Fanfic: INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada | Tema: AyD

(28 de agosto de 2017, domingo)

- Senhores Boyer. Com licença, eu gostaria de falar com vocês. – Maitê diz ao entrar na sala e se deparar com toda a família Boyer reunida.

- Ah, querida. Claro. – Essa é a senhora Boyer. – Pode dizer.

- Eu... – Ela olha rápido para a loira. – Poderia ser a sós?

- É algo sério? Você está doente? – Angelique pergunta rapidamente.

- Não, senhorita. Eu estou bem. Só quero resolver algo com sua mãe. – Angelique começa a odiar essa formalidade entre elas.

- Então pode falar aqui para todos nós.

- Angelique! Você está sendo inconveniente. – A mão da loira a repreende.

- Tudo bem, senhora Boyer. Se a senhorita quer saber o que vou falar não tem problema, e de certa forma tem a ver com ela. O fato é que eu pretendo pedir demissão. Estou indo morar sozinha e quero fazer faculdade.

- Oh! – A mais velha fica feliz com isso, pois sempre soube que esse é o sonho de Maria, ver seus filhos formados. – Isso é ótimo. Mas porque sair daqui? Você sabe que eu apoiarei você estudar Maitê.

- Eu sei, senhora. – A morena evita olhar para a Angelique. – E agradeço do fundo do meu coração pelo que sempre fez por minha família. Mas acredito que já está na hora de recomeçar. Eu recebi uma proposta de emprego em uma escola. Os cursos que eu fiz nos EUA de inglês estão me dando frutos, pretendo aceitá-la.

- Mas para onde irá, menina? Aqui você tem tudo. – O senhor Boyer fala com o seu tom rude de sempre.

- Eu sei, senhor, e agradeço, mas se eu quiser seguir em frente, esquecer algumas coisas e conquistar outras, preciso mudar. Mamãe ainda tem o apartamento que comprou há um tempo. O mesmo que vocês ajudaram a conquistar. Para lá que eu vou.

            Angelique escuta tudo sem nenhuma expressão. Ela nem sabe o que sentir, é tudo novo. Está triste, culpada, orgulhosa, muitos sentimentos juntos.

- Querida, se é isso que quer, então só posso desejar sorte e que orgulhe a sua mãe.

- Sim. Eu farei. – A morena diz com um sorriso no rosto. – Obrigada a todos vocês, por tudo. Com licença. – Ela sai e deixa o casal Boyer conversando sobre o que acabou de acontecer.

- Ela é esperta e inteligente. Saberá se virar bem, no fim sempre terá a mãe para apoiá-la. – O homem diz.

- Sim. Eles são uma boa família.

            Angelique não presta atenção em nada que os pais falam. Ela pede licença e vai para o seu quarto. Não consegue raciocinar direito. A culpa a consume e isso é horrível. Maitê já tinha tomado a sua decisão, isso não mudará, mas precisa saber se tem algo a ver com elas, e se for, não permitirá que ela vá embora magoada, sem repensar suas ações.

..........*****..........

- Cem reais para me deixar entrar sem sua mãe saber. – Angelique tenta subornar Pedro, irmão de Maitê para fazê-la subir direto para o quarto da morena na casa dos fundos da mansão. Já é noite naquele domingo.

- Não. – O loiro é convicto, mas a loira sabe que ele só quer mais dinheiro.

- Duzentos.

- Não posso fazer isso.

- Certo, certo, seu espertinho. Fale seu valor.

- Porque quer tanto falar com minha irmã e minha mãe não pode saber? – Sua curiosidade natural faz Angelique relaxar os ombros e suspirar.

- Isso não faz parte do acordo. Só me diga se aceita ou não.

- Ok. Quinhentos reais.

- Desgraçado. Você é um oportunista.

- Se não quer, então tchau. – Ele vai dando as costas.

- Espera. Você será um ótimo advogado, garoto. – Ela diz, sorrindo, entregando o dinheiro para ele. – Agora me ponha lá dentro sem sua mãe saber.

