Fanfics Brasil - III Pondo em Prática INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada

Fanfic: INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada | Tema: AyD


Capítulo: III Pondo em Prática

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Narrador


 


            Na manhã seguinte as duas se encontram ainda dormindo, Dulce está abraçada a Anahí, seus braços demonstram possessividade em relação a menor, inconscientemente Anahí adora aquela sensação de proteção e acolhimento durante seu sono, e seja qual for o motivo, não teve pesadelos naquela noite com sua família lhe deixando, se sente segura, feliz, como há muito tempo não sentia.


            Anahí acorda ao sentir o cheiro de uva, alguém está suspirando em seu pescoço. Por um momento se assusta, mas logo se lembra da noite anterior. Dulce ainda está ali, Anahí não esperava por isso, imaginou acordar sozinha e nunca mais ouvir falar da mulher, estava enganada, mal sabe ela que a outra pretende ficar, e se possível por um bom tempo.


            Aos poucos ela vai se movendo devagar, tentando não acordar a mulher, consegue desviar dos braços possessivos e ver-se de frente para a mulher, admirando a beleza de sua amante. Seus cabelos negros caídos por seu rosto, seus lábios carnudos, suas sobrancelhas grossas, seus olhos que mesmo fechados, sabe que são claros, fazem a perfeita sincronia para um rosto verdadeiramente bonito e exótico.


- Tão linda! – Anahí diz, alisando o rosto de Dulce.


            Anahí desce da cama e pega um roupão, com cuidado sai do quarto, indo em direção à cozinha, onde encontra Marta preparando algo. Ela se assusta ao constatar que se trata do almoço, isso quer dizer que perdera a manhã de trabalho.


- Bom dia, babá.


- Bom dia. menina, já estava preocupada, mas fiquei tão feliz por você dormir até esse horário, que não quis incomodar.


- Que horas são? – Anahí pergunta indo em direção à geladeira, pegando água.


- Onze e meia, o que aconteceu? Você está se sentindo bem?


            Anahí sorri e deduz que Marta não sabe de sua companhia no quarto.


- Estou ótima, Babá, melhor impossível.


- E esse sorriso? O que está me escondendo garota?


Antes de Anahí sequer pensar no que responder a campainha toca, não demora para Carla, desesperada, entrar na cozinha e abraçar a prima.


- Anahí, graças a Deus. – A ruiva aperta mais a morena.


- Hey, eu estou bem, o que aconteceu? – Elas se afastam e se encaram.


- Eu que deveria perguntar isso, sua idiota, você sumiu na noite passada. Liguei e você não atendeu. Eu estava tão bêbada que não tinha como vir aqui, quando cheguei à empresa você não estava. Anahí, o que aconteceu? Você nunca falta, eu entrei em desespero, só pensei o pior. – A ruiva está mesmo desesperada.


- Ah, é, sua maldita. Você me deixou lá sozinha com aquele cara asqueroso.


- Desculpa, prima. Mas espera, se você não ficou com ele, porque você está toda marcada no pescoço? – Carla fala, passando a mão pelo pescoço de sua prima.


            E nesse momento Anahí sente-se envergonhada, ela esqueceu totalmente das marcas, se xinga mentalmente por descer sem cobri-las com maquiagem, com certeza Marta também as viu, mas é tão discreta que nem tocou no assunto.


- Você transou! Sua cretina, você teve sexo selvagem. – Carla diz, quase gritando e sorrindo.


- Carla, fala baixo, sua idiota.


- Fala, quem é ele? Onde foi? Como foi? Você gostou? Pegou o telefone dele?


- Para! Vamos sair daqui, você está me deixando sem graça e à Marta também. – Dito isso Anahí puxa Carla pelo braço e vão para a sala, sentando no sofá.


 - Agora me fale tudo e não me esconda nada.


- Carla, eu não irei te falar em como fiz sexo.


- Eu não estou perguntando isso, prima, credo, eu nem quero saber dos detalhes sórdidos, eu quero saber dele.


- Bom, aí está o problema, tecnicamente... Não é ele.


- Hum, não entendi, como assim?


            Antes que Anahí responda, escutam Dulce descendo a escada, já vestida e com os saltos na mão, se assusta ao ver as duas na sala.


- É, bom dia, - Ela fala, sem graça.


