Fanfic: INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada | Tema: AyD

(Dois anos depois, Dezembro de 2019)

- Amor, eu quero um filho.

- Angelique, você disse que iria esperar eu terminar a faculdade, ainda faltam dois anos.

            Estão discutindo no quarto delas. Esse que é o antigo da loira na mansão. Logo depois que se casaram, um mês depois do pedido, com uma linda festa exigida pela senhora Boyer, o casal se mudou para a mansão e o irmão da morena começou faculdade de direito, então se mudou para o apartamento, ele também preferiu evitar o pai.

É véspera de natal, especificamente dia 21 de dezembro e a loira está com essa ideia na cabeça de que quer um filho, para ela é a hora certa. Mas Maitê quer terminar a faculdade de Letras antes de dar esse passo.

- Amor, eu posso engravidar, na verdade, eu quero engravidar. Por favor.

- Angelique...

- Por favor... – A loira está usando todas as duas armas.

- Angel, é um bebê.

- Eu sei disso. Será o nosso bebê. Nós somos casadas perante a lei, ele será nosso, não teremos problemas com registro ou coisa do tipo. É só você dizer sim.

- Eu... Eu também quero, mas você prometeu esperar até eu terminar a faculdade.

- Eu sei, mas eu sinto que estou pronta. Meu corpo está me dizendo que estou pronta, amor. Por favor, me faz mais feliz que agora, me dê esse presente. – Angelique já está próxima dela, quase sussurrando contra seus lábios

- Droga, como posso dizer não com você me olhando assim? Eu amo você, sua idiota, e claro que quero ter um filho com você.

            A loira abraça a esposa e beija seus lábios.

- Obrigada, obrigada, obrigada. Eu amo você.

..........*****..........

- Tudo bem? – Anahípergunta.

- Sim. Diga-me de novo como você me convenceu a fazer isso?

            Dulce está deitada na cama da clínica. Pronta para fazer a inseminação.

- Primeiro, eu te fiz gozar cinco vezes, segundo, você me ama, e terceiro, você também quer um filho.

- É válido, mas quando eu disse, “Amor, vamos ter um filho”, eu quis dizer “Amor, que tal você engravidar?” e não eu.

- Eu quero mimar você, cuidar de você, te chamar de linda quando estiver se sentindo inchada e quero saciar seus desejos, principalmente os sexuais.

- E você acha que eu não queria isso tudo também? – A morena aperta a mão da esposa, sabe que ela está nervosa.

- Amor, você é mais velha que eu. Esse é o seu momento, o meu virá em breve.

- Tudo bem, vamos ter um filho e amá-lo acima de tudo.

- Sim, meu amor, mais que tudo.

            Anahí aperta mais as mãos da noiva e beija seus lábios, bem no momento em que a médica entra na sala.

- Pronta, senhora Portilla?

- Sim. – Responde Dulce, elas resolveram aderir ao sobrenome da menor e assim são conhecidas, como senhoras Portilla.

- Então vamos. O doador que escolheram tem material para três tentativas, então vamos torcer para dar tudo certo. Preciso que relaxe, por mais constrangedor que possa ser, sugiro que imagine uma cena bem relaxante, só é um pouco incômodo.

- Tudo bem.

            A médica se acomoda no assento entre as pernas de Dulce e se prepara. Ela pega o material e penetra lentamente na mulher se enfiando mais e mais, até que consegue o ponto, fazendo o trabalho.

- Anahí, você vai ter que pagar com muitos orais por conta disso aqui, juro que se não fizer eu me separo de você.

- Dulce. Meu Deus! – Ela aperta a mão da esposa com força. - Cale a boca, Dulce Maria. – Anahí está vermelha de vergonha.

- Ok, acabei. – A doutora diz, pois já está ficando sem graça. – Agora é só esperar, em duas semanas saberemos se deu certo.

- Obrigada. – Anahí agradece.

            Depois de Dulce se arrumar e escutarem as instruções da médica, se despedem e vão para casa. Quando entram no local a maior joga a esposa contra a parede e começa a beijá-la.

- Você me deve um orgasmo. – Ela diz passando a mão pelo corpo da esposa.

- Devo?

- Sim e quero naquele sofá. Venha.

