Fanfic: Mi Nuevo Vicio - Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

DULCE

Pablo ainda apontava a arma para minha cintura e me fazia dirigir cada vez mais rápido, minhas mãos estavam trêmulas de tanto medo. Eu já não controlava mais as lágrimas, que escorriam pelo meu rosto.

- Pablo...por favor...para com isso, me deixa ir embora –pedi aos soluços, ele balançou a cabeça negativamente parecendo um maluco.

- Não se preocupe linda, em breve estaremos no nosso paraíso particular – passou a mão livre na minha coxa, o toque dele me deu nojo – E te mostrarei que sou homem suficiente pra você, diferente do pateta do Uckermann que não sabe segurar uma mulher – sorriu diabólico e eu estremeci.

- Porque está fazendo tudo isso? Se descobrirem você vai ser preso. Desista enquanto dá tempo. – tentei convence-lo, Pablo apenas deu de ombros como se aquilo não importasse.

- Querida Dulce...eu já fiz coisa muito pior e a justiça nunca me descobriu, não vai ser por sua causa que vou ser preso – sorriu sarcástico e me assustei pensando no quão longe ele já tinha chegado ou quais crimes já cometeu – E respondendo sua pergunta, estou fazendo isso, porque te desejo, desde a primeira vez que ti vi naquele escritório eu soube que seria minha, o Uckermann apenas chegou primeiro – piscou enquanto eu continuava dirigindo e chorando – e quando eu quero algo, eu pego.

- Você é um louco obcecado Pablo – murmurei.

- Pode até ser, mas vou te fazer mudar de ideia sobre ficar comigo quando estivermos em um lugar apropriado – fiquei com mais medo, temendo pelo que ele planejava.

- Nunca vou permitir que toque em mim – ousei falar e ele me olhou com raiva.

- Quem disse que eu preciso da sua permissão – mordeu o lábio pressionando a mão na minha perna. Eu estava definitivamente em pânico, eu não podia permitir que Pablo me tocasse, só de pensar nisso eu desejava morrer. Queria tanto que o Christopher soubesse onde estou, que viesse atrás de mim – Agora acho melhor acelerar esse carro – ameaçou e eu obedeci, estávamos correndo muito, sorte que era madrugada e a rua estava quase vazia e ninguém se machucaria.

Poucos minutos depois uma viatura da policia com a sirene ligada e seguia o nosso carro fazendo sinal para que parássemos. Agradeci mentalmente a Deus enquanto meu coração batia acelerado. Pablo estava nervoso e olhava pelo retrovisor a todo momento.

- Não pare – mandou e arregalei os olhos. Resolvi não desobedece-lo, até porque ele ainda apontava a arma pra mim.

A viatura não parou também e continuou nos seguindo, eu apertava o volante com força rezando pra que tudo ficasse bem. Pablo gritava, xingava e me mandava ir mais rápido. Quando passamos por uma curva não tive tempo de controlar o carro e acabamos capotando.

O carro girou várias vezes, senti os vidros quebrarem e minha cabeça acabou bateu no painel, tudo parecia em câmera lenta e vi minha vida passar diante dos meus olhos.

CHRISTOPHER

Já tinha amanhecido e eu estava parado no mesmo lugar desde minha ligação para Dulce, ela não veio, olhei o celular e nenhuma mensagem ou chamada dela, só Mai que estava me ligando igual uma louca, mas não atendi, não estava com cabeça pra discutir com minha irmã de novo.

Respirei fundo e tomei o resto de whisky que tinha na garrafa, eu tinha tomado ela toda e estava um pouco bêbado, ainda por cima no meu local de trabalho, mas não me importava. Eu tinha perdido minha mulher, minha princesa, e isso doía muito. Pensar que foi tudo culpa minha pesava ainda mais na consciência.

Olhei o papel do divorcio em cima da mesa e suspirei atordoado. Não tinha conseguido assinar, talvez, porque ainda tinha um fio de esperança em mim, que Dul entraria por aquela porta e me deixaria explicar. Saí dos meus pensamentos quando Poncho entrou na sala furioso e sem bater, ele parou por um segundo me analisando.

- Sabia que estava aqui – reclamou vindo até mim e tomando a garrafa da minha mão – E ainda te encontro morto de bêbado – olhou pra mim com decepção. Não o julgava, eu também estava decepcionado comigo mesmo – Levante daí, você tem que tomar um banho e ir para o hospital – o olhei confuso.

- Por que hospital? – questionei tentando me levantar, ele se aproximou me ajudando.

