Fanfics Brasil - I wanna hold your hand Água e Óleo?

Fanfic: Água e Óleo? | Tema: The Beatles, Paul McCartney, John Lennon, McLennon


Capítulo: I wanna hold your hand

10 visualizações Denunciar


Paul McCartney fechou a porta de casa e suspirou cansado. “A hard day´s night”, pensou. Sentiu-se grato por seus empregados não estarem presentes, às vezes era um pouco incômodo não estar totalmente sozinho. Sem Jane por perto, sem ninguém. Era o que precisava naquela já quase madrugada. Sem fome. Um copo de whisky talvez ou algo além. Um banho e sua cama. Arrancou sapato e camisa enquanto ia em direção ao bar se servir, jogando tudo no chão. Talvez nem cama, talvez sofá ou o tapete. Enquanto servia-se tentava afastar da mente a tensão crescente que vinha vivendo com Lennon e o deixava num estado de agitação e ansiedade constantes. Desde a noite na estrada, dias antes, estava tudo um tanto complicado. Como nunca. Eles haviam fodido intensamente. E Lennon parecia querer lembra-lo disso o tempo todo. De volta a Londres, na correria e confusão, não tinham tido muito tempo próximos desde aquela noite. Muitas coisas estavam acontecendo. Não conseguiram ficar a sós ou conversar em particular. Mas a tensão sexual e a confusão emocional eram palpáveis. Paul via nos olhos de John que ele queria mais e mais. “E eu?”, se questionou, entornando a bebida devagar, percebendo que a sorvia com certa dose de erotismo. Ah, McCartney sabia que só de em pensar transar com John seu corpo entrava numa excitação constante e permanente. Toda a reticência estava no medo. O mesmo medo. John. Não queria ferir John. Não queria ferir a si mesmo. Não queria se envolver mais que aquilo. Espantava qualquer possibilidade de si, dizendo a si mesmo que não sentia isso. A verdade é que nunca chegava a pensar mais a fundo porque não queria descobrir. Não queria descobrir o que podia sentir. Mesmo assim, seu corpo reagia a cada estímulo visual, físico ou mental. Tinham conseguido levar aquela amizade misturada à contatos sexuais por um tempo antes e prosseguir depois, ele conseguiria agora também. Isso era o que tentava dizer a si mesmo. Sabia que tinham cruzado uma linha complexa no carro ao consumarem de fato aquilo, mas se perguntava quanto na verdade ela realmente não tinha sido cruzada antes. 


- Eu não vou pensar nisso. – disse em voz alta. Mas, inferno, Lennon continuaria a olha-lo daquela forma a não ser que desse um basta e, mesmo se desse, talvez não pudesse frear os olhares do outro. “Que porra de controle eu posso ter sobre o desejo dele por mim? De fato, nenhum. Só posso intensificar isso. E não vou intensificar. Melhor não.”


Sentia calor agora. Vestia apenas um jeans claro. Deitou no tapete da sala, bebendo aos poucos. Andava até com algum receio de se deixar levar por algo mais forte que estimulasse sua mente ou a relaxasse demais; mesmo assim não parara de usar o habitual. Fechou os olhos num longo suspiro e passou a mão pelo rosto e pelos cabelos espessos. Sentiu um leve prazer com o próprio toque, descendo a mão pelo pescoço e pelo peito, massageando-se, aliviando o estresse. Um sutil resvalo pelo mamilo rosado o arrepiou e abriu os olhos, mordendo os lábios com certa força. Era sua tentativa de segurar sua excitação constante. Pensou em convidar alguma mulher para sua casa, mas não se sentia com paciência para fazer sala para nenhuma pessoa, nem mesmo uma profissional. Ninguém, na verdade. Queria ficar sozinho. Olhou o teto e lhe veio uma imagem na mente. Ele e John e um vinho barato em Paris. Um vinho ruim. O único que encontraram. Um único maço de cigarros restante. E aquele quartinho apertado. Aquela cama de solteiro apertada. Apertado. 