            Ela puxa Anahí e senta no sofá, tira a calcinha e levanta o vestido, expondo sua intimidade brilhando de desejo.

- Agora, me chupe.

- Certo, mas com calma, sabe que não pode fazer nenhum esforço.

- Só faça, Anahí, me chupe agora!

            Abre mais as pernas e chama a esposa com o dedo indicador. Anahí sorri com a situação, mas não ousa contrariar. Ela se ajoelha na frente da mulher e coloca as pernas dela em seu ombro, tratando de começar o seu trabalho. Sua língua sobe e desce, lentamente.

- Você tem uma boca maravilhosa, isso.

            Dulce segura os cabelos da menor com força, empurrando mais a cabeça dela contra a sua intimidade. O seu prazer é absoluto e o orgasmo já se faz presente.

- Amor... Estou quase, isso, bem aí.

            Ela já delira, não consegue mais segurar e nem quer retardar aquela sensação maravilhosa.

- Eu vou... Anahí... Oh, Deus!

            Então se deixa derramar na boca da esposa, chamando por seu nome. É impossível não se sentir completa com aquela mulher. A menor levanta seu corpo e acomoda a outra no sofá, deitando em cima dela com cuidado.

- Será que Marta nos escutou? – Dulce pergunta, sendo acariciada o cabelo pela esposa.

- É impossível não escutar você. - Anahí responde, sorrindo. – Mas ela é discreta, liga seu rádio. Ela conhece a patroa tarada que tem.

            - Ainda bem que você se conhece. – Dulce diz, levantando e pegando sua calcinha.

- Ah, claro, porque eu estava falando de mim. – A menor provoca.

            Dulce a encara com o olhar satisfeito e vai em direção ao quarto delas. Anahí nem pode acreditar que acabaram de fazer a inseminação. Elas serão mães, aquela expectativa a deixa mais radiante. Mimar tanto sua esposa, cuidará dela, é uma promessa que ela faz.

- Eu amo a minha vida.

            Ela diz antes de ir atrás da esposa, que com certeza já está tomando banho, agora irá fazer ela retribuir o prazer debaixo do chuveiro. Com certeza ela ama sua vida.

..........*****..........

(Dois meses depois, Fevereiro de 2020)

- Amor... Acorde. Maitê...

- Hum... – Ela geme contra o pescoço da esposa.

- Acorde.

- O que? Você está bem? – A morena pergunta, sonolenta.

- Eu estou com desejo.

- Angelique, são três da manhã. Durma que passará.

- Não funciona assim, Maitê. Você quer que seu filho nasça com cara de pizza de frango e cobertura de sorvete de banana?

- Credo, Angel. Isso é seu desejo? – Ela olha para a esposa.

- Sim, por favor, eu quero.

- Amor, onde vou encontrar uma pizzaria agora e sorvete de banana, que deve ser horrível.

- Não é, e eu quero. Vá de uma vez, leva o Ricardo com você.

- Não pode ser só ele?

- Não importa, Maitê, apenas traga o meu desejo.

- Ok, ok. Eu volto já.

            Ela veste a camisa do moletom, pois está apenas com a calça e de top. Sai do quarto e encontra o segurança Ricardo em frente do portão.

- Desejo de novo? – Ele pergunta, sorrindo.

- Sim, estão cada vez piores. Dessa vez vou te pedir um imenso favor, vá comprar, eu estou com muito sono, quando chegar me acorde, estarei no sofá.

- Sim, senhora, o que é dessa vez?

- Pizza de frango com cobertura de sorvete de banana. - Ele faz uma careta. – Eu sei, pode dizer.

- Isso é horrível.

- Nem me fale, então, por favor, encontre uma pizzaria aberta e esse bendito sorvete.

- Pode deixar, senhora, volto o mais rápido que puder.

            Maitê concorda e volta para deitar no sofá da sala. Logo pega no sono de novo. Quando dá por si, escuta o segurança a chamando novamente, com a pizza e o pote de sorvete.

- Você encontrou?

- Sim, senhora.

            Ela sorri para ele e pega as comidas da sua mão, agradecendo e indo para o quarto. Quando chega observa sua esposa deitada e dormindo serenamente, agarrada ao seu travesseiro. Ela suspira, não acreditando que a loira dormiu, então coloca tudo em cima da mesinha e deita ao lado dela, na verdade, desmaia ao lado de Angelique que nem nota a presença da esposa novamente.

