Fanfic: Mi Nuevo Vicio - Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

CHRISTOPHER

Dei meu depoimento ao policial, depois fique mais um tempo na sala sozinho tentando absorver tudo que aconteceu. A vida de Dulce estava por um fio e eu sabia que era tudo minha culpa, minha responsabilidade. Se a Dul morrer eu nunca me perdoarei, vou conviver com isso pelo resto da vida.

Passado alguns minutos me levantei, enxuguei meu rosto molhado pelas lágrimas e fui até a sala de espera. Chegando lá encontrei Christian, minha mãe e seu namorado, além dos outros que já estavam. Assim que Chris me viu se levantou e não tinha uma cara nada boa.

Aproximei-me de cabeça baixa, Christian fechou o punho e quando eu vi ele tinha acertado um soco em meu nariz. Cai no chão com a mão no local e vi Poncho o segurar e pedir calma.

- Christian – reclamou Mai perplexa.

- Sem sermão Mai, a Dulce só está aqui por culpa dele – apontou pra mim furioso voltando a se sentar. Todos nos olhavam sem reação.

Me levantei com a ajuda de Poncho, foi quando um segurança apareceu perguntando se estava tudo bem.

- Tudo bem, foi só um desentendimento - falei limpando o sangue com a mão. O segurança assentiu desconfiado e saiu.

Sentei-me um pouco afastado e vi Mai e Chris conversando com Annie e Poncho. Suspirei sabendo que ele tinha total direito de fazer aquilo. Minha mãe veio até mim e se sentou ao meu lado me dando um sorriso triste.

- Como você está meu amor? – perguntou carinhosa.

- Preocupado com a Dul, eu só quero que ela fique bem mãe – falei com a voz embargada.

- A Dulce é forte querido, ela vai sair dessa – me passou confiança e sorri fraco assentindo – Não fique com raiva do Christian, ele está sofrendo pela prima, os dois são muito ligados – segura em meu ombro.

- Eu não estou com raiva, até entendo, é minha culpa, eu devia protegê-la, prometi ao Pedro que cuidaria dela e não cumpri minha promessa – falei com um nó na garganta.

- Foi um acidente Christopher. Ninguém tem culpa, a não ser aquele Pablo – tentou me confortar, assenti pensativo.

[...]

Já havia passado várias horas e ninguém veio dar noticias de Dulce, Mai avisou que ela ainda estava em cirurgia, mas que não podia entrar na sala. A cada minuto eu ficava mais desesperado, meu maior medo era que ela não sobrevivesse.

Alguns minutos depois o médico apareceu na sala e minha irmã estava ao seu lado com uma expressão séria.

- São os parentes da Sra. Uckermann? – perguntou calmamente, todos se aproximaram para ouvir.

- Sim doutor, eu sou o marido dela – ele assentiu – Como ela está? – questionei preocupado.

- Estou tratando do caso da sua esposa, preciso dizer que o impacto causado pelo acidente acabou gerando uma hemorragia no tórax – engoli em seco temendo o que estava por vir – Conseguimos reverter a situação, mas teve complicações na cirurgia, ela teve uma parada cardíaca – nesse momento perdi o ar e pensei o pior.

- Ela mo...morreu? – gaguejei com o coração batendo a mil. Os outros estavam espantados.

- Não – o médico disse rapidamente – A trouxemos de volta – suspiramos aliviados – Infelizmente a Dulce está na UTI, está estável, mas ainda corre risco de vida – explicou – Ela vai ficar lá nas próximas 48 horas e se surgir melhora a mandaremos para o quarto. Também teve uma fratura no braço esquerdo e alguns machucados pelo corpo – completou.

- Posso vê-la? – disse com a voz trêmula.

- Ela não pode receber visitas na UTI, mas entendo que esteja passando por um momento difícil. Vou deixar o senhor entrar por alguns minutos – cedeu e dei um sorriso aliviado.

- Obrigado – agradeci.

Segui Mai até um local onde coloquei uma roupa especial e máscara, depois ela me levou até o quarto que Dul estava internada. Assim que abri a porta me deparei com minha princesa deitada na cama, estava tão pálida com alguns ferimentos espalhados pelo corpo, mal parecia respirar se não fosse pela ajuda dos aparelhos. Eu estava angustiado por vê-la daquele modo, doía em mim imaginar por tudo que ela passou.

Aproximei-me da cama e segurei sua mão livre, já que a outra estava enfaixada, acariciei seus dedos extremamente gelados e suspirei sentindo meus olhos ficarem embaçados pelas lágrimas.

- Meu amor – minha voz saiu falha – Eu nunca vou me perdoar por não ter te mantido longe daquele cara, mas preciso que você melhore, você é minha vida e eu não posso perder você, mesmo que não pudermos estar juntos, só desejo que você viva e continue sendo a pessoa maravilhosa que todos amam, a mulher por quem me apaixonei desde a primeira vez que vi, a que tem o melhor beijo e que eu amo mais que tudo no mundo – confessei emocionado.

Enxuguei as lágrimas que caíram com as costas da mão. Infelizmente o médico apareceu avisando que meu tempo tinha acabado. Suspirei deixando o quarto, me livrei das roupas especiais e segui de volta para a sala de espera. Lá estava apenas Christian, me sentei um pouco longe, certeza que ele não queria nem olhar pra mim. Abaixei a cabeça pensando no tanto de coisas que aconteceram em tão pouco tempo, agora estou prestes a perder a mulher que amo de todas as formas existentes.

Sai dos meus pensamentos quando Christian sentou ao meu lado. Levantei a cabeça e o encarei confuso.

- Me desculpe pelo soco – falou com vergonha – Eu só estava chateado e com medo pelo estado da Dul.

- Tudo bem, eu mereci.

- Como ela está? – perguntou preocupado.

- Com alguns machucados e respirando com ajuda de aparelhos – contei e ele suspirou.

- Acha que ela vai se recuperar?

- Tenho certeza que sim, a Dulce é forte e determinada e vai sair dessa – tentei convencer mais a mim mesmo que a ele. Chris assentiu e abaixou a cabeça.

Algum tempo depois todos voltaram. Annie, Poncho e minha mãe tinham ido à lanchonete, Lorenzo foi embora e Mai estava terminando seu plantão.

Estava conversando com Annie que tinha a expressão triste pela amiga, as duas eram muito unidas.

- Tudo vai se resolver Annie – segurei sua mão.

- Estou rezando por isso - ela me deu um sorriso fraco.

Fomos interrompidos por uma voz irritante falando bastante alto.

- CHRISTOPHER – quase gritou, respirei fundo me levantando.

- O que pensa que está fazendo aqui Belinda? – a questionei furioso.

- Eu soube o que aconteceu e vim te dar meu apoio – falou com sua expressão cínica.

- Eu não preciso do seu apoio, preciso que dê meia volta e saia daqui – falei firme.

- Não pode me expulsar, que tipo de pessoa você é? – perguntou fingindo espanto. Antes que eu falasse algo Annie se intrometeu.

- Ele eu não sei, mas se não sair daqui imediatamente eu mesma vou te pegar pelos cabelos e jogar no meio da rua – a loira disse brava, Poncho arregalou os olhos segurando Anahí.

- Eu não tenho medo de você sua loira aguada – Belinda falou debochada.

- Chega Belinda – falei nervoso – Estamos em um hospital, com pessoas doentes, pare de fazer escândalo – murmurei apontando o dedo em seu rosto – A Dulce é importante pra todo mundo aqui e ninguém quer sua presença, então se retire. Ou vou ser obrigado a chamar os seguranças.

- Está bem, eu não curto hospitais mesmo – falou com sarcasmo e se virou para ir embora, mas parou no meio do caminho – eu espero que a Dulce morra – falou com descaso e foi embora. Annie tentou ir até ela, mas Poncho a segurou novamente.

Fiquei paralisado com suas palavras, eu nunca esperei isso da Belinda e percebo que fui o único cego por nunca ver o quanto malvada ela era, O arrependimento cresceu em mim ao notar que eu deixei Belinda interferir tanto em minha vida que no fim foi a Dulce que sofreu as consequências disso. Meu peito doeu pela culpa...

Comentem amores!!!