Ambos entraram rindo no quarto, se desequilibrando pelos cantos. Tinham acabado de levar uma bronca por incomodar os hóspedes enquanto se dirigiam pro lugarzinho onde estavam dormindo havia algumas noites. McCartney atirou-se na cama, rindo. Lennon caiu ao lado dele. Riam sem razão, parava um o outro recomeçava. Pegaram fôlego e o silêncio não durou muito. John apoiou-se num dos cotovelos ficando ligeiramente acima de Paul. 


- Hey, Macca. – sorria – seu grande filho da puta. Não acredito que você fodeu aquelas duas francesas na minha frente e me deixou com uma só. 


Paul sorriu, vaidoso, brincando:


- Ah, Johnny. Não posso fazer nada se sou mais gostoso que você. 


Lennon riu, dando um tapa no ombro dele.


- Ei, ei! Para! – McCartney ria também, fazendo-se de sério, de repente: - Olha o respeito, senhor.


- Uh...


- Mas tudo bem. Eu compreendo. Me bater é a única forma de pôr pra fora sua raiva por não obter o mesmo êxito que eu esta noite. – sorriu, provocando e Lennon bateu nele novamente, leves tapas de brincadeira. 


- Para, Johnny! – Paul ria e o empurrava até que resolver reagir e começaram uma luta idiota que os levou ao chão, entre risadas estridentes, Lennon meio sobre o outro. McCartney deu um belo sorriso e Lennon subitamente estreitou os olhos de leve.


- Que foi? Não está enxergando? Cadê a porra dos óculos, John Lennon?


- Não, não. Estou enxergando muito bem, estamos bem perto. Eu só estou apreciando a vista.


- Ah, eu sou a vista?


- Quem mais?


Paul balançou a cabeça sorrindo e o empurrou de leve pro lado. Mas John voltou para cima dele:


- Paulie. Eu já te disse que quando te conheci achava que você parecia o Elvis?


- Pelo menos 743 vezes.


- Bonito. 


McCartney franziu a testa.


- Eu raramente posso parar pra olhar pra você tão perto quando está me olhando também; digo, não quando estamos conversando ou tocando, mas só olhar mesmo sem estar fazendo nada. Observar.


- Ok. Mas por que você quer me observar? Quer me desenhar?


- Eu já te desenhei um milhão de vezes, Paulie. – disse de modo que pareceu estranho ao outro.


- Sim?


- Você sabe. 


- Sei, eu também já te desenhei. Qual a novidade?


- Quer posar pra mim?


- Agora? 


- Isso. – mordeu de leve o lábio.


Paul estranhou um pouco e sentiu um formigamento inesperado. 


- Tá bom. Se você sair de cima de mim. – sorriu.


- E se eu não sair?


- Não vai ter pose.


- E se eu quisesse desenhar você nu?


McCartney suspirou, achando a ideia ruim e não gostando do rumo da situação. 


- Sério, John? 


- É sério. Sem nada. Deitado na cama. Ou no chão. Ou sentado naquela cadeira. De pau duro, por favor. Vai ficar mais bonito. Você bate umazinha.


- Não tô afim, John. – empurrou-o de cima de si, se virando no chão. – Olha, porque você não vai pra Hamburgo pintar o Stu? Ele ia topar essa parada aí, certamente.


Lennon sentou-se, olhando-o, contrariado:


- Que você está insinuando?


- Ah, para, John, vai. Você sabe muito bem.


- Sei o que?


Paul suspirou, irritado, colocando os braços atrás da cabeça, deitado ainda no chão.


- Ah, Johnny, porra. Odeio quando você se faz de idiota. Você tratava ele como um brinquedo. Sempre achei horroroso o jeito que o destruía na frente das pessoas e toda aquela merda. Uma grande merda tudo isso. 


- E com isso você está querendo dizer que eu sou bixa?


McCartney revirou os olhos:


- Ah, vá se fuder, Lennon, que saco. – virou de lado, cansado.