- Você não atendeu nenhuma das ligações da Mai não é mesmo? – neguei e ele revirou os olhos – Dulce sofreu um grave acidente de carro esta madrugada – senti o ar faltar e quase caí se Poncho não tivesse segurado

- A Dul o que? – perguntei com o coração acelerado.

- Eu não sei de todos os detalhes – ele suspirou – Mai estava muito nervosa e não conseguiu falar direito. Só pediu pra te procurar, porque você não estava atendendo – explicou.

- Eu preciso ir pra lá – dei um passo, mas cambaleei.

- Não vai pro hospital assim – disse mandão – Vamos passar na sua casa e tomar um banho primeiro e depois te levo pra lá. Annie está lá com Mai e vão ficar com a Dulce, Christian estava em uma cidade próxima, mas já foi avisado e esta voltando.

- Tudo bem – murmurei não querendo discutir, eu tinha que estar com a Dul o mais rápido possível.

Passamos em casa e tomei um banho frio rapidamente, vesti uma roupa limpa e Anna me deu um café amargo pra me despertar, depois corri para o hospital.  Alfonso dirigia o mais rápido que conseguia e chegamos logo, Annie e Mai estavam na sala de espera aflitas.

- Que bom que você chegou – Mai disse chorosa e me abraçou.

- O que aconteceu? – perguntei com a voz embargada – Cadê ela?

- A Dul está em cirurgia – fechei os olhos sentido dor por imaginá-la ferida – Ela chegou com uma hemorragia e tiveram que leva-la.

- Você falou com ela? Ela estava acordada?

- Sim – meu coração disparou, Mai ficou séria – Precisamos conversar.

Minha irmã me levou até uma sala reservada enquanto Poncho e Annie ficaram esperando na sala de espera, estranhei suas ações e quando entramos no lugar havia um policial nos esperando.

- Por que todo esse suspense Mai? – perguntei preocupado – E o que um policial tem a ver com isso? – meu coração bateu forte pelo medo.

- Eu te trouxe pra cá porque achei que seria melhor conversarmos em particular – suspirou me guiando até um sofá, me sentei começando a ficar desesperado, Maitê se sentou ao meu lado e segurou minha mão, o policial ficou de canto apenas observando – Como eu já tinha dito, a Dul estava acordada quando chegou – eu assenti e ela respirou fundo – Enquanto os médicos faziam os procedimentos de emergência eu pude conversar com ela.

- E o que ela falou? – questionei angustiado.

- Dulce disse que havia ido a empresa pra falar com você – franzi o cenho.

- Como assim? Eu nem cheguei a vê-la...- falei confuso.

- Isso porque ela não subiu, me disse que quando ia fazer isso Pablo a parou – arregalei os olhos – Ele a obrigou a entrar no carro e dirigir pra longe do prédio, e ainda a ameaçou com uma arma – contou com a voz falha, parecia que estava sendo muito difícil pra ela me dizer aquelas coisas. Mai e Dul haviam se tornado grandes amigas.

- Ele a sequestrou? – perguntei furioso me levantando rapidamente, passei as mãos no cabelo sentindo culpa por tudo de ruim que a Dul passou. Imaginar a mulher que eu amo nessa situação me quebra por inteiro.

- Sim, e não acaba por ai – minha irmã continuou – Dul contou que uma viatura seguiu os dois e estavam tão rápidos que o carro acabou derrapou e capotou – Mai soluçou e percebi que ela já estava com o rosto todo molhado em lágrimas – Depois ela desmaiou, então não pude saber mais nada – suspirou limpando as lágrimas.

Voltei a me sentar por causa do meu corpo trêmulo, meus olhos já estavam mareados.

- E o Pablo? – perguntei com raiva me lembrando daquele desgraçado – Ele morreu?

- Não, ele chegou ferido também, não tanto como a Dul, por isso já está no quarto e não precisou de cirurgia – travei o maxilar desejando ir até ele e terminar o serviço – Ele está sob observação da policia e assim que acordar vai ser interrogado e preso – assenti – Também vão esperar os resultados da cirurgia da Dulce e se ela sobreviver vão querer o depoimento dela.

- Acha que ela pode morrer? – sussurrei e olhei pra Mai derramando lágrimas.

- Não sabemos Ucker – me abraçou consolando-me – Mas vamos ter fé, Dul já passou por tanta coisa, ela vai sobreviver a isto também – balancei a cabeça me sentindo cada vez pior...

Ivane Moreira: Pois é, quando não é a Belinda é o Pablo!! Continuando flor!!!

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