            Anahí não sabe como reagir depois da noite anterior, foi tão maravilhoso, mas ela teme que esse seja o adeus.


- Espera, você transou com uma mulher? E, diga-se de passagem, que mulher em prima? – Carla fala, analisando Dulce.


- Carla. – Anahí a repreende.


- Não se preocupe, Anahí, eu gosto de ser admirada. – Dulce sorri.


- Linda e com um ego enorme.


- Não é ego, apenas autoestima. Mas mesmo assim obrigada pelo elogio. – Dulce vira-se para Anahí. – Posso falar com você a sós?


- Sim, me espere aqui, Carla, volto já.


            Anahí sai do cômodo e se encaminha para uma sala que usa de escritório e biblioteca, quando entra é pressionada na porta por uma Dulce selvagem, lembrando-a da noite passada.


- Imagino que esteja completamente nua por baixo desse roupão. – Dulce fala e enfia sua mão dentro da peça. – Como imaginei, você não pode ficar na minha frente apenas com isso, Anahí, eu penso em você nua, isso é uma expectativa tentadora.


            Dulce começa a beijar o pescoço de Anahí, ainda massageando o clitóris da mesma, fazendo-a gemer.


- Dul... pare com isso.


- Você realmente quer que eu pare?


- Não, mas...


- Como eu imaginei.


            Mas ao contrário do que Anahí espera, ela para, afastando seu corpo, para Anahí aquilo é uma tortura, mas para Dulce é uma forma de deixar o gostinho de quero mais, nesse momento precisa de uma forma para conseguir o telefone da outra, não pode se arriscar em passar um tempo sem se falarem e a situação esfriar.


- Eu preciso ir. – Diz Dulce.


- O que? Você irá me deixar assim?


- Vejo que eu consegui despertar seu lado obscuro. – O sorriso da mais velha é vitorioso.


- Sim, você literalmente fez isso. – Anahí fala e se aproxima de Dulce, beijando seus lábios em um toque calmo, a menor coloca seus braços em volta do pescoço da maior, intensificando o beijo, quando as coisas vão esquentando Dulce se afasta novamente.


- Eu realmente tenho que ir.


- Ok, isso pode soar estranho, mas como faço para te encontrar de novo? – Bingo, Dulce consegue o que quer.


- Você quer me encontrar de novo?


- Sim, eu te falei que não sou mulher de uma noite.


- Isso é perfeito, por que eu literalmente quero te ver de novo também. Anote seu número em um papel, eu não trouxe celular.


            Anahí se solta de Dulce e rapidamente anota o número de seu celular particular em um pedaço papel, entregando-o para a de cabelos lisos.


- É meu número particular, poucas pessoas o têm.


- Sinto-me honrada pela confiança, prometo entrar em contato o mais rápido possível. – Dulce fala e se aproxima novamente de Anahí, beijando-a.


- Você pode ficar mais se quiser, tomar café, Carla é minha prima, a de ontem, ela é um pouco... língua solta, mas é gente boa.


- Um pouco? – As duas sorriem.


- Ok, muito, mas ela é legal.


- Eu sei, minha pequena, mas realmente preciso ir, meu pai deve estar preocupado. E antes que me pergunte, eu não moro com meu pai, mas cuido dele e ele cuida de mim, só temos um ao outro.


- Tudo bem, fico esperando você entrar em contato.


- Eu farei, pode apostar.


            Elas se beijam uma última vez antes de Dulce se despedir de Carla na sala e seguir para a saída da cobertura. A noite para ela além de produtiva, foi prazerosa, esse será o melhor de seus golpes, por fim ainda levará de brinde uma mulher excepcionalmente gostosa.


A morena pega um táxi, não demora a estar em frente a seu prédio classe média. Junto de seu pai conseguiram sobreviver bem por todos esses anos a custo de golpes, sejam eles pequenos ou grandes.


Dulce o pratica em mulheres que são de famílias ricas, procura sempre aquelas mais novas entre dezoito e vinte anos, em muitos casos as próprias famílias pagam a ela para se afastar da vítima em questão, e não é pouco dinheiro. Seu pai sempre diz que se ela se envolvesse com homens também já estaria rica, mas se recusa, para ela estaria se transformando em prostituta se fizesse isso, nada contra as profissionais do sexo, mas não se deitaria com um homem por dinheiro.


Seu pai mora no mesmo prédio que ela, mas não no mesmo apartamento, quando Dulce entra em sua casa encontra o homem sentado no sofá com uma garrafa de cerveja na mão.


- Como foi?


- Melhor impossível. – Responde ela com um sorriso.


- E agora?


- Agora irei deixá-la de quatro por mim, namorar, casar, e aí dá o golpe final.


- Você pretende matá-la?


- Claro que não, pai, só tirarei o máximo de dinheiro dela que eu puder, com muita sorte ela casará comigo em comunhão de bens, e se não fizer, tentarei desviar bastante, iremos desenrolar isso com o tempo.


- Então um brinde a você que dará o maior golpe da história do Rio de Janeiro. – Ele fala levantando a garrafa.


- Sim, um brinde a minha futura esposa.


            Essa é uma certeza para Dulce, precisa se casar com Anahí, ganhar a confiança da outra, e assim conseguir arrancar muito dinheiro dela. Tudo estava como planejado, agora é partir para o segundo passo.


 


..........*****..........


 


            Na cobertura de Anahí, Carla não para de fazer perguntas constrangedoras, deixando a morena cada vez mais envergonhada. As duas estão agora almoçando depois de Anahí tomar um banho muito relaxante, mesmo contra sua vontade, pois ainda queria continuar com o cheiro de sua amante da noite anterior.


Está feliz, mas preocupada, quer que Dulce entre logo em contato com ela, a noite foi perfeita, se depender dela, elas iriam repeti-la.


- Anahí, você me surpreendeu, que mulher é aquela? Onde você arranjou, me fale para eu ir atrás de uma para mim. – A ruiva fala, bebendo seu suco de hortelã e dando garfadas na comida, estão sentadas à mesa.


- Pare com isso, Carla, não insista, não contarei nada a você. E pensei que você fosse hétero.


- Eu também pensei isso de você, e olha só, transou loucamente com uma mulher maravilhosa, acho que por aquela mulher qualquer um duvida de sua sexualidade.


- Não exagere, mas tenho que concordar, ela é espetacular. – Anahí diz com um sorriso.


- Ah, não prima, me fale algo, preciso saber de alguma informação.


- Ok, me faça uma pergunta, mas não exagere, certas coisas não irei responder.


- Certo, então, ela te chupou? – As palavras saem naturais da boca da ruiva.


- Oh, meus Deus, você é maluca. Sim, Carla, ela me chupou mais de uma vez se quer saber.


- E você gozou?


- O que você acha? – Anahí sorri, animadamente.


- Ah, não Anahí, eu quero essa mulher também, ninguém nunca me fez um oral descente.


- Nem pensar, se depender de mim teremos certa exclusividade. – A empresária tem esperança que isso aconteça.


- Uou, calma aí, mocinha, você nem a conhece, vai saber se ela não é igual as outras pessoas que chegam perto de você querendo apenas o seu dinheiro? – A razão toma conta da ruiva.


- Eu sei, Carla, mas sei lá, foi diferente, me senti segura com ela, me senti em casa em seus braços, nem tive pesadelos, essa foi a melhor noite que dormi depois da morte dos meus pais. Ela é carinhosa, sensível, se preocupou comigo, pode ter sido só sexo por essa noite, mas vejo um algo mais, entende? E sobre conhecer, é isso que pretendo, claro que irei investigar sobre ela, irei saber se o que me disse é verdade.


Anahí pode parecer ingênua, mas ela não perde sua visão curiosa das coisas, seu olhar calculista é ligado a ela.


- Ok, podemos pedir para papai levantar a ficha dela. Mas por favor, prima, não se apaixone antes de saber quem ela realmente é.


- Estou ciente disso, Carla, irei com calma, mas é inegável que essa mulher mexeu comigo de uma forma que não posso controlar.


            Carla observa sua prima com atenção, sabendo que Anahí irá se apaixonar por essa desconhecida, está evidente em seus olhos. Mas fará uma pesquisa completa sobre essa tal de Dulce, se for uma interesseira, a expulsará da vida de sua prima sem pensar duas vezes.


            Após o almoço, as duas vão para a empresa, Anahí tenta ao máximo se concentrar no trabalho, mas não para de pensar na mulher e na noite que tiveram. Olha a todo momento para o celular esperando algum sinal, mas nada, aquilo a está deixando inquieta, assim passa quase toda a sua tarde.


Enquanto isso Carla é mais rápida, quando chegou à empresa foi onde seu pai, contou-lhe sobre Dulce, André conseguiu todo o histórico da golpista, mas a verdade é que Dulce Maria não mentira em relação ao passado de sua mãe, que era mesmo policial e deixou uma razoável herança para sua filha. A falecida não passava de uma das inocentes vítimas do pai de morena, ela era uma mulher apaixonada que fez de tudo para ajudar o homem quando descobriu seu passado, assim como Caio também não tem antecedentes criminais. A única mentira de Dulce foi a raiz de seu dinheiro, que não é totalmente de investimentos, mas em grande parte de seus golpes.


            André e Carla tranquilizaram-se com isso. Carla vai até a sala da prima dar a notícia. Quando chega encontra a morena viajando em seus pensamentos, nem escuta as batidas na porta.


- Hey... Anahí.... Anahí... Anahí! – Acaba gritando.


- Porque está gritando? Eu estou bem aqui.


- Não está não. Deixa-me adivinhar? Está pensando naquele pedaço de mal caminho, acertei?


- Está tão evidente assim? – A menor sorri, timidamente.


- Talvez se você parasse de olhar para esse celular dava menos na vista. – As duas estão sentadas de frente uma para a outra.


- Droga, ela não mandou nem uma mensagem. Eu sou uma idiota, no final foi apenas sexo.


- Calma, você não disse que ela trabalha, que tem investimentos e cuida do pai? Então, relaxa, eu tenho uma ótima notícia.


- Então fale, eu preciso de algo assim. - Carla ergue o envelope que tem em mãos e entrega para Anahí. – O que é isso?


- Abra e olhe. – Assim Anahí faz.


            Dentro tem todas as informações sobre Dulce Maria, nome de pai, mãe, idade, data de nascimento, descendência, antecedentes criminais, até a conta bancária, havia também algumas fotos dela, entrando em seu apartamento, tomando café, sentada na praça, até na balada em que se conheceram, Anahí está impressionada com os detalhes das informações.


- Como conseguiu tudo isso?


- Contatos, minha querida prima, contatos, estamos no Brasil, basta molhar a mão de alguém e terás o que quer. Meu pai me ajudou, ele ficou preocupado também, mas depois do dossiê se tranquilizou.


- Ok, isso realmente me deixa feliz. – Anahí diz, sorrindo aliviada.


- Então relaxe, se foi tão bom para ela quanto foi para você, ela entrará em contato, fique calma, e se ela ligar não demonstre desespero. Cadê a mulher inteligente e fria que eu conheço?


- Esse papel só vale para os negócios, Carla, você me conhece melhor do que qualquer pessoa.


- Pois trate de trazê-la à tona. Já pensou o fetiche sexual com você vestida com essas roupas sociais que te deixam sexy? Ela irá enlouquecer.


- Ok, Carla, sem comentários.


            As duas sorriem, no fundo Anahí imaginou tais cenas, de fato as roupas são sexys, seu ar de mulher indomada nos negócios a deixa excitante, Dulce descobrirá isso em pouco tempo.


            Duas horas depois Anahí já está em seu luxuoso apartamento. Deixa-se descansar depois de um banho relaxante, janta e logo volta para a cama, nesse meio tempo esqueceu-se do celular, mas quando deita e o pega depara-se com o que mais esperou durante o dia todo.


(20:15) “Boa noite, minha pequena, espero que não se incomode por lhe chamar de minha. Bom, esse é meu número, perdoe-me a demora, meu pai me encheu de perguntas. Adorei nossa noite, e espero que se repita, beijos de uma pessoa que quer lhe conhecer melhor”.


 


            Anahí sorri involuntariamente com as palavras da outra, Dulce consegue dizer tudo que ela quer ouvir, com certeza lhe dará a chance de se conhecerem melhor.


 


(21:23) “Fico feliz que tenha lembrado desta simples mortal, que também adorou nossa noite e com certeza quer repeti-la. Sobre nos conhecermos, estarei à sua disposição”.


 


            O sorriso de Dulce não pode ser descrito, o objetivo foi alcançado, o próximo passo é fazer a mulher se apaixonar perdidamente por ela, tem uma estimativa de seis meses para, se não casadas, mas já estarem morando juntas, se esforçará para isso.


 


“(21:25) Oh, você me assustou, por um instante pensei que havia me esquecido, mas a esperança é a última que morre. Então como está? Como foi o seu resto do dia?”


 


(Anahí) “Muito cansativo, de certa forma não consegui me concentrar em nada, não parava de pensar em certa morena que me enlouqueceu na noite passada”.


 


(Dulce) “Não faça isso Anahí, estou razoavelmente longe de você, seu gosto ainda está em minha boca, pretendo deixá-lo aqui por um bom tempo”.


 


(Anahí) “Você consegue ser pervertida, sexy e fofa ao mesmo tempo, é um dom que não se encontra em qualquer pessoa”.


 


(Dulce) “Eu não sou qualquer pessoa”.


 


(Anahí) “Não irei mais comentar sobre seu ego, ele é até excitante”.


 


(Dulce) “Sinto-me satisfeita em saber que te deixo excitada apenas com meu ego”.


 


(Anahí) “Você não tem ideia do quanto”.


 


            Anahí responde a última mensagem com um sorriso no rosto, elas conversam por mais algumas horas, mas logo se despedem com a promessa de no dia seguinte se encontrarem para jantar. Dulce buscará a outra e irão a um restaurante. Com isso há o boa noite, as duas adormeceram, cada uma pensando no próximo encontro.


            Assim que acorda, Dulce é surpreendida por seu pai que está em sua cozinha, o homem é folgado, há tempos não consegue um “trabalho” que lhe dê segurança, sua beleza já não é mais a mesma, então sua rotina é infernizar a vida de sua filha


Aquele golpe é sua aposentadoria, sua filha lhe ajudará em tudo, após ser extremamente rica com esse plano, ele também subirá seu nível de vida, por isso fará o possível e o impossível para ajudar sua Dulce.


- O que faz aqui? – A tom de voz da mulher é irritado.


- Oras, não posso visitar minha querida filha?


- Lembre-me de trocar a fechadura, já disse para não entrar aqui sem minha permissão, e se eu estivesse com alguém?


- Eu sei quando está com alguém, Dul, meu apartamento é ao lado, sou orgulhoso em dizer que as mulheres que saem daqui se demonstram bem satisfeitas, os gemidos delas, nossa, é coisa de outro mundo. – Ele diz com um sorriso no rosto.


- Você é nojento, pai, não é à toa que a minha mãe te largou.


Dulce fala ao pegar uma garrafa com água na geladeira, mas a mesma vai ao chão quando seu pai a segura com força e prensa seu corpo na parede, apertando em seu pescoço.


- Nunca mais fale de sua mãe desse jeito, ela não me deixou, ela me amava. – Ele diz, demonstrando raiva na voz.


- Você está me machucando.


- Ouça bem, menina, você tem um trabalho a fazer, esse será o fim dos nossos problemas, então se concentre nisso, você irá terminá-lo. Não pense que já esqueci do último, sua paixãozinha por aquela menina quase nos deixou na ruína. Os pais dela pagaram meio milhão só para você sumir, e sei que hesitou em aceitar. O que? Achou que depois de tudo aquela criança iria te querer? Ela só tinha dezoito anos, Dulce. Você não pode se apaixonar, você não é mulher para ninguém amar.


- Solte-me, seu asqueroso. – As palavras de seu pai doem na mulher.


            Há quatro anos, Dulce com vinte e um de idade, se envolveu com uma mulher de dezoito, filha de fazendeiros, ela só não contava que iria gostar além da conta de Angelique. Tudo ia como planejado, os pais da menina ofereceram quinhentos mil reais para ela sumir, esse até então era o maior valor que já recebera, mas Dulce estava apaixonada e queria recusar, mas seu pai se antecipou e fez com que sua filha fizesse o combinado.


Fernando é um homem razoavelmente controlado, ele só o perde por dois motivos, falar da mãe de Dulce e quando perde dinheiro, e esse ultimamente só é conseguido por meio de sua filha. Nesse momento ele está perdendo o controle pelos dois motivos ao mesmo tempo.


- Você não vai estragar tudo dessa vez, Dulce, escute bem, aquela garota é nosso passe para a vida que sempre desejamos, espero que dessa vez faça direito. E se tocar no nome da sua mãe outra vez dessa forma eu te mato, eu juro que te mato. – Fernando diz, soltando o pescoço de sua filha.