            Pedro consegue fazer sua mãe ir até a casa principal na cozinha para arrumar o seu jantar. O garoto deixa a porta da entrada aberta, facilitando as coisas para Angelique. A loira entra e procura o quarto de Maitê. Escuta o som de água caindo, a morena está tomando banho. Aquilo a deixa inquieta. Imaginar ela nua debaixo do chuveiro é excitante. Com cuidado a loira abre a porta do banheiro, não sabe a merda que está fazendo, mas vai fazer.

            Angelique entra e ver o box semiaberto. Ainda com muito cuidado olha e ver a morena com as mãos apoiadas na parede de costas para a entrada, está chorando, aquilo quebra o seu coração. Para completar mais a merda, ela tira toda a sua roupa e entra no box e nesse momento Maitê se assusta.

- Que merda você...

            Mas ela foi impedida de terminar, pois o corpo de Angelique completamente nu se cola ao seu. Os seios se encostaram e os cabelos agora molhados se misturam. Angelique encara Maitê, que tem os olhos visivelmente inchados pelas lágrimas.

- Não me peça para parar agora. – Angelique sussurra com os lábios muito próximos dos de Maitê. Quase se tocando.

- Por que está fazendo isso comigo? É só me deixar ir embora. Isso vai complicar mais as coisas. – Maitê responde, agora com os olhos fechados.

- Eu não quero que vá.

- Não faça isso comigo. Por favor. Você sabe que eu quero, mas não assim. Você não tem o direito de fazer isso. – Maitê chora novamente.

- Eu não consigo mais ficar longe de você. Não me faça ficar sem você. Eu vou te provar o quanto te quero agora. – Agora se encaram.

- O fato de você querer me foder não prova nada, Angelique. – As palavras da morena são duras.

- Eu não posso ser hipócrita, May. Claro que eu te desejo. Você é linda e gostosa. Mas eu não quero só isso. Eu quero ser sua, quero que você me tenha de todas as formas. – As palavras pegam a morena desprevenida, não esperava aquela confidência.

- Angel... – Maitê geme.

- Deixe-me te mostrar, te provar. – Maitê apenas assente.  – Obrigada.

            Angelique sorri e beija os lábios da morena, encostando suas costas na parede fria do banheiro. Os corpos se colam como se pudessem ser confundidos com um só. A loira pega a perna direita de Maitê e levanta, encaixando mais ainda seus corpos. A morena está excitada, muito excitada. Não é virgem, mas em toda a sua vida transou apenas com duas mulheres, essas antes de ir para os EUA.

- Você é tão quente. Eu te quero tanto, May. Deuses, eu nunca quis ninguém assim. – A loira fala, beija o pescoço da morena que curva a cabeça, dando total liberdade à mulher. Ela quer muito aquilo, há tempos sonha com aqueles toques, nada poderia ser melhor do que estar completamente entregue a Angelique nesse momento.

- Por favor. Eu preciso. – Ela geme quando a mão direita da loira faz seu caminho para o lugar há muito tempo intocado.

- Você está tão excitada, querida. Deve ser tão apertada. – Angelique não está tão diferente de Maitê em relação ao tesão. A morena é linda, perfeita e tem um corpo delicioso. Ela está louca para sentir o gosto da mulher, mas nesse momento quer mais estar dentro dela. – Relaxe, baby.

- Devagar. Eu... – Ela tenta falar, mas sente um dedo entrando em seu interior. Fazendo-a gemer alto e sentir um pouco de ardência. Fecha os olhos com força, tentando aliviar a dor. – Oh, merda.

- Você está bem? May você é... Oh, meu Deus! – Angelique faz o movimento para sair de dentro da outra.

- Não! Eu não sou virgem. Continue. – Diz segurando a mão da loira.

- Não minta para mim, Maitê. Está visivelmente doendo e posso te garantir que não é para ser assim.

