Fanfic: Nosso Romance - Vondy TERMINADA | Tema: Vondy

Mabel estava dando sua aula, e mais uma vez eu estava fascinada pelo seu modo de leicionar, ela fazia tudo soar tão natural. Sua aula era de fato uma das melhores que já assistir, e isso não é exagero meu, a aula era tão boa que nenhum dos outros alunos abria a boca enquanto ela falava, eles estavam tão ou mais compenetrados do que eu. 

Algumas vezes me pequei olhando pra minha mochila, isso por que estava louca pra ler a história que a professora me deu. Eu não sabia explicar mas, algo nisso tudo me deixava intrigada, a história misteriosa do autor ter simplesmente ido embora sem mais nem menos, o fato das redes sociais terem sido apagadas, tudo isso me deixava ainda mais curiosa sobre a história dele, e sobre o destino que ele tomou. 

" vou deixar um trabalhinho pra vocês " Mabel diz me tirando dos meus pensamentos " quero que vocês façam um poema, o tema fica a critério de vocês, só o que quero é que ele esteja pronto pra entregar no dia instipulado pra ser apresentado em sala de aula" 

André se ergue da cadeira " em sala de aula Mabel ? teremos que ler ele ai na frente ? " pergunta desanimado 

" claro que sim, quero que apresentem aos seus colegas de classe, vamos lá, não façam essas caras, vocês realmente acharam que na faculdade teria moleza ? não rapazinho, aqui nos pegamos pesados " diz rindo " vocês tem exatamente 1 semana pra fazerem o poema, era só isso, vejo vocês na próxima aula " 

Matheus se levanta, e me encara " você esta bem ? " 

" sim, sim por que ? " 

" não sei, só te achei meio distraída durante a aula " ele diz dando de ombros " então, esta animada com esse trabalho ? " 

Faço uma caretinha " animada não seria a palavra " 

" qual seria ? " ele pergunta colocando a mochila nas costas 

" nervosa seria " respondo 

Matheus sorri " relaxa Dulce, eu tenho certeza que você vai se dar bem " 

" obrigado " agradeço dando um meio sorriso

" então, vamos encontrar o pessoal na lanchonete ? " 

Mordo os lábios, e coloco minha mochila nas costas " sabe o que é Matheus, eu tenho umas outras coisas pra resolver mas, vou com certeza vejo você e o pessoal mais tarde " 

Matheus estreita os olhos, e então dá de ombros " esta bem, qualquer coisa sabe onde estamos " ele me abraça rapidamente " tchau Dul " 

" sei sim, tchau Matheus " aceno pra ele que sai sorrindo da sala " então professora, eu só tenho 1 semana pra fazer um poema que meus colegas de classe achem perfeito ? " pergunto me aproximando da mesa dela 

Professora Mabel pega sua bolsa, e quando passa por mim sorri " eles não precisam achar perfeito Dulce, você precisa " sorriu com sua resposta, ela se vira e me encara " então, já teve chance de ler a história que te dei ? " 

Suspiro " não, ainda não professora " 

"  não perca tempo Dulce, eu tenho quase certeza que você vai amar a história  " ela dá uma piscadela e em seguida sai da sala. 

Depois da breve conversa com a professora, corri pro campus. Eu queria ter um momento pra ler a história, achei um lugar um  pouco mais vazio e me sentei, abri minha mochila e peguei o bloco de papéis, quando abri a primeira página, admirei um pouco a letra do autor. Sua história era toda escrita a mão e isso me fascinava, eu queria poder imagina-lo escrevendo, queria poder saber o que ele pensava enquanto escrivia. Finalmente eu leria a história, vireinovamente a página e encontrei o Capítulo 1. 

Londres 1930 

Toda a alta sociedade estava presente aquela noite, as familias mais importantes de Londres fizeram questão de comparecer ao baile de noivado da jovem Roberta Gúsman. Na festa a jovem seria finalmente apresentada ao noivo, que foi escolhido por seu pai, o velho Jorge Gúsman. Roberta não poderia estar mais desanimada, afinal, nunca aceitou esse acordo absurdo e se não tivesse tanto respeito a sua família e ao seu pai já teria terminado com tudo isso. Pra piorar, seu noivo não havia chegado, e ela tinha que ficar cumprimentando todos sorridentes, como se estivesse feliz. 

