Fanfic: A Noiva do Capitão - Adaptada Vondy; Finalizada | Tema: Vondy, Época
Santo Deus.
Christopher se viu em uma verdadeira câmara de horrores. Os boatos a respeito daqueles castelos antigos eram verdadeiros. Ele a seguiu por uma escada estreita de pedra. Velas em arandelas iluminavam a passagem, mas não eram luminosas o bastante para jogar luz nos cantos.
Eram os cantos que o preocupavam.
Infestados de morcegos, ratos ou... salamandras.
Talvez dragões.
Eles saíram em uma sala quadrada que deve ter sido construída para servir de cela. O lugar só tinha uma janela estreita. Ele se virou para examinar o aposento, então estremeceu, alarmado. Uma coruja empalhada estava empoleirada em uma prateleira, a um palmo de seu rosto. O resto do local não era muito melhor. A sala estava lotada de estantes e mesas que exibiam todos os tipos de conchas marinhas, coral, ninhos de pássaros, peles de cobras, borboletas e insetos pregados em quadros e — o pior de tudo — coisas misteriosas fechadas dentro de potes sombrios.
— Está gelado aqui — ele disse.
— Está. Precisa ficar assim para Rex e Fluffy.
— Rex? — ele fez. — E Fluffy?
— As lagostas. Eu pensei ter falado nelas na noite passada.
— Você tem lagostas chamadas Rex e Fluffy?
— Só porque eu não tenho animais de estimação normais, como gatos e cachorros, não significa que os animais que eu tenho não possam ter nomes. — Ela sorriu. — Eu gosto do modo que você fala "Fluffy". Fica parecendo "Floofy". Elas estão aqui.
Dul acenou na direção de um aquário em um canto da sala. A água cheirava a maresia.
— Elas são para o jantar?
— Não! São para observação. Fui contratada para ilustrar o ciclo de vida completo das lagostas. O único problema é que estou esperando que acasalem. De acordo com o naturalista que me contratou, a fêmea, a Fluffy, primeiro precisa mudar de carapaça. Só então o macho irá impregná-la. A única questão que resta é qual vai ser a aparência disso. Eu já desenhei diversas possibilidades.
Ela se aproximou de uma bancada ampla e atulhada e revirou uma pilha de papéis. Em cada página havia um desenho de lagostas unidas em uma posição diferente. Christopher nunca tinha visto algo como aquilo. Dul tinha criado um manual de posições sexuais para lagostas. Christopher examinou a bancada de trabalho dela — pilhas de papel, frascos de tinta, fileiras de lápis apontados. Aqui e ali havia o desenho do ninho de um sabiá, das asas de um gafanhoto. Ele pegou o desenho de uma Zygoptera, conhecida popularmente como donzelinha, e o segurou contra a luz, para que todos os contornos desenhados ficassem em evidência.
Dul começou a se dedicar aos desenhos na mesma época em que começou a escrever para ele. Mas Christopher nunca tinha visto nada parecido com aquilo nas margens das dezenas de cartas. Aquilo era lindo. Quando ele baixou a folha, reparou que ela o estudava com a mesma atenção que ele examinou o desenho. Encarando-o fixamente, com o olhar intenso. Ele sentiu um constrangimento repentino.
— Esse é só um desenho preliminar — ela disse, mordendo o lábio. — Ainda precisa ser trabalhado.
— Parece quase perfeito para mim — ele disse. — Pronto para sair voando da página.
— Você realmente acha isso?
O rosto dela estava sério e pálido. Como se estivesse preocupada com a opinião dele. Fazendo um trabalho daquela qualidade, e com amigos como Lorde James, com certeza ela não precisava que um soldado das Terras Altas elogiasse suas habilidades. Apesar disso, a vulnerabilidade nos olhos dela fez com que ele quisesse tentar. Christopher desejou saber dizer algo inteligente a respeito de arte. Como elogiar as linhas ou as sombras. Mas ele não sabia, então disse apenas o que lhe veio à cabeça.
— É lindo... — ele concluiu.
Ela exalou o ar que prendia e a cor voltou às suas faces. Um sorrisinho curvou seus lábios. Christopher experimentou uma pequena sensação de triunfo. Depois de anos causando destruição no campo de batalha, era bom fazer algo construtivo.
— Como você faz? — ele perguntou, interessado de fato em saber. — Como você desenha uma criatura com tantos detalhes?