- Eu sei. Mas eu... que droga. Eu não transo desde quando fomos para os EUA. Satisfeita? – Ela se irrita, pois sabe que a loira ligaria os pontos. – As palavras saem rapidamente da boca da mais velha.

- Deus, você passou mais de quatro anos sem... Céus!

- Na verdade, mais que isso. Eu tenho vinte e cinco anos, Angelique, só transei com duas mulheres na vida, isso quando eu tinha dezoito anos. Depois que descobri estar... – Ela para de falar, sem encarar a loira. – Depois eu não me relacionei com mais ninguém.

- Eu sou tão idiota. – Angelique fala ao encostar sua testa na da morena. – Perdoe-me, se eu soubesse...

- Você não faria nada, sou sua empregada. Você estava apaixonada. Eu só fui ingênua, pensei que se fosse com você, cuidasse de você, me notaria. – Ela sorri irônica, agora abaixa a perna fazendo a loira sair de dentro dela. – Esquece isso, Angelique, nunca dará certo. Isso aqui é um erro, um maldito erro. – Maitê derrama lágrimas ao tentar se afastar da outra.

- May, não faz isso. Eu estou aqui agora. Por favor, me perdoe, mas eu...

- Pare de me pedir perdão. Você não tem culpa, eu tenho por me apaixonar. Eu te amo, Angelique, mas você não me ama. Isso é simples. Por isso estou indo embora. Não serei capaz de ver você se casando com um homem ou mulher ideal para você, que o seu pai irá escolher. Não dá. Então me deixe ir, me deixe...

            Maitê é interrompida pelos lábios da loira. O toque é selvagem, gostoso, dominador. Ela adora isso. Sempre soube das aventuras de Angelique na cama, ao menos para isso Dulce serviu. Ensinou muitas coisas para a menor, apesar de ser naturalmente boa no que faz.

As costas de Maitê mais uma vez vão de encontro à parede, dessa vez com mais força, a fazendo arfar. Ela geme ao se contorcer de prazer. Os braços da morena vão impulsivamente para o pescoço da loira que sorri, ela está entregue de novo. Angelique leva sua mão ao seio direito da mulher e com a boca desce seus beijos para o esquerdo.

- Hum... Angelique. – Os sentidos de Maitê já não respondem corretamente.

- Entregue-se, baby, não resista.

            Angelique trabalha nos dois seios de Maitê, deixando-a mais excitada e completamente louca de tesão. A loira sorri mais uma vez ao vai descer seus beijos. Quando já está de joelhos no chão do banheiro, pega a perna esquerda da morena e coloca em seu ombro, ajudando na exposição da mulher.

- Eu estou há muito tempo querendo sentir seu gosto. Deve ser tão delicioso. Você é tão cheirosa. – Ela diz encostando sua respiração perto da intimidade de Maitê. O que a faz gemer e morder o lábio inferior. – Você me deixa louca quando morde o lábio assim. Aproveite, May. Eu te quero gozando somente para mim.

            Essas palavras são sentidas diretamente pelo sexo de Maitê, que gemeu mais alto no mesmo instante em que sente a língua da loira em si. Os movimentos são lentos, mas precisos. Angelique se move de baixo para cima, explorando com cautela o gosto da morena, que ainda demonstra por sons baixo todo o seu prazer, é impossível não fazer levando em conta que tem uma mulher fodidamente gostosa ajoelhada entre as suas pernas, chupando-a com vontade. Como não gemer?

- Oh, merda. – A morena quase grita quando a língua da loira atinge a sua entrada, penetrando o mais forte e fundo que consegue. Ela não se controlar, suas mãos vão direto para o cabelo loiro de Angelique que segura firme a coxa de Maitê, apertando sua bunda. A morena segura os fios com força fazendo o contato ser mais firme com seu sexo. – Inferno! Isso é tão bom. Aí, estou quase, Angel.