- É, não é, Macca? Fala. Estamos sozinhos. Dá pra olhar pra minha cara, porra?!


Paul voltou-se pra ele, irritado:


- Olha, John. Não é da minha conta se você faz coisas com ele ou não. O que eu acho é que ele faz o que você quer porque você o manipula. Acho isso uma bosta, realmente. Não tô dizendo que ele não queira, etc. Talvez queira. Ah, sei lá, John. Você nunca me contou essas coisas. Também, não precisa.


- Não tem muito pra contar, Paul. Sinceramente, ok? Nada tão monstruoso quanto você está imaginando.


- Ok, Johnny, tanto faz. 


- Sabe porque eu não te digo nada sobre isso? Porque você me deixa inibido.


Paul franziu a sobrancelha, meio chateado e olhou-o sinceramente:


- Por que, John?


Lennon suspirou e passou a mão pelos cabelos:


- Ah, sei lá, Paulie. Tem cigarro ainda?


- O último maço. No meu bolso.


Lennon estendeu a mão para pegar, mas Paul olhou-o e pegou ele mesmo.


- Está vendo? – disse John.


- O que? – estendeu a mão pedindo um também.


- Você já está todo retraído por causa dessa porra de assunto.


Paul respirou fundo e encarou-o enquanto pegava o cigarro de sua mão.


- Ok, Johnny. Pode falar. Fala de verdade. Eu não sou também esse monstro que você pinta. 


John acendeu o cigarro, tragando e passando o isqueiro ao amigo.


- Tá bom, Paulie. Vamos lá. – McCartney olhava atento. – Essa coisa com o Stu aí, essa história. Aconteceu uma coisa ou outra, como acontece com aquele pessoal moderninho lá de Hamburgo. Mas não tudo. 


Paul fez que sim, mostrando-se compreensivo.


- Quer dizer eu nunca fodi ele pra valer ou vice-versa.


- Eu entendi.


John olhou feio e Paul sorriu pra que prosseguisse, tragando.


- Quando eu falo que me sinto intimidado ou travado com você sobre isso é porque...porque você não é o Stu. Você tem toda a porra da razão quando diz que eu fodo é com a cabeça dele, isso sim. Eu sou um cuzão mesmo com todo mundo. Mas raramente com você, pra valer. Porque eu te respeito. Eu te respeito pra porra. Eu me sinto um bobo às vezes porque não tenho controle sobre você como com os outros. – tragou mais profundamente, soltando o ar numa bufada: - Caralho, na verdade eu sinto que você me controla e me guia. Na maior parte das vezes você me guia pro caminho correto. E quanto mais você acerta, mais eu te admiro. Você é forte, Paul. E talvez eu me sinta fraco perto de você, inseguro. E tá sendo difícil pra porra falar isso pra você. Há anos que eu tenho tentado até pensar sobre isso. Meio que eu estou entendendo isso enquanto falo.


- E isso é bom. – disse Paul, fumando e olhando-o. Lennon encarou-o em silêncio um minuto.


- Você tem ciúme de mim com ele, não, Paulie?


McCartney encolheu os ombros:


- Um tanto. – suspirou – Bastante. Porra, a gente tava indo tão bem junto, fazendo nossas coisas e tal e daí você ficou todo encantado com o maravilhoso mundo de Stu e a faculdade e essa porra toda e eu me sentia um colegial babaca. Eu era um colegial babaca sem nada interessante pra oferecer. 


Lennon franziu a testa, preocupado:


- Você achava isso mesmo?


- Sim. Achava, sim. Porra, John, você não sabe quanto eu sou inseguro também? Achei que ia te perder. Quero dizer, não só a banda, mas sua amizade também. Que aquela coisa tão boa ia sumir. E eu ficaria sozinho. Isso doeu. 


John se deitou perto dele, novamente apoiado no cotovelo, olhando-o nos olhos profundamente:


- Você desinteressante? – sorriu – Não, Paulie. É que a vida tem fases e fases.