- Você não me matará, querido papai, estamos no mesmo barco, você é apenas um coroa que dá golpes para conseguir sobreviver, sem mim você não é nada. – Dulce diz, sorrindo.


- Você não vale nada, Dulce, é por isso que se parece tanto comigo.


- Eu não pareço em nada com você, você é nojento, sem coração, asqueroso, e pior, não ama ninguém, eu odeio você. – A mulher fala ao passar a mão no pescoço.


- Você pode até odiar, mas sem mim não seria nada. - Fernando diz e vai saindo do apartamento, mas antes disso vira e encara a filha. – Espero que você dê àquela garota os melhores orgasmos da vida dela.


            Dulce se enoja pelas palavras do pai, no fundo ela sente nojo de si mesma, sabe que é igual a ele. Fazê-la lembrar de Angelique dói, foi a única mulher que Dulce gostou de verdade, estava disposta a largar tudo e ficar com a garota, porém mais uma vez seu pai interviu e estragou seus planos.


Quando Dulce fez vinte anos pensou em sair dessa vida, desde os quinze dava golpes, queria uma vida normal, estudar, arranjar um emprego, casar, ter filhos, quando conheceu Angelique ela conseguiu se ver dessa forma, com uma família, mas seu pai sempre deixava claro quem ela era, de onde vinha e para onde iria, estragou tudo com sua amada.


Depois de pegar o dinheiro nunca mais ouviu falar de Angelique, ficou sabendo que a mesma foi estudar fora. Depois disso desistiu de lutar, essa é a sua vida, assim conformou-se.


            Depois que Fernando saiu Dulce deixa-se chorar. Está sentada no sofá abraçando suas pernas, perdida em lembranças, em momentos de amor, por um instante lembra-se de Anahí, não sabe dizer porque, mas o pensamento lhe deixa mais calma, uma calma que há tempos não sentia, os toques, os beijos, a satisfação, o sorriso da menor.


- Não! – Dulce grita, sozinha. – De novo não!


            Então chora mais e mais, a dor, aquela sensação é reconhecida, mas não pode, não se quebrará novamente, não se permitirá sofrer de novo, definitivamente não se apaixonará.


Com isso pega no sono, instantaneamente sonha com certa morena de cabelos lisos e olhos azuis, a mesma que sem intensão, consegue trazer à tona a verdadeira Dulce Maria Espinosa.



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Autor(a): suzyrufino

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Narrador   Naquele mesmo dia, às sete e meia da noite Anahí já está pronta, espera sua companhia para o jantar. A morena traja um vestido azul escuro, colado, com um cinto no meio da cintura onde define ainda mais suas curvas, o salto preto a deixa elegante, o cabelo solto é de praxe, adora seus cachos perfeitos soltos ao vento. Est ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 17



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  • tryciarg89 Postado em 27/08/2023 - 07:22:23

    Simplesmente linda,ameiiii

  • Jubs Postado em 13/05/2019 - 02:03:21

    MDS QUE CAPITULO QUENTE HAHAHAHA QUERO MAIS

  • Lene Jauregui Postado em 12/05/2019 - 21:35:32

    Santi Deus, que capítulo excitante senhor, essas duas parecem coelhas no cio rsrs. Super ameiii os capítulos, e pelo que vie vem mas sexo no outro capítulo. Adorei. Continua amor

    • Lene Jauregui Postado em 12/05/2019 - 21:36:01

      #santo

  • Jubs Postado em 12/05/2019 - 03:56:29

    Mdssss que ódio desse cara! Continua pfvrrrrrr

  • Jubs Postado em 10/05/2019 - 01:14:58

    Continuaaaa

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:23:29

    MDS como eu amo essa fanfic, ela é muito maravilhosa!! <3

    • suzyrufino Postado em 10/05/2019 - 19:45:50

      Fico feliz q esteja amando. Irei posta jaja

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 23:23:02

    Eu nem sei o que vai acontecer ainda mas já quero matar o pai delaaaaaa

  • Jubs Postado em 05/05/2019 - 03:04:21

    Finalmente tudo foi resolvido, mas acho que o pai dela ainda vai aprontar pqp continuaaaaa

  • Jubs Postado em 27/03/2019 - 22:07:32

    VOLTAAAAAAAA

  • Jubs Postado em 25/03/2019 - 13:08:21

    Tomara que a Angel não atrapalhe as coisas


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O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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