            Angelique não quer enrolar. Precisa fazer aquilo porque um desejo inexplicável pela morena lhe preenche. Está louca para sentir o gosto de Maitê. Louca para escutá-la gemer seu nome quando gozar. É isso que ela fará sem enrolação. Segura a coxa e o bumbum da outra com força, penetrando-a mais firme com sua língua. Quando percebe que Maitê está perto o seu limite, ela paralisa seus movimentos.

- Porque você... que droga. Porque você parou? – Maitê abaixa o olhar, encarando a mulher ajoelhada.

- Relaxe, May. Você vai gozar. Mas quero você por completo. – Maitê não entende, mas logo tem sua resposta, pois a mão que estava em seu bumbum vai para a sua entrada. Dois dedos da loira acariciam seu sexo, fazendo-a gemer gostosamente.

            A loira coloca novamente a boca no clitóris da morena, lentamente pincela sua língua. Nesse momento seus dedos a penetram devagar. Angelique observa todas as expressões da morena. Maitê não sente tanta dor dessa vez, está tão excitada que a penetração é fácil.

- Oh, Deuses! Isso, mais rápido. – Maitê geme fazendo Angelique sorrir. Ela percebe que a morena está próxima do orgasmo, mas quer observá-la corretamente quando acontecer. Começa a se movimentar com mais rapidez, agora se levantando, ficando no mesmo nível da morena e encostando os lábios. Segura uma das pernas de Maitê e enlaça em sua cintura.

- Você é tão apertada, May. Céus! Tão gostosa. – Angelique diz antes de beijar com mais vontade os lábios da mulher, ao mesmo tempo em que penetra os dois dedos com mais força e o mais fundo que pode. A dor é inexistente para a morena. O prazer é absoluto, esperou por esse momento há muito tempo e agora está se tornando real. – Goze para mim, baby, mele meus dedos com seu líquido maravilhoso. – Angelique sussurra as palavras no ouvido da morena, isso só a está levando para mais próxima do ápice.

- Oh, Angel. Eu vou gozar. Eu vou gozar.

            Angelique sente seus dedos sendo esmagados pelo sexo de Maitê. Ela é muito apertada. Todo esse tempo sem sexo a deixou ainda melhor, quase uma virgem. A loira imagina usando brinquedos especiais com ela, essa visão a leva ao precipício também em um orgasmo que a fez prolongar mais o da morena, pois a loira não quer sair do lugar quente e aconchegante que se encontra seus dedos. Elas gemem em sincronia, deixando-se levar pelo prazer absoluto do momento. As respirações estão descontroladas, as pernas quase não tem resistência, só não foram ao chão porque Maitê se apoia na parede e Angelique no corpo dela. A loira encosta seu nariz no pescoço da morena e sente o seu delicioso aroma a mulher, controlando-se ao máximo para não tomá-la mais uma vez para si.

..........*****..........

- Não dá. Eu não poso ficar perto de você sem te ter para mim. – A voz da morena é sôfrega.

- Você já me tem, Maitê. O que acabou de acontecer não foi prova suficiente?

Maitê se afasta do corpo da outra, sai do box em seguida, pega a toalha, se enrola e vai em direção ao seu guarda-roupa, pegando uma baby-doll. Minutos depois Angelique volta ao quarto, já vestida com suas roupas.

- May, fale comigo.

- Vá embora, Angelique, por favor. Você não pode fazer isso comigo. – A morena está arrumando a cama para deitar, precisa ficar sozinha nesse momento.

- Que droga, Maitê, eu estou aqui. Quero você, quero ficar com você. – Elas se encaram nesse instante.

- Você não sabe o que quer, Angelique. Você acabou de me foder e gostou. Mas para mim não foi só isso. Esse é o problema, eu não quero só sexo com você, e se não for para ter você por completo eu vou embora. Preciso ficar longe de você. Não vou suportar ver você com outra pessoa, ainda mais agora. Que droga, não era para ter acontecido. – A morena chora bastante, voltando a se concentrar em arrumar sua coberta e colcha.

- Eu estou aqui, May. – A loira fala, abraçando a morena por trás ao beijar sua nuca.