— Por mais estranho que pareça, o truque não é desenhar a criatura em si, mas o espaço ao redor dela. As reentrâncias, sombras e os espaços vazios. Como a luz se espalha? Como ela se desloca? Quando eu começo a desenhar um animal – qualquer coisa, na verdade – eu observo com cuidado e me pergunto o que está faltando.
Ele pensou nela alguns momentos atrás, estudando-o intensamente. Como se estivesse pensando nos elementos que lhe faltavam.
— Era isso que estava fazendo, então? Quando vi que me encarava?
— Talvez.
— Sugiro que não perca seu tempo, mo chridhe.
Ela cruzou os braços e inclinou a cabeça, olhando para ele.
— Passei anos estudando todos os tipos de criaturas. Você sabe o que eu reparei? Aquelas que têm as carapaças de proteção mais fortes e duras... por dentro não são nada além de baba.
— Baba?
— Baba. Meleca. Gosma.
— Então você acha que, por dentro, eu sou litros de baba?
— Talvez. Ele meneou a cabeça, afastando aquela ideia.
— Talvez não exista nada dentro de mim.
Ele voltou sua atenção para um mapa do mundo pendurado na parede. Os continentes e países estavam cravejados de alfinetes.
— O que é isso? — ele perguntou.
— Eu coloco um alfinete no país originário de cada espécime exótico que sou contratada para desenhar. Eu sempre quis viajar, mas com as guerras e a minha timidez, isso nunca pareceu possível. Esta é a minha versão do Grand Tour.
Christopher virou a cabeça e observou o mapa. Ele viu alguns alfinetes na Índia, no Egito... vários nas Índias Ocidentais. Mas uma área em particular tinha a maior concentração de alfinetes.
— Você já desenhou muitas criaturas da América do Sul, então.
— Ah, sim. Insetos, na maioria. Isso nos leva a Lorde James. Ele voltou há pouco tempo de uma expedição à selva amazônica, onde recolheu dezenove espécies novas de besouros. Eu fiz os desenhos e na semana que vem ele irá apresentar os espécimes para seus colegas.
— Então seu trabalho para ele está concluído. Ótimo!
— Eu não disse isso. — Ela pegou o desenho das mãos dele e o colocou de lado. — Na verdade, eu espero fazer muito mais ilustrações, e não apenas para Lorde James.
Ele meneou a cabeça.
— Eu não acredito que você vá ter tempo para isso.
— Mas você disse que não iríamos interferir nos interesses e ocupações um do outro. Que você teria a sua vida e eu a minha.
— Isso foi antes.
— Antes do quê?
Ele acenou para as escadas, na direção do lugar por onde Lorde James saiu.
— Antes de eu saber que a "sua vida" incluía aquele jumento.
— Você não precisa ficar bravo só porque ele fez um convite. Para começar, ele só estava sendo educado. E, além disso, eu nunca iria aceitar. Você já sabe como eu detesto eventos sociais.
— Eu deveria ter aceitado o convite por nós dois.
Ela riu.
— Falando sério — ele insistiu. — Eu levaria você a esse baile para ter certeza de que Lorde James e cada um daqueles naturistas...
— Naturalistas.
— ...cada um daqueles insetos saiba que deve manter suas antenas longe da minha mulher.
Ela sacudiu a cabeça.
— Ele é um contato profissional. Nada mais.
— Oh, mas ele gostaria de ser mais.
— E ainda não sou sua esposa. Não por completo.
A mão dele deslizou até a nuca de Dul, inclinando sua cabeça para que olhasse para ele.
— Mas vai ser.
— Christopher, você está... — Os olhos dela procuraram os dele. — Você não pode estar com ciúmes...
— Ele estava com a mão em você.
— E se estivesse, Capitão Von Ciúme? Você me deu um broche com as iniciais de outra mulher.
Ele meneou a cabeça, recusando-se a morder a isca.
— Se você acha que eu tenho sentimentos por outra mulher, entendeu tudo errado, mo chridhe. Porque eu simplesmente não tenho sentimentos.
— Tem isso, também. Eu gostaria que você parasse de me chamar assim. Se não tem sentimentos, não sei porque continua se referindo a mim como "seu coração".
— Minha falta de sentimentos é exatamente o motivo para eu chamá-la assim. Porque meu coração não significa nada para mim.
— Seja como for — ela disse —, eu devo acreditar que você viveu casto e recolhido por toda sua vida.
— Não. Claro que não toda minha vida. Só os últimos anos dela. E isso é culpa sua, a propósito.
