Fanfic: Corações rompidos +18 (Vondy) | Tema: Vondy; Dulce María y Christopher Uckermann

Christopher

Ok. Meu cérebro estava tentando absorver tudo o que aconteceu na minha vida até aqui. Nunca pensei que vir pra casa da minha irmã ia me render surpresas. Primeiro, uma noiva fugitiva apareceu completamente nua, na minha frente sem precisar estar bêbada. Segundo, ela tocou em mim, e não foi um sonho. Enquanto Dulce María cuidava do incidente que cometera, eu não sabia se continuava gemendo de dor ou se ficava excitado. A dor foi maior. Ardia pra caralho. É claro que eu não ia gritar e nem brigar com ela pelo que fez. Não foi porque ela quis. E se eu fizesse alguma burrada, com certeza tiraria qualquer chance que eu poderia ter com ela.

Não sei o que é pior, ser visto pelado pela própria mãe depois de grande ou isso... Não queria que ela visse meu "camarada" daquela forma. Que merda.

— Ok. — respondi. Meu rosto estava ardendo de tanta vergonha, queria poder ler os pensamentos dela. Ela, sem dúvidas, está rindo internamente de mim.

Ouvi um barulho vindo atrás de nós, olhei rapidamente para ver o que era, estranhei. Tive a impressão da porta ter sido batida, talvez fosse apenas minha imaginação, ou apenas o vizinho do andar de cima. Anahí vivia reclamando dos barulhos que o desconhecido fazia.
Dulce María olhou para mim, ela pareceu desconfiada.

— Ouviu alguma coisa? — ela perguntou.

— Ouvi, acho que foi o vizinho de cima. Não sei.

— Tive a impressão de que... Ah, nada. — ela deu de ombros. — preciso lavar minha mão. Isso aqui é uma gosma. — Dulce fez uma careta engraçada.

Dulce María afastou-se e foi no banheiro. Fiquei sozinho na sala com os pensamentos me torturando. Ao mesmo tempo que eles queriam dar um de "50 tons de cinza", meu cérebro fazia questão de alertar da dor e da vergonha que passei. O que fazer? "Natália. Lésbica. Divórcio.", Muito obrigado por lembrar disso, cérebro querido.

— Quer mais carne congelada, Christopher? — Ela perguntou. Neguei com a cabeça. Dulce começou a limpar o chão cheio de açúcar e café.

Por mais que a dor estivesse mais aliviada, percebi que ele estava inchado, aquilo me deixou desesperado.

— Dul, acho que vou ter que ir ao médico.

— Sério? A pomada não adiantou? — ela parou o que estava fazendo. — Bom, então é melhor irmos.

— Você vai comigo?

— É lógico. A não ser que você não queira... — Dul ficou varada mordiscando seus lábios.

— Tudo bem, pode me acompanhar... Espera! Acho melhor ligar para o Dr. Velasco vir aqui. Ele é o médico da família, então... — Ela assentiu, pegou o telefone fixo sem fio e me entregou. Entrei na agenda da minha irmã e disquei o número dele. Expliquei a situação, acho que ele riu de mim. Dei de ombros e esperei.

A campainha tocou, Dulce atendeu o interfone e autorizou sua entrada. Manuel Velasco é o médico da nossa família há anos. Bem, ele é o melhor amigo de papai. Velasco me examinou e receitou alguns remédios. Fiquei com muita vergonha, muita mesmo, ele até disse que isso era mais comum acontecer com crianças.

— Ainda bem que você passou essa pomada antes, ajudou bastante. — avisou ele, contendo um riso. — Agora você precisa fazer repouso, bom, você pode trabalhar e fazer tudo, menos sexo.
A porta da sala foi aberta, ainda bem que ué eu já estava vestido. Era minha irmã. Anahí entrou com um sorriso enorme no rosto e estava bem animada.

— Ah... Doutor, o que faz aqui? — E lá vamos nós...

Dulce explicou a situação. Anahí riu tanto que chorou e, claro, Velasco fez o mesmo. Menos Dulce, ela me encarou com culpa. Revirei meus olhos. Ótimo. Agora eu ia virar motivo de piada. Quando o "showzinho" parou, Anahí fez um almoço maravilhoso e convidou o médico para comer com a gente. Fui todo sem graça e constrangido pela minha situação, seria menos perturbador se Velasco tivesse ido embora.

Dulce María afastou-se para conversar com seu pai pelo telefone, parece que ele não queria entender o que ela fez, e estava emplorando para ela voltar. Não demorou para desligar o telefone e se juntar a nós.

— Dul, tá tudo bem? — Annie perguntou.

— Não. Meu pai não entende o meu e quer me dar uma Lamborghini. — ela revirou os olhos. Pegou um prato e colocou um pouco de arroz — Eu nem entendo de carro...

Lamborghini? Caralho. Ah, se o meu pai fosse assim... Faria o que ele quisesse.

— Uau. Você é uma garota de sorte. Quando fugi de casa, o meu pai ameaçou a chamar a polícia e mandar me prender... — comentou Velasco. — E ele era delegado... Foi horrível dormir na cadeia por uma semana.

— Você vai voltar? — perguntei.

— Não. Falei que ia ficar aqui e morar com a Annie. Er... Tudo bem pra você, né? Não tenho pra onde ir.

— Tudo bem. Você pode ficar no quarto que era da da May.

— Awwwwh. Muito obrigada, Annie. — Dul pegou a mão dela e deu um beijinho. — Prometo me comportar. — ela riu, e voltou a se servir.

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...

Meus dias não foram tão fáceis quanto pensei. Não por causa do meu pênis, ele já estava recuperado e perfeitamente bom para meu uso pessoal, mas não falo em relação a ele. Me refiro a tudo que aconteceu até agora... Natália conseguiu entrar com o divórcio, vendemos nossa casa e dividimos o dinheiro e todos os nossos bens. Natália não esperou nem o divórcio sair totalmente para morar junto com a sua amante, Belinda. E, claro, todos já estavam sabendo que fui corpo e perdi minha esposa para outra mulher. MULHER. O pior era ter que tolerar piadinhas desnecessárias vindo de parentes, conhecidos, amigos da familia sobre eu ser: corno, impotente, entre outras palavras dolorosas.

Comprei um apartamento no prédio da frente da minha irmã, era bem simples e pequeno. Foi o que deu para comprar com metade do dinheiro que fiquei. Minha irmã estava feliz da vida pelo novo emprego e o namorado, Manuel Velasco. Isso mesmo, o doutor da família. O pior não é nem saber que minha irmã transa com ele, o pior é saber que ele tem idade para ser nosso pai. Manuel é o melhor amigo do nosso pai. Ele viu Anahí nascer, usar fraldas e perder os dentes de leite. Pode uma coisa dessas? Mas não adiantou nada brigar com ela por isso.

Dulce María teve que reencontrar seu ex para devolver o anel de noivado. Para piorar tudo, Dulce estava de caso novo com um cara que ela conheceu na cafeteria. Sim, depois de deixar sua vida de "filhinha de papai", ela decidiu se aventurar em uma vida "normal". Agora ela é uma simples garçonete e não usa mais o cartões de crédito que seu pai pagava.

Christian continuava com sua vida de conquistador, tentando sair com várias mulheres diferentes e tentando conhecer o grande amor de sua vida. Ele me chamou algumas vezes para ir em boates ver stripper e se divertir. Isso não tinha nenhuma graça para mim, não mais.

Maite acabou voltando a morar com a Annie, e a Dulce, é claro. Não deu muito certo sua ideia de trabalhar em casa e fazer massagens em clientes.

Alfonso, nosso querido Poncho, ddixou sua namorada enjoada, Sabrina. Ele foi pra Espanha visitar sua avó e acabou voltando com uma nova namorada, Julieta.

Ótimo. A vida de todos estão seguindo em frente, menos a minha.

Sai do sofá com toda a preguiça e o desânimo do mundo, quando a campainha tocou. Abri a porta e dei de cara com uma cabeleira vermelha sangue. Era a Dulce. Ela voltou a ficar ruiva. Abri um sorriso involuntariamente ao vê-la.

— Oh, minha nossa, Christopher! O que diabos está acontecendo com você? — seus olhos desceram e subiram sobre mim. — Não corta mais o cabelo, não faz a barba... Espero que pelo menos tenha tomado banho.

— Entra... — Dei de ombros, afastei um pouquinho da porta dando passagem para ela entrar. Ela entrou fazendo careta.

— Alguém morreu aqui dentro? Olha a bagunça que tá aqui? Querido, tenho uma coisa para te contar, mas antes preciso dar uma geral em você....

— Geral em mim? - repeti sem entender.

— Sim, urgentemente.

Dulce María fechou a porta com força, me mandou ir para o banheiro tomar um banho longo com muito sabão e shampoo. Fiz o que ela pediu, sem vontade alguma de fazê-lo. Depois de quase duas horas lá dentro, Dulce apareceu no banheiro sem avisar. E sim, ela me viu pelado. Não me importei, ela já viu meu "amiguinho" antes, mais uma vez não faria diferença. O bom é que ele já está curado.

— Christopher!! Vou cortar seus cabelos e te ajudar a fazer a.... — Ela disse, me ignorando por alguns segundos enquanto pegava uma tesoura e minha máquina de barbear. Ela virou para mim e seus olhos se abriram.  —  O que é isso na sua coxa!!!?

|| contínua no próximo capítulo....||