- Angel, pare. Você sabe que eu te amo, não pode fazer isso comigo. Você nunca deixou de amar...

- Não ouse falar isso. – Angelique se afasta rápido.

            Maitê vira-se para ela e a olha seriamente, mas logo expressa um sorriso irônico.

- E você ainda se atreve a pedir para eu ficar. Você pode até não amá-la, mas esse nome ainda te causa alguma coisa. Seja amor ou ódio, qualquer um dos dois irá te deixar sozinha. Porque eu posso até te amar, mas não sou masoquista.

- May...

- Não, Angelique, por favor, vai embora.

- Então não significou nada para você?

- Não tente me confundir. Você sabe que eu esperei muito tempo por isso. Mas você conseguiu destruir o que era para ser um dos momentos mais lindos da minha vida. Eu te amo, Angel, amo demais, só Deus sabe o quanto eu queria ser sua, te tocar, ser tocada, te beijar, te amar. Agora eu fiz isso e não estou conseguindo me sentir feliz. E sabe por quê? Porque eu sei que você gostou. Mas não me quer dessa forma. Então sim, isso é um adeus. – Apesar de dolorosas, as palavras da mais velha expressam seus sentimentos no momento.

- Não faça isso. – Ela se aproxima da morena novamente, colando os corpos. O que não é bom, pois assim Maitê se entregaria novamente à loja. – Você me quer, me deseja e me ama. – Angelique sussurra no ouvido da mulher. – Você é minha, Maitê, ninguém mudará isso. – A morena estremece com isso.

- Não... Eu... Não...

- Sim. Você é. Seu corpo me diz isso. Seu coração acelera só por eu estar perto. Seu corpo estremece quando te toco. Você me avisa que me quer. – Ela fala com os lábios bem próximos dos de Maitê.

- Eu nunca neguei que te queria, Angelique. Eu te amo, já disse isso. Mas do que adianta te amar dessa forma? – Maitê consegue se afastar do corpo da loira. – Vai embora, por favor.

- Não, me diz o que eu preciso fazer, faço o que você quiser para que acredite em mim. 

            Maitê suspira e volta a encarar a loira.

- Você não estará fazendo por amor. Do que adiantaria? Mas vou te fazer uma pergunta. A resposta para ela decidirá se estarei aqui amanhã ou não.

- Certo. – A loira responde, confiante.

- Você está atrás de Dulce à procura de vingança, você pararia essa busca por mim, por nós?

            Maitê analisa a expressão de Angelique. Pelo que ver não precisa nem que a loira responda. Ela abre e fecha a boca muitas vezes a procura de uma resposta, mas o que poderia fazer? Ela não tem o que responder, mas seu olhar dá a resposta para a morena.

- Vá embora, Angelique. Eu vou tentar ao máximo esquecer você. Juro que se não conseguir irei me focar no que é importante. Estudar. Vou orgulhar a minha mãe, coisa que eu deixei de fazer por quatro anos porque estava tentando ser notada por você. - Maitê nem tem mais lágrimas para derramar por esse amor.

- May, me desculpa. – A vergonha domina a loira.

- Só vai. E por favor, não me procure mais. – Ela dá as costas para a loira.

            Angelique não ousa falar mais nada. Não pode ir contra os argumentos e realidade. Talvez Maitê tenha razão. Sendo ódio ou amor, o sentimento irá acabar com ela, mas ainda assim é muito forte e no momento ninguém poder fazê-la parar, nem mesmo a morena.

- Perdoe-me, May. De verdade, me perdoe.

            Angelique sai do quarto deixando a morena aos prantos, não conseguindo mais se controlar. Ela se joga na cama e abraça seu travesseiro. Só quer esquecer o que aconteceu. O que era para ser especial se tornou uma dolorosa lembrança.

..........*****..........

- Vamos resolver logo isso. – A loira diz, convicta.

- Anahí, nós não precisamos fazer isso agora. Estamos bem assim.

            As duas estão deitadas na cama assistindo a um filme. Mas a milionária resolve que irão marcar a data do casamento naquele instante.