            Na manhã seguinte Maitê acorda com barulhos e cheiros estranhos, ela tenta abrir seus olhos, mas ainda está com muito sono, assim que consegue, depois de muito esforço, olha sua esposa comendo desesperadamente a pizza. Angelique pega um pedaço e colocava dentro do pote de sorvete, depois leva até boca, a cena não é bonita de se ver, mas ela não falará nada.

- Amor, o que está fazendo?

- Comendo, oras! – A loira responde de boca cheia.

- Isso eu já vi, mas não poderia fazer isso fora da cama e mais devagar?

- Não, você me deixou dormir ontem sem matar o meu desejo, então hoje ele veio mais forte.

- Credo, Angel. Pare com isso.

- Deixe-me comer em paz.

- É isso mesmo que eu vou fazer.

            Maitê levanta da cama e vai até o banheiro. Ela lava o rosto e quando volta sua esposa está do mesmo jeito. A morena simplesmente nega com um movimento da cabeça e desce a escada, indo para a cozinha, onde sua mãe está. Mesmo depois do casamento, Maria preferiu continuar trabalhando. Roberta também está lá, sorrindo animadamente.

- Bom dia.

- Hey, filha, que cara é essa?

- Angelique está lá em cima comendo uma pizza fria com sorvete de banana, ela fez eu acordar as três da manhã para comprar. Eu pedi a Rodrigo e ele foi, quando ele chega, a sua filha estava dormindo. Me fez acordar na madrugada e ela dormiu. E agora está em cima da cama comendo aquela comida fria e nojenta.

            As duas mulheres se olham e começam a gargalhar. Isso tudo já era esperado.

- Do que estão sorrindo?

- De vocês duas, parecem duas crianças. Isso é normal, filha. Esses desejos são repentinos. E você, como uma boa esposa que é, tem que cuidar dela e mimá-la.

- Mas eu faço isso.

- Eu sei, querida. – Essa É Roberta que fala. – Mas estamos falando de Angelique, ela sempre quer atenção.

            Maitê analisa as palavras. Isso é verdade, ela sempre quer atenção. A loira pega uma xícara e resolve tomar café, depois resolverá tudo com a esposa.

..........*****..........

- Hum... merda.

            Anahí geme ao sentir os lábios da esposa em sua intimidade.

- Você precisa gozar logo.

- E porquê? – Ela olha para a esposa sem entender.

- Porque o meu desejo agora é de sentir seu gosto, urgentemente.

- Então trabalhe rápido. – A morena sorri, observando a mulher abocanhar seu sexo novamente.

            Dulce não brincou quando disse que seu desejo era pelo prazer da esposa. Ela quer, necessitava sentir seu gosto, isso a estava enlouquecendo durante toda a madrugada, até que amanheceu e ela não conseguiu mais segurar.  tratou logo de resolver o problema.

- Oh, isso, amor. Eu vou gozar, eu vou gozar. Dulce.

            Ela derrama seu líquido quente na boca da esposa, que não tarda em sugar tudo. Dulce sabe que a morena tem um gosto maravilhoso, mas naquela manhã de sábado ele está muito melhor. Ela se delicia com o sabor doce e salgado do mel de Anahí. Quando não deixa nenhum vestígio de gozo, levanta-se e beija os lábios da menor.

- Você é tão tarada que até seus desejos envolvem sexo.

- Eu sou tarada e você é gostosa, uma combinação perfeita. E não reclame, esses hormônios estão me levando a loucura.

- Oh, meu amor, não estou reclamando mesmo. Eu adoraria ser acordada todos os dias dessa forma.

            Elas apenas se abraçam e ficam agarradas naquela manhã. A barriga de gravidez de Dulce ainda não apareceu, mas Anahí faz questão de sempre acariciar e beijar onde se encontra seu pequeno milagre.

..........*****..........

- Angelique, amor, o que aconteceu?

            A morena pergunta ao entrar no quarto e ver sua esposa chorando em cima da cama. A pizza e o sorvete estão no chão.

- Me... Me desculpe.

- Amor, porque está pedindo desculpas? – Maitê sobe na cama e abraça a mulher.

- Eu... Eu estou só tratando você mal. – A loira soluça.

