Fanfic: Mi Nuevo Vicio - Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

CHRISTOPHER

Quem disse que as mulheres são complicadas está certíssimo.

Depois do jantar com Belinda, a Dul ficou estranhamente quieta, até perguntei se estava tudo bem com ela, mas a mesma negou, então resolvi não tocar mais no assunto. Hoje ela saiu de casa primeiro e não me esperou e agora eu soube que ela foi visitar a Annie e nem me falou nada. Eu também não me lembro de ter feito ou dito algo errado. Até suspeitei ter sido por ciúmes a Belinda, mas a mesma não tinha feito nada demais.

Saí dos meus pensamentos com o telefone tocando, era a secretária.

- Pode falar – atendi.

- Senhor, a senhorita Belinda está aqui para vê-lo – avisou e eu deixei entrar.

- Ucker – Bel entrou sorrindo. Sorri também e me levantei para cumprimenta-la.

- Bel, que surpresa, o que faz aqui? – lhe dei um beijo na bochecha em cumprimento e ela retribuiu.

- Pensei em vir te ver, faz muito tempo que não conversamos e eu sinto falta – falou animada. A puxei até o sofá e nos sentamos.

- Senti saudade também.

- E você e a Dulce, como estão? – perguntou interessada.

- Bem, a Dul é a mulher da minha vida – suspirei apaixonado e ela riu – Ela é incrível, quando você conhecer ela melhor vai adorá-la.

- Tenho certeza que sim – sorriu fraco – Mas acho que ela não gostou muito de mim – disse tímida.

- Por que diz isso? – franzi o cenho.

- Sei lá – deu de ombros – Ela quase não falou nada no jantar de ontem, me pareceu um pouco fria.

- A Dul só devia estar com ciúmes, logo ela se acostuma com você – assegurei.

- Tudo bem, só não quero causar brigas entre vocês dois – mordeu o lábio nervosa.

- Não vai, mas se te preocupa eu posso falar com ela – sugeri e ela sorriu de canto e segurou minha mão.

- Obrigada, quero ser amiga dela também, sei o quanto a Dulce é importante pra você – sorri, contente por isso.

- Eu que agradeço por ter uma amiga tão leal quanto você – a abracei.

DULCE

Cheguei a empresa já depois do almoço. Fiquei um bom tempo conversando com Annie e ela me deu muitos conselhos e devo confessor que estou mais calma e segura agora, também estou disposta a enfrentar Belinda, não vou deixar ela ficar com meu homem.

Subi até o andar presidencial e encontrei Christian, ele estava conversando com a secretária e quando me viu veio até mim.

- Chris, o que está fazendo aqui? – perguntei o abraçando.

- Vim te ver, se Maomé não vai à montanha, a montanha vai até Maomé – ditou e eu dei risada.

- Tá parecendo uma montanha mesmo, trabalhar em um restaurante tá deixando gordinho – brinquei e ele fechou a cara.

- Vou fingir que não falou isso – revirou os olhos. Ele me acompanhou até minha sala e nos sentamos no sofá – Como você está? – perguntou preocupado, eu sabia do que se tratava.

- Estou bem, tentando superar e seguir com a vida – ele suspirou e assentiu – E você?

- Ainda é difícil me acostumar a não ter o tio Pedro com a gente – balancei a cabeça com os olhos mareados.

- Eu sinto muita falta dele – confessei apoiando a cabeça em seu ombro.

- Eu também – Chris me abraçou de lado – Mas mudando de assunto, me conta as novidades – respirei fundo e comecei a contar tudo sobre Belinda.

- Meu Deus que cobra – disse espantado.

- E ela ainda teve coragem de se fazer de santa na frente do Christopher. Se soubesse o ódio que eu estou – bufei irritada.

- E o Ucker, não falou nada? – questionou insatisfeito.

- Não contei pra ele – Chris me olhou sério – Ainda – completei – pretendo fazer isso ainda hoje.

- É o certo a se fazer, e se precisar de ajuda pra armar uma vingança contra essa tal de Belinda, pode contar comigo – gargalhei e ele sorriu.

- Apesar de a ideia parecer tentadora, não quero descer ao nível dela – expliquei e ele me olhou terno.

- Você é muito bondosa Dulce e isso é umas das qualidades que eu mais admiro em você – sorri de canto – Só não quero que se machuque.

- Não vou, prometo – assegurei.

[...]

- Podemos conversar? – perguntei assim que entrei na sala de Christopher. Já estava no fim do dia e eu resolvi não adiar nossa conversa.

Ele tirou os olhos do papel e me encarou.

- Claro, eu queria mesmo falar contigo – respirei fundo e entrei fechando a porta, me sentei na cadeira em frente a sua mesa – Você primeiro – assenti me remexendo na cadeira.

- Quero falar sobre a Belinda – Ucker arqueou a sobrancelha esperando – Sei que ela é sua amiga e eu não quero parecer uma louca ciumenta, mas ela gosta de você, e não em um bom sentido – fui direto ao assunto.

- Dulce – suspirou – Não precisa fica com ciúmes da Bel – revirei os olhos – tenho certeza que ela não quer nada além de amizade comigo.

- Vai defender ela? – perguntei nervosa. Ele se levantou e veio até mim abaixando-se na minha frente.

- Eu amo você princesa, nunca te trocaria, por ninguém – acariciou minha bochecha, fixei meu olhar no seu – A Bel é só uma velha amiga, e por sinal ela mesma me disse que quer ser sua amiga também – isso me deixou ainda mais irritada, aquela vaca falsa.

- Até parece – falei sem me segurar.

- Eu não quero brigar Dul, ainda mais porque não há motivos – o olhei incrédula. Balancei a cabeça e passei a língua nos lábios me levantando.

Ucker não estava confiando em mim, de novo. Belinda deve ter dito várias coisas pra ele e o idiota acreditou.

- Tem razão – ele sorriu – não vou brigar – completei e saí da sala batendo a porta.

[...]

Cheguei em casa morrendo de ódio, por sorte não encontrei Anna no caminho, não queria descontar minha raiva nela. Entrei no quarto largando a bolsa na cama e me livrando dos saltos. Sentei-me na cama respirando fundo pra não pirar.

- Dulce – Christopher entrou no quarto de vez.

- Não – foi só o que eu disse e me virei tirando toda a roupa, entrei no banheiro e liguei o chuveiro. Ucker me seguiu com os olhos arregalados.

- Não? – questionou confuso.

- Não vou discutir – entrei no box e fechei a porta de vidro. Ele me olhou como seu eu fosse maluca.

Dei-lhe as costas e entrei debaixo da água tentando me acalmar. No instante seguinte senti as mãos dele me puxando e me virando para encará-lo.

- O que está fazendo? – ele tinha entrado com roupa e tudo.

- Te provando que eu só tenho interesse em você, eu sou todo seu Dul e você é completamente minha – me prensou na parede e me beijou selvagem.

Christopher tirou suas roupas molhada e depois transamos debaixo da água, fazíamos tanto barulho que era possível que a casa toda tivesse escutado.

Terminamos o banho juntos, saí do banheiro antes dele, me sequei e fui até o closet me vestir, depois voltei pro quarto, ele estava só de toalha sentado na cama e me esperando.

- Ainda está com raiva? – perguntou temeroso.

- Não – caminhei até ele e sentei em seu colo. Me inclinei e beijei seus lábios carnudos.

 Eu não deixaria Belinda ganhar, ela queria que nós dois brigássemos e o nosso relacionamento ficasse vulnerável, mas não daria esse gostinho pra ela...