Fanfics Brasil - XIV Oportunidade de Amar INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada

Fanfic: INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada | Tema: AyD


Capítulo: XIV Oportunidade de Amar

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(29 de agosto de 2017, Segunda-feira)


            Anahí arruma-se para ir ao trabalho e Dulce a observa. Ela ama fazer aquilo, naquele dia decidiu que ficará em casa. A milionária anda pelo quarto usando aquelas roupas sexys, mas sabe que tem o olhar da noiva sobre si, também adorava ser admirada pela mulher que ama. As duas irão lutar para não estragar o que tinham. Claro que algumas coisas mudaram, mas elas se amam, isso é o suficiente para saberem que conseguem passar por todos os obstáculos. Anahí se olha uma última vez no grande espelho e se dá por satisfeita, virando-se para a noiva.


- E então? – A loira pergunta ao encarar Dulce.


- Linda. Eu não posso deixar você sair assim.


Anahí usa um vestido preto colado ao seu corpo. Esse que marca todas as suas curvas. E o salto agulha que é a perdição da mais velha.


- Assim como?


            Dulce a encara, sabendo que a outra entendeu o que ela disse. Então se levanta com cuidado, deixando sua camisola de seda vermelha escorregar por seu corpo. Paralisando os olhos de Anahí naquele pedaço de mau caminho que pode chamar de sua.


- Meus olhos estão aqui em cima. – Dulce diz ao sorrir.


- Eu sei. Não quero mesmo olhar para seus olhos agora.


- Eu criei um monstro. – A mais velha para em frente à noiva.


            Anahí a encara, abraçando sua cintura com cuidado para não amassar sua roupa.


- Eu amo você, amo mais do que possa imaginar.


- Eu sei, princesa. E agradeço todos os dias por isso. Eu te amo mais que a mim mesma. Sua felicidade é a minha prioridade. Nunca se esqueça disso.


            Anahí beija os lábios da noiva. Precisa daquele contato. Sua segurança e sua felicidade estão nos braços daquela mulher.


- Eu preciso falar de algo delicado com você.


- Devo me preocupar? – Anahí pergunta, já preocupada.


- Não. Eu prometi não mentir e não esconder nada de você. Então o farei. Meu pai. – Anahí suspira. Ainda tem esse assunto. – Ele ainda acha que estamos com o plano. Preciso saber o que você quer que eu faça.


- Eu... Eu não sei, Dul. Ele é seu pai. Apesar de tudo é o seu pai. Sua família.


- Minha família é você. Você é a pessoa mais importante para mim. – Dulce diz ao beijar levemente os lábios da noiva. – Você, apenas você.


- O que pensou em fazer? – Anahí não quer deixar esse problema aberto.


- Nada, apenas deixar como está. – Os olhares se encaram intensamente.


- Você acha que ele vai se convencer?


- Ele não pode fazer nada. Só eu poderia te fazer algum mal, e nunca faria isso. Como você já sabe que ele não presta é só evitá-lo.


- Certo. Tudo bem. E as mensagens? – As duas suspiram.


- Eu não sei o que fazer. Eu não faço a mínima ideia de quem seja.


- E se for... – Anahí não termina de falar.


- Eu já pensei nisso. Se for um dos meus... casos antigos, eu terei que esperar.


- Ok. – A loira dá um selinho em sua noiva. – Eu tenho que ir.


- Eu ficarei em casa hoje. Minha perna ainda dói um pouco. Farei companhia a Marta.


- Certo. Não force a perna. E qualquer coisa me ligue. Até mais tarde.


            A milionária dá um último beijo na noiva, pega as chaves do carro e sai. Aparentemente nada mudou, lutará para continuar da mesma forma. Elas têm uma sincronia incrível. Não demora a entrar no Corolla e sorri.


- Pare de pensar nela, Anahí.


Ela se repreende, porque a verdade é que todos os seus pensamentos agora giram em torno de Dulce Maria Espinosa Saviñon .


 


..........*****..........


 


- Já arrumou tudo? – Maria pergunta, encarando as malas em cima da cama.


