Fanfics Brasil - Capítulo 26 - Christopher (Parte 1) 8 segundos - Vondy (Adaptada)

Fanfic: 8 segundos - Vondy (Adaptada) | Tema: Vondy - Dulce Maria e Christopher Uckermann


Capítulo: Capítulo 26 - Christopher (Parte 1)

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Eu não queria deixar Cristal sozinha, ela parecia não estar bem, mas acabei dando o braço a torcer. Realmente precisava resolver muitas coisas na cidade, já que tinha saído do hospital direto para a fazenda. Precisava falar com o novo veterinário, passar em casa para pegar algumas coisas e ir ao posto de saúde para uma consulta com o dr. Jorge. Além disso, também precisava fazer uma visitinha a certa pessoa.
Desde que tinha visto aquele idiota beijando a minha namorada, eu não conseguia parar de pensar no que fazer. O problema é que eu não poderia partir para cima do cara enquanto estivesse preso naquele maldito trambolho. Mas é para essas coisas que servem os amigos. Sorri com esse pensamento enquanto Poncho dirigia concentrado na estrada.
Eu tinha pedido que ele me levasse ao hotel e me ajudasse a dar um chega para lá no pangaré. Poncho não pensou nem dois segundos antes de me responder. Esse companheirismo era o que eu mais gostava no meu amigo. Companheiro é companheiro, filho da puta é filho da puta.
— Aonde você quer ir primeiro? — Poncho perguntou quando já estávamos quase chegando à cidade.
Fiquei tentado a ir direto atrás do idiota, mas me contive. Deixaria por último, assim não atrapalharia o restante dos meus compromissos.
— Vamos em casa, passamos no dr. Jorge, visitamos o pangaré e depois vamos buscar o Leandro. — Confirmei o itinerário e Poncho não discordou.
Entrei em contato com Leandro, um amigo de faculdade, para pedir que ele prestasse serviços em algumas fazendas onde eu trabalhava. Assim os proprietários não ficariam na mão durante a minha recuperação. Por sorte, Leandro estava trabalhando na fazenda Raio de Sol, que ficava na região. Sempre confiei de olhos fechados nele, um veterinário excelente e muito profissional. Eu tinha certeza de que ele faria um trabalho tão bom quanto o meu ou até melhor.
Leandro era funcionário fixo da Raio de Sol, mas, assim como eu, prestava serviços para outras fazendas. Quando contei a ele sobre o acidente e pedi sua ajuda, ele prontamente respondeu ao meu pedido.
Poncho estacionou na porta da minha casa e eu aguardei ele tirar a maldita cadeira da caminhonete.
— Vamos lá, mano — disse ele, me carregando e me sentando.
— Se for para ficar assim pelo resto da vida, vou preferir morrer — disse em voz baixa.
Poncho imediatamente virou a cadeira de frente para ele e me encarou com ódio. Acho que nem quando nós brigamos na faculdade eu o vi tão chateado comigo.
— Porra, Christopher! — gritou, e eu abaixei a cabeça recuando. — Nunca mais fale uma merda dessas. Já imaginou como a Any e o Santiago ficariam? E eu, seu melhor amigo? E a Dulce, já pensou o que ela acharia se te ouvisse dizer isso?
Pensei em toda a minha família — o que sobrara dela — e me dei conta de quanto eles também deveriam estar sofrendo. As palavras do Poncho me fizeram lembrar da minha Potranca. Dulce estava muito diferente de quando chegou — mais emotiva, mais alegre e, principalmente, mais humana. Era impossível não se encantar com ela. Eu estava apaixonado, isso era óbvio, mas fiquei surpreso quando a ouvi dizer “eu te amo”. Acho que ainda não estava preparado para uma declaração tão profunda.
Enquanto divagava sobre minha relação com a Cristal, Poncho me levava para dentro de casa.
Eu precisava somente de algumas roupas, uns livros e meu notebook. Eu dizia onde estava e Poncho pegava para mim. Foi quando me dei conta de que eu não estava com um amigo, mas com um irmão. Em nenhum momento ele saiu do meu lado. Nem sei como conciliava o trabalho com a profissão de babá.
— Poncho? — chamei, e ele olhou para mim. — Obrigado por tudo, cara.
Meu amigo guardou minhas coisas em uma sacola e caminhou até mim, colocando a mão em meu ombro.
— Você faria o mesmo por mim, irmão — disse ele, convicto e com toda a razão.
Sempre fui um cara que defende a família com unhas e dentes. Depois de perder meus pais, eu não suportaria perder mais ninguém. Por isso cuidava da Any como se ela fosse uma irmã.
E Poncho também passou a fazer parte daqueles por quem eu luto.
Ele empurrou a cadeira até o carro. Antes de me colocar no banco, vi Maite caminhar em nossa direção. Alguns passos antes de nos alcançar, reparei em como ela olhava para a cadeira. Seu olhar se encheu de piedade e isso me desestabilizou totalmente.
— Oi, Maite. — Poncho chamou sua atenção, pois ela me encarava sem ao menos disfarçar quanto sentia pena de mim.
— Oi, Maite. — Imitei Poncho e a cumprimentei, porém de maneira mais contida e fria.
Ela corou e ficou sem graça. Sabia que estava me deixando desconfortável. 


