Fanfic: Cumplices | Tema: Hentai
No começo havia sido difícil, Nina hesitara em seguir com aquilo, mas depois de tudo que passara “aquilo” era tudo que ela tinha. Sua mãe estava presa por um crime que não cometera e Nina perdera seu emprego e não tinha mais casa. A causa de tudo isso podia ser resumida em uma única palavra “corrupção”. Foram políticos corruptos com seus esquemas que transformaram o país naquele bordel, naquela piada. Ela já havia perdido a fé na justiça da polícia, mas ainda acreditava em outro tipo de justiça. E que justiça era essa? Uma justiça feita com as próprias mãos por um vigilante mascarado que assombrava as ruas, matando políticos e policiais corruptos, limpando o país da sujeira e da podridão. A esse vigilante a população dera o nome de “O doutrinador”, o nome pegou e sua justiça também.
E onde Nina se encaixava naquilo tudo? Ela era a cumplice dele, sua única cumplice e, talvez, sua ultima amiga. O doutrinador, seu nome era Miguel, ex-policial de elite, um expert em armas de fogo, combate tático e luta corpo a corpo. Ele fora preso, e sua identidade fora revelada para todos, mas ele fugiu, cheio de ira e indignação. Manchou os salões do senado com o sangue negro dos corruptos e então sumiu. Alguns acreditaram que ele estava morto, mas estavam errados quando as manchetes dos jornais voltaram a noticiar as “atividades” do Doutrinador.
Miguel não podia mais voltar a sua vida normal, visto que era um procurado da justiça, então abraçou sua identidade de vigilante e se apegou a seu ideal de justiça. Nina já o havia ajudado antes, e, como ele, ela estava na mira de seus inimigos. Por necessidade e amizade, mais por necessidade do que por amizade, eles se uniram na luta de Miguel que agora ela a luta dela também.
Ele resolvia os problemas com o dedo no gatilho já ela com os dedos no teclado. Era uma hacker, ou melhor era a hacker. Especialista em invadir computadores e quebrar criptografias. Os dois tiveram que arranjar uma base de operações e conseguiram se alocar em um armazém abandonado, não era muito acolhedor, na verdade fedia a lixo e era a morada dos ratos antes dele chegarem lá. Mas Miguel não era um Batman e eles não podiam se dar ao luxo de ter uma batcaverna. Sobrou o armazém e os ratos.
Demorou cerca de uma semana até eles arrumarem o local para se tornar habitável. Como eles não tinham dinheiro, afinal hackers e vigilantes não são profissões regulamentadas, coube a Nina usar seus dons e desviar da verba de alguns políticos de má índole para financiar o trabalho dela e de Miguel. Assim eles conseguiram um valor alto para financiar a atividade dos dois. Com esse dinheiro comprou computadores para ela e armas e munição para ele, além claro, de mobília, roupas e comida. O essencial.
Era noite e Nina estava dentro do armazém, sentada a frente do computador acessando a conta bancaria de um ministro que, “misteriosamente”, possuía muito mais dinheiro que alguém desse cargo poderia adquirir em cem anos de trabalho duro. O armazém não tinha janelas e isso a fazia sentir-se sufocada, a mobília era escassa, apenas o essencial: camas, um frigobar, a mesa para o computador, além de mesas e depósitos para armar, munições. Havia um banheiro químico ali e era só.
A luz fraca de lâmpadas no teto e do monitor do computador traziam toda luminosidade ao local. Os dedos de Nina dançavam pelo teclado rapidamente, em um ritmo constante, produzindo um barulho monótono. Nina era uma garota jovem, vinte e três anos, cabelos pretos curtos, magra, com poucas curvas e seios medianos. Vestia um short curto preto e uma blusa branca aonde se podia ler “girls invented punk rock” em letras vermelhas. Estava descalça e ouvia uma música em seus fones de ouvidos.
Miguel havia saído para mais um de seus trabalhos como vigilante e voltaria a qualquer momento. Ela sempre ficava com medo quando ele saia, com medo de que algo lhe acontecesse e, também, com medo que alguém a encontrasse ali sozinha e a matasse ou fizesse coisa pior.
Eles já estavam nisso de vigilantes a quase um semestre, mas mesmo assim ela nunca conseguia ficar calma. Ficava constantemente nervosa, se tornara até um pouco paranoica com mania de perseguição. Naquele momento estava na frente do computador a quase quatro horas e seus dedos já estavam cansados de tanto digitar. Seus olhos ardiam e ela sentiu o quanto precisava comer algo.
Esticou os braços, tirou os fones de ouvido e se levantou, virando-se para o lado, quando o fez deu de cara com um individuo alto todo vestido de negro e com uma assustadora mascara de gás com lentes que brilhavam em um vermelho sangue. Por pouco seu coração não saiu pela boca e ela quase deu um grito de susto, mas ao invés disso o que disse foi.
