortante saber que ele fazia aquilo por lealdade aos seus homens e não por pura ganância. 


Mesmo que Christopher a desprezasse, pelo menos Dul sabia que ele era capaz de se importar com os outros. 


— Este é o Grant — Christopher disse quando se aproximaram de um homem gigantesco. — Ele vai se apresentar a você muitas vezes. 


— O que é tudo isso, capitão? — Nervoso, o homenzarrão esfregou a cabeça raspada com uma palma e olhou em volta. — Onde nós estamos agora? 


Christopher estendeu o braço e colocou a mão firme sobre o ombro de Grant. 


— Fique calmo. Nós voltamos à Escócia, mo charaid. A guerra acabou e nós estamos no Castelo de Lannair em Inverness-shire. 


Grant se virou para Dul. Ele a encarou como se tivesse dificuldade para enxergar. 


— Quem é esta moça? 


— Meu nome é Dulce — ela lhe estendeu a mão. 


— Esta é sua namorada? — Grant perguntou a Christopher. — A que lhe enviou todas aquelas cartas? 


Christopher aquiesceu. 


— Eu vou me casar com ela. Agora mesmo, na verdade. 


— Vai, é? — O homem a encarou por um momento, depois uma risada grave ecoou em seu peito. Sorrindo, ele cutucou Logan com o cotovelo. — Seu maldito sortudo. 


Naquele momento Dul soube de uma coisa. O Soldado Malcolm Allan Grant era sua nova pessoa favorita. Ele a fez se sentir bonita no dia de seu casamento. Enquanto vivesse, ela nunca iria se esquecer. 


— Capitão, quando é que nós vamos para Ross-shire? — Grant perguntou. — Estou querendo ver minha avó e os pequeninos. 


— Amanhã — Christopher disse. — Nós iremos amanhã.


— Ah, está bem. 


Com isso resolvido, Christopher a conduziu até o centro da sala. 


— É melhor nós resolvermos logo isso. 


— Quem vai oficiar? 


— Eddy vai fazer as honras, mas não precisamos de ninguém para oficializar o casamento. Não temos que abençoar alianças. Vamos fazer isso do modo tradicional, como era antigamente nas Terras Altas. Vai ser um simples aperto de mãos. 


— Um aperto de mãos? Pensei que isso só durasse um ano e um dia. 


— Nos romances, talvez. Mas a igreja acabou com as uniões temporárias alguns séculos atrás. Isso não impediu que os noivos trocassem seus votos da forma antiga. Nós seguramos as mãos, assim — ele a pegou pelo pulso, segurando seu antebraço direito com a mão direita dele. — Agora segure o meu. 


Ela fez como ele pediu, curvando seus dedos ao redor do antebraço dele o melhor que conseguiu. 


— Agora o outro — ele pediu. 


Ele pegou o pulso esquerdo dela da mesma maneira e ela, o dele. Os braços unidos formavam uma cruz entre os dois. Era algo parecido com uma cama de gato ou uma brincadeira de crianças. Christopher fez um gesto com a cabeça para Eddy. O homem deu um passo adiante e enrolou um pedaço de tecido xadrez em volta dos punhos unidos, amarrando-os juntos. Dul observava, hipnotizada, a tira de tecido passar por cima do punho dele e por baixo do dela, amarrando-os. Seu coração começou a bater mais rápido. Sua respiração também ficou apressada. Ela sentiu o cérebro ficar leve e nublado como uma nuvem. Ele deve ter percebido, pois apertou a mão em seus punhos. 


— Nós não podemos fazer isso em particular? — ela sussurrou. 


— Precisamos de testemunhas, senhorita. 


— Sim, mas tantas? É só que... 


Ela não conseguiu terminar de falar. O torpor se fechou sobre ela, como sempre fazia. O frio a encontrava, não importava o quão bem ela se escondesse. E o gelo a envolveu dos dedos do pé à língua, impedindo-a de falar ou se mover. Seu pulso batia, surdo, em suas orelhas. O progresso do tempo diminuiu para um rastejar glacial. 