— Desculpa, Christopher. Não fui te visitar no hospital porque achei que já tinha gente demais — disse ela, comovida. — Mas Natália sempre me dava notícias suas. Como você está?
— Aleijado.
— Christopher! — Poncho me repreendeu, gritando. Maite começou a chorar e eu desviei o rosto para o lado. Porra! Será que toda vez que encontrar alguém vai ser assim?
— Foi mal, preciso ir — cortei qualquer tipo de conversa que pudéssemos ter. Na verdade, não via a hora de resolver tudo e voltar para a fazenda. Pelo menos Dulce não me olhava com pena. Bendita a hora em que aceitei seu convite para ficar lá: não conseguiria suportar as pessoas na cidade.
Poncho me tirou da cadeira e me colocou na caminhonete, sob o olhar pesaroso da Maite. A vontade de me afastar de tudo aquilo não cabia mais em mim. Era frustrante e revoltante pensar que semanas antes eu era um homem inteiro e que depois virei um aleijado.
— Meu Deus... — Tentei respirar normalmente, mas estava difícil manter o controle.
— Cara... — Poncho começou a dizer, mas depois se arrependeu e ligou a caminhonete.
Saímos mudos, mas vi meu amigo sacudir a cabeça, inconformado com o que tinha acontecido.
Eu sabia que estava agindo como uma criança mimada, mas não conseguia manter a calma diante da situação.
O posto de saúde ficava a poucas quadras da minha casa. Era pequeno e modesto, mas o dr.Jorge era um excelente médico. Já fazia muitos anos que ele tinha vindo da capital com a família. Assim que estacionamos, mais uma vez Poncho me ajudou. Então falei:
— Eu sigo daqui.
Pedi que ele aguardasse na recepção enquanto eu falava com o médico. Tinha um assunto específico para tratar e não queria ninguém por perto. A situação já era frustrante o suficiente sem plateia.
— Então, doutor... — comecei, um pouco envergonhado. — Na verdade, dr. Jorge, eu queria saber se eu realmente, se eu posso... — Levantei o braço com o punho fechado, tentando explicar a que me referia.
— Você quer saber se é capaz de manter uma ereção na situação em que está? — perguntou, direto e sem rodeios.
Acho que nunca tinha sentido tanta vergonha na vida. Não estava acostumado a falar do desempenho do meu amigo com outro homem, então fiquei bastante incomodado.
— Vamos lá, Ranger. — O médico inclinou a cadeira um pouco. — Conheço você desde que teve sua primeira dor de barriga.
Segurei um sorriso. É claro que conhecia. O dr. Jorge trabalhava na cidade desde que eu era criança.
— E então? Posso funcionar normalmente? Como era antes?
Queria logo acabar com aquela tortura de consulta. O médico do hospital já tinha me explicado, mas eu queria uma segunda opinião antes de tentar alguma coisa com a Cristal.
Precisava resolver aquilo! Estava ficando louco com ela dormindo junto comigo. Parecia que eu iria explodir se não a tocasse. Era tão excitante tê-la ao meu lado... Quando ela me acordou
toda cuidadosa para me trocar de posição, senti que precisava me esforçar mais. Por ela e por mim.
— Christopher, tenho certeza de que o seu médico já te explicou, mas vou explicar de novo: é perfeitamente possível que você tenha uma vida sexual normal. O problema não afetou suas sensações. E, pelo que eu soube, a sua condição é passageira. O alerta que posso dar é que, talvez, você não consiga sustentar uma ereção por muito tempo. Eu sugiro duas opções: que você seja sincero com a sua parceira, contando sobre essa pequena limitação, ou... — Parou de falar e tirou uma caixinha da gaveta. — Estimulante sexual!
— Nem fodendo! — falei alto demais e, reconhecendo que tinha exagerado, abaixei o tom de voz. — Não vou usar Viagra, dr. Jorge.
O médico sorriu e recolocou a caixa na gaveta. Viagra? Fora de cogitação.
— Imaginei que diria isso. Então, basta ter uma conversa franca com sua parceira e vocês certamente conseguirão achar uma alternativa. Tudo vai dar certo. — Apoiou as mãos na mesa
e ficou me encarando.
— Entendi, era só isso mesmo. Obrigado! — agradeci, e o médico se levantou, abrindo a porta para que eu pudesse passar. Quando Poncho me viu, levantou-se e me buscou.
— Ah, Christopher? — o dr. Jorge chamou, e virei a cadeira para olhá-lo. — Seus girinos ainda estão nadando. Não se esqueça da camisinha!
Poncho deu uma gargalhada, e ainda bem que não tinha mais ninguém na recepção, ou todos saberiam sobre o meu cardume.
— Vai se foder, comedor de queijo! — xinguei.
No caminho até o hotel, Poncho não parava de rir. Eu já tinha me dado por vencido e até soltei um risinho pela sua cara de pau em me provocar.
— Bom dia, dona Cidinha — cumprimentei a dona do hotel onde o idiota estava hospedado. Meu tio havia me contado para onde tinha levado o infeliz, e estava na hora de eu ter uma conversinha de homem para pangaré. Fiquei dez impacientes minutos contando tudo obque tinha acontecido para a dona Cidinha. Desde que eu me entendia por gente, ela mantinha o único hotel da cidade.
Depois de dar meu histórico médico, consegui convencê-la de que eu e Poncho estávamosbindo visitar um amigo. Como me conhecia desde pequeno, não achou que eu estivesse mentindo. Que Deus me perdoe.
Poncho me empurrou até o quarto indicado, bateu na porta, e se afastou um pouco. Segundos depois, a porta se abriu.
— Ah! Só pode ser brincadeira — o babaca disse assim que abriu a porta. Tentou fechá-la, mas Poncho colocou o pé nela, impedindo-o.
— Boa tarde. Quero trocar uma palavrinha com você.