Que tipo de homem cometeria tamanha desilegância ? graças a ele, agora ouvia-se borburinhos entre as fofoqueiras da cidade, comentavam o quanto seu noivo parecia não se importar em deixar sua futura esposa plantada. Cansada de ouvir fofocas ao seu respeito, e fingir simpática a todos, ela pegou uma taça de champanhe e se dirigiu ao jardim, foi lá que pode soltar as respiração que prendia durante toda a noite. 

" o que uma bela dama faz sozinha aqui fora ? por acaso não tem medo do que a escuridão da noite pode esconder ? " uma voz grave surge sobre suas costas. 

Roberta se vira de supetão,e encara o belo rapaz dono da voz. Ela o examina de cima a baixo, procurando qualquer evidência de que fosse um intruso em sua festa, ou um bandido mas, só o que encontrou foi um belo homem vestindo um terno caro, e um par de olhos brilhantes que se ela não tivesse cuidado, poderiam a hipinotezar. 

Ela arqueia a sobrancelha " não tenho medo da escuridão da noite, somente receio pelos homens que abordam mulheres sozinhas " rebate 

Ele ri, e ela o encara fixamente " esta coberta de razão senhorita, deve ter cuidado com esses sujeitos " 

" estou tendo e é por esse motivo que peço que se retire, não é de boa imagem uma dama como eu ser vista conversando a sós num jardim escuro com um rapaz desconhecido e solteiro " 

O rapaz arregala os olhos " como sabe que .... " 

" não vejo uma aliança " ela pondera, o interrompendo " e a julgar pelo belo terno que usa não creio que tenha nem mesmo uma concubina a sua espera, homens com esse porte não costumam frequentar lugares escusos " ela diz levando a taça de champanhe aos lábios 

Ele sorri " a senhorita é bem observadora, e esta coberta de razão, não sou casado e não tenho nenhuma concubina a minha espera mas, isso não significa que não tenho nenhum compromisso, sou noivo e muito fiel a minha futura esposa " ele diz serenamente 

Roberta se esforça a sorri " bem, não acho que ela vá gostar de saber que o senhor me abordou " rebate

" com certeza não, ela é uma mulher bastante arisca " ele diz dando uma risada, risada essa que deixou Roberta confusa

" querida ? Roberta filha ? " a voz de seu pai soa em seus ouvidos 

" oh meu deus " Roberta entrega a taça ao rapaz em sua frente " se esconda por favor, se meu pai me vê em sua presença minha reputação estará perdida, ele ficará magoado comigo e tudo isso chegará aos ouvidos do meu noivo " ela diz desesperada 

" mas, não estamos fazendo nada de errado " ele diz se demonstrando confuso com a reação dela 

" eles não pensaram assim, por favor, se esconda " suplica, o rapaz assente e se esconde atrás da árvore " papai, estou aqui " acena pro pai 

" oh querida " ele se aproxima quando a avista " finalmente te encontrei, o que faz por aqui ? seu noivo já chegou e estava a sua espera " 

" ele ... ele chegou ? " pergunta nervosa 

" sim filha, e o primeiro que fez foi perguntar por você " seu pai lhe diz dando um meio sorriso " tenho certeza que vai adora-lo " 

Ela suspira " acho impossível papai, como poderia adora-lo se nem ao menos o conheço direito ? " 

" isso não é problema minha bela noiva, acabamos de dar um primeiro passo pra que possamos nos conhecer melhor, não concorda ? " a voz surge novamente me suas costas, e Roberta petrifica em seu lugar 

Seu pai sorri abertamete " oh, vocês já se conheceram ? que grande surpresa " diz alegre 

Roberta se vira lentamente e mais uma vez olha aqueles olhos penetrantes, ele lhe sorri e pega sua mão a beijando " prazer senhorita Roberta Gúsman, sou Diego Alvaréz seu noivo " 

Fechei a página e dei um grande sorriso, só esse pequeno começo já tinha prendido minha atenção. Quer dizer que Roberta e Diego eram o casal principal, e que eles faziam parte de um casamento arranjado, que grande história, poderia ser apenas um clichê onde a mocinha estava prometida a um e se apaixonava por outro mas, aqui não, aqui ela se apaixonaria pelo seu próprio marido. Eu já estava fascinada. 

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