- Sim. Só vou colocar alguns livros na caixa e tudo pronto. Pedro irá me ajudar a organizar essas coisas no apartamento. – Maitê responde à mãe, que a ajudava a colocar todas as roupas em malas e caixas.


- Quando começa a dar aula?


- Semana que vem. Também começarei um cursinho. Tentarei primeiramente o ENEM. Se não der certo optarei pelas particulares.


- Sinto-me tão orgulhosa de você. – O brilho nos olhos da mulher diz que é verdade.


- Eu sei, mãe. Prometo não decepcioná-la.


- Eu sei, querida. Só queria que você ficasse mais feliz com suas escolhas.


- Estou feliz. Eu juro. Eu só... não dá para esquecer de um dia para a noite. Mas eu vou conseguir, eu prometo. – Maitê quer acreditar naquelas palavras e passar confiança para a mãe.


- Tudo bem. Eu sempre estarei aqui por você.


- Eu sei. – Então elas se abraçam. Maria sempre apoiará os filhos, pois confia em suas escolhas e caráter.


            Maitê irá fugir. Poderia ser covarde da parte dela, mas a esperança que ela tinha se perdeu na noite anterior. Ama Angelique com todo o seu ser, porém sofrer daquela forma é insuportável para qualquer ser humano. Sua tortura acabou no dia em que sua ex patroa decidiu voltar para o Brasil. Na verdade, ali ela soube que nunca teria Angelique Boyer para si.


As duas se separam ao ouvir a voz de Pedro, ele grita, avisando que já acabou de colocar as malas e caixas dentro do carro, esse que foi emprestado pela patroa para fazer a mudança. Maitê fecha a última mala e leva para o irmão. Depois coloca todos os seus livros em uma caixa e faz o mesmo. É o seu recomeço.


- Se precisarem de ajuda me liguem.


- Mãe, nós podemos arrumar uma casa sozinhos. Seu filho só quer ir porque já vai arrumar um dos quartos do jeito dele. – Maitê revira os olhos ao falar.


- Claro, se você vai morar sozinha eu tenho direito a um quarto. – As duas sorriem. Apesar de já ter dezoito anos sempre foi um “crianção”.


- Tudo bem. – Maria abraça a filha mais uma vez. – Me ligue, por favor. Todos os dias.


- Eu vou, eu prometo.


            Elas se apertam mais. Quando Maitê olha para a janela do quarto de sua amada, ela está lá, observando-a, deixando as lágrimas caírem. Angelique não quer aquilo, mas não pode evitar. Sua sede por vingança é maior que qualquer coisa. Por enquanto.  Maitê desvia o olhar, não é esse sentimento triste que quer levar para a nova casa.


- Vamos, May. Você vai morar a vinte minutos daqui. Não é do outro lado do mundo. – É tirada dos seus pensamentos pela voz de Pedro.


- Vai antes que ele atropele você.


- Até mais, mãe, depois que terminar de me instalar eu aviso, poderemos passar nossos fins de semana juntas.


- Certo. – Ela beija a testa da filha. – Eu amo você e se cuide.


            Maitê olha uma última vez para a janela. A loira já não está mais lá, é o seu adeus, tão silencioso quanto o seu amor. Seu recomeço. Sua nova vida. Entra no carro e o irmão dá a partida. É sua renovação.


 


..........*****..........


 


- E então? – Fernando pergunta ao homem, estão no mesmo bar de sempre sentados à mesa.


- Consegui para um mês. Mas ele pediu mais duzentos mil.


- Caralho. Que filho da puta. – O moreno golpeia a mesa.


- Eu te disse.


- Certo, certo. Eu só preciso que seja rápido.


            É horário de almoço, bebem a cerveja e comem as besteiras de sempre.


- O que você está aprontando, Fernando?


- Eu já disse que quero sair do país. Ser outra pessoa.


- E como fará isso? Ou melhor, como conseguirá dinheiro para isso?


- Isso é problema meu. – Fernando se encosta na cadeira ao falar, relaxadamente.


- Com certeza deve vir lá da milionária da sua filha, não é?


