Fanfic: Corações rompidos +18 (Vondy) | Tema: Vondy; Dulce María y Christopher Uckermann

Dulce María

Minha vida estava uma loucura. Tudo mudou num piscar de olhos. Papai não se cansava de insistir para que eu voltasse pra casa. Por mais que eu quisesse, não poderia. Agora que passe a morar com a Annie e conheci seus amigos, percebi que eu não conseguia amadurecer debaixo das asas dos meus pais. Eles sempre me sustentaram, sempre fizeram de tudo por mim e eu não precisava me preocupar com nada. Nada mesmo. Nem trabalho, nem conta para pagar, nem transporte público ou classe econômica.

Decidi agir como uma pessoa normal. Queria experimentar esse lance de emprego, responsabilidade e morar sem meus pais. Infelizmente, não estava sendo nada fácil. Desde que nasci, sempre tive alguém para lavar minhas roupas, arrumar meu quarto e fazer minhas comidas. E aqui eu não tinha nada disso. Mamãe veio me visitar e trouxe minhas roupas e outras coisas. Ela não gostou do apartamento, achou pequeno e feio. É claro que ela não falou isso na frente da Annie. Ela sempre gostou da Anahí, mamãe vivia dizendo que se Annie emagrecesse iria ficar muito bonita e poderia até ser miss universo. Não sei se era incentivo para ela emagrecer ou se ela queria isso mesmo...

Anahí estava de namorado novo, vivia indo de um lado ao outro. Ela estava super apaixonada. Aí, o amor...

Christopher estava me deixando preocupada. Desde o dia em que ele foi assinar os papéis do divórcio e dividiu todos os bens com sua ex-esposa, ele comprou um apartamento simples e se enterrou por lá. Não saía mais pra nada; não atendia seu telefone e nem aparecia na casa da sua irmã. Pelo que me disseram, ele vivia aqui por causa dos amigos. Anahí estava tão cega de tanta paixão que não percebeu o que andava acontecendo, nem mesmo o Poncho. Ele também estava cego de paixão. Chris andava preocupado em pegar geral e May desesperada procurando emprego.
Anahí saiu com Velasco para uma viagem, a doida abandou o emprego no segundo dia só para se arriscar numa aventura romântica. Acho que seus neurônios pararam de funcionar. Maite estava fora também, aproveitei que tinha a casa só pra mim e liguei para o Christopher. E ele não atendeu, como sempre.

— Eu vou lá. — Disse baixinho, colocando o telefone no gancho. Troquei de roupas rapidamente. Antes que pudesse sair, bateram na porta, corri para abrir. era Tiziano, um italiano que conheci no meu trabalho. — Oh, o que faz aqui? Como você subiu?

— Ah, encontrei o Chris na portaria... Enfim, gostaria de ir ao cinema comigo?
— Agora?

Ele fez que sim.

— Desculpe, tenho que sair agora, é uma emergência. — Avisei pegando meu casaco e minha bolsa.

— O que aconteceu? Posso ajudá-la? Ir com você? Sabe, não conheço emergências mexicanas...

Revirei os olhos e suspirei.

— Não me leve a mal, Tizi. Meu amigo não está bem e precisa de mim. — Disse de uma vez, apreensiva e louca para que ele sumisse da minha frente.

— O Christopher? — Perguntou incrédulo.

— Sim, por quê? Algum problema?

— Sim. Um problemão, Dul. Porque sempre esse idiota tem que estar nos atrapalhando?! É Christopher pra lá, Christopher pra cá. Eu sei que são amigos, mas já está virando um exagero... — Ele suspirou. — Já estou cansado. Estamos saindo há quatro semanas e você vive falando nele, respirando ele, vivendo ele... Não quero namorar alguém assim. Ou ele ou eu.

Tiziano ficou sério.

— Foi bom ter saído contigo. Adeus. — Sai de casa esbarrando o ombro nele. Desci as escadas correndo antes que ele me alcançasse.

Fala sério. Eu nem o amo, nem pretendia ter nada sério com ele, até porque, eu não estava segura se queria fazer sexo com ele. Tiziano já estava me pressionando, e eu não me sentia bem para fazê-lo ser o meu primeiro. Dizem que o primeiro é inesquecível, e eu não quero lembrar dele para sempre.

Passei no mercado e comprei algumas coisas. Christopher ia sair daquele muquifo por bem ou por mal. Ele não pode mais se entregar desse jeito. Não pode mais continuar existindo sem viver sua vida. E eu estou disposta a fazê-lo mudar.

Christopher estava horrível. Olheiras profundas, cabelos grandes e bagunçados, parecia um ninho de pássaro. Sua barba parecia de Noé e sua casa... Um verdadeiro lixão. Como ele conseguia viver assim? Estava um horror. Enquanto ele fora tomar banho, aproveitei para fazer uma limpeza na sua casa, bem, aprendi a fazer isso com a Anahí e a May. Sempre tive empregadas... Depois que fiz tudo. Corri até o banheiro para ajudá-lo.

— Christopher, o que é isso na sua coxa!??? — perguntei, ignorando o fato dele estar pelado.

— Marca de nascença. — Respondeu ele, puxando uma toalha e colocando na cintura.

— Não minta pra mim. Eu sei que não é.
Fiquei parada tentando engolir o que vi. Christopher se cortava, ou seja, ele já está com depressão. Droga. Isso não é bom, depois dos cortes... Pode vir o suicídio. Suspirei, passando as mãos pelo rosto.

— Por favor, não conte isso para ninguém, tá? — ele pediu. Seu rosto estava tão abatido.

— Só se você me deixar ajudá-lo.

— Feito.

Cortei seus cabelos e fiz sua barba. Meu peito estava dolorido por saber que ele já está nessa situação complicada. Nunca me deparei com ninguém nesse caso. Depois que tirei os pêlos do seu rosto, passei loção pós barba. Seu rosto era tão macio. Olhei nos seus olhos e senti uma carga elétrica percorrer pelo meu corpo.

— Prontinho. — Interrompi nosso olhar.
Sai do banheiro e fui para sua cozinha. Christopher vestiu uma roupa limpa e aconchegante, aproveitei para fazer uma comida caseira bem gostosa. Eu não sabia cozinhar, tive que aprender nada marra, porque passei fome na casa da Annie quando ela viajou e a comida feita acabou.

— Dul, porque você tá fazendo tudo isso? — ele perguntou quebrando o silêncio que ficou entre nós durante o jantar.

— Eu me preocupo com você.

Ele assentiu. O silêncio voltou, e ele continuou comendo sem fazer careta, ou seja, minha comida estava boa. Depois que o jantar acabou. Lavei a louça e deixe sua cozinha organizada. Christopher foi pra sala e se jogou no sofá, com aquela cara de bunda deprimida dele. Merda. O que faço para melhorar sua vida?

Videogame, respondeu uma voz na minha cabeça.

Fui pra sala e o puxei do sofá. Vi que ele tinha alguns aparelhos de vídeo games.

— Levanta essa bunda daí, vamos jogar. — avisei. — abri a porta da sua estante e vi uma pilha de jogos. Peguei os que conhecia, Xbox. — Chris... Vamos dançar!

— Ah, não...

— Vai sim! — Afirmei. Liguei o aparelho e coloquei o CD lá dentro.

Escolhi uma música bem agitada, Christopher ficou parada ao meu lado a contragosto. Comecei a mover conforme o jogo mandava, aos poucos o Chris fez o mesmo. Naquela noite dançamos tanto que parecíamos estar participando de alguma competição de dança. O melhor de tudo isto foi vê-lo rir e sorrir.

— Aí, cansei. — deixei meu corpo cair no sofá, minha respiração estava ofegante e o suor descendo pelo meu rosto. — Isto foi incrível. Você dança bem, Christopher.

— Não tanto quanto você. — Ele sentou-se ao meu lado, tirou sua camisa e vi seu abdômen um pouco definido e completamente suado. Minha nossa... — Nunca pensei que fosse tão divertido...

— Estou grudando de calor... Você se importa se eu tomar um banho?

— Não. Fique à vontade... Têm toalhas no armário do banheiro. — Avisou ele, assenti.

Corri para tomar um banho e me livrar do calor, foi tudo rápido. Me enrolei na toalha, e lembrei... Não trouxe roupas.

— CHRISTOPHER???? — gritei, ele apareceu na hora. — Pode me emprestar alguma roupa sua? Eu não trouxe minhas...

Não demorou para ele pegar uma camisa e uma bermuda. A camisa era M, ficou grande no meu corpo, mas o problema foi sua bermuda... Ela caiu assim que abotoei. Foi engraçado.

— CHRISTOPHER!!! — chamei novamente. — Sua bermuda não serve... Tem alguma coisa aí que sirva e não caía?

—Mmmm... Só cuecas.

— Ah... Se forem limpas... Tudo bem.

E ele trouxe uma cueca Boxer Calvin Klein preta. Imaginei-o usando aquilo na mesma hora. Minha nossa senhora, ele deveria ficar tão sexy. Logo vesti. Ela serviu, até parece que fora feita para mim. Depois de pentear os cabelos, voltei pra sala.

— Eeer.... Serviu bem. — disse ele, soltou um riso.

— É...

Nos sentamos no sofá e ficamos lá, parados olhando para TV. Não passava nada de interessante, acabei adormecendo ali mesmo, meu corpo completamente exausto de tanto dançar.

| Contínua no próximo capítulo...|

*

|| Amores, perdão pela demora. Não estava muito bem... Enfim, espero que continuem gostando da fic ‹3 ||