— Olhe para mim — ele mandou.


 Quando ela obedeceu, viu que Christopher a encarava. Os olhos dele estavam intensos, cativantes. 


— Não se preocupe com os outros. Agora somos só eu e você. 


As palavras reconfortantes que ele sussurrou tiveram um efeito estranho nela. Uma coisa que Dul julgava impossível. As palavras aqueceram seu sangue de dentro para fora e a fizeram esquecer de todos os outros no salão. Ele tinha levantado um escudo contra aquele feixe de atenção. Eram, de fato, só os dois naquele instante. De repente a chuva, a escuridão, as velas, o simbolismo primitivo de estar amarrada a outro homem... tudo pareceu mágico. E mais romântico do que ela podia suportar. Ela foi visitada pela sensação estranha, imperturbável, de que aquilo era tudo com que tinha sonhado desde seus 16 anos de idade. 


Não, ela implorou a si mesma. Não imagine que isto é mais do que é. É assim que todos os seus problemas começam. 


— Agora repita as palavras do mesmo modo que eu as disser — Christopher a orientou. 


Ele murmurou algo em gaélico e Dul repetiu o melhor que pode em voz alta. 


— Ótimo — ele elogiou. 


De novo, ela se aqueceu por dentro. Que tolice. Depois que ela terminou sua parte, foi a vez de ele dizer algo parecido. Dul ouviu seu nome ser dito em meio a várias palavras em gaélico. Então Eddy deu um passo à frente e retirou o tecido que os envolvia. 


— E agora? — Dul perguntou. 


— Só isso. — Ele inclinou a cabeça e deu um beijo rápido nos lábios dela. — É tudo. Está feito. 


Os homens deram vivas entusiasmados. 


Estava feito. 


Dul tinha se casado. 


Ela se sentia diferente? 


Ela deveria se sentir diferente? 


— Eu não espero que você use um traje completo das Terras Altas — seu marido disse —, mas agora que é a Sra. Von Uckermann, nunca deve ficar sem isto aqui. 


Um dos homens entregou para ele uma medida de tecido xadrez verde e azul. Christopher a pendurou em um ombro dela e levou as extremidades até o quadril oposto, como uma faixa. De sua bolsa, ele tirou algo que brilhou sob a luz das velas. Ele usou aquilo para prender as duas pontas da faixa. 


— Oh, está linda — Tia Thea disse. — O que é? 


— Chama-se luckenbooth — explicou o soldado chamado Christian. — É tradição nas Terras Altas que o homem dê esse broche para sua noiva. 


— Então você deveria ter dado para ela em Brighton, há muitos anos — Tia Thea disse. 


— Eu deveria ter dado. Acho que me esqueci — ele disse isso e olhou de lado para Dul. 


Então ela se deu conta de algo que a emocionou. 


Ela possuía um confidente. 


Um co-conspirador. Alguém que sabia de tudo. De todos os seus segredos. Ele não a amava por isso, mas também não tinha fugido. Aquele estranho impiedoso de kilt, com quem tinha acabado de se casar, talvez fosse a coisa mais próxima de um amigo verdadeiro que Dul possuía. Um trovão ecoou em algum lugar próximo. As chamas das velas foram agitadas e diminuíram. A tempestade devia estar passando sobre eles. 


— O que é isso? — Grant perguntou, parecendo mais confuso do que estava antes da cerimônia começar. — Estão atirando em nós, capitão! Precisamos nos proteger! 


Dul pôde ver então o que Christopher tinha falado a respeito da memória daquele soldado enorme. Pobre homem. Christopher se aproximou de novo do amigo. Explicou, novamente, que estavam a salvo na Escócia. Prometeu, de novo, levá-lo a Ross-shire no dia seguinte para ver os pequeninos e sua avó. Quantas vezes ele devia ter precisado tranquilizar Grant, Dul se perguntou. 


Centenas? 


Talvez milhares? 


Ele só podia ter a paciência de um santo. 


— E quem é ela? — Grant apontou o queixo para Dul. 


