Fanfic: INVASÃO DE INTIMIDADE - Portinon HOT - Finalizada | Tema: AyD

Narrado por Dulce

            Naquele mesmo dia, já noite, acordo com um cheiro conhecido de morango. Aos poucos vou despertando da confusão em meus pensamentos, recordando do sexo maravilhoso que tive com a mulher deitada em meus braços.

Observo-a dormir suavemente, ela consegue ser linda até sem querer ser. Anahí é uma mulher espetacular, se soubesse se valorizar e ter consciência de que pode ter o que quiser, teria o mundo aos seus pés, o que e quem quisesse, mas esse pensamento me incomoda, imaginar outra pessoa a possuindo não me agrada, ela é minha, só minha.

O que está acontecendo comigo? Dulce, Dulce, você não pode se apaixonar, idiota! Meu consciente grita por perigo, mas não posso me afastar. Eu preciso dela de todas as formas.

Em outras circunstâncias eu poderia namorar, casar, ter uma família. Porque não nesses termos? Afinal ela não sabe do meu passado, de qualquer forma teria seu dinheiro estando casada com ela. Poderíamos ser felizes, sim, claro que poderíamos, Anahí é uma mulher maravilhosa, pelo que vejo consegui conquistá-la. Mas e meu pai? Aquele homem horrível poria tudo a perder, se Anahí descobrisse sobre o plano me deixaria, me tiraria da sua vida. Esse pensamento dói, imaginar que não a terei mais em meus braços.

- Eu não posso te perder, pequena. Não posso! – Sussurro.

            Sinto ela se mexer, diminuo o carinho que estava fazendo em seu cabelo. Bem lentamente a retiro dos meus braços para não a acordar, quando consigo, me vejo de pé observando sua beleza, céus! Eu estou me apaixonando por essa mulher. Não, eu estou apaixonada por essa mulher.

- Droga, de novo não.

            Falo mais para mim do que para qualquer pessoa. Estou perdida, literalmente, se meu pai descobrir estragará tudo, ele contará para ela e tirará uma grande quantia de dinheiro pela informação. Eu não posso deixar isso acontecer, não dessa vez.

            Desvio meus pensamentos, preciso me concentrar agora em conquistar essa mulher por completo, eu a quero e ninguém nesse mundo irá tirá-la de mim, não cometerei o mesmo erro.

Com cuidado para não fazer barulho pego a cinta no chão e vou em direção ao banheiro. Faço a limpeza da mesma e tomo um banho. Quando saio, observo Anahí ainda dormindo tranquilamente, depois pego um roupão e vou ao meu lugar preferido da casa para guardar o objeto. Eu amo esse local, ele demonstra exatamente como eu sou, uma mulher dominadora, cheia de desejos, que adora sexo, adora dar prazer a outras mulheres, isso me revigora, me incentiva, me deixa totalmente satisfeita.

Depois de alguns minutos observando o cômodo e me sentindo em casa, escuto a voz da mulher maravilhosa atrás de mim.

- Uau, isso tudo é...

- Excitante. – Digo sem virar-me, mas sorrindo.

- Eu ia dizer estanho, mas excitante também define. – Ela fala, depois sento seus braços em volta de mim, está completamente nua.

- Oi. – Digo agora virando-me para ela.

- Oi, estou exausta. – Ela responde, sorrindo.

- Fico feliz em ouvir isso, mostra que está satisfeita.

- Completamente. – Então ela me beija. – Que lugar é esse?

- Você não está assustada? – Seus olhos mostram curiosidade e admiração até.

- Não diria assustada, apenas surpresa, é intrigante.

- Esse é meu santuário do prazer. – Anahí sorri. – Não sorria, pode ser um nome idiota, mas é a verdade, daqui posso tirar muitas ideias, formas e posições para dar prazer.

- E isso me inclui?

- Para falar a verdade espero que a partir de hoje você seja a única a ser incluída. – São as palavras mais sinceras que já disse na vida.

- E se eu não quiser? Anastasia Steele recusou-se. – Sua referência é até cômica.

- Sim, mas depois arrependeu-se. Eu nunca machucaria você, pequena, jamais, para usarmos tudo isso aqui seria em termos pré-definidos, não como um contrato, mas com uma única regra, nunca fazer o que não quer. E isso se aplica para mim também. – Anahí me encara enquanto falo, tem o semblante pensativo.

