Fanfics Brasil - Capítulo Único I'm Coming Home to You

Fanfic: I'm Coming Home to You | Tema: Capitão America


Capítulo: Capítulo Único

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25 de Dezembro de 1943.


Yeah, you've been alone, I've been gone for far too long. But with all that we've been through, after all this time, I'm coming home to you.


O sol já começava a se despontar por trás das montanhas cobertas de gelo para brilhar no topo do céu americano, ainda assim trazendo uma manhã fria de Natal. O trem antigo tilintava os vagões sobre os trilhos enferrujados e puídos como se deslizasse somente sobre a neve. A locomotiva deixava um rastro negro de fumaça para trás enquanto viajava de volta para Nova Iorque, levando viajantes de volta para suas casas ou mesmo visitantes ansiosos para conhecer o famoso Natal nova-iorquino.

         Entre elas, James Buchanan Barnes voltava para casa. Sentado ao lado da janela, ele observava através do vidro a neve cor de alabastro que se estendia por todo lado, desejando que o trem pudesse levá-lo mais rápido. De dentro do bolso da farda camuflada, retirou um box de cigarros e fumou mais um na tentativa falha de se acalmar, tamanha era a ansiedade de chegar ao seu destino. Há muito não sabia o que era estar em casa.  

         Em poucos minutos – que para ele pareciam se passar como horas, o trem chegou ao seu ponto final na estação Grand Central. Barnes foi um dos primeiros a deixar o trem, levando consigo apenas a mochila também camuflada do exército americano que armazenava alguns poucos pertences. Não havia bagagem, somente a saudade que carregava em seu peito e algumas lembranças ruins da última batalha em que esteve.

         Um táxi o deixou na esquina da Saint Peter Street e de lá foi caminhando em direção ao seu endereço. Um endereço conhecido e que Barnes jamais esqueceria, não importava quanto tempo pudesse ficar longe. Da calçada por onde andava, observava com atenção as casas bem decoradas com enfeites natalinos do chão aos telhados. Os bonecos de neve com nariz de cenoura e olhos de botão o faziam lembrar-se de sua infância, quando seus pais o ajudavam a montá-los no quintal da casa onde cresceu. Lembranças estas que foram corrompidas com o passar dos anos lutando batalhas em terras desconhecidas, por razões que nunca entenderia.

       As luzes natalinas que pendiam dos telhados de cada casa davam um clima ainda mais festivo à data. Porém, mais a frente, uma casa se diferenciava de todas as outras. Não pela decoração. Não... Aquela em especial não estava decorada. Não haviam luzes natalinas ou bonecos de neve no quintal, nem mesmo uma guirlanda na porta. Não havia nada. Parado em frente a casa, Barnes observava apenas as cores desbotadas das paredes de madeira e o aspecto envelhecido do telhado parcialmente coberto de gelo. Steve nunca fora um fã do Natal.

        As botas de combate afundavam na neve enquanto Barnes caminhava para dentro do quintal pela entrada de veículos, de onde nenhum carro poderia sair devido à camada espessa de gelo que havia ali. Steve também não era um fã dos serviços externos - ele nunca retirava a neve do quintal.


I've always been true, I've waited so long just to come hold you. I'm making it through.


Em frente a porta, Barnes ajeitou a alça da mochila no ombro e não hesitou em bater.
A seu ver, Steve levou uma eternidade para abrir a porta. Mas nada disso importava agora que ele estava ali: os olhos extremamente verdes estavam pequeninos de sono, o cabelo meio revolto e as bochechas completamente coradas devido ao frio, assim como a ponta do nariz avermelhada que dava a ele um aspecto completamente infantil, ainda que aquele garoto franzino do Brooklyn que conhecera, portasse braços muito mais robustos e ombros largos. Estes estavam expostos pela falta de uma camiseta, Steve usava apenas uma calça de moletom velha. Mesmo no inverno rigoroso da cidade, sempre se recusou a dormir de roupa.


Barnes precisou rir quando Steve levou vários instantes para acordar totalmente e perceber que ele estava ali. Mas quando o notou, não levou mais do que meio segundo para curvar os lábios rosados para cima num sorriso incrédulo, como quem não acreditava no que via. E como se o peito inflasse com a alegria em vê-lo depois de tanto tempo, foi ele a dar o primeiro passo para o reencontro, passando os braços em torno do outro no intuito de puxá-lo para dentro em um abraço esmagador. Estava grato por Barnes ter voltado inteiro.


Sem hesitar, Barnes deixou que a alça da mochila escorregasse do ombro e caísse no chão, livrando seu braço para completar o enlace, abraçando-o de volta. Seu corpo doía entre os braços de Steve por tamanha força aplicada sobre suas costelas fraturadas, mas isso também não importava agora que estava em casa outra vez. Nada o impediria de afrouxar o nó de saudade que apertava seu coração.


It's been far too long, we've proven our love over time's so strong, in all that we do.

             Depois de algum tempo dentro do abraço, foi Barnes quem desfez o enlace apenas para que seu rosto pudesse se alinhar ao de Steve novamente. Os olhares se encontraram e lá se foram mais alguns longos instantes. Desde criança gostavam de olhar nos olhos um do outro sem nada dizer. Era assim que sabiam o quanto se amavam: sem proferir palavra.

           E então, num rompante, a porta se fechou. Contra ela, o corpo de Barnes foi lançado quase rispidamente. Um gemido de dor foi substituído por um sorriso cínico quando suas costas se chocaram contra a madeira da porta. Isso por que o corpo de Steve veio em seguida e para cobrir o seu. Os botões verdes da farda camuflada começaram a ser desfeitos por seus dedos trêmulos, abertos de um a um mesmo com a pressa incontrolável da parte de Steve.

          A camisa foi lançada ao chão e sem delongas os lábios se juntaram em um beijo. As mãos de Barnes exploravam as costas nuas de Steve ao tempo em que as línguas enleadas exploravam uma a outra, extraindo seus sabores e impregnando-os em suas bocas. Os olhos de Steve estavam fechados enquanto Barnes mantinha os seus abertos; não queria perder nenhum segundo daquele momento.

         Os toques começavam a se tornar mais intensos, as mãos já não controlavam mais os caminhos percorridos. Cada centímetro de pele foi bem explorado por cada um. O calor que se emanava lá dentro, contrastava com o frio que fazia fora.
As botas de combate foram chutadas para longe por um Barnes afoito, a calça camuflada foi retirada em seguida por um Steve mais pacencioso agora, da forma mais lenta possível. Ele sabia como torturá-lo.

          A boxer preta era marcada pelo volume já formado entre as pernas de Barnes. O outro não precisava se esforçar muito para deixá-lo completamente duro.
Um sorriso brincalhão e vitorioso da parte de Steve antecedeu um gemido forjado próximo ao ouvido de Barnes quando sua mão cobriu sorrateiramente o volume sobre o tecido fino da boxer, sentindo toda a excitação do outro pulsando em sua palma, esta que somente cresceu com o toque.

           Um palavrão deixou os lábios rosados de Barnes enquanto seu ventre se contraía e o calor aumentava contra o corpo do outro. E este foi lançado para trás. Com a palma no peitoral de Steve, Barnes o empurrou até o sofá no canto da sala. Os corpos caíram unidos sobre o estofado numa disputa por espaço até que Barnes conseguiu imobilizar o outro sob seu corpo. Ambos gostavam de jogar e ganhava o jogo quem convencesse o outro a ceder. No entanto, Steve esperou demais pelo outro para perder tempo com isso agra. Se Barnes o queria, ele o teria.

          O moletom escuro de Steve foi lançado para o tapete no centro da sala e junto dele, a boxer que usava por baixo, ficando assim livre do aperto que sentia sobre seu membro completamente ereto e que a cada movimento latejava um pouco mais forte.

        Sob o corpo de Bucky Barnes, o de Steve Rogers estava totalmente entregue. Enquanto era invadido com lentidão, suas mãos exploravam a pele clara e marcada de Barnes de forme a gravar sua textura sob as palmas. Cada detalhe era captado pelos olhos claros de Steve que observava Barnes, seu Bucky, com ternura; os cabelos ligeiramente compridos e negros que emolduravam seu rosto, a pele clara de seu peitoral completamente despido deixando-o irresistível e ainda mais convidativo ao toque.

       Suas mãos percorreram as laterais do corpo de Barnes, modelando a pele macia que revestia suas costelas. Barnes gemeu, um misto de prazer e dor quando os dedos do outro tocaram uma dos fios de sua costela quebrada. E vendo isto, Steve arrumou um jeito de amenizar a sua dor. Com os lábios umedecidos, passou a distribuir beijos pelo pescoço de Barnes à medida em que o membro deste deslizava em seu interior num ritmo prazeroso para ambos. Os lábios percorriam uma trilha invisível de beijos e os mais ternos eram deixados sobre as muitas cicatrizes e hematomas que se espalhavam pela pele macia de Barnes.

         Numa forma de descontar o prazer que dominava seu corpo, Barnes deslizava uma das mãos até o traseiro de Steve, apertando-o contra seu corpo de forma a estocar ainda mais profundamente em seu interior. Neste tempo, a outra mão afagava seus cabelos curtos e louros, vez ou outra os puxando-os entre os dedos durante os incontáveis gemidos que escapavam de sua boca sem que pudessem ser controlados.