— Eu sou a Dulce. — Ela lhe estendeu a mão. 


— Você é a namorada que escreveu todas aquelas cartas para ele?


 — Isso mesmo — Christopher disse. — E agora ela é minha esposa. 


Grant riu e bateu o cotovelo nas costelas de Christopher. 


— Seu malandro sortudo. 


Sim, Dul pensou. Grant continuava sendo sua pessoa favorita. Com ou sem memória ruim, ela iria gostar de tê-lo por perto. Na verdade, ela estava considerando a ideia de lhe dar um beijo no rosto quando o salão ficou todo branco, depois escuro. 


O castelo inteiro sacudiu à volta deles com um poderoso... Estrondo


— Dulce, abaixe-se!


Quando o raio explodiu no castelo, o coração de Christopher deu um salto. 


E pela primeira vez em anos, o impulso inicial dele não foi acalmar Grant ou proteger seus homens. A atenção dele se voltou apenas para sua noiva. Ele a envolveu com os braços, puxou-a para o peito e para o chão, no caso de alguma coisa acima deles se soltar e cair. Assim que os lustres pararam de balançar e o perigo passou, ele se virou para falar com ela. 


— Você está bem? 


— Estou, é claro. O estrondo só me assustou. 


Ela continuava tremendo. Mas Christopher acreditava que não era apenas por causa da tempestade. Durante toda a cerimônia, o desconforto dela foi palpável. Ela foi ficando cada vez mais pálida, e quando pronunciaram os votos, os olhos dela se recusaram a focar nos dele. Ela não tinha exagerado quando disse não gostar de reuniões sociais. E aquilo era apenas um casamento em um castelo na parte mais remota da Escócia que tinha reunido apenas doze pessoas. 


Quão pior seria, para ela, em um salão de bailes lotado em Londres? 


Ele tinha se acostumado a pensar em Dul como uma jovem mimada ou petulante por inventar um namorado do jeito que fez. Mas Christopher começava a pensar se não haveria algo mais por trás daquilo. 


Droga. 


Ele estava fazendo conjecturas sobre ela de novo. As conjecturas acabavam nessa noite. E não importava se entre os motivos dela para fazer aquilo estava a autoproteção. A responsabilidade de protegê-la agora era dele. Ele tinha jurado isso diante de seus homens e de Deus, e, apesar de aquele casamento ser de conveniência, ele não era homem de fazer juramentos à toa. 


Ele ajudou Dulce a se levantar e percebeu como ela era pequena e delicada. O rubor que subiu às faces dela e sua respiração difícil se tornaram, de repente, motivo de preocupação para ele. O que não fazia nenhum sentido, considerando que ele era o vilão na vida dela. Christopher tinha acabado de obrigá-la a entrar em um casamento que ela não queria, e agora estava obcecado em protegê-la? 


Aquilo era ridículo. 


Mas não menos real... 


— Você está bem? — ele perguntou enquanto a ajudava a ficar em pé. 


— Só um pouco trêmula. Talvez de ficar tanto tempo em pé. 


Os homens estavam esperando uma festa. Música, comida, dança. Christopher tinha pedido um banquete com vinho à cozinheira do castelo. 


— Venha comigo — ele disse para Dul. — Vou levar você para cima. 


— Vá devagar, por favor — ela sussurrou para ele. — Para eu conseguir acompanhá-lo. 


— Isso não vai ser necessário, pois pretendo carregá-la. 


— Como um saco de aveia? 


— Não... Como uma noiva. 


Ele a pegou nos braços e a carregou para fora do salão, o que provocou júbilo em seus homens e uma alegria evidente na tia dela. Depois que saíram do salão, contudo, Christopher percebeu que não fazia ideia do caminho que devia tomar. 


— Como eu chego no seu quarto? 


Ela o orientou. E as orientações envolviam muitas escadas. 


— Você sobe esses degraus todas as noites? — ele perguntou, tentando esconder o fato de que estava um pouco ofegante. 


— Em geral, várias vezes por dia. 


Esse era o problema com as torres escocesas, ele divagou. 


