Fanfics Brasil - Simples Assim? Simples Assim Sprilly: Grandes Mistérios

Fanfic: Sprilly: Grandes Mistérios | Tema: Rebelde, Dulce


Capítulo: Simples Assim? Simples Assim

333 visualizações Denunciar



O fato de eu ser uma péssima motorista é absolutamente inquestionável, já fazia bastante tempo que tentava estacionar meu carro em uma vaga que nem ao menos poderia ser considerada difícil.
Depois de várias tentativas frustadas desci do veículo totalmente ciente de que estava sujeita a levar uma multa por ter parado tão distante ao meio fio, trazia comigo uma travessa de brigadeiros que tinha comprado minutos antes na padaria.
Atravessei a rua e toquei o interfone da casa da Carol, enquanto esperava ser atendida aproveitei para comer um dos docinhos, notei alguns movimentos bem próximos a janela da frente mas não dei muita importância, logo o portão estava aberto.
-Olá pessoal! -Cumprimentei ao entrar na sala, todos eles tinham uma expressão facial engraçada, como se estivessem segurando uma risada. "Será que me esqueci dos sapatos novamente?" Brevemente olhei para os meus pés e tive certeza de que desta vez eles estavam lá.
-Dul! -A anfitriã me abraçou carinhosamente e depositou dois beijinhos em minha bochecha, Maite e Anny fizeram o mesmo, apenas Cris respondeu o cumprimento de longe.
-Estávamos vendo você tentar estacionar da janela -Apontou para o vidro, não rir parecia ser uma tarefa impossível para ele. -Já pensou em pegar algumas aulinhas extras na auto escola? -Não perdeu tempo de me alfinetar, era algo típico dele.
-Cristian! -Minhas três amigas falaram juntas com tom de repreensão, talvez por tê-las entregado também.
-Juro que pensei seriamente em ir até lá ajudar mas estava tão hilário que acabei desistindo -Soltou uma risada estranha que contagiou a todos, inclusive a mim. Agora sabia o motivo de estarem com aquela cara quando cheguei.
-Não ligue pra isso, amiga! Pelo menos você nunca atropelou ninguém -Anny tentou amenizar a situação. -Quer dizer, não que eu saiba... -A dúvida era evidente em seu rosto. -Já atropelou?
-Claro que não!
-Vejam só, ela trouxe brigadeiros! -Carol os provou, o assunto anterior havia sido encerrado. -Está uma delicia! Foi você quem fez? -Perguntou ainda de boca cheia.
-Desde quando Dulce Maria sabe cozinhar alguma coisa? -Cris provocou, seu intuito era brincar e por isso levei na esportiva.
-E se lhe dissesse que foi eu mesma quem os fez? -O encarei desafiadoramente.
-Não sei o que ele responderia mas eu diria que está mentindo -Maite começou. -Você esqueceu de remover o preço da embalagem -Sorriu.
-O preço é só um detalhe insignificante, não quer dizer nada... -Rapidamente o arranquei da travessa de plástico, nós cinco rimos.
-Já escolheram o filme? -Carol pegou dois docinhos e se sentou no sofá.
-Ainda estamos em dúvida entre Invocação mal 2 e Procurando Dory. -Maite caminhou até a estante e pegou os DVDS.
-Como disse antes prefiro ver Procurando Dory -Cris jogou uma almofada no chão e deitou-se sobre ela.
-Mas é claro que prefere -Era minha vez de alfineta-lo. -Morre de medo de filmes de terror.
-Porque as pessoas acham que todo gay tem medo desse gênero? Não é que eu tenha medo, só não vejo graça alguma em levar susto. -Saiu em sua defesa mesmo sabendo que o que eu disse era verídico.
-Não tem nada a ver com o fato de você ser gay ou não, mas tudo bem, vou fingir que acredito. -Sorri e mandei um beijinho de longe pra ele que o devolveu logo em seguida.
-Meu voto vai pra Invocação do Mal 2 -Anny recebeu um olhar de reprovação do único "homem" da sala pela sua escolha. -Você pode me ajudar com a pipoca lá na cozinha enquanto eles decidem o que vamos assistir, Dul? -O interrogatório sobre ontem a noite parecia estar prestes a começar.
-Claro -Assenti com a cabeça. -Se Invocação do Mal 2 ganhar não se esqueça que foi baseado em fatos reais, Cris. -Pisquei pra ele e segui rumo a cozinha mas não antes de vê-lo mostrar-me a língua.


