Fanfic: 8 segundos - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy - Dulce Maria e Christopher Uckermann
Comecei a analisar foto por foto. Eram antigas. Lágrimas de saudade se formavam em meus olhos. Fotos da minha mãe comigo, brincando no parque, andando a cavalo. Um cavalo parecido com o Ventania. Minha mãe vestida de forma simples, como no meu sonho. Passei uma por uma, e o meu peito ia se apertando ainda mais. Mas então uma foto chamou minha atenção: minha mãe estava junto de um homem que eu nunca tinha visto. Ele sorria, e minha mãe beijava seu rosto de maneira carinhosa. Os dois montados em um cavalo.
— O que está acontecendo? — murmurei sozinha. Aquele não era o meu pai. Por que minha mãe guardaria a foto de outro homem?
Remexi um pouco mais a caixa e peguei algumas cartas enroladas em uma fita. Todas eram cartas de amor trocadas entre minha mãe e um homem chamado Vitor. Em todas, eles faziam juras de amor eterno e planejavam o futuro juntos. Procurei na memória onde havia escutado aquele nome. Foi quando abri outra carta. Li e reli o pequeno bilhete e entrei em pânico. Não podia ser.
— Não! Não! Não! — gritei, desesperada.
Desculpa, Blan, não posso ir ao nosso encontro.
Christopher ficou doente e eu estou com ele no hospital.
Mas eu preciso saber: o filho que você espera é meu?
Por favor, estou desesperado por notícias suas.
Com amor, Vitor.
—Vitor. Vitor. — Eu me levantei, não conseguia mais ficar parada.
Família de Christopher Vitor.
Eu me lembrei das palavras do médico na recepção do hospital.
— Christopher Vitor! Lucas Vitor! — repeti várias vezes. — Não pode ser.
Comecei a andar de um lado para outro sem saber o que pensar. Eu me agachei novamente e abri todas as cartas que restavam, mas nenhuma respondia a dúvida que estava me devastando. Era um pesadelo.
Juntei tudo na caixa novamente e saí em disparada. Totalmente perdida e confusa, eu entrei na sede e dei de cara com o Christopher sentado à mesa da cozinha.
— Amor, onde você estava? — perguntou, assim que entrei. Tenho certeza de que Lúcia ficou surpresa pelo tratamento carinhoso do Christopher comigo, pois ela nos encarava friamente.
— Eu já volto, amor. — Dei um beijo em seu rosto e fui para o quarto que dividíamos.
Passei sem nem prestar atenção em Letícia, que estava sentada no sofá da sala. Abri depressa o guarda-roupa e escondi a caixa no fundo de uma das gavetas. Eu me olhei no espelho e tentei
me acalmar. Estava pensando em algo terrível. Fiz de tudo para afastar aquela ideia, mas não consegui.
— Está tudo bem? — Letícia disse ao entrar sem bater. — Procurei você por toda parte.
— Sim — disfarcei. — Fui dar uma volta, espairecer um pouco — menti. — Vamos, o almoço deve estar pronto — concluí para mudar de assunto e saí rumo à cozinha. Eu me sentei ao lado do Christopher. Abri o meu melhor sorriso, mas volta e meia ele me encarava desconfiado, enquanto conversava com a Any e até com a Letícia. Eu não conseguia prestar atenção em nenhuma vírgula do que eles diziam. Sabia que estavam falando sobre a fisioterapia, mas nada entrava na minha cabeça. A pequena possibilidade de aquele pesadelo ser real estava tirando minha sanidade.
— Como seus pais se chamavam? — perguntei ao Christopher, disfarçando o interesse por trás do questionamento, mas sentia cada fibra do meu corpo tremer.
— Minha mãe se chamava Alexandra, e meu pai... Está tudo bem, linda? — perguntou antes de responder o que eu queria saber, notando o meu desconforto. Balancei a cabeça afirmativamente, porque não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Estava muda. — Então, meu pai se chamava Vitor.