         O membro de Steve também tinha a atenção merecida, jamais seria negligenciado. A mão esquerda e habilidosa de Barnes o masturbava no mesmo ritmo frenético das estocadas que levavam seu membro até os pontos mais sensíveis de Steve. As combinações de toques e movimentos resultavam na mistura de gemidos que ambos deixavam emergir de suas gargantas numa forma desesperada de externar a satisfação que causavam um no outro. Tamanha era a química que os unia.

           E então os dois vieram juntos. No interior de Steve, os resquícios do prazer imensurável que Barnes sentia. Na mão de Barnes, o prazer de um Steve extasiado e entregue ao cansaço. As respirações arfantes se mesclavam enquanto a proximidade dos lábios também permitia que os olhares se cruzassem novamente e um visse no outro o tamanho da saudade que carregavam em seus corações.

           As roupas espalhadas pelo chão da sala e o fogo aceso na lareira enquanto a neve caía lenta e preguiçosamente lá fora davam ao ambiente um clima de amor. Deitado sobre o peito de Barnes, Steve dedilhava as plaquetas de identificação do exército que pediam do pescoço do mesmo. E este, por sua vez, admirava o rosto bonito do outro. As imagens torturantes da guerra, os barulhos estrondosos de explosões e fuzis incessantes eram esquecidos quando estava junto dele, sendo substituídos pela calmaria que traziam os olhos verde de Steve. Os traços tão bem desenhados e o sorriso tão doce quanto poderia ser eram mais do que o bastante para fazê-lo senti-lo em paz naquele momento.

           Em silêncio, desfrutavam da companhia um do outro depois de intermináveis anos sem se ver.
Permaneceram ali pelo resto do dia, trocando carícias e fazendo juras de amor que por ora os faziam esquecer da verdadeira guerra que lutavam juntos contra a saudade quando estavam longe.

           O dia estendeu-se de tal forma, com os corpos unidos aquecendo um ao outro no sofá, comemorando o Natal à sua maneira, fazendo amor tanto quanto era possível.

           — Feliz Natal, punk. – disse Barnes mesmo quando o Natal já havia chegado ao fim. Os ponteiros do relógio antigo sobre um dos móveis rústicos da sala apontavam meia-noite em ponto.  O outro não respondeu, dormia tranquilamente ainda sobre seu peito num ressonar tranquilo. Barnes selou seus lábios imóveis e permitiu-se adormecer também, mesmo que desejasse parar o relógio e passar a eternidade observando toda a tranquilidade que havia nos traços gentis de seu amor.

          Pela manhã, Steve acordou-se no sofá com Barnes voltando para farda camuflada com a qual chegou. Abotoava os botões da camisa lentamente antes de ajeitar as plaquetas de identificação sobre o peito e por fim completar seu uniforme calçando as botas de combate e pendurando a mochila de volta no ombro. Já era hora de voltar.

           Steve não o questionou. Nunca questionava. Nenhum deles tocava no assunto quando se tratava da despedida. Steve não gostava de vê-lo ir embora tanto quanto Barnes não gostava de deixá-lo.

           Com este pensamento, Steve o levou em seu carro de volta à estação Grand Central. Nenhum dos dois disse nada durante o caminho. Somente olhares e sorrisos tristes eram trocados conforme os minutos se passavam. Na espera pelo trem que levaria Barnes de volta ao posto de guerra, que então o mandaria para outro páis, os corações massacravam as caixas torácicas. Era uma corrida contra o tempo.

         O trem encostou em sua devida plataforma. Os passageiros que esperavam antes pacientemente, começaram a lotá-lo, restando apenas Bucky Barnes e Steve Rogers em pé ao lado da porta do trem por onde um deles estava prestes a entrar e ir para longe. Os olhos marejados de Steve se encontraram com os cor de mar de Barnes. As lágrimas deslizaram juntas quando um último beijo rápido foi deixado sobre os lábios corados de Steve.


I reach towards the sky, I've said my goodbyes, my heart's always with you now.

              E antes de sumir pela porta da locomotiva, Barnes o abraçou como se fosse a última vez.
E sempre era como a última vez, embora soubesse que Steve sempre estaria lá esperando por uma a mais.
E assim, partiu deixando Steve e o coração despedaçado em sua posse com a promessa de que voltaria o mais breve possível. Em troca, Steve entregara seu coração para que Barnes o levasse consigo também.


E assim, o amor permanecia dando uma pontada de esperança de que um dia a guerra acabasse e Barnes pudesse voltar inteiro novamente. Mas era sempre igualmente difícil controlar o ímpeto de pular do trem e ficar, mesmo que um soldado fosse tudo o que James Buchanan Barnes soubesse ser. Era uma batalha constante, entre o amor e a guerra.



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Autor(a): buckmebarnes

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