- Mas os sentimentos, John. O meu sentimento de amizade, o afeto era o mesmo.


- O meu também. Ele só cresceu e cresce a cada dia. Mas há momentos em que a gente quer explorar as coisas por aí, sabe. No entanto, eu estou aqui com você. De tudo que eu podia fazer no mundo com essa grana que ganhei da minha tia, eu quis viajar com VOCÊ, Paul. 


- Porque o Stu está em Hamburgo com Astrid.


John balançou a cabeça, sorrindo de leve:


- Você é realmente bobo, Macca. Se eu quisesse eu iria até lá. Eu convidaria ele. Mas eu não quis. Eu quis viajar com você. Eu quero estar com você aqui, agora, mais que nunca. 


Paul deu um última tragada e largou o cigarro apagando-o no assoalho, sorrindo.


- É verdade, Paul. Acredita em mim.


O outro fechou os olhos e fez que sim, sabendo que era verdade. 


- Hey, Macca. – McCartney encarou-o. John pairava um pouco acima dele: - Eu te amo, cara. 


Paul sorriu, afetuoso e acariciou os cabelos de John. Seu gesto queria dizer que era reciproco. 


- Você é meu melhor amigo, Johnny. Que mais posso dizer? Eu teria que ser muito masoquista pra te aturar, porque você é chato pra porra e vir viajar sozinho com você e continuar a seu lado...se não quisesse.  


Lennon riu:


- Idiota. Você está certo. Eu sou chato pra porra e você também.


- Também.


- E bonito. Você. Você é realmente bonito. Eu já te disse que quando te conheci achei que você parecia o Elvis? – riu e Paul correspondeu ao riso.


- Caralho, John. Jesus, você vai contar isso pros seus netos?


- Pros nosso netos, hãn?


McCartney riu:


- Ah, está me pedindo em casamento?


- Isso. – pegou a mão do amigo, numa encenação cômica: - Case-se comigo, Paul McCartney. 


- Tá bom. Eu caso, contanto que nenhum dos dois se vista de noiva, por favor, ficaria bastante ridículo e eu sou um vaidoso chato pra cacete – disse zombando de si mesmo.


- É verdade. Bom que admite. Mas também, Paulie, tivera eu seu rostinho perfeito e essa boca linda, talvez fosse ainda mais. – apertou de leve os lábios do outro num bico. Paul o expulsou de leve. – Então, você não vai tirar a roupa pra eu te desenhar?


- Você realmente quer fazer isso? – sorriu.


- Tô falando sério. Acha que eu falei tudo isso pra nada? Porra, uma puta história pra te convencer. – riu e Paul correspondeu. John prosseguiu: - Estou brincando, hum, você sabe. Fui totalmente franco em tudo que lhe disse. E sim, quero desenhar você. Eu prometo que mudo seu rosto, ninguém vai saber que um dia isso aconteceu. Topa?


McCartney soltou um grande suspiro bem humorado: 


- Ah, tá bom, tá bom, John Lennon. Vamos logo com essa porra.


Lennon levantou empolgado, esfregando as mãos e foi procurar papel e suas coisas. Paul tirou a camisa devagar, meio constrangido. John deu uma olhada de relance. 


- Tira tudo, Macca. Tudo, tudo.


Paul revirou os olhos num sorriso descrente e abriu o botão da calça, deixando-a cair no chão. Tirou os sapatos e meias e estava ainda de cueca quando o amigo veio com suas coisas. 


- Onde quer que eu fique?


- Na cama. Sentado. Pés apoiados no chão. 


- Ok. – encaminhou-se para o lugar escolhido e sentou-se.


- Tira a porra da cueca, Paul, caralho, já te vi de pau de fora milhões de vezes. Hoje mesmo fiquei vendo isso aí entrar e sair da boca daquela ruiva.


- Ah, você ficou vendo, é? - suspirou constrangido enquanto percebia que a ultima frase o havia feito ficar endurecido. Não queria que John pensasse...