- Angel, você não me trata mal. Eu entendo, são os hormônios, eu sei que seus desejos são normais, eu nunca reclamei e nunca vou reclamar.

- Mas hoje... Hoje você me olhou com nojo. – Maitê se sente mal por isso.

- Oh, meu amor. Eu não estava com nojo de você, eu só achei estranho a forma que você estava comendo, eu nunca a vi assim, eu só fiquei surpresa. Eu nunca sentiria nojo de você.

- Você ainda me ama? – A morena até sorri daquela pergunta.

- Claro que sim, sua boba, eu sempre vou amar você.

- Eu te amo, muito.

- Eu também. Nunca duvide disso.

            Ela beija os cabelos da loira e a deixa deitar a cabeça em seu ombro. Sua mão foi diretamente para a barriga da esposa, que sente seu corpo arrepiar com o contato. Elas se sentem felizes por aquele pequeno ser a caminho, nada mudaria isso. Nada abalará o amor daquelas duas.

..........*****..........

 (Abril de 2020)

- Milzinho. – Carla olha para Dulce.

- Cinco mil.

- Fechado. – Apertam as mãos em sinal de compromisso.

            Dulce e Carla estão apostando sobre o sexo do bebê. A barriga da morena já mostra uma saliência. Na última consulta o bebê não colaborou. Agora estão indo de novo e as duas resolveram tornar tudo mais interessante. O palpite do casal é que será uma menina, mas Carla querendo ir contra elas, apostou em um garotão, agora isso está valendo cinco mil reais.

- É sério, vocês estão apostando sobre o meu filho?

- Amor, só para deixar mais emocionante, eu prometo que se eu ganhar, todo o dinheiro será gasto com nosso filho. – A maior fala, manhosa.

- Você me convence de tudo tão fácil com esse rostinho bonito, ainda mais agora com essa barriga sexy de grávida.

- Quero ver você dizer isso quando eu estiver gorda, inchada e sem poder transar, aí sim veremos o tamanho do seu amor.

- Aí que você se engana, querida Dulce. – Carla diz pegando sua bolsa para sair da casa do casal. – Aí é que ela vai ficar de quatro por você. Precisa vê-la falando de você na empresa. Dul, para cá, Dul, para lá. Eu acho que sei até a cor da calcinha que você usa no dia.

- Carla! Vai embora, sua idiota.

            As duas sorriem enquanto Anahí empurra a prima para fora da cobertura.

- Vamos logo, antes que meus nervos me façam passar mal. – Anahí está mais ansiosa do que a esposa.

- Amor, calma, seja menino ou menina vamos amar de qualquer forma. – Dulce abraça a morena.

- Eu sei. – Ela suspira. – Eu amo você.

            Elas se abraçam e em seguida saem. Cerca de meia hora depois já estão na clínica onde a gestante fazia todo o seu pré-natal. Elas entram e logo são atendidas.

- Prontas?

- Sim. – As duas respondem juntas.

- Como já sabe é gelado, relaxe. Vamos ver se o filho de vocês colabora dessa vez.

            A médica coloca o gel e começa seu trabalho, logo escutam o coraçãozinho.

- Oh, meu Deus! É o coração dele, amor. – Anahí está emocionada, segurando a mão da esposa com força.

- Sim. – Dulce não está muito atrás em termo de emoção.

- Aqui, estão vendo? – A médica aponta para a tela. – Sem torneirinha.

- Isso quer dizer...

- Sim, Anahí, vocês terão uma linda menina.

- Oh, meu Deus! Obrigada, obrigada, obrigada. – Anahí começa a dar selinhos da esposa. – Eu amo você. Obrigada.

- Eu também amo você. – Elas se afastam. – Ganhei cinco mil.

            As duas gargalham. Sim, elas estão felizes e terão uma linda princesa.

..........*****..........

- Vocês têm preferências?

            A médica pergunta ao sentar na cadeira. As duas mulheres se olham e sorriam.

- Na verdade eu queria uma menina, mas não me importo com o sexo, vou amá-lo de qualquer forma. – Maitê diz.

- Certo. Isso é gelado, agora relaxe e vamos ver se o bebê colabora.

            Ela começa a passar o aparelho pela barriga da loira que observa tudo com atenção, tendo a esposa segurando a sua mão. Estão radiantes. De repente escutam um barulhinho de batidas.

- É o coração. – A doutora fala, sorrindo.

- E então? – Angelique pergunta, já impaciente.

- Eu tenho duas notícias para dá. Talvez as duas boas.

- Diga.

- Vocês terão uma garotinha.

- Oh, céus!

            As duas sorriam e deixam as lágrimas caírem em seus rostos, é muita felicidade.

- Obrigada, eu amo você. – Angelique dá um selinho na esposa.

- Eu também te amo. E qual a outra notícia?

- Vocês também terão um garotinho.

- Espera. Você quer dizer... – Maitê nem pôde terminar a frase.

- Sim, são gêmeos.

• Oh, meus Deus, oh, meu Deus, oh, meu Deus! – A morena repete.

- Amor, calma.

- São dois. Dois bebês.

- May, não pira agora.

- Pirar? Eu estou é feliz demais. Dois filhos, amor. São dois filhos, nossas mães vão enlouquecer. – Ela aperta mais a mão da esposa e lhe dá um selinho.

- Sim, com toda a certeza.

            Elas não poderiam estar mais felizes. Será uma família perfeita.

..........*****..........

- E então, quem ganhou? – Roberta pergunta assim que as duas entram na casa. Ela e Maria apostaram sobre o sexo do bebê. Ela em um menino e a outra em uma menina.

- Ninguém. – Angelique responde.

- Como assim? – Maria pergunta, confusa.

- Na verdade, as duas ganharam. – Maitê diz, sorrindo, ao sentar no sofá com a esposa.

- Isso quer dizer... Oh, meu Deus! Gêmeos? – Roberta praticamente grita. – Dois? Oh, meu Deus, eu vou ser vovó em dobro.

- Mãe, não grita.

- Que gritaria é essa? – Rodolfo sai do escritório.

- Rodolfo, elas terão gêmeos. Dois bebês. Uma menina e um menino. – A mulher rapidamente conta a novidade para o marido.

- Sério? Parabéns, meu amor. – Ele abraça a filha. – E para você também, Maitê. – Agora abraça a nora.

- Obrigada. – Elas respondem juntas.

- Então ninguém ganhou a aposta.

            Todos sorriem. Maitê puxa a mão da esposa que tem a aliança e beija. A loira solta um “Eu te amo” que é retribuído com um sorriso e um “Eu amo você”. É amor, puro e simples amor.

..........*****..........

- Cinco mil na minha mão. – Dulce bate na palma da mão que está estendida.

- Idiota, essa aposta poderia não valer, você que está com o bebê, então o seu sexto sentido deveria dizer que era uma menina.

- Você que quis ir contra nós duas. Problema seu. Paga logo.

- Você é tão chata. – Ela puxa o talão de xeques da bolsa e assina, colocando o valor. – Aqui está exploradora.

- Dulce, você não presta. – Anahí diz. Estão na sala da presidência da AP Calçados.

- Eu sou justa, se ela perdeu tem que pagar.

- E quando vamos gastar esses cinco mil com coisas para a minha afilhada?

- Opa, espera aí, quem disse que você será madrinha da minha filha? – Dulce pergunta, séria.

- Ah, me poupe, Dul, venhamos e convenhamos, eu sou a melhor amiga de vocês, isso é meio óbvio.

- Você já será tia, não basta?

- Não, eu vou ser madrinha também. – Carla responde, convencida.

            Anahí observa a discussão das duas, parecem crianças. Elas brigam o tempo todo, mas a milionária sabe que se gostam e respeitam.

- Certo, parem com isso, amor, Carla tem razão. Eu não vou dar minha filha para qualquer pessoa ser madrinha. Então a melhor opção é ela.

- Odeio quando você tem razão. Mas eu só vou aceitar por falta de opção e não por você ser a melhor.

- Claro, claro, você finge que é verdade e eu finjo que acredito.

            Ela diz antes de sair da sala e deixar o casal sozinho.

- Eu a odeio.

- Odeia não, você a ama tanto quanto eu. – Anahí se aproxima da esposa e a beija. – Obrigada por isso. Eu amo você, prometo ser a melhor esposa e mãe.

- Sim, eu tenho certeza disso. Também te amo demais.

            E essa é a mais pura verdade.