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Autor(a): marianarn

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Não esperei ele responder. Poncho bateu o braço na porta, jogando o tal do Pablo para trás. — Era só o que me faltava: o aleijado e o caipira. — Sorriu sarcasticamente, depois de se refazer da pancada da porta. Eu e Poncho nos entreolhamos, e no minuto seguinte Pablo estava agachado na minha frente. Poncho tinha torcido seus bra&ccedi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 104



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  • foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:41

    volta moça :(

  • foxcinn Postado em 23/09/2022 - 19:06:18

    eu só queria saber o final dessa historia

  • chelly Postado em 19/11/2019 - 22:19:02

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss

  • dudinhah Postado em 04/11/2019 - 08:42:52

    Continua

  • dudinhah Postado em 28/10/2019 - 21:25:39

    Cade vc

  • barbie Postado em 20/09/2019 - 10:08:49

    Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa logooooooooooooooooooooooooooooooo plisssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • ♥luly Postado em 01/08/2019 - 21:35:56

    Abandonou a fic? Continuaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssss, amo a sua fic... Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plisssssssssssssssssssssssssssss

  • dudinhah Postado em 29/07/2019 - 11:49:52

    Cadê vc?

  • barbie Postado em 09/07/2019 - 09:12:18

    Leitoraaaaaaaaaaaaaaaaaaa novaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, comecei a ler a sua web e já estou onde parou e até comecei a ler a versão Ponny Adaptada dela e gostaria de saber se você vai continuar postando ela, pois seria bem interessante ler as duas versões dela... Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa plissssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

  • chelly Postado em 29/04/2019 - 09:55:27

    Cadê vc? Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Plisssssssssssssssssssssssssssssssssss


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