Foi como um soco no meu estômago. Senti tanta dor que corri para o banheiro. Any foi atrás de mim e, assim que cheguei no vaso, segurou o meu cabelo. Eu queria chorar, gritar e, ao mesmo tempo, desaparecer. O destino não podia ter sido tão cruel comigo. Christopher não poderia ser meu irmão. Aquilo não estava acontecendo.
— Dulce, o que foi? — Ouvi a voz do Christopher, o que me deixou ainda mais doente.
— Sai daqui, mano! — Any gritou, e eu ouvi sua cadeira se afastar. — Pronto... Pronto — Any repetia, e senti suas mãos jogando água em minha nuca. — Está melhor?
— Sim, deve ser algo que eu comi. Vou tomar um banho — respondi, sacudindo a cabeça.
— Tem certeza? — perguntou, preocupada.
— Tenho, sim. Obrigada, Anahí. — Eu a abracei com carinho.
Agradeci por ela ter me deixado sozinha e também por sua preocupação. Liguei o chuveiro, mas não entrei no boxe. Escorreguei as costas na parede até me sentar no chão frio. As perguntas rodeavam a minha cabeça, me deixando tonta. Eu não queria acreditar. Tentava juntar as peças e encontrar uma alternativa, mas era como andar em círculos, sempre chegava ao bilhete escrito para minha mãe e, mesmo que não quisesse acreditar, estava na cara que tinha sido escrito pelo pai do Christopher. Fiquei tão desesperada que me deitei no chão do banheiro e comecei a chorar, aproveitando que o barulho da água caindo abafaria o som dos meus gemidos.
— Dulce, está tudo bem, amor? — Não sei quanto tempo tinha se passado, mas Christopher estava batendo na porta do banheiro como um louco. — Dulce, me responde! Estou preocupado, porra! Não faz isso!
Achei forças para gritar de volta.
— Estou saindo!
Tirei a roupa e entrei rapidamente debaixo d’água. Minutos depois, eu saí e encontrei um Christopher preocupado me aguardando no quarto.
— Meu Deus! Achei que você tivesse desmaiado — falou, um pouco chateado. — Está melhor? — mudou o tom de voz e perguntou com carinho. — Sim, meu amor — respondi com a voz trêmula. — Deve ter sido algo que eu comi.
Poncho já chegou? — perguntei, olhando para o meu guarda-roupa. Estava fazendo de tudo para não ter que encará-lo.
— Tem certeza de que está bem? Eu posso ficar aqui com você.
Havíamos combinado que Poncho buscaria Christopher para resolver algumas coisas na cidade.
Ele queria conversar com o veterinário que iria substituí-lo e também precisava pegar algumas coisas em casa.
— Não precisa, Letícia me faz companhia — respondi, abrindo um sorriso forçado. Vi quando Christopher fez uma careta. — Não se preocupa, vou ficar bem.
Tive que convencê-lo de que estava bem. Até o último momento, Christopher relutou em me deixar, mas acabou sendo convencido por mim e pela Anahí e foi embora com Poncho.
Assim que Christopher saiu, voltei para casa.
— Dulce, precisamos conversar. Você não pode ignorar o Pablo dessa forma — Letícia falou quando passei por ela na sala. Corri imediatamente para o meu quarto, ignorando a minha amiga. Não queria falar com ninguém. Queria esquecer o maldito bilhete. Eu me tranquei no quarto e voltei a chorar. Cada detalhe daquele mês passou como um filme em minha memória, e uma certeza se abateu sobre mim: eu não seguiria sem ele.
Estava sem chão... Sem rumo... Sem alma. Era doentio pensar que eu poderia estar apaixonada pelo meu irmão. Não suportei a dor e comecei a gritar na tentativa de arrancar o sofrimento de dentro de mim, mas foi em vão. Quanto mais eu gritava, mais meu coração sangrava. Gritei por vários minutos até ser derrotada pelo cansaço.
— Dulce, minha filha. — Ouvi a voz do meu pai me chamando. Tropecei e caí na cama, mas tentei me levantar o mais depressa possível. Ele tinha as respostas pelas quais eu tanto ansiava.