- Claro. Uma cena daquelas...você tão sexy, gemendo e fazendo bonito. – Lennon o encarou como se perguntasse se não ia tirar e logo percebeu a situação, contornando-a habilmente: - Tá legal, eu sei que as lembranças da noite te deixam de pau duro, não se iniba. 


McCartney tirou a cueca branca, sentando-se, totalmente nu. John examinou-o e o olhar do amigo fez com que Paul sentisse uma onda de tesão indesejada. Lennon aproximou-se, pegando as mãos dele:


- Põe as mãos assim, segurando a beirada da cama. Assim. – sorriu – Tá legal. – voltou-se pros papeis e se posicionou sentado na cadeira, apoiado num caderninho que usavam para escrever coisas. – Aconteça o que acontecer, não deixe o pau amolecer, ok? Quero desenhar ele duro, vai ficar muito mais bonito. Se precisar bater uma, vai em frente, só não goza. 


Ah, Paul nem precisava se tocar. Sentia-se muito excitado com a situação. Mas preferiu o fazer para que John não percebesse. O toque da própria mão pareceu mais intenso que de costume. 


- Não vou gozar tão fácil. Já gozei muito hoje.


John sorriu, mordendo o lábio e olhando-o:


- É? Mais do que eu presenciei?


- Ah, mais. Mais sim. – disse masturbando-se de leve. 


Lennon não se conteve, deixou escapar:


- Eu gosto do som do seu gemido quando você goza. Sempre gostei. – olhava o papel e olhava para ele. Paul suspirara e continuava se tocando devagar. Lennon, agora de óculos, notou com prazer o brilho no membro do outro e sentiu o seu próprio ficar mais duro que já estava. – Sempre gostei. Quando a gente...fazia isso lado a lado...eu gostava de ouvir. 


- John...para com isso. – parou o movimento.


- Por que? – baixou os óculos olhando-o por cima deles – Porque está te excitando?


Paul fechou os olhos:


- Onde você quer chegar, John?


Lennon largou tudo na cadeira e se aproximou, dizendo sinceramente:


- Paulie...eu não sei também. Estou deixando...acontecer.


John tinha consciência da atração sexual que sentia pelo amigo há tempos, talvez desde sempre, mas nunca fora tão fácil admitir isso a si mesmo, nem pensar no assunto. Doía um tanto porque ele pensava que o outro jamais o deixaria chegar perto e preferia afastar de si aquelas ideias. Um tanto quanto em vão. Mas agora Paul estava ali de frente pra ele, excitado com a situação. John sabia que havia uma atração reciproca, bem lá no fundo sabia, mas sempre achara que McCartney jamais se entregaria a isso. E John não queria ser rejeitado por quem tanto amava.


- Ah, Johnny... – Paul fechou os olhos e respirou fundo. – Que porra é essa que estamos fazendo? Vai foder com tudo. 


Lennon estava sentado nos joelhos de frente pra ele:


- Porque, Paulie? Porque isso tem que foder com tudo?


O outro balançou a cabeça, preocupado:


- Porque vai. Eu sei que vai. 


John considerou um momento. Pensou em parar tudo ali. Paul muitas vezes tinha razão. Mas o tesão foi mais forte que seu raciocínio e lentamente, bem devagar, levou a mão mais e mais perto do membro duro do amigo, olhando-o e o outro foi assimilando aquela ideia que ficava mais e mais tentadora conforme ele se aproximava. Quando John tocou seu pênis não pôde evitar, não conseguiu controlar o desejo imenso que se apossou dele. Sentindo que podia continuar, Lennon passava a mão fechada por toda a extensão do membro de McCartney, olhando a própria ação, sentindo a saliva aumentar conforme se encantava com a beleza dele e com o brilho molhado que surgia. John queria chupa-lo. Paul observava também, sentia-se acariciado com um prazer indescritível. Os movimentos se tornaram mais intensos e voltaram a diminuir quando Lennon o olhou antes de delicadamente encostar o lábio na glande. O outro estremeceu todo e sentiu que poderia gozar naquele momento. 