— Não consigo ver como isso é minha culpa.
— Houve um tempo — ele disse — em que eu desfrutei de muita companhia feminina. Mas então você me aprisionou com essas suas cartas malditas.
— Não estou entendendo...
— Todos os homens acreditavam que eu tinha uma namorada apaixonada. Eu sempre fui um exemplo para eles, que acreditavam que eu também era leal e dedicado. Nenhum deles queria me ver fraquejando. Eles afugentavam da minha tenda as mulheres que seguiam o exército. Os outros oficiais iam a bordéis e me deixavam responsável pelo acampamento. Nosso capelão passou mais tempo com mulheres fáceis do que eu. — Agitado, ele passou a mão pelo cabelo. — Não me deito com uma mulher desde o Antigo Testamento.
Ela abriu um sorrisinho.
— Está dizendo que você me tem sido fiel?
Ele revirou os olhos.
— Não de propósito. Não queira fazer parecer algo que não é.
— Acredite em mim, estou tentando muito não fazer isso. Mas eu tenho imaginação demais. Agora estou imaginando você sozinho junto a uma fogueira enquanto todos os outros oficiais foram participar de orgias. Você está segurando uma das minhas cartas, que acaricia com tanto afeto...
Não, não, não. Christopher tinha que acabar com aquela ideia ali mesmo, naquele instante. Ele lançou as mãos em direção a cintura dela e a puxou para perto, provocando uma exclamação de Dul. O corpo macio e quente dela encontrou o dele.
— O que estou dizendo não tem nada de romântico. É primitivo, bruto e animal — ele baixou a voz para um grunhido. — Você, Dulce María Saviñón, vem me deixando louco de desejo. Há anos.
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Dul não sabia se ria histericamente ou desmaiava de alegria.
Ela, uma sedutora involuntária?
Ela não fazia ideia de como responder àquilo. Então era natural que dissesse a coisa mais juvenil possível:
— Eu?
Ele respondeu inclinando a cabeça na direção da dela.
— Espere! — Ela desviou do beijo. — O que você está fazendo?
— Nada, se você não quiser. — O polegar dele acariciou um lugar sensível nas costas dela. Era de enlouquecer como ele conseguia derreter suas defesas com um simples toque. — Mas eu acho que você quer. Eu sei que está curiosa. Eu sei como você reagiu a mim na noite passada.
— É por isso mesmo que preciso de tempo. Não estou preparada para isso. Para o que poderia significar.
— É só algo físico — ele murmurou, beijando o pescoço dela. — Não precisa significar nada.
— Tenho certeza de que não significaria, para você. Mas eu ainda não desenvolvi esse talento. Não sei como fazer para que não signifique nada. Eu penso demais, vou fundo. Eu invento significados onde não existe nada. Logo vou estar dizendo para mim mesma que você está...
— Que eu estou o quê?
Que você está apaixonado por mim. Esse era o perigo contra o qual ela queria se proteger. Ela sabia, racionalmente, que Logan não tinha "paixão" dentro de si. Mas ela também se conhecia, e seu coração era muito criativo.
— Vamos tirar um momento para pensar — ela disse. — O que aconteceria se não consumássemos o casamento?
Ele parou de beijá-la.
— Isso está fora de questão.
— Então talvez estejamos fazendo a pergunta errada. Talvez haja outra solução que agrade a nós dois. E se eu arrendasse as terras para você e seus homens? Por um valor baixo, sem prazo para acabar.
Ele meneou a cabeça.
— Não é suficiente. Você acha que meus homens não arrendavam as terras que perderam? A palavra de um proprietário de terras inglês não tem mais valor na Escócia.
— Eu não sou qualquer proprietário de terras inglês. Eu tenho uma razão bem forte para manter minha palavra. Você pode confiar em mim.
— Confiar em você. É uma ideia estranha, vinda de uma mulher que mentiu para todo mundo que conhecia durante anos.
— Eu nunca menti para você.
O olhar dele sustentou o dela, com intensidade.
— Mesmo que eu pudesse confiar em você, não posso confiar no mundo. E se algo acontecesse com você?
— O que está querendo dizer? Se eu morresse?
— Se você se casasse com outro.
Ela riu daquela ideia.
— Eu, casar com outro? Morte é um evento mais provável. Estou há tanto tempo encalhada que já estou coberta de areia.
— Você é uma aristocrata. Vem de uma boa família. É uma herdeira com propriedade e possui uma beleza rara. Não consigo acreditar que não tenha pretendentes.
Dul queria discutir com ele, mas seus pensamentos ficaram fixos no fato de ele ter dito que ela possuía uma beleza rara. Christopher continuou:
— Se você se casasse com outro, ou morresse tentando, as terras passariam para outra pessoa. Então todas as suas intenções e promessas seriam inúteis. Assim, um arrendamento é inaceitável.
— Nada disso é aceitável — ela suspirou.
Becky chamou do pé da escada.
— Madame, a cozinheira está perguntando quantos pratos deve pôr na mesa para o jantar esta noite.
— Oito — Christopher respondeu.
— Oito? — Dul exclamou.
— Eu, você, sua tia e meus homens. Oito.
Ela meneou a cabeça.
— É raro nós termos um jantar formal. Na maioria das noites eu trabalho até tarde e depois faço uma refeição leve no meu quarto.
— Bem, esta noite eu e você vamos receber meus homens para jantar à mesa, como se deve fazer. Como marido e mulher.
— Isto deveria ser um casamento de conveniência. Pensei termos concordado que você teria sua vida e eu a minha.
— E nós teremos, depois que tivermos nos casado completa e irrevogavelmente. Mas, como você bem disse, esse ainda não é o caso. — Ele puxou um papel dobrado de seu bolso. — Talvez você prefira que todos na Inglaterra leiam sobre seu caso de amor com um travesseiro?
— Christopher, isso não é justo.
— Eu nunca lhe prometi justiça. Eu lhe prometi as cartas em troca de um casamento legítimo. Ainda estou esperando receber a minha parte.
— Você é um patife.
Ele lhe deu um olhar malicioso.
— Eu sou das Terras Altas, um oficial e um homem que sabe o significado de "incendiário". Sou tudo que você pediu, mo chridhe. Não deveria estar reclamando.
Então ele a deixou, desaparecendo com uma série de passos sonoros e decididos, marchando escada abaixo como se já fosse dono do Castelo de Lannair. Mas não era. Ainda não... Dul só tinha um jeito de escapar daquela situação. Ela precisava encontrar aquelas cartas. Se ela conseguisse, poderia destruí-las e ele não teria mais como reivindicar nada. Ela esperava poder procurá-las pela manhã, mas foi impedida pela visita de Lorde James. Mas Christopher não poderia impedi-la. Enquanto isso, ela teria que se inspirar em Fluffy e desenvolver uma carapaça grossa e impenetrável ao seu redor, onde ficaria pelo tempo que fosse necessário.
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Mini Maratona: 2/5
Autor(a): Aila
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Christopher sabia que sua noiva não esperava receber meia dúzia de soldados para o jantar. Contudo, ele não pediria desculpa por incluí-los. Ele precisava mostrar para seus homens que o casamento era real, independente do que tinha acontecido, ou não, dentro do quarto na noite passada. O salão de jantar do castelo era largo o bastant ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 91
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vicunhawebs Postado em 22/03/2019 - 14:43:52
Aaaah acabei de ler essa história e queria dizer que eu amei
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jucinairaespozani Postado em 28/01/2019 - 22:48:16
Linda história
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capitania_12 Postado em 28/01/2019 - 22:02:24
Aaaaaaah,já terminou. Naaaaaaaaao
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dul0609 Postado em 28/01/2019 - 03:01:08
Chorei com esse final 😭😭 Amei a história, muito boa ❤❤
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rosasilva Postado em 27/01/2019 - 05:28:47
O meu deus que história perfeita morrendo de emoção
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vondyvida Postado em 27/01/2019 - 02:02:53
Gente eu amei muito essa historia! Foi maravilhosa! Obrigada por compartilhar!
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anacarolinavondy Postado em 26/01/2019 - 22:45:07
Amei parabéns que história maravilhosa li ela do começo ao fim é uma linda história tô apaixonada por ela vou ler de novo e de novo e de novo parabéns 😭
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dul0609 Postado em 26/01/2019 - 01:27:33
Continua
Nat Postado em 26/01/2019 - 21:16:56
Continuei!:)
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dul0609 Postado em 25/01/2019 - 00:07:12
Essa história é muito maravilhosa. Não vejo a hora do Christopher dizer q ama a Dulce logo. Continua 😍
Nat Postado em 25/01/2019 - 21:31:55
Que bom que gosta da história! Ah! Ele disse que a ama e foi no momento(na minha opinião) bem inesperado! :)
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rosasilva Postado em 24/01/2019 - 22:29:28
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