Assim que abri a porta, meu pai me olhou espantado.
— Por favor, pai — comecei a suplicar. Ele não entendia o que eu estava falando. — Diz que é mentira, pai, por favor, isso não pode ser real. Diz que é mentira. — Eu me agarrei a ele chorando, completamente desesperada.
Ele demorou alguns segundos para responder, mas me pareceu uma eternidade.
— Filha, eu não sei do que você está falando. Por favor, se acalma. — Meu pai me abraçou forte, e foi uma das poucas vezes que recebi esse carinho. Mas me sentia tão despedaçada que não conseguia pensar no que estava acontecendo.
— O Christopher não pode ser meu irmão — murmurei baixo, como se aquilo pudesse fazer tudo ser uma mentira. — Eu e o Christopher não somos irmãos. Isso não pode acontecer. Eu o amo. Amo
como nunca amei ninguém.
Meu pai se afastou para me olhar. Meu corpo inteiro tremia, com medo da resposta que viria.
— Dulce, eu não sei o que está acontecendo. De onde foi que você tirou essa ideia, minha filha?
Abri o guarda-roupa e peguei a caixa que tinha escondido lá. Espalhei tudo que tinha dentro sobre a cama. Meu pai encarou surpreso cada foto e cada carta.
— O que é isso, pai? Por que tem várias cartas do pai do Christopher pra minha mãe? Diz pra mim! — implorei por respostas. Não tinha mais voz, não tinha mais forças. Então, caí no chão, sentada sobre as pernas.
— Você e o Christopher não são irmãos — meu pai respondeu com os olhos fechados. Vi seu rosto transfigurado pela dor. — Mas você precisa saber de algumas coisas — explicou.
Meu pai me ajudou a levantar, e eu sentei na cama, esperando para ouvir o que ele tinha para contar.
— A primeira delas é que... — meu pai hesitou, mas continuou — Vitor, o pai do Christopher, foi o grande amor da vida da sua mãe. Eles se amaram por anos, e a última palavra que ela disse antes de morrer foi o nome dele.
Apesar de mais calma por saber que Christopher e eu não éramos irmãos, a história me deixou estarrecida.
Minha mãe e o pai do Christopher? Não fazia sentido.
Como prometido postei meninas, espero que estejam gostando da fanfic. Como vocês queriam saber Dul e Ucker não são irmãos. Mas qual será o segredo por trás dessa história ???
Amanhã tem mais capítulos. Bjsssss.
Autor(a): marianarn
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Eu não queria deixar Cristal sozinha, ela parecia não estar bem, mas acabei dando o braço a torcer. Realmente precisava resolver muitas coisas na cidade, já que tinha saído do hospital direto para a fazenda. Precisava falar com o novo veterinário, passar em casa para pegar algumas coisas e ir ao posto de saúde para uma consult ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 104
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foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:41
volta moça :(
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foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:18
eu só queria saber o final dessa historia
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chelly Postado em 19/11/2019 - 22:19:02
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss
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dudinhah Postado em 04/11/2019 - 08:42:52
Continua
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dudinhah Postado em 28/10/2019 - 21:25:39
Cade vc
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barbie Postado em 20/09/2019 - 10:08:49
Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa logooooooooooooooooooooooooooooooo plisssssssssssssssssssssssssssssssssss
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♥luly Postado em 01/08/2019 - 21:35:56
Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss
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dudinhah Postado em 29/07/2019 - 11:49:52
Cadê vc?
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barbie Postado em 09/07/2019 - 09:12:18
Leitoraaaaaaaaaaaaaaaaaaa novaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, comecei a ler a sua web e já estou onde parou e até comecei a ler a versão Ponny Adaptada dela e gostaria de saber se você vai continuar postando ela, pois seria bem interessante ler as duas versões dela... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
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chelly Postado em 29/04/2019 - 09:55:27
Cadê vc? Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plisssssssssssssssssssssssssssssssssss