- Merda Miguel!! Você aparece do nada!!!
O mascarado a olhou com suas lentes vermelhas por dois segundos então tirou a mascara e o rosto de Miguel apareceu. Era um homem mais velho, com trinta e três anos, barbado, com feições rígidas. Seu olhar era uma mistura de cansaço e irritação. Ele colocou a mascara na mesa ao lado do computador.
- Eu não apareci do nada, falei com você, mais de uma vez. Não devia ficar usando esses fones.
Nina revirou os olhos e cruzou os braços olhando seu amigo de cima abaixo.
- E você não devia se vestir que nem o Darth Vader.
- Poderia parar com essas referências geeks? – retrucou irritado. Miguel odiava quando a garota começava a fazer referências a filmes, histórias em quadrinhos ou animes famosos.
- Ah, todo mundo conhece o Darth Vader... não precisa nem ter assistido aos filmes.
Mas Miguel não respondeu apenas a encarou com seu olhar duro. Nina deixou esse assunto de lado e foi até o frigobar que estava em um canto e retirou de lá uma garrafa de refrigerante. Bebeu o liquido na garrafa mesmo e depois ofereceu a Miguel.
- Como foi a saída? Conseguiu o que queria? – sua mão estava estendida com o refrigerante, Miguel pegou a garrafa e deu um longo gole.
- Sim, o senador Oliveira porem não vai conseguir o que queria quando descobrir que o carregamento de dinheiro que estava destinado a ele foi roubado.
Nina sorriu, mais um trabalho bem feito, eles eram ótimos juntos, uma dupla dinâmica, como Batman e Robin, só que sem ser ricos. Miguel retirou a blusa de seu uniforme, uma vestimenta pesada devido ao colete a prova de balas. Nina admirou o peitoral e abdômen bem definido de Miguel, ele tinha um porte atlético, com algumas cicatrizes aqui e ali que, na opinião dela, só lhe deixavam mais atraente. Ela conhecia bem aquele peitoral, como outras partes daquele corpo. Eles eram um homem e uma mulher vivendo juntos a quase seis messes, não era nenhuma surpresa que estivessem dormindo juntos.
- Nunca gostei do Oliveira, aquele lá é um machista e homofônico.
- E ladrão, e é por isso que estamos atrás dele – completou Miguel.
- Quase todo político é ladrão, só em ser político já se está sub-entendido em ser ladrão – respondeu ela irônica.
Miguel, com seu currículo como vigilante, podia negar aquilo haviam muitos políticos honestos, você só precisava procurar com atenção. Ele se aproximou dela e, sem fazer cerimonia, abraçou-a beijando-a com gosto. Nina quase perdeu o folego com aquele beijo. Miguel era um homem completo, bonito, másculo, forte e com uma ótima pegada. Ela se considerava uma mulher de sorte em tê-lo. Mas ela também achava que ele tinha sorte em ter alguém como ela.
Ele deixou a garrafa de refrigerante em cima da mesa enquanto empurrava Nina na direção da parede cem cessar o beijo. Ela deslizou suas mãos pelas costas suadas dele sentindo a textura daqueles músculos bem definidos, suas bocas estalavam com os sons dos beijos. Ela arfava sem ar, era difícil saciar todo o desejo sexual de Miguel, o que não queria dizer que ela não adorava tentar.
Nina foi empresada contra a parede, o corpo musculoso e suado de Miguel fazendo pressão no seu. Seus beijos se tornaram mais famintos. Nina levou as mãos a bunda de Miguel, apalpando-a por cima do tecido da calça. Ela o ouviu soltar um gemido abafado. Eles afastaram suas bocas apenas pela necessidade de recuperar o folego. Seus olhares se cruzaram, nenhuma palavra precisava ser dita, não era momento para palavras.
Com pressa Miguel tentou retirar a blusa de Nina que levantou os braços para facilitar, ela não vestia sutiã e seus seios medianos ficaram expostos, redondos e salientes. Ele envolveu aqueles seios com suas mãos e os apalpou com dominação e gosto, dessa vez foi Nina a gemer.
Ele beijou-os, envolveu os mamilos com sua língua e os chupou com força. Nina soltou outro gemido, dessa vez mais sonoro, que ecoou por todo o armazém. Ela se deixava ser tocada e chupada, deliciando-se com as sensações de prazer que irradiavam por todo seu corpo.
- Merda... – balbuciou Nina de forma desconexa. Ela meio que delirava com o prazer. Miguel a possuía, a devorava, com um apetite sexual intenso. Ela sabia que todo aquele desejo, toda aquela fome angustiante que ele sentia era uma forma de extravasar seu stress e sua frustração. Miguel era um homem atormentado, sua filha morrera, sua mulher o abandonara quando descobrira que ele era o Doutrinador. Tudo que restava a ele era sua missão como justiceiro, Nina e o sexo que ela podia lhe proporcionar.