- Eu já disse que é problema meu. Se você conseguir isso mais rápido eu molho a sua mão.


- Cara, você vai se dar mal com isso.


- Você não pode afirmar o que não sabe. O que vou fazer é limpo, nunca fiz antes. Então não se preocupe comigo, querido amigo.


            Eduardo bebe de sua cerveja. Ele não conseguirá tirar nada do homem. Quando ele vira o copo com calma observa duas pessoas passando em um carro, quase se engasga. Fazem quase cinco anos que não os via. Mas com certeza são eles.


- O que houve cara? Você está pálido.


- Eu... Eu preciso ir.


- Você está bem?


- Sim. Eu ligo avisando sobre qualquer novidade.


            Ele não dá nem tempo para que o homem fale, logo sai, indo em disparada para seu “puteiro” onde fica seu “escritório”. Ele rapidamente pega seu celular e liga para alguém. Também há muito tempo não fala com ela.


- Eu deixei bem claro que nunca mais queria falar com você. - A mulher responde, friamente.


- Eu sei disso. E eu também deixei bem claro que não queria mais falar com você. O seu dinheiro está todo mês em sua conta.


- Eu não quero seu dinheiro sujo. Eu já disse para não depositar mais.


- Eles também são meus filhos.


- Não me venha com essa agora, Eduardo. O que você quer?


- Eu os vi passando em meu bairro. O que estavam fazendo aqui?


- Até onde sei as ruas são públicas. Eles vão para onde quiserem. – A mulher nunca perdeu seu jeito desconfiado com ele.


- Sem gracinhas. O que estavam fazendo aqui? – A mulher suspira.


- Maitê vai morar sozinha.


- Eu pensei que ela ainda estava nos EUA.


- Como viu, não está mais, resolveu bater asinhas.


- Então... Ela está casando ou algo do tipo?


- Não. Apenas quer morar sozinha e ser independente.


- Certo. Será aqui perto? – Eduardo demonstra ansiedade.


- Está com medo de ela ver a vida que você leva?


- Eu só não quero ser surpreendido. – Mas a verdade é que esse é exatamente seu medo.


- Sim. É próximo e dará aulas em uma escola muito próxima do seu “trabalho”. – Ela ironizou a palavra.


- Como você permitiu isso, Maria?


- Você queria eu fizesse o que? Ela quis ir, conseguiu esse emprego, só quer recomeçar.


Eduardo suspira, não tem o que reclamar ou reivindicar. Um dia ele correria esse tipo de risco, só resta saber lidar com ele a partir de agora e não ser pego de surpresa.


- Como... Como você está?


- Poupe-me do seu cinismo, Eduardo. Era só isso que queria?


- Eu... Sim. Era só isso.


            Antes mesmo de ele dizer tchau ela desliga. Maria sempre foi e sempre será o amor da vida de Eduardo. A mãe de seus filhos e a única que conseguiu tocar seu coração. Mas nem mesmo esse grande amor não foi capaz de tirá-lo daquela vida.


Nos primeiros cinco anos se viu feliz. Bem. Mas aí as contas começaram a chegar. As crianças foram crescendo e ele só viu uma saída, voltar a sua vida antiga. Mas o problema era que a esposa não queria isso para seus filhos. Então houve a separação, no fundo o pai também não queria aquilo para seus bebês, por isso resolveu sumir, mas os amava mais do que poderia exemplificar. Agora ele perdera todos, mas o destino é tão filho da puta que os trouxe praticamente para sua porta. Tem que evitar esse encontro ao máximo. Não pode levar toda essa merda para a vida dos seus filhos.


 


..........*****..........


 


- Meu Deus do céu! Anahí, essa história é muito louca. – Carla diz, impressionada.


            Elas estão na sala da presidência. Onde Anahí conta toda a descoberta para Carla.


- Eu sei. – Ela suspira olhando para a prima sentada a sua frente.


- E você está bem com isso?


- Eu não posso estar bem, Carla. Mas estou tranquila. Acredito nela. Dulce já me deu provas suficientes que me ama, tem seu próprio dinheiro e não é pouco, você viu. Não é fruto da sua antiga vida, você também viu isso. Agora eu só preciso acreditar que ela me ama de verdade.


- E o que falta para isso?


- Casarmos.


- Você ainda pretende casar com ela? – O receio no tom de voz da ruiva é evidente.


- Claro que sim, Carla. Desistir nunca foi uma opção. – Daquilo a loira não tem dúvidas.


- Anahí, você tem certeza?


- Olha, você se lembra como foi meus últimos oito anos? Você sabe como eu vivia. Eu só respirava, Carla, sobrevivia. Então ela apareceu. Você melhor do que ninguém sabe que depois dela tudo mudou. Eu estou feliz de novo. – Ela já chora. – Droga, eu a amo tanto que mesmo que ela dissesse que é por dinheiro eu ainda casaria, prefiro tê-la de qualquer forma do que não ter.


- Anahí, isso é... Oh, Deus! – A ruiva vai abraçar a prima. – Fique calma. Eu adoro Dulce. O jeito que ela te olha, como ela te deseja, como te protege e cuida de você, como ela te ama, não pode ser mentira. Ela ama você, Anahí, eu sei disso. – A maior diz enquanto acaricia os cabelos da prima.


- Eu também sei, Carla. Merda, eu sei disso. Eu a amo tanto. Quando eu soube do acidente, eu... Eu vivi aquele inferno de novo. Eu só pensava que a perderia, que se ela morresse eu morreria junto. Não dá para ficar sem ela. Eu não suportaria. – A dor sentida pelas duas é horrível, Anahí pela família perdida, Carla pela prima que ainda sente aquela ferida lhe torturar.


- Shiii. Calma. – A ruiva beija o cabelo da prima. – Então apenas a ame, Anahí. A merda do dinheiro não importa. Você tem tanto, não ligue para isso. Se ela te faz feliz lute por isso. Eu estava lá, prima, eu via você morrendo aos poucos. Eu via você vegetando, só saía para essa empresa. Eu vi seu sofrimento. Você é outra pessoa agora, está viva novamente. Então mande todos para o inferno e segure sua mulher com toda a sua força.


- Obrigada. Obrigada. – Um sorriso brota no rosto de Anahí.


- Só quero que seja feliz, mas eu te aconselho a não falar essa história para o meu pai. – Elas se afastam e Anahí limpa suas lágrimas.


- Em nenhum momento pensei em dizer.


            Elas sorriem. André mataria Dulce se soubesse disso. Só o fato de Carla saber deixa a morena mais calma, precisava desabafar.


- Obrigada por me ouvir.


- Eu sempre estarei aqui por você.


            Elas se abraçam mais uma vez. São mais que primas, são melhores amigas, confidentes, família. Uma sempre apoiará a outra.


 


..........*****..........


 


 (02 de setembro de 2017, Sábado)


Angelique não conseguiu se concentrar em mais nada durante o resto da semana. Pensou em mandar mensagens para Dulce, mas desistiu. Em seus pensamentos só tem uma pessoa. Maitê. A morena tira seu sono. Seu toque, seus beijos, seu corpo, tudo ainda se faz presente para a loira. Está sofrendo.


É sábado à noite. Se pega pensando no que a mulher pode estar fazendo. Será que conheceu alguém? Alguma vizinha interessante, ou no novo trabalho, se está bem.


- Que droga! – Ela joga a taça de vinho com força na parede, fazendo os cacos de cristal se despedaçaram no chão. 


            Angelique está perdendo o controle de sua vida. Essa vingança idiota está tirando mais do que está disposta a dar. Pode estar deixando sua felicidade ir embora com aquela morena. Mas o pior é que sua raiva por Dulce só aumenta.


Ela coloca a culpa de tudo na mulher, assim sua sede de vingança só cresce. A reunião que terá com Anahí foi adiada devido aos acontecimentos com sua noiva, isso a deixou mais furiosa.


- Eu vou acabar com você, Dulce, eu juro que vou.


 


..........*****..........


- Você deve ser a nova inquilina. – A mulata diz.


- Ah, sim, prazer, Maitê. – Ela estende a mão para a mulher.


- Eu me chamo Valéria.


            Valéria é uma morena muito simpática. Sua pele negra é perfeita com aquele cabelo cacheado. Estão as duas paradas em frente a porta esperando o elevador do prédio.


- Aqui é legal. É um bom bairro. Com vizinhos bons e tudo que você quiser tem perto. Supermercado, posto de gasolina, shopping. É perfeito. – Valéria tenta puxar assunto com a outra. Na verdade, a achou linda.


- Deve ser legal. Você mora sozinha?


- Sim. Tinha meu irmão. Mas ele viajou. Agora sou só eu e o Deco.


- Seu namorado?


- Ah, não. Digamos eu sou do lado colorido da força. – Ela sorri. – Deco é meu cachorrinho.


- Ah, sim, me perdoe a indiscrição.


- Sem problemas, morena. Vamos marcar algo qualquer dia desses, o que acha? – Antes dela responder o elevador chega. Elas entram e se encaram por um tempo.


            Maitê queria dizer sim. Queria mesmo. Valéria é linda, simpática e parece ser uma boa pessoa. Mas seu coração já está preenchido por um amor. Um dia quem sabe ela poderá dizer sim a alguém, mas ainda não é a hora.


- Marcaremos um dia desses. – Tenta desconversar.


- Legal. Depois te apresento o Deco.


- Sim. Será bom ter amigos.


- Você vai adorá-lo. Ele gosta de carinho. É tão carente quanto a dona dele.


- Imagino. – Maitê responde, tímida.


- Você não gosta de falar ou eu estou falando demais? – A mulata a encara.


- Talvez um pouco dos dois. – A voz da loira sai baixa, envergonhada.


- Desculpe. Quando estou perto de uma mulher bonita, fico nervosa. Meu nervosismo transparece na fala. Já deu para perceber. Vou tentar me controlar.


            Maitê não sabe se sorri ou se fica mais envergonhada. Valéria é muito engraçada. Por um instante a loira até acredita que a mulher tenha ficado quieta. Mas então ela dispara a falar de novo.


- Mas então, o que você faz? Em que trabalha? Tem quantos anos? - Maitê a encara sem acreditar. – Oh, me desculpe, estou perguntando demais. Droga, só vou me acalmar quando eu sair daqui. – Ela balança a perna freneticamente.


- Você está bem?


- Sim. Estou ótima. – Mas a resposta não foi convivente.


- Tem certeza?


- Sim.


            E então o elevador para e a porta se abre. Valéria sai em disparada e curva o corpo se apoiando em seus joelhos, respirando devagar.


- Você está mesmo bem?


- Agora sim. Eu disse que perto de mulher bonita eu fico nervosa.


- Você tem claustrofobia, não é?


            A morena a encara e começa a sorrir.


- Ficou tão óbvio assim?


- É, ficou. Porque entrou ali? – Maitê fica ao lado da mulata.


- Você ia entrar, eu não ia deixar de ficar perto de você por causa dessa doença idiota.


- A idiota foi você e não a doença. – Apesar de calmas, as palavras são firmes.


- Eu consegui te impressionar?


- Na verdade, você me deixou preocupada.


- Pelo menos te causei algo. Normalmente as pessoas correm de mim. – Valéria volta a ficar ereta, já controlando sua respiração.


- E porquê? Você é linda. – Maitê diz algo óbvio.


- Oh! Isso também é novo. Se eu não estava apaixonada por você, acabei de ficar.


- Você é engraçada, Valéria. – A morena diz, sorrindo.


- Pare de sorrir de mim. Eu sou uma mulher de vinte anos com claustrofobia que acabou de entrar em um elevador para ficar perto de uma morena muito bonita. Espero que tenha te impressionado, porque isso foi uma ida ao inferno para mim. – Valéria não está falando sério, na verdade está sorrindo.


 - Calma aí. Vamos começar de novo. Eu sou Maitê, tenho vinte e cinco anos, serei professora de inglês na escola aqui perto. – A morena estende a mão.


- Eu sou Valéria, tenho vinte anos. Trabalho em um escritório de advocacia e faço faculdade de direito. E também moro sozinha. Ah, e te achei linda. – A mais nova diz ao retribuir o toque na mão.


- Você já disse isso, espertinha.


- Não custa nada reforçar. – O sorrido da morena é sapeca.


- Você quer mesmo me impressionar, não é?


- Sim. Estou conseguindo?


- Na verdade, está.


 - Yes. – Valéria faz o movimento com o braço de cima para baixo.


- Certo. Qual o seu apartamento?


- Você vai me visitar a noite? – A mulata pergunta, maliciosa.


- Não. Para eu te levar até lá. Sua crise já passou?


- Sim. A minha é leve. Eu só tenho pavor a lugares fechados, não precisa ficar com medo, pensando que eu vou falar sozinha ou coisa do tipo. Então se pensou em namorar comigo, saiba que sou muito normal. Só não posso entrar no elevador. Você pensou? Espera, não me fala. Prefiro a surpresa.


- Ok, espertinha. Vá para casa. – O sorriso meigo de Maitê faz a mulata ficar mais atraída.


- Hey, qual o seu? Eu posso precisar de açúcar, ou sal, ou uma massagem quem sabe.


- Deuses, você flerta o tempo todo?


- Não. Para falar a verdade eu nunca fiz isso. Você deve ser especial.


- Ok. Parou. E para não dizer que eu sou mal-educada. O meu é o vinte e sete.


- Olha só. O meu é o vinte e oito. Que coincidência em? – Valéria ergue uma das sobrancelhas ao sorrir.            


- Não sei se fico feliz ou preocupada com isso.


- Nossa, morena, você acabou de quebrar o meu coração. – A mais nova diz, fazendo um biquinho manhoso.


- Tchau, Valéria. –  Maitê diz, se encaminhado para o corredor.


- Hey, nós somos vizinhas, me espere. – A mulata grita e corre atrás da morena.


            Maitê sorri. Acaba de fazer sua primeira amizade com uma mulher que parece ter um parafuso a menos. Mas ela adorou, pois conseguiu se distrair. Acredita que vão se dar muito bem.



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Autor(a): suzyrufino

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Prévia do próximo capítulo

Dulceestá deitada de bruços na cama. Tem sua noiva sentada em sua bunda, fazendo massagem em suas costas. Mas na verdade ela quer outra coisa. - Como está sua perna? – Anahí pergunta ao passar a mão pelas costelas da noiva. - Hum... Bem melhor, praticamente boa. - Praticamente não é estar boa. - Hum... Aí, amo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 17



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  • tryciarg89 Postado em 27/08/2023 - 07:22:23

    Simplesmente linda,ameiiii

  • Jubs Postado em 13/05/2019 - 02:03:21

    MDS QUE CAPITULO QUENTE HAHAHAHA QUERO MAIS

  • Lene Jauregui Postado em 12/05/2019 - 21:35:32

    Santi Deus, que capítulo excitante senhor, essas duas parecem coelhas no cio rsrs. Super ameiii os capítulos, e pelo que vie vem mas sexo no outro capítulo. Adorei. Continua amor

    • Lene Jauregui Postado em 12/05/2019 - 21:36:01

      #santo

  • Jubs Postado em 12/05/2019 - 03:56:29

    Mdssss que ódio desse cara! Continua pfvrrrrrr

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:14:58

    Continuaaaa

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:23:29

    MDS como eu amo essa fanfic, ela é muito maravilhosa!! <3

    • suzyrufino Postado em 10/05/2019 - 19:45:50

      Fico feliz q esteja amando. Irei posta jaja

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:23:02

    Eu nem sei o que vai acontecer ainda mas já quero matar o pai delaaaaaa

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 03:04:21

    Finalmente tudo foi resolvido, mas acho que o pai dela ainda vai aprontar pqp continuaaaaa

  • Jubs Postado em 27/03/2019 - 22:07:32

    VOLTAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 25/03/2019 - 13:08:21

    Tomara que a Angel não atrapalhe as coisas


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