-Você e Cristian parecem irmãos, se provocam o tempo inteiro. -Julia comentou enquanto abria uma das portas do armário buscando por pipocas, ela estava morando provisoriamente com Carol, por isso tinha liberdade e sabia onde encontrar as coisas.
-Eu o considero muito. -Sorri espontâneamente, minhas palavras eram sinceras.
-É, eu sei. Bacon ou manteiga de cinema?
-Porque não faz uma de cada? -Sugeri.
-Vou fazer a de bacon. -Colocou o saquinho dentro do microondas e marcou o tempo correto em que ficaria pronto. -Vamos direto ao assunto, e aquele mocinho de ontem?
-Mocinho? Quem é que fala mocinho? -Ri alto.
-Não mude de assunto, Dulce.
-O que você quer saber? -Puxei uma cadeira giratória e me sentei nela.
-Quero saber tudo, ué.
-OK. -Contaria resumidamente -Depois que eu voltei do banheiro você estava sendo engolida por um cara, então resolvi me sentar em algum lugar pra te dar privacidade e ele apareceu.
-E ai?
-E ai conversamos e decidimos ir transar na casa dele, me despedi de você e fomos.
-Simples assim? -Arregalou os olhos.
-Simples assim
-Amiga, sua tarada! -Parecia espantada com o que falei. -O que deu em você? Nunca foi de fazer isso.
-O que deu em mim eu não sei, só sei que depois disso eu dei em outro sentido e fiquei satisfeitíssima, ele sabe muito bem como agradar uma mulher na cama. -Mordi os lábios ao lembrar de seu toque. -De repente bateu um calor. -Me abanei com a mão, era a segunda vez naquele dia.
-Me poupe dos detalhes, por favor! -Fez uma careta. -Não quero ter pesadelos durante o meu precioso sono de beleza.
-Tudo bem, se sem pesadelos ele já não resolve muita coisa não quero nem imaginar se tiver um. -Brinquei, Anahí era uma garota linda.
-Acho que você está desperdiçada sendo advogada, sabia? Se tudo der errado tente a carreira de comediante, quem sabe dá certo. -Usou toda ironia que pôde na voz.
-Vou guardar seu conselho junto aos outros a nunca se seguir, esta bem?
-Fassa isso! -Rimos -E como vai ser daqui pra frente?
-Em relação ao Christopher?
-É. -Abriu o micro-ondas para conferir a pipoca e o fechou novamente, ainda não estava no ponto.
-Não tem um daqui pra frente, foi só uma noite, nada além disso.
-Eu não te entendo. -Balançou a cabeça -Você deu a entender que a noite foi maravilhosa e que ele é um cara bacana, mas mesmo assim não quer mais nada. O que te fez ficar tão fria?
-Eu tenho meus motivos. -Sorri tristemente ao brevemente recordar do passado.
-Um dia quero saber quais são. -O micro-ondas apitou dando sinal de que as pipocas estavam prontas. Foi um alivio pra mim encerrarmos a conversa, não queria entrar naquele assunto.
-O filme já vai começar. -Carol gritou e seguimos pra sala carregando a pipoca e refrigerante, pela cara emburrada de Cristian percebi que terror tinha vencido. Antes mesmo de dar play o celular dele tocou, vi seu semblante de descontentamento se desfazer dando lugar a uma expressão feliz.
-Alô. -Atendeu com um sorriso largo. -Oi Oscar, tudo bom? -Agora eu entendi tamanha felicidade, era o boy dele. -Bem também. -Uma pausa se seguiu. -Doutores palhaços? Amanhã? Que horas? -Comemorou silenciosamente fazendo vários gestos com as mãos e com a boca. -Claro, estarei lá. Adoro crianças! -Outra pausa -Certo, posso levar uma amiga? Ela está doida para ir. -Olhou em minha direção e eu fiz gestos negativos para ele. Eu não iria de jeito algum. -Um beijo pra você também, tchau.
-Fumou maconha ou puxou loló? Eu não vou em festa nenhuma em pleno domingo, é o único dia que tenho para descansar.
-Por favor, Dull! Você sabe que tô afimzasso dele. -Fez bico.
-Isso eu sei, só não sei porque tenho que ir com você. E alias, você odeia crianças.
-Eu odiar crianças é passado, não se pode odiar crianças quando o boy é pediatra. Vamos comigo, por favor, vou me sentir mais seguro se você for e não vou ficar sobrando
-Porque não chama as meninas? -Olhei para as três buscando ajuda.
-Eu tenho namorado e não posso ir. -Carol disse.
-Também. -Foi a vez de Maite se livrar.
-Eu tenho um encontro amanhã a noite com o cara que conheci ontem na boate. -Anny revelou tirando o seu da reta. Sério que ela iria dar continuidade a uma ficada de balada?
-Por favorzinho, Dul! Você sabe que amo você. -Ele tinha mesmo que apelar para o emocional?
-Com uma condição. -Propus.
-Qual? -Perguntou ansioso, até as meninas se interessaram em ouvir.
-Não quero mais ter que escutar você pedindo aumento salarial.
-O que!? -Indignou-se.
-Ou isso ou nada.
-Vida cruel! ta bom, fechado. Sua oportunista! -Se acomodou novamente entre as almofadas.
-E saiba que não vou somente por sua causa, ao contrario de você eu amo crianças e admiro muito o trabalho dos doutores palhaços, são pessoas de coração extremamente bom e possuem todo o meu respeito.
-Tá bom. -Enfiou meia dúzia de pipocas na boca.
-Podemos ver o filme agora? -Carol perguntou.
-Sim. -Respondemos todos, até mesmo Cris que nem parecia ligar mais para o fato do DVD ser de terror.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): jivondy

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

-Dul?! -Cris chamou. Estava mais dormindo do que acordada então decidi permanecer quieta, tinha esperanças de que ele desistisse e deixasse o que é que fosse para depois. -Dulce?! -Me cutucou com o dedo. Oh céus! Deveriam ser umas quatro horas da manhã. Assistimos o filme e acabamos dormindo por ali mesmo na sala, e por insistência ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • beatris Postado em 30/01/2019 - 18:36:56

    Tô amando posta mais linda, muito ansiosa com o próximo encontro do meu casal favorito

  • rosasilva Postado em 26/01/2019 - 17:28:29

    Cnttt

    • jivondy Postado em 27/01/2019 - 21:55:09

      Oooi! Vou continuar sim! Aliás, acabei de postar um capítulo novo, corre lá pra conferir :) Obrigada por estar lendo, beijinhoooos :*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais