Fanfic: 8 segundos - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy - Dulce Maria e Christopher Uckermann
Eu não acreditava no que estava acontecendo. Só podia ser brincadeira.
— Cala a boca, Pablo! — disse alterada, repreendendo-o. Tanto por ter dito aquele absurdo sobre o Christopher quanto por ter se apresentado como meu namorado. Pablo sabia muito bem que não éramos namorados. Nossa relação sempre tinha sido bem clara, e eu não entendia o que ele estava fazendo ali. E muito menos por que agiu daquela forma diante do Christopher.
— Dulce? — Christopher me chamou mais uma vez. — Estou esperando uma resposta. O que está acontecendo aqui? — perguntou, ríspido. Seu semblante foi ficando cada vez mais abalado. Minha vontade era de matar o Pablo. Christopher já estava tão desanimado e inconformado com a sua situação que não precisava de mais aquela palhaçada. Antes que Pablo pudesse dizer outra idiotice, eu agachei para ficar na altura dos olhos do Christopher.
— Confia em mim — pedi e dei um beijo de leve em seus lábios. Christopher olhava de um jeito perdido para Pablo e, então, balançou a cabeça, como se estivesse se entregando, me entregando ao Pablo. Para não deixar dúvidas do que eu sentia, segurei seu rosto e o encarei.
— Eu sou apaixonada por você. Não pense que se livrará de mim, garanhão.
Levantei, e parecia que tinha conseguido acalmar o Christopher, apesar de sentir a raiva pairando sobre ele.
— Santiago, eu pedi para que preparassem um quarto aqui embaixo para o Christopher. Acomode ele, por favor. — Olhei para o visitante, que me fitava friamente. — Tenho um problema para resolver. — Passei a mão pelo braço do Pablo e o puxei em direção ao galpão. Ele seguiu sem falar nada; na verdade, o desgraçado ria.
— Um aleijado, Dulce? Você já teve dias melhores.
— Cala essa boca, Pablo! — gritei, e ele arregalou os olhos, perplexo. Sem contar quando transávamos, acho que nunca tinha gritado com o Pablo. Não me lembrava sequer de ter conversado seriamente sobre qualquer assunto com ele. — O que você está fazendo aqui?
Ele encostou um pé na parede e cruzou os braços, me encarando. Ele sempre tinha sido o tipo de homem ideal para mim. Loiro, alto, corpo atlético, olhos azuis e do mesmo nível social que o meu. Tudo que eu queria antes de conhecer Christopher, mas que já não fazia mais o menor sentido.
— Vim atrás de você, Dulce — respondeu, se afastando da parede e se aproximando de mim. Dei dois passos para trás, mantendo distância. — Que porra está acontecendo, Dulce? Primeiro, eu te ligo durante duas semanas sem você sequer me atender. Também não respondeu nenhuma mensagem da Letícia. Depois, quando chego aqui, dou de cara com você de casinho com um caipira fodido. E agora você me rejeita? — Pablo completou, alterando o tom de voz. Eu juro que já estava ficando cansada da maneira como ele falava do Christopher.
— Em primeiro lugar, Pablo, nós não somos namorados, e você sabe muito bem disso. — Apontei o dedo no rosto dele. — Em segundo, não pedi para você vir atrás de mim. Em terceiro, Christopher, o caipira fodido, é o meu namorado. Agora, você me faria um grande favor se mandando daqui imediatamente — completei, mas, quando me virei para sair, Pablo segurou meu braço com uma força absurda.
— Você está de brincadeira, gatinha — disse ele, e eu pude ver a raiva em seus olhos. Acho que nunca tinha visto Pablo tão chateado. — Para de brincar de fazenda feliz e vamos embora. — Saiu me arrastando, enquanto eu tentava manter os pés no lugar.
— Ficou louco, Pablo? Solta meu braço! — gritei e escutei alguém chamar por ele, que parou imediatamente de me puxar.
Voltei a atenção para o caminho que dava para a porta lateral da casa e vi minha melhor amiga caminhando em minha direção. Porra! Letícia também está aqui.
— Pablo, ficou maluco? — perguntou, olhando-o severamente.
— Perdi a cabeça, Lê.
Pablo, Letícia e eu sempre fomos amigos. Na verdade eu a conheci primeiro. Estudamos juntas no colégio interno, onde meu pai me obrigou a passar toda a adolescência. Letícia sempre foi minha amiga, ficando do meu lado quando eu precisava, apesar de eu quase nunca ter pedido a sua ajuda, pois isso não fazia meu tipo. Quando completei 20 anos, passei seis meses na França e me apaixonei por Paris. Quando voltei, Letícia estava namorando Pablo.
Alguns meses de convivência depois, eu senti olhares diferentes dele para mim. Resumindo: Pablo largou Letícia e começamos a transar.
Letícia se aproximou e me abraçou. Eu sentia falta da minha amiga. Sempre fizemos tudo juntas, e por um momento eu me senti culpada por não ter retornado suas ligações nem respondido suas mensagens.
— Lindinha, como está? Senti sua falta — disse ela, sem me soltar. Apesar de ser uma demonstração de carinho, sem querer eu comparei o abraço com os da Anahí. Com Letícia era diferente, como se fosse algo mecânico. Estávamos juntas, porém distantes. Difícil de entender, até para mim.
— Eu estou bem, Letícia — respondi assim que nos afastamos. Pablo estava um pouco mais distante. — Não sabia que estavam aqui.
Fitei Letícia e ela havia mudado muito em um mês. Seu cabelo tinha um tom avermelhado, nada vulgar, ela tinha estilo e bom gosto. A cor fazia um belo contraste com sua pele branca e seus olhos claros. Um corpo torneado, fruto de dietas loucas e muita academia, estava adornado por um vestido curto e colado. Eu nunca neguei que ela era linda; na verdade, durante crises de TPM, eu evitava ficar muito perto dela para não me sentir inferior diante da sua beleza. A antiga Dulce sempre queria se sentir a mais bonita.
Antiga Dulce! Essa é boa!
— Pablo está certo, lindinha — Letícia voltou a falar. — Por que nos ignorou por semanas? — Sem se alterar, ela cobrou uma explicação.
— É complicado. — Passei as mãos pelo rosto. Não queria ter aquela conversa na frente do Pablo. Precisava falar primeiro com a Letícia. Mas naquele momento sentia necessidade de estar com o meu peão. — Podemos conversar depois? — Pablo começou a falar, mas Letícia o interrompeu:
— Pode ir. Depois nos falamos — E eu saí em disparada para o quarto do Christopher.
Entrei pela porta lateral, passei pela cozinha e andei em direção ao corredor. Ainda bem que a sede era enorme e tinha alguns quartos no primeiro andar. E, se não tivesse, eu colocaria um elevador para manter Christopher próximo a mim. Tinha feito uma pesquisa na internet e conversado com os médicos enquanto estávamos no hospital. A partir das informações que consegui, mandei fazer uma pequena reforma em casa. Foda-se! Meu pai não poderia reclamar. Ele tinha se mostrado muito preocupado com a situação do Christopher. O motivo eu ainda não sabia, mas naquele momento não precisava saber. O importante era manter o meu namorado perto de mim.
Tirei todos os móveis que pudessem atrapalhar a locomoção do Christopher. Deixei o espaço livre para que ele pudesse ir e vir sem problemas. Santiago fez questão de comprar alguns dos equipamentos necessários. Algumas coisas para a fisioterapia, colchões especiais, tudo para que o meu Christopher se sentisse confortável e confiante em sua recuperação.
Cheguei ofegante ao quarto, como se tivesse corrido uma maratona. Na verdade, estava morrendo de medo de ele fugir antes que eu pudesse voltar e me explicar. Enquanto conversava com o Pablo e a Letícia, eu fiquei de olho na caminhonete do Poncho e no carro do Santiago.
Christopher estava sentado na cama, com as costas apoiadas em uma grande almofada e as pernas esticadas. Any e Poncho estavam no sofá ao lado da cama e, assim que me viram entrando, se levantaram para sair. Christopher olhava pela janela, perdido em seus pensamentos. Cortava meu coração vê-lo daquela forma. Nunca havia me preocupado tanto com o bem-estar de uma pessoa. Christopher entrou em minha vida abalando todas as minhas certezas. Ele quebrou a casca que me envolvia e entrou sem pedir permissão. Me conquistou completamente com a sua personalidade forte e o seu jeito turrão.
— Ei — chamei, e ele virou o rosto para me encarar. — Estou aqui. — Cheguei mais perto, e Christopher parecia ainda mais distante. Medo... Foi o que senti.
— Pedi para Any não desfazer minhas malas — disse ele, mas sem parar de olhar a porra da janela. — Já que seu namorado chegou, não tenho mais o que fazer aqui.
Porra! Christopher estava mal. O meu Ranger nunca se entregaria daquela forma. Não antes de fazer uma cena de homem das cavernas, sem gritar como um louco e ameaçar quem quer que o estivesse incomodando. Fiquei alguns segundos em silêncio, imaginando que tudo o que acontecera o abalara psicologicamente. Claro que era uma besteira sem tamanho, mas naquele momento ele se sentia menos homem. Alguém que não era digno de mim. Era como se ele tentasse me dizer: “Fique com ele. Ele pode andar, eu não.” Então eu disse:
— Ok, vou arrumar minhas malas. — Christopher se surpreendeu com as minhas palavras.
— Como assim? — questionou, um pouco incrédulo.
Autor(a): marianarn
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Você não vai a lugar nenhum sem mim. — Estava firme em meu propósito. Eu estaria perdida sem ele, e já não faria diferença me jogar em um precipício, desde que fosse com Christopher. — Você quer ir embora sem ao menos me ouvir? Tudo bem! Mas fique sabendo que vou com você até o inferno. &m ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 104
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foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:41
volta moça :(
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foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:18
eu só queria saber o final dessa historia
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chelly Postado em 19/11/2019 - 22:19:02
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss
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dudinhah Postado em 04/11/2019 - 08:42:52
Continua
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dudinhah Postado em 28/10/2019 - 21:25:39
Cade vc
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barbie Postado em 20/09/2019 - 10:08:49
Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa logooooooooooooooooooooooooooooooo plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
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♥luly Postado em 01/08/2019 - 21:35:56
Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss
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dudinhah Postado em 29/07/2019 - 11:49:52
Cadê vc?
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barbie Postado em 09/07/2019 - 09:12:18
Leitoraaaaaaaaaaaaaaaaaaa novaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, comecei a ler a sua web e já estou onde parou e até comecei a ler a versão Ponny Adaptada dela e gostaria de saber se você vai continuar postando ela, pois seria bem interessante ler as duas versões dela... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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chelly Postado em 29/04/2019 - 09:55:27
Cadê vc? Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plisssssssssssssssssssssssssssssssssss