            Ela desvia dos meus braços e caminha pelo local, seus passos são lentos, observa tudo, eu a admiro, tê-la ali é definitivamente uma cena excitante e maravilhosa. A mulher é curiosa, isso é ótimo. Anahí passeia a mão por alguns objetos, logo chega à estante de cintas, onde tinha acabado de colocar a que usamos. Ela toca na mesma e me olha.

- Foi essa que usou comigo?

- Sim.

- E já a usou com quantas mulheres?

- Nenhuma, você é a primeira e será a única.

- Então você nunca fodeu outras mulheres com esses objetos?

- Sim, já, mas nunca com o mesmo, se prestar atenção tenho vários desses, todos novos, os que uso com mulheres que não verei novamente eu me desfaço, guardei esse por que sei que ainda te verei, usarei novamente em você, assim como todos esses outros.

            Ela apenas me encara, sem falar nada, depois volta-se novamente para as cintas, tocando cada uma lentamente.

- Você disse que o termo serve para nós duas.

- Sim.

- Você já foi fodida com algum desses? – Ah, Anahí, essa sua curiosidade é um perigo.

- Não.

- Porque não? – Ela ainda não me olha.

- Porque nunca pediram para me foder. – Então se vira para mim novamente.

- E se eu pedir?

- Você fará, não tenho problemas com isso.

- Então por que nunca pediu para alguém usar em você?

- Porque as mulheres com quem já transei estavam mais interessadas em seu próprio prazer, diferente do que você demonstra agora.

- Então basta eu pedir? – Ela sorrir ao perguntar.

- Sim, pequena, é só pedir.

            Uma expectativa me alegra nesse momento, imaginar ela me fodendo é indescritível, mas diferente do que eu pensei, ela não pede.

- Estou com fome, tem algo para comer?

- Sim, vamos para a cozinha – Ela sorri. Vejo que não sou a única que sabe jogar esse jogo.

            Depois de irmos para o outro cômodo do apartamento, preparamos um espaguete simples. Entre conversas, beijos e amassos, acabamos adormecendo depois de eu insistir para que dormisse comigo. Eu conquistarei meu espaço em seu coração aos poucos, mas terá que ser de forma direta.

            No dia seguinte expliquei sobre meu desaparecimento, menti, dizendo que meu pai passou mal e fomos para o hospital, mas a verdade é que ele se envolveu em um golpe mal elaborado com uma mulher que descobri ser casada, o marido descobriu, eles brigaram e tive que tirá-lo da cadeia, onde os dois passaram a noite, sem BO, pois ser amante não é crime, mas o delegado o deixou preso para, segundo ele, acalmar os ânimos dos dois. Depois da explicação a deixei em sua casa com a promessa de nos vermos a noite.

Os nossos dias se passam assim, nos víamos durante a semana umas duas ou três vezes, saímos para bares, boates, restaurantes. Os fins de semanas passamos juntas, na casa dela ou na minha.

Quando era na casa dela tínhamos um sexo mais calmo, mais relaxado, mas quando era na minha tinha algo selvagem. Ela se mostrou bem curiosa em relação aos meus objetos, sempre perguntando e querendo experimentar, as cintas já haviam sido quase todas usadas, num total de treze, só faltavam três. Essas por serem bem grandes, ela dizia não se sentir confortável, e claro que respeitei.

Chicotes, novas lingeries, amarras, vibradores, os de penetração dupla e muitos outros, Anahí é uma parceria perfeita, tão submissa, mas ao mesmo tempo questionadora, curiosa, com isso eu me apaixonava mais e mais por essa mulher.

            Jantares românticos, presentes, flores, momentos carinhosos, promessas de um futuro, eu usava todos os métodos para conquistá-la completamente, sei que funcionava, ela estava se entregando aos poucos, se demonstra estar completamente apaixonada por mim.

Não é mais por causa do golpe, e sim por que eu a quero de verdade, saber de seu amor por mim me deixa feliz.

Passa-se um mês depois do sexo em minha casa, estávamos cada vez mais íntimas, tanto no sexo quanto na vida. Dormíamos juntas, comíamos juntas, ela já tinha passe livre para entrar em meu prédio e eu no dela.

Uma semana atrás resolvi ser bem ousada, lhe dei uma chave do meu apartamento, Anahí se ficou surpresa, não queira pressioná-la, mas essa era uma forma de demonstrar que eu quero algo sério, ela aceitou, mas eu deixei bem claro que ela não precisava fazer o mesmo, que aos poucos iria ter esse tipo de confiança em mim, logo notei sua expressão de relaxamento, no mais, tudo ia seguindo bem.

Deixei claro para o meu pai sobre o ocorrido, e que ele não poderia mais entrar e sair de minha casa quando bem entendesse, ele ficou irritado com isso, mas ao mesmo tempo achou o certo a se fazer, pelo menos serviria para deixá-lo afastado por um tempo.

Então chegou a hora de avançar, irei pedí-la em namoro, será essa noite, está tudo arrumado em minha residência, preparei um jantar especial, decorei com bastante flores, velas, pouca luz, bem clichê, mas soa romântico, é esse o objetivo.

Anahí sairá da empresa direto para meu apartamento, a enganei dizendo que não estaria, então ela chegaria logo, a situação estava tão séria que ela já tinha algumas roupas em minha casa, assim como eu tinha na dela. Com tudo pronto, depois tomei um banho e a esperei. Uso um vestido preto, liso e saltos vermelhos assim como meu batom e cabelo solto. Agora é só esperá-la, de certa forma estou nervosa e ansiosa.

            Não demora muito para escutar a porta se abrindo, Anahí entra com suas roupas sociais sexys, acho que nunca me acostumarei com ela usando isso sem pensar em fodê-la. Estou sentada no sofá. Ela entra e observa toda a escuridão, vai de encontro ao botão de acender as luzes, ainda não notara a minha presença, quando liga o interruptor solta um gritinho de susto, não por me ver, mas por olhar a decoração com muitas flores e a mesa posta para dois.

- Amor... – Sim, é assim que nos tratamos agora. – Dul, você está aqui?

            Ela diz se encaminhando em direção à mesa, ainda não me viu, então resolvo ir atrás dela, quando para em frente à mesa eu a abraço por trás, ela se assusta.

- Meu Deus, Dul, não faça isso, quer me matar?

- Só se for de prazer, minha querida.

            Ainda sem se virar para mim, continua encarando a mesa arrumada.

- O que significa isso tudo? Eu esqueci alguma data especial?

- Não, amor. Será que não posso fazer uma surpresa para minha mulher? – Falo, dando leves selinhos em seu pescoço e nuca.

- Claro que pode, e eu adorei. – Agora ela se vira para mim. – Uau, você está linda. Diga-me, Dul, eu esqueci algo não foi? Você aprontou alguma coisa? Por que se sim, um jantar romântico e você sexy desse jeito não irá livrar sua cara, principalmente se tiver outra mulher envolvida.

- Claro que não, minha ciumenta, eu nunca ousaria te trair, amor, e nunca ousaria tocar em outra pessoa que não seja você, nunca. – Falo, logo depois beijo-a.

- Obrigada, me deixe tomar um banho e trocar de roupa, então prometo lhe dar atenção.

- Certo, enquanto isso colocarei a comida para esquentar.

            Dou-lhe um selinho para logo vê-la indo em direção ao “nosso” quarto. Coloco a travessa no micro-ondas e espero o tempo. Cerca de quinze minutos depois Anahí volta usando um vestido simples, florido e rodado, sem saltos, calça uma sapatinha preta, o que a deixa fofa, mas dessa vez seus cabelos estão presos em um rabo de cavalo, o que a deixa atraente também. Aproxima-se e me olha colocar a lasanha na mesa, essa é uma das comidas que nós duas mais gostamos.

- Jantar à luz de velas, flores, roupa sexy, comida especial, o que você está aprontando, Dulce? – Ela pergunta em um tom brincalhão.

- Já disse, só estou agradando a minha mulher.

- Tudo bem, então vamos comer, estou morrendo de fome e essa lasanha parece estar ótima.

- Sim, meu amor, vamos.

            Eu a sirvo da lasanha e do vinho, comemos entre risadas e conversas sobre o dia, o trabalho e outras coisas, ela pergunta sobre meu pai, apenas respondo que ele está bem, só quer nos dar privacidade. Ele estava se mantendo longe é só o que importa.

            Depois do jantar, arrumo superficialmente a mesa, agora estamos nos agarrando no sofá, a todo custo Anahí tenta tirar minha roupa, e vai, mas não agora, ainda tenho uma surpresa.

- Amor, porque não está deixando-me tirar sua roupa? Você não quer?

- Eu sempre quero, querida, mas não aqui, vamos para o quarto?

            Ela concorda. O percurso todo é movido a amassos e beijos quentes. Quando chegamos, ela se joga na cama e me leva junto, Anahí realmente quer transar hoje.

- O que você tem? Parece que está mais apressada hoje.

- Não sei, deve ser meus hormônios, estou perto do meu período. Eu quero você agora, Dulce, estou pronta para você.

            Ela fala pegando minha mão e levando para o meio das suas pernas, o que me deixa louca, está completamente molhada. Uma das coisas que mais admiro em Anahí é isso, ela sempre está preparada para transar e isso me fascina.

- Tão molhada, amor, tão pronta para mim.

- Me fode, amor, agora.

- Calma, pequena, quero que vá em nossa sala e escolha o que quer usar hoje, irei te foder bem forte. Escolha algo especial.

            Ela concorda, mas antes de ir tira toda a sua roupa, me deixando louca com a visão, Anahí está me provocando e isso está me excitando. Logo me dá as costas, deixando à mostra para mim aquela bunda maravilhosa, então pega a chave na gaveta e vai em direção a sala.

Narrado por Anahí

            Depois de provocar Dulce, entro na sala, escolherei algo bem especial. Entrar nesse lugar sempre me deixa mais excitada que o normal, porém sou surpreendida, no meio do cômodo tem uma pequena mesa e nela um pedaço de papel com algo escrito, como boa curiosa que sou me aproximo e pego, lendo o que está escrito:

NÃO SE PREOCUPE, NÃO É UM PEDIDO DE CASAMENTO, NÃO AINDA, EU TE AMO, MINHA PEQUENA, QUERO QUE SEJA MINHA OFICIALMENTE. VIRE-SE.

            Meu coração está acelerado, essa mulher quer me matar. Assim que faço o que papel mandou sou surpreendida mais ainda por Dulce, essa se encontra de joelhos em minha frente segurando uma caixinha de veludo preta com duas alianças brancas dentro, seu sorriso tímido mostra que ela está nervosa, isso é raro de ser ver, para falar a verdade nunca a vi assim.

Ela me encara com aqueles olhos claros que tanto amo, está apenas de roupas íntimas e eu completamente nua a sua frente, depois de alguns segundos nos encarando, ela se manifesta.

- Não é um pedido de casamento, amor, não ainda, mas quero que todos saibam que você é minha, quero que usemos essas alianças para mostrar ao mundo que nos pertencemos, eu te amo, te amo demais, nunca duvide disso, estou aqui na sua frente me oferecendo de corpo e alma. Então te pergunto, Anahí Giovanna Puente Portilla, você quer namorar comigo?

            Oh, meu Deus! Ela preparou isso tudo para me pedir em namoro, céus! Eu amo essa mulher demais, quero passar os restos dos meus dias com ela, essa é uma certeza em minha vida. Sim, minha resposta é sim, eu aceito, mas minha voz não sai, estou em transe, completamente paralisada.

- Anahí, sei que deve estar emocionada, impressionada, até me amando mais, só que preciso de uma resposta, até porque meus joelhos estão doendo.

- Oh, meu Deus. – Sou tirada do meu transe. – Desculpa, amor, sim, minha resposta é sim, eu aceito, eu te amo.

            Logo depois de minhas palavras ela levanta e me beija, um beijo apaixonado, demonstrando o quanto nos amamos. Após o ar se fazer necessário, encosta sua testa na minha.

- Eu prometo de fazer feliz, sempre, pequena.

- Eu também, meu amor, eu te amo.

            Ela me dá um selinho, separa nossos corpos, pega uma das alianças da caixinha e pede minha mão que prontamente dou, coloca a aliança em meu dedo da mão direita. É simples, mas é linda. Meu sorriso é largo em meu rosto, então ela beija meus dedos e me encara. Eu faço o mesmo processo com a outra aliança, nós nos beijamos, enlaço minhas pernas em sua cintura e Dulce me pressiona na parede, o que me faz gemer.

- Você ainda quer ser fodida?

- Sim, quero.

- Ótimo. - Sem aviso ela leva sua mão entre minhas pernas e me penetra com dois dedos, me fazendo gemer alto.

- Eu te amo. – Só consigo dizer isso.

- Eu também te amo, pequena, agora você é mais minha do que nunca.

            Então me beija, me fez gozar naquela noite várias vezes, em seus dedos, em sua boca, em nossos brinquedos, é insaciável e eu adoro isso, fomos feitos uma para a outra.