Ela voltou a tocar a bunda dele por cima do tecido, mas como o mesmo era muito incomodo ela abaixou a calça e cueca de Miguel apenas o suficiente para deixar sua bela bunda exposta. Cravou seus dedos lá e apertou com força. O pênis de Miguel saltara para fora, duro e firme como uma torre de mármore. Miguel estava ansioso e retirou o short e calcinha dela. Ele a penetrou antes mesmo que as peças de roupa caíssem no chão sujo do armazém. Ela gritou com a primeira estocada, firme, forte, invasiva. Miguel segurou na cintura dela com força e começou os movimentos de vai e vem, frenéticos e incontroláveis. Ela sentia dor entre as pernas, mas a dor compensava pelo prazer que vinha em igual medida. Miguel a imprensava com ainda mais força contra a parede, quase esmagando-a. As costas dela doíam e ela sentia sua bunda pequena ser apertada contra o concreto frio. Seus olhos se reviravam em movimentos frenéticos e ela gemia alto, seu corpo se movendo em contrações devido as estocadas que a invadiam. Ela ouviu Miguel gemer, um gemido selvagem que mais parecia o barulho de um animal selvagem.
Ela fechou os olhos com força não sentindo anda além das estocadas dentro dela. Miguel se movia com movimentos rápidos e firmes, suas calças descendo pouco a pouco devido aos seus movimentos frenéticos até que acabaram caindo no chão. Nina sentia suas pernas fraquejarem devido ao cansaço, ela tentou pedir para ele diminuir o ritmo, mas tudo que saiu de sua boca foram gemidos indistintos de dor e de prazer.
- Nina... Nina... – ele parecia que iria dizer algo, ou talvez estivesse apenas dizendo o nome dela sem qualquer sentido prático. Ele levantou as penas dela segurando-as com suas mãos fortes que repousaram na bunda dela. Mina estava suspensa no ar, imprensada entre o corpo de Miguel e a parede, ela gemia como uma cadela no cio. Não era uma sensação que poderia ser descrita como ruim.
Ela o abraçou com força e o beijou de forma faminta. O beijo se prolongou por longos minutos enquanto tudo que se podia ouvir eram os gemidos abafados de ambos enquanto seus corpos se moviam ao ritmo da penetração.
Foi então que ela sentiu o orgasmo de Miguel entrando dentro dela, um liquido quente e pegajoso. Ela soltou um grito, e teve a impressão que ele gritou também, mas não tinha certeza. Miguel saiu de dentro dela e a colocou no chão, Nina arfava e suava, sua vagina estava ensopada de orgasmo e ardia, mas ela se sentia satisfeita. Ela o ouviu dizer algo, mas não entendeu o que era. Nina se sentia esgotada, seus olhos estavam semi-abertos e sua cabeça pendeu para o lado.
Ela adormeceu em poucos segundos.
Quando Nina acordou já era dia, ela sabia disso por instinto, mesmo o armazém sendo totalmente fechado. Ela olhou para si como se tentando lembrar como havia acabado ali, deitada no chão duro com o orgasmo de Miguel ainda em seu corpo. Cansada e um tanto dolorida sentou-se no chão e procurou o parceiro com o olhar. Não o viu em lugar nenhum e concluiu que ele devia ter saído novamente para combater o crime nas ruas.
Foi então que ela o viu encostado a uma parede, vestia calça e camiseta, havia uma xicara de café em suas mãos e seu olhar era distante. Ela conhecia aquele olhar, ele estava pensado em sua vida, em como seu futuro era incerto e os planos que ele um dia fizera para si haviam ido por água abaixo no dia em que ele vestira o manto do Doutrinador.
Esses eram os demônios que o assombravam, Nina também tinha seus próprios demônios e não eram menos numerosos ou assustadores. Cada um com seus problemas, mas ao menos eles tinham um ao outro e também a missão que escolheram para si: limpar a corrupção do país, punir os políticos e bandidos, fazer justiça com as próprias mãos.
Ele era o Doutrinador, aquele que iria doutrinar os impuros, levar o país para um rumo melhor. Um doutrinador severo com certeza, mas inegavelmente eficiente.
- Ei! – disse Nina virando seu rosto para Miguel. Um pensamento havia ocorrido a ela naquele momento, um pensamento que, por algum motivo, demorara tanto tempo para chegar a sua mente – porque só você tem um nome?! Eu também mereço um como “A observadora” ou “Oraculo”!
Miguel a olhou como se aquele fosse o questionamento mais inútil que ela poderia ter feito.
- Isso foi outra referência? Tem alguma observadora ou oraculo na cultura geek?
Nina revirou os olhos e nem se dignou a responder.
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