Eram altas e estreitas, para maior proteção contra cercos, mas por dentro eram só escadas. 


— Os senhores originais colocavam os criados nos andares mais altos. Por que você não usa um quarto mais baixo? 


Ela deu de ombros. 


— Eu gosto da vista. 


Quando chegaram ao quarto dela, Christopher achou o local bem decorado e acolhedor. As prateleiras sob o teto arqueado estavam repletas de livros e pequenos objetos curiosos. Não era nada do que ele teria esperado do quarto de uma herdeira inglesa — mas tendo lido as cartas de Dul, ele reconhecia o espaço como sendo genuinamente dela. O olhar dele foi atraído por um par de miniaturas sobre a penteadeira que representavam duas crianças de cabelos claros, um menino e uma menina. 


Christopher os reconheceu de imediato. 


— São Henry e Emma — ele disse. 


— São. Como você sabe? 


Ele deu de ombros. 


— Acho que eu os reconheci pelas suas cartas. 


A verdade era que ele não apenas tinha reconhecido as crianças, mas também a mão de Dul naquele trabalho. Um sentimento estranho de intimidade tomou conta dele. E logo atrás desse sentimento veio uma onda inconveniente de culpa. Ele a colocou na cama. 


— Obrigada por me carregar.


— Você pesa menos que um passarinho. Não foi nada. 


— Foi perturbador de tão romântico, isso sim. Você poderia ser um pouco menos encantador? Isso deveria ser um casamento de conveniência. 


— Como quiser, mo chridhe


Ela estava certa. Romance não fazia parte do acordo. Agora que estava com Dul no quarto dela, Christopher ficou ansioso para seguir para a parte que eles tinham concordado. Os dois juntos, em uma cama. Ele fez um gesto com a cabeça ao sair do quarto. 


— Vou lhe dar meia hora para se preparar. E então vou voltar.


💌


Fofuríneas,


Mais um capitulo! Se quiserem que eu poste mais hoje é só comentar! Eu acho que vcs já sabem, mas vou falar de novo, todas as histórias que posto aqui também estão no "Wattpad" e tão umas outras também, então quem quiser passar lá é só procurar por "Metrica500" e/ou "Nat" ou qualquer uma das histórias que eu postei aqui!


Comente y Favoritem!


Besos y Besos Lindezas!!!😘😘😘


 



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Autor(a): Srta.Talia

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 91



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  • vicunhawebs Postado em 22/03/2019 - 14:43:52

    Aaaah acabei de ler essa história e queria dizer que eu amei

  • jucinairaespozani Postado em 28/01/2019 - 22:48:16

    Linda história

  • capitania_12 Postado em 28/01/2019 - 22:02:24

    Aaaaaaah,já terminou. Naaaaaaaaao

  • dul0609 Postado em 28/01/2019 - 03:01:08

    Chorei com esse final 😭😭 Amei a história, muito boa ❤❤

  • rosasilva Postado em 27/01/2019 - 05:28:47

    O meu deus que história perfeita morrendo de emoção

  • vondyvida Postado em 27/01/2019 - 02:02:53

    Gente eu amei muito essa historia! Foi maravilhosa! Obrigada por compartilhar!

  • anacarolinavondy Postado em 26/01/2019 - 22:45:07

    Amei parabéns que história maravilhosa li ela do começo ao fim é uma linda história tô apaixonada por ela vou ler de novo e de novo e de novo parabéns 😭

  • dul0609 Postado em 26/01/2019 - 01:27:33

    Continua

    • Nat Postado em 26/01/2019 - 21:16:56

      Continuei!:)

  • dul0609 Postado em 25/01/2019 - 00:07:12

    Essa história é muito maravilhosa. Não vejo a hora do Christopher dizer q ama a Dulce logo. Continua 😍

    • Nat Postado em 25/01/2019 - 21:31:55

      Que bom que gosta da história! Ah! Ele disse que a ama e foi no momento(na minha opinião) bem inesperado! :)

  • rosasilva Postado em 24/01/2019 - 22:29:28

    Posta mais


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