- Amor, eu quero casar com você.

- E nós vamos. Mas não precisa ser assim tão rápido. Podemos esperar.

- Esperar o que? Você quer, eu quero, então pronto. Eu pensei em fevereiro. Mas agora quero que seja antes. Bem antes.

            Dulce suspira com isso. Ela não sabe se aquilo é bom ou não. Parece que sua noiva está agindo no automático. Com certeza está preocupada, só precisa saber o porquê.

- Amor, respira. Calma. Olha para mim. – Dulce se arruma na cama, sentando e se encostando na cabeceira da cama. Anahí faz o mesmo. – O que está acontecendo, porque está agindo assim? – Ela pergunta segurando a mão da noiva, fazendo-a encarar.

- Nada. Só quero casar.

- Anahí, eu conheço você. O que está acontecendo?

- Nada, Dul. Eu estou bem. – A loira desvia olhar da noiva.

- E porque eu não consigo acreditar nisso? Olhe para mim. Fale-me isso olhando nos meus olhos.

- Amor...

- Anahí, o que está acontecendo? Confie em mim. Ao menos para isso.

Dulce fala triste e suspirando. Ela sabe que a noiva não confia mais da mesma forma nela, mas entende completamente.

- Eu confio em você. Eu só... – Ela começa a chorar. O que faz Dulce assustar-se.

- Hey. – A mais velha puxa Anahí contra o seu peito, abraçando-a com proteção. – Amor, me fala para eu poder ajudar você. Eu morreria por você, Anahí, você sabe disso.

- Não! Por favor. Pare de falar em morrer. Só... Pare. – Anahí choraminga com o rosto repousando contra pescoço da noiva.

- Você está com medo? – A menor assente com o movimento da cabeça. – Você quer que eu vá embora? – Mesmo sendo o certo a se perguntar, a mais velha fica nervosa ao falar.

- Não! Não. Você não entende. Dul, eu perdi toda a minha família em acidente de carro. Eu estava perdida, apenas respirando, sem ambições de ser feliz. Aí você apareceu. Deus! Você se tornou a minha ambição, minha felicidade. Então veio essa descoberta. Eu cheguei a imaginar que você nunca me amou, mas aí depois você... Que droga! Você sofreu esse acidente, eu só pensei que iria te perder sem antes te ter por completo.

- Anahí, você me tem de corpo e alma. – Dulce diz ao beijar os cachos da noiva.

- Eu sei, mas eu não posso mais viver sem você. Então eu só conseguia pensar que, mesmo que se fosse por dinheiro, eu não me importava mais, só quero você. Não importa mais nada, só não quero e não posso mais viver sem você.

- Anahí... Você acha que...

- Não! Por Deus, não. Amor, eu acredito em você. – Anahí eleva sua cabeça e encara a noiva, encontrando um olhar triste. – Dul, olhe para mim. Eu sei que não é por dinheiro, acredito que me ama, confio em você. Só estou dizendo que eu quase te perdi da mesma forma que perdi a minha família, não suportaria isso novamente. Quero nem pensar nisso. – Ela fala fechando os olhos com força, fazendo as lágrimas caírem sobre o colchão.

- Oh, minha pequena. – Dulce puxa ela novamente para o seu colo. – Eu não vou a lugar nenhum, meu amor. Eu te prometi.

- Por favor, não se ponha mais em risco assim. Nunca mais.

- Perdoe-me, pequena. – Dulce beija o cabelo da menor. – Eu prometo não fazer mais isso. Foi burrice, eu só briguei com o meu pai e fiz essa merda.

- Não posso te perder, Dulce, eu não aguentaria.

- Você não vai, meu amor. Não vai. Enquanto você quiser eu estarei aqui.

- Então permanecerá para sempre. Eu te quero para sempre.

- Então ficarei para sempre.

Dulce aperta mais sua noiva contra si. Aquela promessa ela pretende não quebrar, pelo menos não por conta própria.