- Johnny...- gemeu baixo e rouco – Vai devagar. Bem devagar. Ou não vai durar muito.


Tirou a boca e olhou-o, provocante:


- Esta com tanto tesão assim?


- Você sabe que sim. 


- Eu sempre quis provar do teu gosto.


- E como é?


- Delicioso – voltou a boca ao membro do outro, chupando agora como se realmente quisesse beber dele. Paul gemeu mais alto, agarrou as mãos no lençol e conteve-se para não empurrar o quadril pra boca de John.


- Ah, John, caralho, John...


- Está gostoso?


- Sim...sim...


- Hum...sim...está mesmo – continuou mais ávido e com uma mão abriu o botão da própria calça para se tocar. Paul notou e sentiu uma vontade muito grande de fazer aquilo pra ele. Sabia que tomar essa decisão, deixar de estar ali apenas recebendo e passar a fazer algo, seria um passo grande, mas a boca que o chupava tão gostosamente e aquela situação tão excitante o fez ir em frente:


- John... – gemeu, dizendo com dificuldade – Johnny... – vem cá...


Lennon parou a boca no topo do pênis do outro para olha-lo, curioso. McCartney prosseguiu:


- Vamos...fazer isso...juntos...hum...


- Juntos? – John sentiu o rosto esquentar completamente.


- Sim. – afastou o amigo de leve e ajoelhou-se na cama, olhando-o: - Tira tudo também, Johnny. Se livra dessa porra de roupa e vamos...fazer isso...ao mesmo tempo... – perguntou com o olhar se ele tinha entendido. Lennon sorriu excitado:


- Certo, Paulie. – foi tirando a roupa apressadamente – Sei bem que você nunca foi santo, mas isso me surpreendeu.


- Então cala a boca e vem logo, antes que eu desista. Porque eu ainda não estou acreditando nessa porra. 


Lennon foi até a cama e o olhou. McCartney acompanhava os movimentos mal respirando. John sentou-se de frente pra ele e encarou-o.


- Quero sua boca, Paulie. Sua bela boca. Quero sua boca não só no meu pau.


McCartney mordeu o lábio, indeciso, mas tentado, respirando pouco. Entreabriu os lábios instintivamente. O olhar de John pousou na boca que tanto desejava. Paul fechou os olhos e estendeu a mão para o rosto do outro, puxando-o para si. Fascinado, Lennon tocou os lábios dele com os seus. Respiraram fundo e John penetrou a boca de Paul, que abriu-se pra ele com vontade. Sentiram o gosto um do outro e saborearam-se. As línguas roçavam harmonicamente, tudo fluía perfeitamente. As mãos entrelaçaram os fios escuros e castanhos de um e outro e viraram uma confusão de bocas, suor e tesão conforme os beijos se tornassem mais e mais quentes. Paul mordeu de leve os lábios do amigo e John agarrou-o mais firme nos cabelos, beijando-o com toda intensidade. A resposta era exatamente a mesma; intensamente McCartney penetrava a boca de Lennon com a sua. Lábios colados, respiração ofegante, Paul olhou-o fundo e deitou-se na cama devagar. John passou a mão por ele um tanto fascinado. Queria lambe-lo e chupa-lo todo.  Sentou-se de costas sobre ele, sua ereção roçando o corpo do amigo e molhando-o de leve. Deitou o corpo para frente, tomando o pênis de Paul não mãos e se abaixando mais para tornar a coloca-lo na boca. Gemendo com o contato, McCartney esperou que ele viesse mais para trás e então, tendo o membro duro de John acima de seu rosto, hesitou. Mas a boca de John fez o trabalho, num impulso de prazer, Paul foi em frente. Nada importava a não ser o prazer daquilo. Parecia a coisa mais absurda que já fizera e isso o deixava enlouquecido. Lambeu-o lentamente, absorvendo a sensação de sentir o gosto de John na boca. O gosto de John na sua boca. Mais excitante que qualquer transgressão, mais que isso: era John na sua boca. John. Era John que agora gemia com o contato de sua língua e respondia com chupadas mais vigorosas. Não podia segurar muito mais, gozaria muito depressa, segurou a ereção pulsante do outro nas mãos e foi colocando-o em sua boca, sugando de leve e querendo mais. Lennon gemeu profundamente ao sentir-se na boca do outro, era a realização de uma imensa fantasia e muito mais coisas que não quis sequer pensar naquele momento, por não conseguir, por medo dos próprios sentimentos, por qualquer coisa, só queria continuar sem pensar. No entanto justamente quando sua mente o lembrava: é Paul quem está fazendo; seu corpo reagia mais violentamente. Sentiu que ia enlouquecer de tanto tesão e ambos entraram num ritmo constante e alucinado, mútuo. Juntos. Juntos deixaram vir o gozo mais intenso que já haviam tido. Não demorou. Queriam ambos que tivesse durado mais. Mas era excitante demais, o tesão era forte demais para segurarem a explosão. Beberam um do outro, sorvendo cada gota. Era como se estivessem alimentando-se mutuamente. “Por Deus, eu poderia viver disso”, pensou John. Terminada a ultima gota ficaram imóveis. Exaustos. Suados. Muito molhados. Aquela estranha simbiose, deliciosa conexão, imobilizava o ar em volta. E eles não sabiam o que dizer. O que fazer. O que pensar. Não sabiam mais nada. O mundo rodou, os minutos passaram e nada conseguiram fazer. O mundo deles havia rodado. Por fim, John sentou-se cuidadosamente e segurou dentro de si com muito esforço todo o ímpeto de procurar pela boca de Paul e beija-lo. Não, não ia ser rejeitado. Não, não queria pensar naquilo. Não queria sentir mais nada. Não queria entender o que sentia. Levantou-se e foi pegar um cigarro. Paul fechou os olhos e preferiu fingir que adormecia. Na manhã seguinte nada foi dito. Tudo seguiu como de costume e ao mesmo tempo nada seguiu como de costume. 


 


McCartney olhou as próprias mãos encharcadas de seu esperma. Aquela lembrança de Paris o levara a uma maravilhosa punheta. Agora, o corpo formigando, um pouco mais relaxado, a mente mais confusa, encarou o teto, deitado ali em seu tapete. Acalmar sua excitação constante no corpo, aliviar-se com aquelas lembranças era uma bola de neve. Só enfatizava o quanto queria fazer aquilo com John. Respirou muito fundo. Limpou as mãos em sua camisa jogada ali. Examinou ligeiramente aborrecido os pingos no tapete e levantou-se, nu, para buscar algo com que pudesse limpar aquela sujeira que fizera. Ah, como era bom andar nu pela casa vazia! No lavabo, pegou um de seus roupões leves e vestiu, voltando com um monte de papel higiênico até a sala. Olhou o tapete e ia começar o trabalho quando a campainha tocou. 


- Merda. – resmungou. Olhou em volta. Pegou umas almofadas e atirou sobre o tapete, cobrindo. Não estava com nenhuma disposição para ver absolutamente ninguém. Foi sem fazer barulho até a porta para checar de quem se tratava, pois pensava sinceramente em não abrir. 


Era John. Lennon estava parado em sua porta. 


 


 


 


 


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): pepperpie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

                                Paul abriu a porta. John olhou-o e antes que pudesse dizer algo, se desequilibrou, segurando-se no batente. - John? Estava completamente bêbado. - Johnny... Entra, cara. Vem cá. – estendeu o braço, ajudando o amigo a apoiar-se nele. L ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • gatinhadamel Postado em 13/01/2024 - 23:54:51

    MEU DEUS QUE FANFIC PERFEITA PUTA QUE PARIU, ACHEI O FANDOM DE MCLENNON QUE PERFEIÇÃO ESSA PORRA NAMORAL AAAA


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais